Horta da Gente: hidroponia ampliará o número de atendidos com cestas verdes

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A Horta da Gente agora conta com o novo sistema de cultivo hidropônico, ampliando assim a produção que atenderá cerca de 5 mil famílias. Com capacidade de produzir até 27 mil mudas, a hidroponia do Horta da Gente já começou o cultivo das primeiras mudas de alface, dando início ao um processo moderno e tecnológico de cultivo de hortaliças de alta qualidade, contribuindo com a economia de água e mantendo a produção livre de agrotóxicos.

O início oficial da hidroponia aconteceu na segunda-feira, dia 10, sob os olhos felizes e emocionados da primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade, Sônia Furlan, responsável pelo projeto, da secretária de Assistência e Desenvolvimento Social (Sads), Adriana Bueno Molina, membros do Renascer e os bolsistas do programa.

O cultivo
O cultivo hidropônico acontece sem que haja contato com o solo, no qual as raízes ficam submersas em uma solução nutritiva diluída na água, garantindo o crescimento da planta.

Tudo começa na chamada câmara escura, onde as sementes são implantadas em uma espuma fenólica (substrato estéril) e armazenadas por 72 horas. “Lá elas ficam no escuro e no quentinho, igual o útero, é onde a mágica acontece”, explica Reginaldo Francisco de Lima, facilitador do programa Horta da gente.

Após esse período, os pequenos brotos são expostos à luz em uma bancada por 10 dias e irrigados só com água. Depois, os brotos mais crescidos vão para o “berçário”, já com a solução nutritiva, por mais 10 dias. Na última fase as mudas precisam de mais espaço, portanto, são transplantadas para outra bancada com perfurações maiores por aproximadamente mais 15 dias. O processo todo demora cerca de 35 dias até a a colheita.

Aproveitamento da água da chuva
A irrigação da hidroponia é realizada 100% com a água da chuva captada. Isso porque no local foi construído um sistema de captação com capacidade de armazenar 28 mil litros de água da chuva.

Desperdício zero
Além do aproveitamento da água da chuva, a cada colheita é feita a troca da solução nutritiva, porém, ela não é descartada, mas reutilizada para adubação foliar na horta convencional, contribuindo com a nutrição das plantas.

Trabalho e capacitação
Dentro do projeto Horta da Gente, 27 bolsistas do programa Renascer (que atende pessoas que viveram em situação de rua e foram abrigadas na Cáritas – Casa São Francisco de Assis) atuam com a mão de obra e também recebem capacitação para o manejo desse sistema moderno de cultivo.

“É uma forma de agregar conhecimento. Aprendi novas técnicas e com certeza vai abrir muitas portas para mim e posso trabalhar com isso também”, comenta Cristian José da Silva Prado, de 50 anos, no projeto há mais de um ano.

27 bolsistas do programa Renascer atuam com a mão de obra e também recebem capacitação para o manejo desse sistema moderno de cultivo.- Foto: Divulgação/SECOM-Barueri

“Me sinto muito feliz em ter o carinho das pessoas que recebem as cestas através do nosso trabalho. Agora esse número vai aumentar. Sinto muito orgulho”, conta José Inácio da Silva, de 58 anos, que atua da hidroponia.

“Sem dúvida é o projeto de maior sucesso, pois já estamos na sexta turma. Essas pessoas estavam antes numa situação de rua e eles começaram a ser capacitados, e a hidroponia é uma das capacitações, dentre as várias formações que o Renascer oferece”, destaca a secretária da Sads, Adriana.

Cestas verdes
As cestas verdes com legumes e verduras produzidos na Horta da Gente são entregues às famílias cadastradas pela Sads e, em troca, entregam materiais recicláveis destinados para a coleta seletiva (Cooperyara). Hoje, cerca de 500 famílias recebem as cestas verdes, e com a ampliação do cultivo, a previsão é atender mais de 5 mil famílias a partir do próximo ano.

“Estamos muito orgulhosos com esse modelo de responsabilidade ambiental e com o social fortalecido. Os integrantes do Renascer estão dando uma aula pra todos nós do quanto é necessário acreditar no ser humano, além deles darem uma demonstração efetiva de competência e engajamento pelo meio ambiente”, frisou Sônia Furlan.

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Fonte: SECOM-Barueri

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Copa do Brasil: no primeiro jogo da final, Corinthians e Flamengo ficam no 0 a 0

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A Copa do Brasil de 2022 começou a ser decidida às 21h45 da última quarta-feira (12) na Neo Química Arena, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo (SP).

Em partida que se observou mais lances ofensivos do rubro-negro, Corinthians e Flamengo não conseguiram balançar as redes e sair do 0 a 0.

O segundo jogo da final será disputado às 21h45 da próxima quarta-feira (19) no Estádio Jornalista Mário Fillho, o Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ). Ambas as equipes buscam seu tetracampeonato da competição.

O Timão venceu as edições de 1995, 2002 e 2009, e chegou à final pela última vez em 2018, quando perdeu para o Cruzeiro. Já o Mengão foi campeão em 1990, 2006 e 2013. O último ano em que avançou à decisão foi 2017, quando foi derrotado também pela Raposa.

Pela Copa do Brasil, ambas as equipes se enfrentaram três vezes. Em 1989, nas quartas de final, o Flamengo passou. Em 2018, nas semifinais, o Corinthians foi o vencedor. Em 2019, nas oitavas de final, o rubro-negro foi quem avançou.

Vale lembrar que o time da Gávea já enfrentou o alvinegro paulista em uma fase de mata-mata neste ano. Em agosto, os cariocas venceram os dois confrontos e garantiram sua vaga à semifinal da Copa Libertadores da América contra o Vélez Sarsfield, da Argentina.


Fonte: TV Cultura – Foto: Marcelo Cortes/Flamengo/Direitos Reservados

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São Paulo registra primeira morte por varíola dos macacos

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A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou hoje (12) a primeira morte no estado de um paciente por Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. Segundo a secretaria, o paciente tinha 26 anos, morava na capital paulista e tinha diversas comorbidades, passando por um tratamento com antivirais para uso emergencial em casos graves. Ele estava internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas desde o dia 1º de agosto.

A secretaria municipal da saúde de São Paulo informou ainda que o paciente residia na zona norte paulistana.

Até o momento, segundo a secretaria, o estado de São Paulo registra 3.861 casos confirmados de Monkeypox. De acordo com o órgão, nas últimas semanas vem sendo observada uma redução de novos casos.

O vírus da Monkeypox, que faz parte da mesma família da varíola, é transmitido entre pessoas, e o atual surto tem prevalência de transmissão de contato íntimo e sexual. O principal sintoma da doença é o aparecimento de lesões parecidas com espinhas ou bolhas, que podem surgir no rosto, dentro da boca ou outras partes do corpo como mãos, peito, pés e genitais. Outros sintomas associados são febre; caroço no pescoço, axila e virilhas; dor de cabeça; calafrios; e cansaço.

Para prevenir a doença, a secretaria alerta que é preciso evitar contato íntimo ou sexual com pessoas que tenham lesões na pele; evitar beijar, abraçar ou fazer sexo com alguém que esteja com a doença; higienizar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool gel; não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos e objetos pessoais; e usar máscara.

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Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – Foto: Nikos Pekiaridis/NurPhoto/Direitos Reservados

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Justiça do Rio de Janeiro manda soltar ator José Dumont

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O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) concedeu liberdade ao ator José Dumont, de 72 anos. A decisão foi assinada pela desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Vara Criminal e publicada na última terça (11).

O ator José Dumont foi detido em flagrante em setembro pelo crime de armazenamento de pornografia infantil. A prisão foi motivada por uma investigação de um suposto abuso sexual contra um adolescente de 12 anos, após câmeras de segurança do condomínio onde o artista mora mostrarem imagens dos dois.

Dumont está preso na Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Na audiência de custódia, a prisão em flagrante havia sido convertida em prisão preventiva.

No documento, a juíza determina que o acusado passe a usar tornozeleira eletrônica. Segundo a decisão, o ator está sendo processado pelo crime do art. 241-B do ECA (armazenamento de imagens de cenas pornográficas), crime que “não cabe prisão preventiva”.

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Fonte: TV Cultura – Foto: Reprodução/Redes Sociais/José Dumont

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Homem surta e agride vizinho a golpes de martelo por motivo religioso em Itapevi

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No último domingo (9), policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de desinteligência em um condomínio na divisa de Itapevi com Cotia.

Segundo reportagem do Portal Viva Cotia, ao chegar ao local, a guarnição policial encontrou um dos envolvidos caminhando na rua do condomínio visivelmente alterado, além de verificarem um veículo Kia Soul danificado.

Após abordar o morador, os policiais adentraram na residência que havia solicitado socorro. Lá, encontraram a mulher totalmente abalada. Em seguida, a mulher levou os policiais até seu marido, que estavam ferido e com dificuldades de locomoção, devido aos graves ferimentos causados pelas marteladas que recebeu na região da cabeça.

Ao verificarem a gravidade, a equipe policial acionou o SAMU, que socorreu a vítima ao Hospital de Cotia.

Na sequencia, os policiais deram voz de prisão ao agressor , que resistiu, sendo necessário o uso moderado da força e encaminhado a Delegacia de Itapevi. Questionado sobre o ocorrido, o agressor, alegou que Jesus havia mandado ele matar a vítima, devido à vítima ser macumbeira.

Segundo boletim de ocorrência, o agressor foi preso em flagrante e “estava impossibilitado de declarar pelo estado de embriaguez, alterado, gritando, não falando coisa com coisa“, devendo se manifestar apenas em Juízo com a presença de um advogado.

O martelo utilizado no crime foi encontrado e apreendido, sendo encaminhado para perícia. A Autoridade Policial ratificou a voz de prisão dada pelos policiais, e determinou o registro do boletim de ocorrência de natureza “Dano (art. 163) e Tentativa de Homicídio (art. 121)”.

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Adaptação: Edson Mesquita Jr/ZH Digital – * Com informações Portal Viva CotiaFoto: Arquivo/Ricardo Bakker/DISP

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Dia das Crianças: data ganhou popularidade com campanha de empresários

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No dia de hoje, as crianças brasileiras esperam receber presentes e muita comemoração, mas nem sempre a data teve popularidade. A data – 12 de outubro – coincide com o dia em que os católicos festejam Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Foi o Decreto nº 4.867, que instituiu 12 de outubro como data oficial para comemoração do “dia de festa da criança”.

De imediato, a data não ganhou popularidade entre os brasileiros e só teve projeção quando empresários da indústria de brinquedos lançaram uma campanha publicitária promovendo a Semana da Criança para aumentar as vendas. Desde então, a data é comemorada com festas, brincadeiras e, para quem pode ganhar, brinquedos. 

Já o Dia Mundial das Crianças é comemorado em outro dia – 20 de novembro, data reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Naquele dia, foram aprovadas tanto a Declaração Universal dos Direitos da Criança, em 1959, quanto a Convenção Sobre os Direitos da Criança, em 1989.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a data tem o objetivo de aumentar “a conscientização em relação aos milhões de crianças que têm negados seus direitos a cuidados adequados de saúde, nutrição, educação e proteção, e elevar as vozes dos jovens como fundamentais para qualquer discussão sobre seu futuro”.

América do Sul

Na América do Sul, três países comemoram a data no mês de agosto: Argentina e Chile, no segundo domingo do mês, e Peru, no terceiro domingo.

Na Colômbia, a data é comemorada no segundo ao último fim de semana de abril; na Venezuela, no terceiro domingo de julho; no Equador, em 1º de junho e, na Bolívia, em 12 de abril. O Uruguai tem o 6 de janeiro como data oficial; mas comercialmente celebra a data no segundo domingo de agosto. No Suriname, a data é comemorada em 5 de dezembro e na Guiana, em 9 de setembro.

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Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – Foto: Fernando Frazão/Ag. Brasil

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Santuário do Cristo Redentor comemora hoje 91 anos de criação

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O Santuário doo Cristo Redentor está completando hoje (12), 91 anos de inauguração. Para marcar a data, às 7h, foi celebrada a missa em Ação de Graças presidida pelo arcebispo do Rio, cardeal Orani João Tempesta.

Em seguida, às 8h30, foi distribuído o tradicional bolo comemorativo, preparado pela tradicional organização Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências (Sarca). Em seguida, ao meio-dia, será rezado o Ângelus seguido de missa, presidido pelo padre João Damasceno. Às 15h, será rezado o Terço da Misericórdia e em seguida missa solene transmitida pela Rádio Catedral, da Arquidiocese do Rio.

Dando sequência à programação, no próximo domingo, (16), às 19h30, o Santuário terá uma cerimônia pelo Dia Mundial da Alimentação, com o objetivo de alertar para a importância do acesso à alimentação adequada e saudável, que é um direito de todo ser humano. Ao final, o monumento ao Cristo Redentor terá uma iluminação especial na cor azul clara.

Na semana seguinte, no dia 20, às 20h, será realizado o show “Nossa Voz”, com o padre Omar e o Grupo Dó Ré Mi, na casa de shows Qualistage, na Barra da Tijuca. O espetáculo, que terá renda revertida para os projetos sociais atendidos pelo Santuário do Cristo Redentor, é um grande agradecimento à vida através das canções do Rei Roberto Carlos.

Encerrando as festividades, o Setor Cristo Sustentável promoverá a Ação de Amor do Cristo Redentor de 20 a 22 de outubro, na Basílica Santuário Arquidiocesano Mariano de Nossa Senhora da Penha de França, no bairro da Penha, com início todos os dias às 9h e encerramento às 15h.

A Ação de Amor do Cristo Redentor é um projeto itinerante, que leva serviços de saúde, habitação, trabalho, educação e cidadania à população em situação de vulnerabilidade social.

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Por Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil – Foto: Tomaz Silva/Ag. Brasil

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Exposição em São Paulo mergulha na diversidade das línguas indígenas

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Com o cariçu, uma espécie de flauta, nas mãos, um grupo de indígenas começa a encantar quem passa pelos corredores de uma das salas do Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista. Ao som desse instrumento, eles vão dançando e percorrendo a nova exposição em cartaz no museu, toda dedicada às mais de 175 línguas indígenas que ainda são faladas no Brasil.

Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação entra em cartaz nesta quarta-feira (12), feriado nacional, e fica até 23 de abril. Com curadoria da artista, ativista, educadora e comunicadora indígena Daiara Tukano, a mostra propõe uma imersão nas dezenas de famílias linguísticas às quais pertencem as línguas faladas hoje pelos povos indígenas do Brasil.

A exposição também marca no Brasil o lançamento da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032), instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em todo o mundo.

A curadora Daiara Tukano na abertura da exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, no Museu da Língua Portuguesa.
A curadora Daiara Tukano, na abertura da exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação – Rovena Rosa/Agência Brasil

Balançando o maracá [uma espécie de chocalho], Daiara começa a cantar as palavras da língua Guarani Mbya que dão nome à exposição: Nhe’ẽ, Nhe’ẽ, Nhe’ẽ Porã. Ela então explica que o nome significa “boas palavras, bons pensamentos, bons sentimentos, palavras doces que vêm de coração para tocar o coração de cada pessoa”.

“Gostaria de saudar os mais de 5 mil povos indígenas ao redor do mundo, cujos territórios protegem mais de 80% da biodiversidade do nosso planeta. Falar dos povos indígenas e das línguas indígenas é falar da vida, é falar da diversidade e da sabedoria de andar por este mundo com respeito por tudo que há nos rios, florestas, montanhas e mares”, disse Daiara, ao apresentar a exposição a jornalistas.

Daiara lembrou que o mundo vive hoje a maior extinção em massa, provocada pelas grandes mudanças climáticas. “São os povos indígenas que têm estado sempre à frente para a defesa de toda essa vida. Não estamos só falando da beleza das línguas, mas também convidando a todos nós a olhar para cada árvore, a se banhar no rio, a beber uma água pura, a apreciar cada história. Cada língua é um universo de sabedoria, uma filosofia de vida, um infinito conhecimento”, ressaltou a curadora.

Não são apenas belas palavras que ilustram a exposição. Sons, fotografias, vídeos e objetos indígenas – entre os quais trabalhos de Denilson Baniwa, Jaider Esbell e Paulo Desana – são aqui apresentados para contar a história desses povos, mostrando sua identidade e cultura, memórias e trajetórias de luta e de resistência.

A exposição tem uma lógica circular, não importando onde é o começo ou o fim. Em um desses espaços, há uma floresta de línguas indígenas, onde o visitante poderá conhecer a sonoridade de cada uma.

Ao lado, está o espaço Língua e Memória, que retrata o histórico de contato, violência e conflito decorrentes da invasão aos territórios indígenas. É ali que se encontra o monumental trocano, um tambor feito de uma tora de madeira, que, durante a visita, foi tocado pelos indígenas que participaram da sessão de abertura da exposição.

Exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, com curadoria de Daiara Tukano, no Museu da Língua Portuguesa.
Indígenas tocam o trocano, instrumento feito com tronco único de madeira, na sessão de abertura – Rovena Rosa/Agência Brasil

“É a primeira vez que estou vindo [ao Museu da Língua Portuguesa]. Estou encantada. Eu ajudei no processo de organização, mas não tinha visto como tinha ficado, e é emocionante ter as línguas indígenas aqui como um espaço reconhecido e privilegiado dentro do museu”, disse Altaci Corrêa Rubim, representante dos povos indígenas da América Latina e do Caribe no GT da Unesco e professora da Universidade de Brasília.

Altaci é do povo Kokama, que vive no Alto Solimões, no Amazonas. “Queremos, com isso, dar visibilidade à diversidade cultural e linguística dos povos indígenas no Brasil. Que todos possam ter outro olhar sobre os povos indígenas”, disse ela, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Altaci, poucas pessoas falam o Kokama atualmente no Brasil. “Estamos em um processo de fortalecimento. Perdemos mais de 70 anciãos durante a pandemia. E isso foi um baque para uma língua que está em fortalecimento. Por outro lado, isso também nos fortaleceu, porque somos um povo da tríplice fronteira – Brasil, Peru e Colômbia. E unimos forças com o povo do Peru para continuarmos fortalecendo nossa língua”, acrescentou.

Quem também visitou o museu pela primeira vez foi Ytatxĩ Guaja, da etnia Awa Guajá, que vive em Bom Jardim, no Maranhão. “Que bom termos recebido o convite. É a primeira vez que estou em São Paulo”, contou Ytatxi. “Essa exposição é muito linda. A gente queria muito ver isso, nesse momento de encontro no museu”, acrescentou. Sorrindo, Ytatxĩ disse à reportagem ter reconhecido a própria voz em uma das partes do museu que apresentam o som de palavras indígenas.

Em todo o percurso da mostra, é possível encontrar um educador indígena para ajudar o visitante a entender tudo o que está sendo exposto.

Em um desses pontos, um corredor azul com fotos de ancestrais indígenas, curandeiros e mestres da tradição, e que simula um rio, um educador explicou à reportagem da Agência Brasil a importância daquele espaço para a sua cultura: “Estas são pessoas para nos dar continuidade. Trazem a sabedoria do passado e nos jogam para o futuro”, afirmou.

Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas no site do museu.

O Museu da Língua Portuguesa tem entrada gratuita aos sábados.

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Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil

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Câmara aprova regras sobre guarda compartilhada de pets em caso de separação

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Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou, nesta terça-feira (11), um projeto que estabelece regras para a guarda compartilhada de animais em casos de divórcio ou dissolução de união estável.

O texto estabelece que nas ações para dissolver casamentos ou uniões estáveis, o juiz pode fixar direitos e obrigações das partes em relação aos animais de estimação.

Ainda segundo o projeto, o acordo estabelecido entre os donos poderá fixar diversos pontos referentes aos animais como condições de moradia, dias e horários para visitas e responsabilidade pelo pagamento de despesas.

Segundo a pasta, o dono que não tiver a guarda do animal poderá visitá-lo, além de fiscalizar a posse e comunicar o descumprimento de obrigações.

Se as condições fixadas para conceder a guarda do animal forem descumpridas, o projeto prevê que o responsável poderá perder parte dos direitos sobre o animal ou sua posse. O texto prevê também o encaminhamento dos animais a abrigos. O prazo para as regras entrarem em vigor é de 60 dias após a publicação.

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Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Rovena Rosa/Ag. Brasil

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Vestibular Unesp 2023 prorroga as inscrições até quinta-feira

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As inscrições para o Vestibular 2023 da Universidade Estadual Paulista (Unesp) foram prorrogadas até as 23h59 da próxima quinta-feira (13), com 7.680 vagas em 24 cidades de todas as regiões do estado de São Paulo. Os candidatos podem se cadastrar pelo site da Fundação Vunesp, onde está disponível o Manual do Candidato, com todas as informações sobre a seleção.

A taxa de inscrição é de R$ 192 e deverá ser paga até o dia 14 de outubro. Quem se cadastrou antes da prorrogação poderá acessar a página da Vunesp e fazer o pagamento até o dia 14, gerando novo boleto ou pagando por meio de cartão de crédito. Segundo a organização do vestibular, a Unesp oferece redução de 75% da taxa aos estudantes matriculados no último ano do ensino médio da rede pública estadual paulista, deixando a inscrição por R$ 48.

Os resultados dos pedidos de isenção ou redução de 50% da taxa foram divulgados em 26 de setembro. Os contemplados com a isenção já estão automaticamente inscritos. Os beneficiados com a redução deverão efetuar o pagamento da taxa de R$ 96.

O Sistema de Reserva de Vagas para Educação Básica Pública (SRVEBP) destina 50% das vagas de cada curso de graduação da Unesp para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública, sendo que 35% das vagas desse sistema são destinadas aos candidatos que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas.

O calendário da Unesp prevê provas em 35 cidades, sendo 31 no estado de São Paulo. A primeira fase será realizada em 15 de novembro (feriado nacional). A segunda fase será aplicada em 19 de dezembro (segunda-feira). O resultado final será divulgado em 1º de fevereiro de 2023.

Os cursos da Unesp são oferecidos nas seguintes cidades: Araçatuba (140 vagas), Araraquara (855), Assis (405), Bauru (1.085), Botucatu (600), Dracena (80), Franca (410), Guaratinguetá (310), Ilha Solteira (470), Itapeva (80), Jaboticabal (280), Marília (475), Ourinhos (80), Presidente Prudente (640), Registro (80), Rio Claro (485), Rosana (80), São João da Boa Vista (80), São José do Rio Preto (460), São José dos Campos (120), São Paulo (185), São Vicente (80), Sorocaba (80) e Tupã (120).

Para tirar dúvidas sobre o vestibular, o candidato pode fazer contato pelo “Fale Conosco” do site da Vunesp. Também pode acessar o site da página do vestibular da Unesp ou na página da Unesp.

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 Por Agência Brasil – Foto: Imagem Google Maps

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