Mais uma seleção para operador de atendimento de call center ocorre nesta quinta-feira (31), a partir das 9h no Ginásio Poliesportivo José Corrêa. A iniciativa é da empresa Liderança, em parceria com a Casa do Trabalhador de Barueri.
Os turnos de trabalho disponíveis são: de segunda a sexta das 8h às 14h20 ou das 14h20 às 21h e sábados das 9h às 15h20. Exige-se ensino médio completo, ser maior de 18 anos, possuir experiência comprovada em cobranças será um diferencial e residir em Barueri ou região.
A empresa oferece vale-transporte, vale-refeição, comissão, desconto em faculdades e parceria com o Sesc.
Compareça com currículo, caneta e documento com foto à Av. Guilherme Perereca Guglielmo, 1.000 (Centro). Somente serão atendidos os candidatos que chegarem até as 11h.
Por Edson Mesquita Jr/ZH Digital – Foto: Divulgação/SECOM-Barueri *Com informações Secretaria de Indústria e Comércio de Barueri
A Secretaria de Mobilidade Urbana de Barueri (Semurb) conheceu na quinta-feira (dia 24) de perto o projeto da CCR ViaOeste que prevê a remodelação do sistema viário da Rodovia Castello Branco, que atende à demanda de tráfego de Barueri. A reunião, que aconteceu na sede da CCR, teve o objetivo de estudar as principais estratégias de remanejo de trânsito previstas durante obra que deve começar neste ano.
Reunião entre as equipes da CCR ViaOeste e Semurb – Foto: Divulgação/SECOM-Barueri
A obra, que está a cargo do governo estadual, prevê a extensão das vias marginais na Rodovia Castello Branco partindo do km 23, em Alphaville, até o km 32, na entrada da Aldeia da Serra, e promete desafogar o trânsito na região. Essa é mais uma obra que irá se concretizar graças a insistência da Prefeitura de Barueri junto ao governo do Estado.
O gerente executivo de Atendimento da CRR, Daniel Daneluz, um dos responsáveis pelo projeto, destaca a importância da parceria com a Prefeitura de Barueri, por meio da Semurb, durante a execução da obra.
“Barueri é um dos nossos maiores parceiros em todas as ações, não só nas questões de infraestrutura e melhorias, mas também nas ações de segurança viária. As intervenções gerarão impactos no município e na Rodovia, então esse trabalho de entendimento do que vai acontecer é importante para planejar e minimizar os impactos”, reforça.
Semurb preparada O secretário da Semurb, Valter de Oliveira, ao lado do secretário adjunto, Carlos Leal, e do coordenador de Mobilidade Urbana, José Luiz Pinheiro Oliveira, analisou quais seriam a principais mudanças que ocorrerão no tráfego antes e durante a execução das obras.
Ao centro, Secretário de Mobilidade Urbana, Valter Oliveira, analisa planta da obra viária. – Foto: Divulgação/SECOM-Barueri
“Essa reunião foi positiva porque viemos conhecer como é o projeto e como vai se desenvolver, com a intenção de minimizar os prejuízos e avisar o munícipe sobre o desenrolar da obra. Estamos preparados para tomar as decisões que diminuam o impacto da obra, tanto para a Rodovia quanto para o município”, disse Valter Oliveira.
Sobre a obra A reformulação viária da Rodovia Presidente Castello Branco irá contemplar melhorias na altura do km 22, passando pela região do Trevo de Alphaville à extensão das pistas marginais até a região da Estrada dos Romeiros. A remodelação prevê a implantação de uma faixa adicional do km 26 (acesso ao Centro de Barueri) até o km 32.
A Prefeitura de Santana de Parnaíba, abriu nesta segunda-feira (28), as inscrições para os comerciantes que desejam vender comidas e bebidas na praça de alimentação, nos dias das apresentações do Drama da Paixão.
Os comerciantes podem fazer a inscrição até a próxima quinta-feira, 31 de março, pelo site www.santanadeparnaiba.sp.gov.br. As apresentações do Drama da Paixão ocorrerão nos dias 14, 15 e 16 de abril, às 20h30, na barragem Edgar de Souza, localizada na Estrada dos Romeiros, km 40 – Portão 2.
O Drama da Paixão é um dos maiores espetáculos ao ar livre do Brasil e o maior do estado de São Paulo. A expectativa é que dezenas de milhares de pessoas prestigiem os três dias de apresentação.
A Prefeitura de São Paulo, por meio das unidades do Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo, finaliza o mês de março com mais de 400 vagas para diferentes postos de trabalho nas áreas de comércio, serviços e construção civil. Os interessados têm a opção de verificar o detalhamento das vagas pelo Portal Cate e fazer a inscrição até o dia 30 de março, às 18h, ou se dirigir a uma das 26 unidades na capital, das 8h às 17h.
Os jovens que buscam se recolocar na área de atendimento/telemarketing encontram 20 vagas para estagiários, na região da República. A remuneração é de R$ 600 mensais e o candidato deverá estar cursando o ensino médio. Os selecionados serão responsáveis pelo controle e acompanhamento de planilhas, cadastramento de informações em sistema e atendimento e suporte ao cliente.
Também há 20 vagas para controlador de acesso. O cargo exige pelo menos seis meses de experiência e o salário pode chegar a R$1.607. O cargo exige que o contratado seja responsável por controle e cadastro de pessoas e veículos em portarias de condomínios residenciais e comerciais, realizando cadastro em sistema de segurança.
O cargo de auxiliar de limpeza oferece mais de 50 vagas, sendo necessário ter experiência e ensino fundamental completo, com valor mensal chegando em torno de R$1.796. A vaga prevê que a pessoa tenha que realizar limpeza do prédio e a manutenção do ambiente de trabalho através de reposição de material de higiene.
Diversidade
Entre as vagas disponíveis no Cate para trabalhadores imigrantes ou refugiados estão 20 oportunidades para atendente no comércio. As empresas contratantes estão na região oeste da capital, sendo necessário o ensino fundamental ou equivalente.
Estão disponíveis também 10 vagas para condutor de ambulância. O salário médio é de R$ 1.400, sendo exigido dos candidatos a escolaridade entre fundamental e médio, carteira de habilitação para exercer a atividade e cursos na área de emergência.
O Cate Central possui atendimento especializado aos candidatos imigrantes e refugiados, inclusive com atendentes bilíngues. Para orientação sobre documentação para o cidadão que chega ao Brasil, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania disponibiliza o Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes. Informações pelo telefone 55 (11) 2361-3780 / +55 (11) 2361-5069 ou email: crai@prefeitura.sp.gov.br.e para assuntos sobre regularização migratória: gestao.crai@sefras.org.br
Serviço
Processo seletivo
Dia: até 30 de março, às 18h
Local:Portal Cate ou nas 26 unidades do Cate, das 8h às 17h.
Fonte/texto: SECOM- Prefeitura de São Paulo – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
São sete as oportunidades de emprego da Casa do Trabalhador de Barueri nesta semana. A partir da terça-feira (29/03), os interessados devem comparecer ao local da entrevista, no horário indicado.
As vagas são de empilhador, vigilante, operador de telemarketing, auxiliar logístico, auxiliar administrativo, operador técnico e auxiliar de limpeza. Os salários chegam a R$ 1.656,00. É importante que o candidato chegue no horário indicado, sem atraso, munido de documentos de identificação.
A Univesp, em parceria com a Prefeitura de Carapicuíba, iniciou nesta semana as inscrições para o vestibular de 2022. A data limite para se inscrever é 25 de abril.
Ao todo, são 300 vagas, sendo elas destinadas para os níveis de bacharelado, licenciatura e tecnólogo, para distintas áreas de atuação, além do acréscimo de dois novos cursos: administração e processos gerenciais.
O polo Carapicuíba fica localizado no Plaza Shopping Carapicuíba, na Estr. Ernestina Vieira, 149 – Vila Dirce, mas as inscrições para o vestibular devem ser realizadas pelo link:https://univesp.br/vestibular.
A prova objetiva e a redação serão realizadas no dia 22 de maio, às 13h. Os locais oficiais serão divulgados no dia 13 de maio. O início das aulas está previsto para agosto de 2022.
Nesta segunda-feira (28), começa a Campanha de Vacinação Contra a Gripe para idosos com 80 anos ou mais. Na semana seguinte, no dia 4, poderão ser vacinados idosos acima dos 60 anos e trabalhadores da saúde. Crianças, maiores de seis meses e menores de 6 anos, gestantes, puérperas e professores serão vacinados em maio.
Em Itapevi, a imunização acontece em todos os 15 postos de saúde, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Saúde da Família (USF), de segunda a sexta-feira, das 9h às 15h. O objetivo é imunizar pelo menos 90% dos grupos prioritários. No Estado de São Paulo, a estimativa é vacinar 16,6 milhões de pessoas.
A vacina do Butantan contra a influenza é trivalente e 100% nacional, composta pelos vírus H1N1, a cepa B e o H3N2, do subtipo Darwin, que causou os surtos localizados no final do ano passado.
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
Alergia a ovo
A vacina é contraindicada para pessoas com histórico de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados. É importante procurar o médico para mais orientações.
Confira o calendário de vacinação contra a gripe em Itapevi:
– 28 de março: Idosos acima dos 80 anos;
– 4 de abril: Idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde;
– 2 de maio: Crianças acima de 6 meses a menores de 5 anos de idade; gestantes e puérperas;
– 9 de maio: Indígenas, professores, pessoas com deficiência e pessoas com comorbidades;
– 16 de maio: forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema prisional, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários.
Com o objetivo de promover a inclusão e oferecer novas formas de se comunicar, a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Barueri (SDPD), de 28 a 31 de março está com inscrições abertas para a nova fase da Oficina de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Os interessados em participar devem ter idade a partir de 12 anos e podem optar entre três modalidades: básico, básico com ênfase em sinais na área da Saúde ou da Educação.
O curso inicia dia 5 de abril e acontecerão uma vez por semana na SDPD nos períodos da manhã e tarde, dependendo da modalidade escolhida. Para saber detalhes sobre os horários e fazer a inscrição, clique AQUI.
Foto: Divulgação/SECOM-Barueri
Parcerias A SDPD, em parceria com a Secretaria da Mulher, com a Paróquia Nossa Senhora da Escada e a empresa Brasil Gráfica, também oferecerá aulas de Libras nível básico gratuitas nessas unidades (inscrições encerradas).
A proposta das parcerias é expandir o acesso à Língua Brasileira de Sinais e assim auxiliar a comunicação com público que tem deficiência auditiva.
A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência fica na rua vereador Isaias Pereira Souto, 175, no Jardim Belval. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4194-4939.
A história econômica registra que desde os tempos do Brasil colônia, Barueri foi palco de conflitos entre colonos e índios. O fim das lutas pela posse da terra, com a prevalência dos fazendeiros, e a extinção do aldeamento que existia então, fez com que a região sobrevivesse precariamente da agricultura, principalmente da cultura de trigo.
Com a construção da Estrada de Ferro Sorocabana em 1870, a região ganha sua estação ferroviária tornando-se entreposto de cargas, sendo uma importante ligação entre a capital São Paulo com o território de Parnaíba (que depois se chamaria Santana do Parnaíba), a qual abrigava na época o distrito de Barueri.
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Com a fundação da cidade de Barueri no final da década de 40 do século passado e seu descolamento institucional de Santana do Parnaíba, o município viveu décadas de dificuldades econômicas ao mesmo tempo que assistia ao seu crescimento populacional, o que a colocava na incômoda situação de cidade-dormitório. Com poucas opções de emprego, os baruerienses trabalhavam principalmente na capital São Paulo.
No início de sua vida como cidade, Barueri viveu anos de estagnação tendo por principal fonte de recursos os tributos de quatro empresas de porte. Situação bastante complicada ainda mais quando se considera que, ao se emancipar, Barueri recebeu a área pertencente ao então distrito de Carapicuíba (que se separaria de Barueri em 1965). Carapicuíba, à época, tinha o dobro da população de Barueri e nenhuma receita própria.
A separação administrativa de Carapicuíba fez com que Barueri conseguisse alguns recursos para investimentos públicos, como a retificação do curso do rio Barueri Mirim entre o centro e o Belval. A precariedade era tanta que o primeiro trator, comprado em 1967, para abrir ruas e fazer a manutenção das vias foi até batizado pelo padre.
Castello Branco dá novo rumo Uma primeira guinada significativa em direção ao crescimento de Barueri aconteceu em 1968, com a inauguração da rodovia Castello Branco. A estrada então fez com que a cidade ficasse mais facilmente ligada à capital e também ao interior do Estado. As margens da rodovia foram valorizadas e surgiram mais bairros.
Mas o problema da falta de oportunidades de trabalho para seu considerável contingente habitacional seguia deixando Barueri na desconfortável condição de cidade fornecedora de mão de obra para outras localidades. E com uma receita própria bastante modesta para os desafios que a municipalidade tinha pela frente.
No entanto, foi justamente de uma área próxima com a Castello Branco que veio o ponto de virada de Barueri. Em 1973, a cidade aprovou a permissão para instalação de condomínios industriais com sua nova lei de zoneamento, que reduzia sensivelmente os tributos municipais para novos investimentos.
A iniciativa permitiu a instalação de polos empresariais como os de Tamboré, Alphaville, Jubran, Votupoca e Jardim Califórnia. Para se ter uma ideia, o bairro de Alphaville, com inúmeras empresas de porte e condomínios de alto padrão, é o principal arrecadador de tributos do município.
A partir de então, a cidade passou a abrigar sedes de grandes empresas e tornou-se um centro empresarial de referência no país. Com uma política fiscal e tributária agressiva, tem um dos mais baixos índices de cobrança do imposto sobre serviços (ISS), com alíquotas que variam entre 2% e 3%. É a 14ª cidade mais rica do Brasil, com um Produto Interno Bruto (PIB) maior do que 18 capitais estaduais e grandes cidades no interior do país.
“O que Barueri fez ao longo desses anos de emancipação é muito impressionante: passou de cidade-dormitório para um dos principais polos econômicos do país! A cidade hoje representa oportunidade de trabalho e expansão para muita gente, afinal, reúne um parque industrial, comercial e até residencial dos mais amplos e diversificados”, ressalta o secretário de Indústria, Comércio e Trabalho do município, Joaldo Macedo Rodrigues (Magoo).
Hoje Barueri tem um parque industrial desenvolvido, que aponta para um novo vetor de crescimento da cidade. Com quatro parques empresariais – Alphaville e Tamboré, Jardim Califórnia, Jardim Belval, Votupoca e Jardim São Luiz -, as vantagens competitivas de Barueri seguem sendo a proximidade com a capital paulista e rota para o Mercosul, sua política de tributação baixa, oferta de mão de obra qualificada e uma boa infraestrutura viária.
Conforme o secretário de Planejamento e Urbanismo de Barueri, Nilton de Souza, a linha de atração de empresas segue firme, sendo que um dos objetivos da gestão municipal daqui para frente é dotar a cidade de uma melhor infraestrutura viária.
As vantagens competitivas de Barueri foram identificadas em 2019 pela consultoria de mercado Urban Systems. A empresa fez um levantamento que destacou alguns pontos que confirmam ser o município como um interessante destino para investimentos.
A consultoria chegou à seguinte conclusão sobre Barueri: primeiro lugar no ranking de investimentos de cidades; é o quarto melhor município do país para se fazer negócios no país e tem um atrativo piso mínimo de 2% na alíquota de impostos. Em São Paulo, por exemplo, o patamar mais baixo para cobrança parte de 5%. Além disso, Barueri está há apenas 30 minutos de São Paulo e tem indicativos de qualidade de vida muito bons para os moradores.
Tais atrativos, conforme aponta o secretário Nilton, têm atraído empresas bastante afinadas com os novos tempos. Ele cita a procura pela cidade para a instalação de grandes galpões por parte das empresas de logística e de comércio on-line, que necessitam de amplos espaços para armazenar mercadorias.
Para o secretário de Planejamento, as dificuldades de Barueri, num espectro mais amplo, estão justamente nos gargalos burocráticos externos que prejudicam a aprovação de projetos. Entraves, ou mesmo trâmites legais e burocráticos, que demandam tempo e não estão sob o controle da gestão municipal.
Souza cita a situação dos grandes empreendimentos, que dependem de alvarás de órgãos estaduais e federais, como Sabesp, Cetesb ou a Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo), que aprova projetos para implantação de condomínios verticais com até 200 unidades habitacionais e área de terreno inferior a 50.000 m².
“Muitas vezes a aprovação de um projeto demora um ou dois anos”, comentou o secretário, que é arquiteto, barueriense, com 44 anos de profissão e testemunha e agente das mudanças na cidade.
Um exemplo de cidade atraente para se viver está na trajetória do paraibano Francisco Braga, tradicional comerciante no município: “Barueri foi escolhida por mim e minha família pelo calor acolhedor. Tive todas as dificuldades que se possa imaginar ao longo desses anos, mas não escolheria outro local para viver e trabalhar, pois foi nessa cidade onde tive oportunidade de sonhar com um futuro”, declara o comerciante.
O aldeamento de Barueri foi o maior de São Paulo por causa do grande contingente populacional na região. A presença de inúmeras tribos indígenas, que abasteceriam os colonos com mão de obra abundante, foi central para a formação posterior do povoado no início da colonização.
As fazendas Tamboré e Mutinga foram oriundas de terras aforadas do aldeamento de Barueri. Aforamentos foram as concessões em que o senhorio (proprietário da terra) é o titular do domínio direto e o foreiro da utilização. Na época, a região integrava a capitania de São Vicente. O aldeamento de Barueri foi fundado entre os séculos XVI e XVII, mesma época dos de Pinheiros, São Miguel, Guarulhos, Escada, Itaquaquecetuba, Embu, Carapicuíba e Itapecerica.
O surgimento “institucional” do aldeamento de Barueri, no entanto, é controverso. Acredita-se que surgiu a partir da doação de uma sesmaria feita ao governador Jerônymo Leitão, em 1557, que criou a Fazenda Baruery. As sesmarias eram terrenos pertencentes a Portugal e entregues para ocupação e cultivo das terras.
Leitão, por sua vez, teria doado a fazenda Baruery aos jesuítas, que ali instalaram índios de Pinheiros e São Miguel. Uma carta do padre José de Anchieta a Manoel da Nóbrega (líder da primeira missão dos jesuítas na América), em 1560, tratava da instalação de índios em terras que provavelmente seriam as da Fazenda Baruery.
Porém, alguns registros apontam que o jesuíta João de Almeida teria sido o fundador do aldeamento, em 1610, e outros que Pero Lopes de Sousa (irmão de Martim Afonso de Souza, o fundador de São Vicente) recebeu uma carta de sesmaria do território que compreendia os aldeamentos de Pinheiros, São Miguel, Carapicuíba e Barueri que, em 1580, doou essas terras aos índios. Desde então, o aldeamento foi administrado pelos jesuítas que durante décadas praticaram a agricultura na região.
O jesuíta, poeta, escritor e historiador português Serafim Soares Leite, que escreveu uma extensa obra seminal sobre a Companhia de Jesus no Brasil, apontou que a fundação da Aldeia de Nossa Senhora da Escada de Barueri, ou Marueri, aconteceu na primeira década do séc. XVII. Na época, os padres Afonso Gago e João de Almeida instalaram ali cerca de 1.500 índios carijós.
Há, no entanto, outras interpretações da história que apontam pequenas variantes na narrativa sobre o processo de fundação de Barueri. Mas é consenso que, instalado às margens do Tietê, o aldeamento de Barueri incentivou a ocupação de terras ao longo do rio e a expansão da colonização em direção ao interior do país.
Por causa de sua extensão, localização geográfica e a quantidade de tribos indígenas, o aldeamento de Barueri era cobiçado pelos colonos e fazendeiros, gerando conflitos constantes entre particulares, eclesiásticos e a Coroa portuguesa.
Como erguia-se um aldeamento naqueles tempos? Primeiro construía-se a capela, depois as habitações dos catecúmenos (aqueles que se preparavam para receber o batismo) e, a partir de então, os jesuítas administravam o local. No caso de Barueri, anos depois de os jesuítas da Companhia de Jesus cuidarem da região. Mas por disputas políticas, desde 1759 o Marquês de Pombal, secretário de Estado do rei Dom José I, iniciou a expulsão dos jesuítas do país e com a extinção da Ordem pelo Papa Clemente XIV, em 1773, a administração do aldeamento passou para os carmelitas.
Na primeira década do séc. XVII, o aldeamento de Barueri já era o principal bairro do distrito de Parnaíba, que em 1625 seria elevado à condição de vila. Mas, apesar de mais próximo de Parnaíba, o aldeamento seguiu sob jurisdição administrativa da vila de São Paulo, o que gerava disputas entre uma vila e outra pela posse de Barueri.
A indefinição jurídica do aldeamento a respeito de sua localização motivava os conflitos, assim como a grande quantidade de indígenas na região – mão de obra barata e abundante para os cultivos – e a cultura de produção de trigo na capitania. Aliás, eram os fazendeiros produtores de trigo, os triticultores, das áreas de Quitaúna, Carapicuíba e Cotia os interessados na mão de obra indígena.
Os próprios jesuítas eram grandes proprietários de terra e produtores de trigo. Como detinham a administração do aldeamento, controlavam a mão de obra dos índios. Inconformados, os colonos chegaram a pedir a remoção dos jesuítas da região alegando que esses haviam desvirtuado a função dos aldeamentos (fornecer mão de obra aos colonos) ao tornarem-se os próprios religiosos produtores. Neste cenário, os fazendeiros não conseguiam competir com os jesuítas na produção de trigo.
As disputas entre jesuítas e colonas, tanto em relação à posse do aldeamento quanto ao acesso à mão de obra indígena, foram marcados pela violência. Em 1633, por exemplo, o bandeirante Antonio Raposo Tavares invadiu Barueri, destruiu o que encontrou pela frente e expulsou os padres e levou os índios.
Foi no século XVIII que a política adotada para as terras valorizou a posse efetiva da terra como principal determinante para a aquisição da posse legalizada. O resultado disso foi o avanço do colonizador sobre as terras indígenas, que resultou na decadência dos aldeamentos, que não tinham mais o mesmo contingente populacional uma vez que muitos índios seriam transferidos para as regiões de minas e na diminuição da incorporação de índios vindo dos sertões para os aldeamentos.