Uma dúvida comum entre muitos profissionais é a razão de não passar nos processos seletivos, apesar de terem todas as qualificações exigidas. O que muitos não sabem, é que o candidato precisa se diferenciar antes mesmo de chegar a fase de entrevista, uma vez que ao ser chamado terá mais uma oportunidade de mostrar outros aspectos, além de contar mais detalhes de sua história profissional.
“O que mais ouvimos dos candidatos é “tenho todos os requisitos e fui reprovado”, mas o profissional precisa ter em mente que ter as experiências e habilidades exigidas pela vaga não garante uma aprovação automática, uma vez que são muitos candidatos que também possuem o perfil e estão concorrendo a mesma vaga, não se trata de uma corrida de quem chega primeiro, mas de quem consegue se diferenciar nessa jornada” explica Débora Herdeiro, Gerente de Operações da Luandre RH.
Ela acrescenta que durante a entrevista de emprego, o recrutador analisa ainda as experiências e desafios profissionais, as principais conquistas no emprego anterior, quais as expectativas a médio e longo prazo e o perfil do candidato — se ele é mais comunicativo, introspectivo, criativo, expansivo ou centrado. Dependendo do tipo de vaga, ainda são realizados alguns testes para analisar aspectos comportamentais que serão fundamentais para o desenvolvimento do trabalho.
Outro ponto importante é a sinceridade. O candidato precisa ser honesto sobre suas expectativas e analisar se tudo o que foi proposto pela empresa faz sentido para ele, a fim de que as expectativas das duas partes sejam atendidas.
“Se por algum motivo perceber que aquela vaga não condiz com o que esperava, falar abertamente com o recrutador é o melhor caminho. Buscamos candidatos que correspondam aos requisitos, mas para termos sucesso na contratação, a vaga também precisa atender ao profissional”, recomenda a especialista.
Para aumentar as chances de ser selecionado, o currículo também é parte essencial. Informações de experiências anteriores são importantes para que o recrutador entenda as atividades já realizas pelo candidato. As informações devem ser claras e objetivas. Além disso, o uso de palavras-chave sinaliza conhecimento na área e permite que o profissional seja identificado mais facilmente entre os demais. Para quem ainda não tem experiência, adicionar projetos e ações sociais é algo extremamente válido, além de cursos e trabalhos de faculdade.
Abaixo um checklist para aumentar as chances de ser contratado:
Nunca fale mal da antiga empresa ou pessoas do círculo profissional. Hora da entrevista não é sessão de terapia para desabafos pessoais.
Faça uma lista dos pontos fortes da sua carreira profissional.
Durante o primeiro contato com o recrutador, envie seu portfólio com trabalhos passados que ressaltem seus diferenciais competitivos.
Pesquise sobre a empresa à qual vai se candidatar.
Revise seu currículo e observe se constam palavras-chaves.
Em caso de dúvida, pergunte ao recrutador. Isso demonstra interesse do candidato.
Hoje na Luandre temos mais de 4 mil vagas abertas para pessoas com e sem experiência em todo país com salários de 1.500 a 9.500 reais. Os candidatos interessados devem se candidatar gratuitamente pelo site candidato.luandre.com.br.
Criado em 2015, o Setembro Amarelo visa conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e a prevenção ao suicídio. Ao redor do mundo, o movimento também existe e ganha a cada ano maior visibilidade. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, 700 mil pessoas acabaram com a própria vida – número que representa uma em cada cem mortes registradas.
“O Setembro Amarelo é uma campanha fundamental na prevenção do suicídio porque estamos em um momento em que a saúde mental da população vem se deteriorando”, explica Filipe Colombini, psicólogo e fundador da Equipe AT. “O nosso país é um dos que apresenta maiores índices de depressão em toda a América Latina. De acordo com a OMS, 5,8% dos brasileiros sofre da doença que, quando não tratada, pode levar ao suicídio”, afirma.
Particularmente no Brasil, o percentual de pessoas que tiram a própria vida vem crescendo demais. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2019, ocorreram 112.230 mortes por suicídio, sendo que, no período, houve um aumento de 43% no número anual de vítimas; de 9.454, em 2010, para 13.523 em 2019.
Segundo Colombini, os fatores que podem levar ao suicídio são muitos e costumam variar de pessoa para pessoa. Conforme ele, entre essas condições estão sofrer de algum transtorno mental, abuso de álcool ou drogas, ter uma doença grave ou limitativa, ter sofrido uma perda recente e, ainda, ter dificuldade para socialização. “O grande objetivo da prevenção é conscientizar as pessoas que convivem com quem possa estar com ideações suicidas”, afirma Colombini. “Assim, essa rede de apoio, além de ficar atenta aos sinais de alerta para agirem na prevenção, vai também saber acolher a pessoa e ajudá-la a procurar ajuda profissional”, diz o fundador da Equipe AT.
Mas quais são os sinais que podem indicar que uma pessoa está pensando em se matar? O especialista conta que mudanças bruscas de hábitos e de rotina, isolamento social, irritabilidade, pessimismo, apatia, dificuldade em sentir prazer na vida, sentimentos de culpa e padrões alimentares e de sono desregulados são alguns dos indícios mais comuns em pacientes com esse quadro psicológico.
Mas Colombini alerta, ainda, que o suicídio costuma ser um problema silencioso porque é comum que a pessoa se isole cada vez mais, fazendo com que seja mais difícil de identificar a gravidade da situação. “Justamente por ser um tabu na sociedade, pessoas com tendências suicidas costumam sentir vergonha da sua própria situação e passam a se sentir ainda mais isolados e sozinhos”, diz Colombini. “Por isso, é de extrema importância a mídia e a população em geral discutirem abertamente o tema. Com isso, haverá uma maior conscientização sobre os sinais de ideação suicida, além da diminuição do preconceito sobre falar e tratar do assunto”, conclui o especialista.
Serginho Chulapa, ídolo do Santos, foi solto na noite dessa quarta-feira (13) após ser preso por não pagar pensão alimentícia. Ele foi liberado depois de efetuar o pagamento do que devia.
Segundo o boletim de ocorrência, Chulapa foi preso por um policial militar em um posto de gasolina na cidade de Santos enquanto o agente realizava uma patrulha de rotina.
O PM tinha conhecimento de que havia um mandado de prisão em aberto e encaminhou o ex-atleta para a delegacia na terça-feira (12).
Ele foi encaminhado para a Central de Polícia Judiciária, e em seguida, para a Cadeia Pública.
Até agosto do ano passado, o ex-atleta estava como auxiliar fixo da comissão técnica do Peixe.
Agora, faz parte do time de ídolos eternos do clube, grupo que também conta com outros ex-jogadores e que recebe um valor fixo mensal e outro por participação em eventos nos quais representam a equipe.
A Justiça de São Paulo concedeu nesta quarta-feira (13) uma liminar suspendendo a lei sancionada no mesmo dia pelo governador Tarcísio de Freitas que obriga bares e restaurantes do estado a fornecer água filtrada gratuita aos clientes. A liminar atende a ação de inconstitucionalidade movida pela Confederação Nacional do Turismo (CNTur),
Na ação, a entidade alegou que a norma viola o princípio da razoabilidade, porque representa intromissão do Estado no exercício de atividade econômica privada e de livre iniciativa, além de a imposição ser desproporcional. Segundo ainda a entidade, a medida reflete na diminuição do consumo de água mineral e até outras bebidas nos locais e atinge a receita dos estabelecimentos.
Segundo a desembargadora Luciana Bresciani, “ainda que o custo do fornecimento a água não seja exorbitante e danoso aos estabelecimentos, também não há dano irreparável aos consumidores e a coletividade se a água gratuita não for fornecida”.
O texto da lei sancionada por Tarcísio de Freitas define “reputar-se-á água potável filtrada para os efeitos dessa lei, a água proveniente da rede pública de abastecimento que, para melhoria da qualidade, tenha passado por dispositivo filtrante”. Determina também que os estabelecimentos sejam obrigados a afixar, em local visível aos clientes, cartaz e cardápio informando sobre a gratuidade da água potável filtrada.
O governo estadual informou que ainda não foi notificado da liminar.
A rede de desinformação vem aumentando a cada dia em Barueri, com o compartilhamento de inúmeras notícias falsas (fake news), em diversos grupos de WhatsApp e nas redes sociais de um modo geral.
Apenas neste mês de setembro, em 13 dias, recebemos inúmeras imagens e/ou notícias falsas em nossos canais. Em sua grande maioria, as fake news atacam o governo de Barueri ou algum político ligado à pré-candidatura de Beto Piteri.
Outro ponto de destaque, é a utilização de nossa logomarca e layout de nossa página na tentativa de chancelar a falsa notícia, por isso, vale destacar para que quem acompanha nosso trabalho independente, se atente aos erros na escrita e detalhes do nosso site e redes sociais.
Em contato com uma pessoa do alto escalão do governo municipal, que nos alertou sobre a utilização de nossa marca sem autorização, o mesmo alegou que “o desespero da oposição faz com que se criem essas falsas notícias, pode ter certeza que essas pessoas não tem o que fazer, pois se estivessem trabalhando não teriam tempo para criar fake news”, disse.
O combate à desinformação deve ser um compromisso de todos os cidadãos, principalmente, de pessoas que pretendem concorrer a algum cargo político, deste modo, salientamos que o Código Penal Brasileiro prevê três configurações de crimes ligados a boatos e mentiras, que podem causar multas e até detenção. São eles: calúnia, difamação e injúria.
Como identificar conteúdos enganosos
· Fique atento à fonte da notícia
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O Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, passa agora a ser feriado em todo o estado de São Paulo. A medida foi decretada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e publicada na edição desta quarta-feira (13) do Diário Oficial.
Até agora, cabia a cada um dos 645 municípios paulistas decidir se decretaria feriado na data. Na capital paulista, por exemplo, o Dia da Consciência Negra era considerado feriado municipal. Com a publicação do decreto estadual, a medida passa a valer, a partir de hoje, para todos os municípios de São Paulo.
Em 2003, com a publicação da Lei federal 10.639, que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, o Dia da Consciência Negra entrou no calendário escolar. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou a data como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, mas não considerou a data feriado nacional.
A data de 20 de novembro faz referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, pelas mãos de tropas portuguesas. Zumbi dos Palmares comandou a resistência de milhares de negros contra a escravidão, no Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, em Alagoas.
De acordo com o Anuário da Cachaça, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Brasil possui mais de 930 estabelecimentos que produzem cachaça. A bebida criada pelos senhores de engenho para compensar o baixo valor do açúcar foi capaz de incomodar até a Corte Real Portuguesa, que detinha o monopólio de vinhos e aguardente no Brasil, e decidiu proibir a produção e venda da cachaça em 13 de setembro de 1649.
A proibição causou revolta nos produtores que eram perseguidos e tinham que pagar impostos. Sendo assim, no dia 13 de setembro de 1661, eles tomaram o poder no Rio de Janeiro durante cinco meses e com isso surgiu a Revolta da Cachaça. “O episódio foi tão marcante que desde 2010, no Brasil, no dia 13 de setembro é comemorado o Dia Nacional da Cachaça”, explica Rafael Câmara, bartender parceiro da Weber Haus.
Além de carregar o DNA do país, a cachaça é uma bebida rica em histórias e curiosidades. Para quem quer conhecer um pouco mais sobre ela, Câmara listou algumas informações importantes sobre a cachaça e a sua trajetória, confira:
Essa é uma questão que sempre costuma ser motivo de dúvidas e discussões, já que existem algumas versões sobre o início da produção de cachaça no Brasil. A versão mais provável é que a cachaça tenha sido destilada pela primeira vez em 1516, na Feitoria de Itamaracá – Pernambuco.
– Origem da palavra
A palavra cachaça é um lusitanismo da palavra espanhola “cachaza”, que é um subproduto anterior à cristalização do açúcar. A palavra é, portanto, um brasileirismo usado no século XVI, para denominar nossa aguardente de cana.
Muitos não sabem, mas a cachaça surgiu antes do pisco, da tequila, do rum e do bourbon. Sendo assim, a cachaça é o primeiro destilado das Américas.
– A cachaça e as madeiras
A cachaça é o único destilado que utiliza mais de 30 tipos de madeira para armazenamento e envelhecimento, o que lhe confere uma rica variedade de cores, aromas e sabores.
– Seu uso na medicina empírica
Usada inicialmente contra o frio e a umidade, a cachaça foi ganhando vários empregos na medicina empírica: desde picada de cobra, fraqueza, constipação e malária.
– A caipirinha surgiu de um remédio caseiro na época da Gripe Espanhola
Um dos drinks mais populares no Brasil surgiu na verdade de um remédio caseiro na época da Gripe Espanhola. A pandemia que chegou no Brasil na metade de 1918, fez a população recorrer a uma mistura de aguardente com mel e limão para amenizar os sintomas da gripe. A partir dessa mistura surgiu o coquetel mais brasileiro que existe.
E para quem quer brindar o Dia da Cachaça apreciando um drink feito com a bebida, Câmara explica o passo a passo de uma receita exclusiva, confira:
Cachaça cravo e baunilha
Ingredientes
50ml Cachaça
25ml Jäegermeister
04 Gotas tintura de cravo e baunilha
Modo de preparo
Acrescente todos os ingredientes na coqueteleira. Bata com gelo por aproximadamente 10 segundos. Sirva coado com auxílio de uma peneira para uma taça de coupé. Finalize com uma folha de limoeiro.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) a temperatura máxima diária deve ultrapassar os 30°C, enquanto os índices de umidade podem ficar abaixo de 30%.
Nesta segunda-feira (11), os termômetros oscilam entre 31ºC e 17ºC. A tarde segue com sol e temperaturas ainda em elevação nas próximas horas. No final do dia, a nebulosidade aumenta com a chegada da brisa marítima, entretanto, não há condições de chuva.
Na terça-feira (12), o sol brilha forte o dia todo e o tempo fica quente. A mínima esperada é de 17°C e a máxima de 32°C, enquanto os índices de umidade devem atingir valores abaixo dos 30% no período da tarde.
A tendência se mantém na quarta-feira (13), e as temperaturas podem superar os 32°C. A umidade relativa do ar deve atingir valores abaixo dos 30% nas horas mais quentes.
As gotinhas que entraram para a história da imunização ao eliminarem a poliomielite no Brasil ganharam uma previsão de aposentadoria, e a substituição da vacina oral contra a doença pela aplicação intramuscular significará uma proteção ainda maior para os brasileiros.
No último dia 7 de julho, o Ministério da Saúde anunciou que vai substituir gradualmente a vacina oral poliomielite (VOP) pela versão inativada (VIP) do imunizante a partir de 2024. A decisão foi recomendada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI), que considerou as novas evidências científicas que indicam a maior segurança e eficácia da VIP.
Apesar da novidade, o Ministério da Saúde fez questão de destacar que o Zé Gotinha, símbolo histórico da importância da vacinação no Brasil, vai continuar na missão de sensibilizar as crianças, os pais e responsáveis, participando das ações de imunização e campanhas do governo.
A poliomielite é uma doença grave e mais conhecida como paralisia infantil, por deixar quadros permanentes de paralisia em pernas e braços, forçando parte dos que se recuperam a usar cadeiras de rodas e outros suportes para locomoção. A enfermidade também pode levar à morte por asfixia, com a paralisia dos músculos torácicos responsáveis pela respiração. Durante os períodos mais agudos em que a doença circulou, crianças e adultos com casos graves chegavam a ser internados nos chamados “pulmões de aço”, respiradores mecânicos da época, dos quais, muitas vezes, não podiam mais ser retirados.
A vacinação contra a poliomielite no Brasil é realizada atualmente com três doses da VIP, aos 2, 4 e 6 meses de idade, e duas doses de reforço da VOP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
A partir do primeiro semestre de 2024, o governo federal começará a orientar uma mudança nesse esquema, que deixará de incluir duas doses de reforço da vacina oral, substituindo-as por apenas uma dose de reforço da vacina inativada, aos 15 meses de idade. O esquema completo contra a poliomielite passará, então, a incluir quatro doses, aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade.
A facilidade de aplicação e o baixo custo contribuíram para que as gotinhas tivessem sido a ferramenta para o Brasil e outros países vencerem a poliomielite, explica a presidente da Comissão de Certificação da Erradicação da Pólio no Brasil, Luíza Helena Falleiros Arlant. A comissão é uma entidade que existe no Programa Nacional de Imunizações (PNI) junto à Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Em 2023, o programa completa 50 anos.
“Em 1988, havia mais de 350 mil casos de pólio no mundo. Crianças e adultos paralisados. Naquela época, o que era preciso fazer? Pegar uma vacina oral que pudesse vacinar milhões de pessoas em um prazo curto para acabar com aquele surto epidêmico. Eram muitos casos no mundo todo, uma tragédia”, contextualiza Luíza Helena.
Ciência evoluiu
O sucesso obtido com a vacina oral fez com que a pólio fosse eliminada da maior parte dos continentes, mas pesquisas mais recentes, realizadas a partir dos anos 2000, mostraram que a VOP era menos eficaz e segura que a vacina intramuscular. Em casos considerados extremamente raros, a vacina oral, que contém o poliovírus enfraquecido, pode levar a quadros de pólio vacinal, com sintomas semelhantes aos provocados pelo vírus selvagem.
“Crianças com desnutrição, com verminoses ou doenças intestinais podem ter interferências na resposta à vacina oral. Já a vacina inativada, não. Ela protege muito mais, sua resposta imunogênica é muito mais segura, eficaz e duradoura. Há uma série de vantagens sobre a vacina oral. Tudo isso não foi descoberto em uma semana, foram estudos publicados que se intensificaram a partir de 2000.”
Desde então, países de todo o mundo vêm substituindo gradativamente a vacina oral pela inativada, o que já foi feito por ao menos 14 países na América Latina. A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que a vacina inativada substitua a oral em todo o mundo até 2030.
A presidente da Comissão de Certificação da Erradicação da Pólio no Brasil acrescenta que a vacina inativada produz menos eventos adversos que a oral, e também traz maior segurança para a pessoa vacinada e para a coletividade.
Para compreender essa diferença, é preciso conhecer melhor o funcionamento dessas duas vacinas. A oral contém o poliovírus atenuado, isto é, ainda “vivo”, porém enfraquecido, de modo que não cause mais a doença. Já a vacina inativada recebe esse nome porque o vírus já foi inativado, “morto”, e não há mais chances de que possa sofrer mutações ou e se reverter em uma forma virulenta.
Estudos sobre o tema têm se intensificado a partir dos anos 2000, conta Luiza Helena, e constatou-se que o poliovírus atenuado que entra no organismo com a imunização pode sofrer mutações e voltar a uma forma neurovirulenta ao ser excretado no meio ambiente com as fezes. Já se tinha conhecimento dessa possibilidade, pondera a pesquisadora, mas hoje se sabe que ela é mais frequente do que se acreditava.
“Hoje a gente sabe que o vírus mutante eliminado pelo intestino pode acometer quem está do lado, e, se essa pessoa não estiver devidamente vacinada, ela pode ter pólio”, afirma ela, que acrescenta que alguns fatores contribuem para elevar esse risco, como as baixas coberturas vacinais contra a poliomielite nos últimos anos e a existência de populações sem saneamento básico, o que pode provocar o contato com esgoto ou água contaminada por fezes que contêm poliovírus selvagens ou mutantes.
Segundo a pesquisadora, é importante ressaltar que, enquanto houver poliomielite no mundo, todas as pessoas estão sob risco de adquirir a doença.
“Os vírus da pólio circulam e podem acometer qualquer pessoa. Se essas pessoas, especialmente crianças, não estiverem devidamente vacinadas com uma vacina eficaz, preferencialmente inativada, não estarão imunes e podem ter a doença. Mesmo que haja um contato com o vírus, vacinados não desenvolvem a doença.”
Baixas coberturas
Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), as doses previstas para a vacina inativada contra a pólio atingiram a meta pela última vez em 2015, quando a cobertura foi de 98,29% das crianças nascidas naquele ano.
Depois de 2016, a cobertura entrou em uma trajetória de piora que chegou a 71% em 2021. Em 2022, a cobertura subiu para 77%, mas continua longe da meta de 95% das crianças protegidas.
O percentual a que se refere a cobertura vacinal mostra qual parte das crianças nascidas naquele ano foi imunizada. Isso significa que não atingir a meta em sucessivos anos vai criando um contingente cada vez maior de não vacinados. Ou seja, se considerarmos os últimos dois anos, 29% das crianças nascidas em 2021 e 23% das nascidas em 2022 estavam desprotegidas. Como mais de 1,5 milhão de bebês nascem por ano no Brasil, somente nesses dois anos foram mais de 780 mil crianças vulneráveis a mais no país.
As coberturas nacionais também escondem desigualdades regionais e locais. Enquanto o Brasil vacinou 77% dos bebês nascidos em 2022, a cidade de Belém vacinou apenas 52%, e o estado do Rio de Janeiro, somente 58%.
Área livre da pólio
O Brasil não detecta casos de poliomielite desde 1989 e, em 1994, recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem, em conjunto com todo o continente americano.
A vitória global sobre a doença com a vacinação fez com que o número de casos em todo o mundo fosse reduzido de 350 mil, em 1988, para 29, em 2018, segundo a OMS. O poliovírus selvagem circula hoje de forma endêmica apenas em áreas restritas da Ásia Central, enquanto, em 1988, havia uma crise sanitária internacional com 125 países endêmicos.
Com a eliminação da doença, é cada vez mais raro conhecer alguém que viva com as sequelas da pólio, mas essa já foi uma realidade muito mais frequente no Brasil. O ator e músico Paulinho Dias, de 46 anos, conta que teve a doença menos de duas semanas após seus primeiros passos, com 11 meses de idade.
“A pólio afetou meus membros inferiores. Da cintura para baixo, afetou ambas pernas, porém, a maior sequela foi na perna direita, em que fiz mais de dez cirurgias, entre elas de tendão, de nervo que foi atrofiando e de alongamento ósseo, porque a perna começou a ficar curta, porque não acompanhou o crescimento da outra. Antes dessa cirurgia, quase não encostava o pé no chão.”
Paulinho se lembra de relatos da mãe de que inúmeras crianças no entorno também tiveram pólio. A falta de informação na época, em 1977, fazia com que muitas famílias buscassem benzedeiras na ausência de outros recursos, dando ainda mais tempo para agravamento dos casos e disseminação do vírus.
“Eu sempre fui a favor das vacinas, mas confesso que nunca fui panfletário em relação a elas até a pandemia de covid-19, que a gente viveu. E também, em pleno século 21, com o risco de a pólio voltar e o risco de outras doenças preveníveis por vacinas voltarem por conta da desinformação, movimentos antivacinistas, medos bobos. Sempre que eu posso, falo para as pessoas se vacinarem, porque é um ato de amor. Vacinem seus filhos, poupem de sofrimento.”
Conforme os últimos dados apresentados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo — SSP, Santana de Parnaíba segue como a mais segura da região metropolitana e ainda apresentou redução expressiva em alguns indicadores criminais.
Na comparação entre os meses de julho de 2022 e 2023, por exemplo, o município apresentou queda de 100% nos casos de tentativa de homicídio e homicídio doloso, diminuição de 75% nos casos de roubos de veículos e redução de 14,29% na incidência de roubo. Além disso, o município ainda se manteve com o indicador de estupro zerado, no período.
Vale lembrar, que nos últimos 10 anos o município realizou um maciço investimento na área de segurança com os treinamentos contínuos da guarda municipal, aquisição de armas e equipamentos, novas viaturas, implantação de iluminação de LED em todo o município, instalação das inspetorias operacionais em pontos estratégicos, entre outros investimentos que fazem com que a cidade se mantenha no posto de mais segura da região metropolitana desde 2014.