A Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começa a implantar a Faixa Azul para motocicletas na Avenida 23 de Maio, no sentido Santana/Aeroporto, entre a Praça da Bandeira e o Complexo Viário Jorge João Saad. O projeto piloto tem por objetivo organizar o espaço compartilhado entre os automóveis e as motocicletas, pacificar e humanizar o trânsito da cidade de São Paulo.
A Faixa Azul não é uma faixa exclusiva para motocicletas. Haverá uma demarcação da via entre as faixas 1 e 2 – usualmente utilizadas pelos motociclistas – para que, em tráfego lento, as motos possam transitar com mais disciplina, de forma segura e consciente e sem alterar a dinâmica já existente na via.
O uso da faixa azul não é obrigatório. O motociclista será orientado a utilizar em caso de trânsito lento. Haverá sinalização vertical por toda a via alertando para os limites de velocidade, cuidado e orientação ao mudar de faixa e mensagens educativas lembrando do uso da seta, o respeito aos limites de velocidade e a atenção aos sinais de trânsito e compartilhamento do espaço na avenida.
A avenida 23 de Maio foi escolhida para o projeto piloto por tratar-se de uma via com alto número de trânsito de motocicletas: 2.400 motos por hora, chegando a 50 mil ao dia, com 78% dos sinistros no local envolvendo a moto.
Como é o projeto piloto
Haverá uma nova sinalização horizontal da pista com rebalizamento das faixas e que não afetará a capacidade volumétrica de tráfego e a segurança dos motoristas que trafegam pelo local.
Primeiro o setor de sinalização apagou a sinalização existente de forma mecânica; em seguida é feita a pintura. Enquanto isso, a sinalização vertical será implantada por toda a extensão da via (coluna projetada cônica, o que há de mais moderno no mercado, pois são mais longas e mais altas)
Importância do projeto
- Atualmente na cidade de São Paulo há 1,3 milhão de motos em circulação.
- A motocicleta vem ganhando destaque desde o início da pandemia, já que, por conta do isolamento social, o serviço de entregas se tornou essencial e, por consequência, o número de motos trafegando pelas vias. Além disso, por seu baixo custo de manutenção, também se tornou um meio de transporte atrativo. No entanto, isso tem trazido usuários inexperientes, o que aumentou ainda mais a probabilidade de sinistros.
- O resultado: o número de óbitos vem subindo a cada dia. Hoje mais de 1 motociclista morre por dia em São Paulo. Para se ter uma ideia, o número de óbitos entre motorista/passageiros é de 0,3 por dia.
- Para garantir mais fluidez e respeito à sinalização existente, os motociclistas da CET e do CPTRAN farão rondas para o monitoramento e controle do tráfego no local.
Fonte/texto: SECOM – Prefeitura de São Paulo – Imagem: Divulgação/CET/Prefeitura de São Paulo