Deic investiga morte de ex-presidente de empresa de transportes e descobre lavagem de dinheiro

Deic investiga morte de ex-presidente de empresa de transportes e descobre lavagem de dinheiro

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Policiais civis da 2ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Crimes Patrimoniais de Intervenção Estratégica do DEIC deflagram, na manhã desta quinta-feira (09/06), a Operação Proditor, que resultou na prisão de dois envolvidos no homicídio do ex-presidente de uma empresa de transporte coletivo, em março de 2020. A ação, que também investiga possível relação da empresa e de um vereador da capital paulista com o crime organizado, aconteceu nas cidades de São Paulo e de Mogi das Cruzes. 

A operação teve início após as investigações apontarem que a empresa de transporte era usada em um esquema de lavagem de dinheiro de uma de uma organização criminosa, por meio de “laranjas”. Ainda foi apurado que a vítima teria sido morta por não estar realizando os repasses dos valores aos criminosos.  

Durante a investigação do assassinato, os policiais perceberam “que esse homicídio tinha relação com o crime organizado, por isso, além do inquérito do homicídio, foi instaurado outro de organização criminosa”, relatou o diretor do DEIC, Fábio Pinheiro Lopes.

Um documento encontrado após o homicídio com a relação dos ônibus da empresa foi fundamental para a elucidação do caso. “Nesta relação, havia a quantidade de ônibus pertencentes à empresa, bem como o nome dos proprietários em que eles estavam registrados e, ao lado, quem eram, na verdade, seus verdadeiros donos, inclusive vários deles com passagens por diversos delitos”, relatou o delegado. 

O crime

No dia do crime, o então presidente da empresa de transportes foi levado por um dos homens a uma padaria, sendo executado por outro homem no estacionamento. O autor dos disparos, ainda de acordo com as investigações, teria assumido posteriormente o cargo de diretor de operações da empresa. Ele já tinha passagem pela polícia por roubo, receptação, tentativa de homicídio e lesão corporal. 

A dupla teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Além dos mandados de prisão, os policiais ainda cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos presos, à empresa e aos outros investigados. Durante a operação, 18 ônibus que pertenciam aos envolvidos foram apreendidos.


Por Marcia Fortes/SSP-SP – Foto: Arquivo/Polícia Civil SP

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