O preço de uma caixa de massa de modelar de seis cores, de uma mesma marca, pode variar até 381,11% entre uma loja e outra na internet. Isso é o que apontou uma pesquisa feita pela Fundação Procon de São Paulo em oito sites de compras no Brasil. Em uma dessas lojas analisadas pelo Procon, o produto custava R$ 2,70. Em outra, o mesmo produto era vendido por R$ 12,99.
A pesquisa foi feita entre os dias 7 e 10 de dezembro do ano passado e analisou os preços de itens como apontador, borracha, caderno, canetas esferográficas e hidrográficas, colas em bastão e líquida, giz de cera, estojo de lápis de cor, lápis preto, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, refil para fichário, régua, tesoura escolar e tinta para pintura a dedo.
Para a comparação, foram analisados somente produtos que eram vendidos em, ao menos, três dos sites visitados. Os sites que foram analisados na pesquisa são Amazon, Americanas, Gimba, Kalunga, Lepok, Livrarias Curitiba, Magazine Luiza e Papelaria Universitária.
Em comparação com os preços que eram praticados entre os dias 17 e 19 de novembro de 2020, houve aumento médio de 15,96%, informou o Procon.
Dicas
Para economizar na compra do material escolar, a recomendação do Procon é que o consumidor procure reaproveitar materiais que tem em casa ou que faça uma pesquisa de preços antes da compra. Além disso, o Procon recomenda que seja promovida uma troca de livros didáticos entre os alunos.
“A diferença de preço chega a ser escandalosa, o consumidor precisa pesquisar antes de fazer sua compra. Mais do que nunca é preciso unir forças e quando os pais se juntam, o poder de compra aumenta muito. Com isso é possível negociar melhores valores e todo mundo sai ganhando. Não aceite preços abusivos, busque outros estabelecimentos, faça compras online, mas não pague além do que a média praticada pelo mercado. A pesquisa que realizamos serve justamente para ajudar o consumidor nessa missão de encontrar os produtos com os melhores preços”, disse Fernando Capez, diretor do Procon-SP.
Segundo o Procon, o consumidor também deve estar atento: a lista de material escolar não pode incluir a compra de material de uso coletivo, como de higiene ou de limpeza, por exemplo.
O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a decretação de falência do Grupo Itapemirim, empresa responsável pela Itapemirim Transportes Aéreos (ITA). O pedido foi feito no fim de dezembro, depois que a empresa suspendeu todas as operações, deixando passageiros sem voos em todo o país.
O Ministério Público solicitou ainda Justiça o bloqueio de bens e o afastamento do principal sócio da empresa.
Entenda
A empresa anunciou ter suspendido suas operações na noite do dia 17 de dezembro. Na ocasião, o grupo informou que a paralisação era temporária, motivada por uma reestruturação interna. Dias depois, a Fundação Procon decidiu aplicar uma multa à empresa por sequer ter prestado assistência aos passageiros diante do cancelamento dos voos.
Após os problemas no transporte aéreo, a Itapemirim anunciou também, no final de dezembro, que iria retirar linhas de ônibus e reduzir a quantidade de cidades atendidas em suas rotas rodoviárias. O conglomerado está em recuperação judicial desde 2016.
Defesa
Por meio de nota à Agência Brasil, o Grupo Itapemirim informou que as acusações que motivaram o Ministério Público para o pedido de falência são “fantasiosas”.
“O promotor não apresenta provas das acusações que faz, visto que, em toda a ação, o órgão apenas suscita dúvidas quanto à lisura da administração do Grupo Itapemirim”, informou a empresa.
De acordo com o documento, “os fatos que envolvem a ITA não podem ser levados ao processo de recuperação judicial da Viação Itapemirim, pois são distintos. No momento em que o Brasil atravessa enormes dificuldades sustentadas por uma pandemia que assola a economia e ameaça acabar com os empregos que ainda existem, sendo milhares deles garantidos por este grupo, é inconcebível que os órgãos públicos sejam usados para arruinar ainda mais a situação”, finaliza a empresa.
Fonte/Texto: Agência Brasil – Imagem: Foto/Divulgação Itapemirim
O Presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei (PL) 5.149 de 2020 que prorroga a isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis de até 2 mil cilindradas por motoristas profissionais, como taxistas e motoristas de aplicativos, e para pessoas com deficiência. A sanção foi publicada na última sexta-feira (31) no Diário Oficial da União (DOU).
A prorrogação da isenção do IPI na compra de veículos novos vale até 31 de dezembro de 2026. O benefício vale para a aquisição de veículos novos de até R$ 200 mil, incluídos os tributos incidentes. Anteriormente, esse limite era de R$ 140 mil.
A isenção vale para motoristas profissionais e para pessoas com deficiência física, visual, auditiva e mental severa ou profunda e pessoas com transtorno do espectro autista.
O projeto teve um trecho vetado, que ampliava a isenção para incluir acessórios que não sejam de fábrica. Hoje, apenas os acessórios e opcionais que sejam de fábrica são beneficiados pela isenção. O dispositivo foi vetado com o argumento de que não foi feito o cálculo do impacto econômico financeiro, nem foram apresentadas medidas compensatórias.
O Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M) subiu 0,30% em dezembro, desacelerando em relação a novembro, quando o indicador aumentou 0,71%. Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com isso, o acumulado do ano e de 12 meses ficou em 14,03%, bem acima do verificado em 2020, quando o indicador fechou o ano com alta de 8,66%.
No mês, a taxa dos materiais, equipamentos e serviços ficou em 0,49%, depois de subir 1,11% em novembro. A elevação da parte de materiais e equipamentos foi de 0,48% em dezembro, com decréscimo em três dos quatro subgrupos componentes. O destaque foram os materiais para estrutura, cuja taxa passou de 0,73% para -0,45%.
A variação dos serviços passou de 0,49% em novembro para 0,57%, com destaque para o aumento da refeição pronta no local de trabalho, que passou de 0,49% para 1,97% em dezembro. No mês, a mão de obra variou 0,10%, depois de subir 0,28% em novembro.
Entre as capitais pesquisadas, seis tiveram redução na variação de suas taxas, na passagem de novembro para dezembro: Salvador (de 0,44% para 0,11%), Brasília (2,27% para 1,01%), Belo Horizonte (0,30% para -0,13%), Recife (0,71% para 0,29%), Rio de Janeiro (0,58% para 0,31%) e São Paulo (0,66% para 0,25%).
Apenas Porto Alegre apresentou acréscimo em sua taxa de variação, onde o INCC-M passou de 0,27% em novembro para 0,43% em dezembro.
Fonte/Texto: Agência Brasil/Akemi Nitahara – Imagem: Fernando Frazão/AB
Um armário cheio de roupas ainda sem usar, peças e produtos comprados sem necessidade e a sensação de prazer imediato que desaparece dias após a compra foram os sinais que fizeram a jornalista Flávia Vargas, 44 anos, perceber que estava comprando por compulsão.
“Comecei a ter compulsão por compras durante a pandemia. No início do isolamento social, descobri dois aplicativos de vendas e não parava de comprar. Dava uma sensação de prazer, de compensação pela ansiedade do momento. As compras se tornaram incontroláveis. Meu armário ficou abarrotado, inclusive com roupas que ainda não usei”, conta.
Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento e a abertura do comércio, ela continuou comprando pelos aplicativos. “Eles oferecem tantos atrativos que se tornou um hábito entrar neles todos os dias, ainda que fosse apenas para dar uma olhadinha e favoritar as peças que mais gostei. Não cheguei a me endividar, mas os gastos prejudicaram muito meu controle orçamentário e meu fluxo de caixa, sendo que sempre fui bastante regrada com dinheiro.”
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8% da população mundial sofre de oniomania, compulsão por compras, também chamada de consumismo compulsivo e Transtorno do Comprar Compulsivo (TCC).
A patologia é responsável pelo giro de mais de US$ 4 bilhões na América do Norte. Entre 80% e 94% dos compradores compulsivos são mulheres, cujo transtorno costuma surgir por volta dos 18 anos, mostrou pesquisa publicada na Revista Brasileira de Psiquiatria.
Para o psiquiatra Adiel Rios, o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 contribuiu para o aumento no número de casos desse transtorno.
“Com as portas fechadas, muitas lojas migraram para o e-commerce e quem já atuava neste modelo, reforçou a atuação nas vendas online. E os aplicativos de redes nacionais e internacionais são uma grande armadilha para os compradores compulsivos: eles disponibilizam cupons de descontos, pontos para cada compra realizada, que são revertidos em desconto para novas compras, entre outros atrativos. Para quem possui o transtorno, acabou sendo uma forma fácil de comprar, e de maneira descontrolada”, detalha o médico que atua no Programa de Transtorno Bipolar do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo ele, mesmo com a abertura do comércio, o comprador compulsivo continua utilizando as ferramentas disponíveis no ambiente online, pois basta pegar o celular, entrar no aplicativo e comprar o que quiser, a qualquer hora e em qualquer lugar.
“A única forma de interromper este ciclo vicioso seria uma utilização racional ou até mesmo um distanciamento destes aplicativos. Enquanto eles estiverem disponíveis no celular, será muito difícil impedir as compras compulsivas, principalmente se a pessoa estiver ansiosa, precisando preencher um vazio ou suprir alguma carência”, afirma Rios, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.
Quando percebeu que havia algo por trás da compulsão por compras, Flávia procurou ajuda médica especializada e, hoje, mantém acompanhamento com psiquiatra e psicólogo. “Fui diagnosticada com depressão e transtorno bipolar. Estes quadros geraram em mim sintomas como ansiedade e comportamentos impulsivos. Estou me tratando com antidepressivo e lítio, que ajuda a conter as compulsões, além de acompanhamento psicológico.”
Além da medicação, a jornalista tem procurado seguir as orientações dos especialistas em relação ao comportamento no dia a dia. “Quando estou no celular, evito acessar os aplicativos [de compras], algo que era impossível antes do tratamento. Na época, eu simplesmente olhava as peças, gostava e comprava. Hoje, nas poucas vezes que entro e gosto de alguma coisa, consigo pensar com mais racionalidade e me questiono: será que eu realmente preciso disso?”.
Compras de fim de ano
Com a proximidade do fim do ano, quando há um maior apelo por compras devido ao Natal e ao décimo-terceiro salário, o psiquiatra afirma que há chances de o hábito de adquirir compulsivamente se intensificar. Além disso, com o comércio aberto em horário estendido e sem restrições, aumentam-se os canais de aquisição de produtos.
“A partir do momento em que o comprador compulsivo mergulhou nas vendas online durante a pandemia, dificilmente irá abandonar o hábito que se tornou sua válvula de escape no isolamento. Com a reabertura, a pessoa volta a comprar na rua (quando sair) e também pelo celular (quando estiver em casa). Ou seja, nunca houve tempo perdido, pois o compulsivo não deixou de comprar. De certa forma, essa descoberta pelas compras online durante o isolamento intensificou a compulsão”.
Para Flávia, que está em tratamento, a estratégia para se controlar já foi traçada: ela só comprará presentes para a família. “Não tenho nem mais coragem de comprar nada para mim agora. Também não me sinto no direito de gastar comigo mesma, depois de tantas compras desnecessárias que fiz. Inclusive, já separei muitas roupas para doar no Natal. O retorno à realidade me fez enxergar de novo que há pessoas que realmente precisam muito mais do que eu.”
Transtornos associados
Famílias de compradores compulsivos mostram maior tendência a desenvolver outros transtornos como do humor, dependência química e transtornos alimentares. “Além disso, há uma relação bastante próxima entre a oniomania com o transtorno obsessivo compulsivo e o transtorno bipolar. A soma destas patologias com as distorções sobre o ato de consumir motiva o comprador compulsivo a desenvolver uma suposta segurança por meio das compras”.
Ao ficar longos períodos sem consumir, a pessoa que tem compulsão por compras também pode sofrer de abstinência com sintomas similares aos da dependência do uso de substâncias químicas: irritabilidade extrema, perda de autoestima, sintomas de humor deprimido, ansiedade e oscilações de humor.
O psiquiatra cinta ainda outros sinais da doença:
– Descontrole financeiro: Além das “armadilhas virtuais”, o consumo ganhou atratividade por meio de maiores facilidades de pagamento ou diversas ofertas pontuais. “Hoje, há várias formas de um comprador compulsivo se enrolar financeiramente, seja pagando o mínimo do cartão de crédito, aderindo ao cheque especial ou contratando crediários”.
– Compras escondidas: Para o indivíduo com oniomania, comprar sem ninguém saber e esconder os itens em casa já são parte do processo de compra. “Por ser considerada uma postura socialmente reprovável, o medo da censura e do julgamento explicam o comportamento de nutrir a compulsão em segredo”, diz Adiel Rios.
– Peças repetidas, esquecidas ou nunca usadas: a pessoa compra itens sem experimentar ou praticamente iguais, pois nem se lembra do que tem no armário. “Em um determinado momento, o indivíduo não tem nem mais espaço para guardar tanta coisa e acaba amontoando tudo no fundo do guarda-roupa, ficando esquecido por lá”, completa o psiquiatra.
– Sensação de culpa após uma compra: como em outros transtornos, após efetuar uma compra e vivenciar a sensação de prazer, vem depois o sentimento de culpa e sofrimento. “Quando acaba aquele bem-estar, ocorre uma sensação de impotência diante do descontrole da compra. Logo, surge o ciclo de prazer-luto, sendo consequência da visão distorcida sobre a finalidade do consumo em nossas vidas”.
– Origem familiar e genética: não há estudos definidos que comprovem as causas da doença, mas a literatura médica relaciona o transtorno a alguns fatores. “Um deles está associado com a história comportamental da família do indivíduo”, diz o especialista.
Tratamento
Segundo o psiquiatra, há inúmeras abordagens terapêuticas capazes de auxiliar quem sofre deste transtorno.
“Os tratamentos incluem o acompanhamento por fármacos, como ansiolíticos e antidepressivos, psicoterapias e até consultoria com um especialista em finanças pessoais. Os tratamentos têm como objetivo atribuir um novo significado à relação gratificação-recompensa, mostrando que há outros caminhos para lidar com as dores e formas muito mais saudáveis de obter bem-estar e prazer na vida”.
Há ainda grupos de apoio, como o Devedores Anônimos, onde outros compulsivos compartilham suas experiências.
Controle dos gastos
Na opinião da educadora financeira Lorelay Lopes, para o consumidor sem ou com compulsão por compras, a regra é simples: um orçamento bem estruturado. “Quando você tem, na ponta do lápis, todas as suas contas, inclusive os pequenos gastos, você passa a ter clareza do quanto ainda pode gastar. O problema não está em comprar aquele sapato que vai combinar apenas com um vestido do seu guarda-roupa. Nem naquele descascador de abacaxi que vai fazer o serviço de qualquer outra faca já disponível na gaveta da cozinha. O problema está em gastar sem ter orçamento livre para pagar.”
Quem tem compulsão por compras convive todos os dias com a culpa. “Um orçamento bem feito elimina este sentimento a partir do momento que você tem certeza que todas as compras foram feitas de forma consciente. Se o orçamento permite, tudo bem em gastar. Claro que esse orçamento também tem que incluir seus investimentos a longo prazo, afinal ninguém vive somente do presente. Não pensar no futuro também vai tirar aquela sensação de tranquilidade ao deitar a cabeça no travesseiro pela noite”.
A educadora lista dicas práticas para correr das compras por impulso:
– Faça um orçamento bem elaborado: entradas, gastos fixos, gastos variáveis e investimento;
– A partir do orçamento, crie teto de gastos em categorias: vestuário, tecnologia, delivery, etc. “Se eu posso gastar R$ 200 com vestuário, vou fazer escolhas melhores”, destaca Lorelay;
– Não compre contabilizando as parcelas, mas sim, o total da compra;
– Analise se você já tem algo que cumpre a mesma função daquela compra. “Por exemplo, um tênis branco, se eu já tenho um e estou comprando outro apenas por conta da promoção ou porque acho mais bonito que o que já possuo. Você vai abandonar o tênis atual? Ele já merece ser abandonado?. Essas perguntas ajudam na reflexão sobre a compra”, diz a educadora.
– Pense no impacto ambiental da sua compra: vou jogar algo no lixo a partir desse novo item? Se sim, essa compra é realmente necessária?
– Equilibre quantidade e qualidade: preciso de quantas calças jeans? De quantos jogos de jantar? Qual será a frequência de uso?
“Entenda que, quanto mais consumimos, mais nos tornamos reféns da organização e manutenção de tudo isso. Comprar nos oferece um prazer imediato, mas dizer não ao impulso nos dá um prazer ainda maior. Acredite: tudo que envolve disciplina libera uma carga hormonal de felicidade e realização muito mais duradoura que o prazer momentâneo da compra”, finaliza Lorelay.
Apesar do adiamento da análise da privatização da Eletrobras pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o governo manteve o cronograma do leilão de capitalização da companhia no primeiro semestre do próximo ano. Segundo o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), a venda de ações da União para investidores privados deverá ocorrer no primeiro quadrimestre de 2022.
O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, disse que, apesar de o ministro do TCU Vital do Rêgo ter pedido vista, o órgão deu aval para que o governo continue com as próximas etapas da privatização da Eletrobras. “Essa foi uma grande vitória e um grande reconhecimento do trabalho do governo”, declarou.
Segundo a secretária executiva do Ministério de Minas e Energia, Marisete Pereira, o único impedimento provocado pelo atraso da análise no TCU diz respeito à assinatura dos contratos de concessão de unidades geradoras de energia pela Eletrobras. Esta será uma etapa secundária, que ocorrerá após o leilão de privatização e necessita do aval do TCU para seguir adiante.
Desestatizações
Na reunião de hoje, a última do ano, o Conselho do PPI aprovou o modelo e as condições para a privatização de duas estatais: a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas Gerais, que administra o metrô de Belo Horizonte, e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), que administra os portos de Vitória e Barra do Riacho.
Em relação à Codesa, o governo fez uma série de ajustes para atender a exigências do TCU, que aprovou o processo de privatização na semana passada. Segundo o Ministério da Economia, o edital será publicado em breve, com a previsão de leilão no primeiro trimestre de 2022.
No caso da CBTU, a União venderá as ações em seu poder e concederá, por 30 anos, a linha 1 à iniciativa privada. O vencedor do leilão terá de construir a Linha 2, obra prometida há anos e não executada até hoje.
O Conselho do PPI também aprovou o modelo de concessão do Parque Nacional do Iguaçu (PR), cujo edital será publicano amanhã (17). Vencerá quem oferecer o maior valor, com o direito de administrar o parque por 30 anos. Em contrapartida, o vencedor terá de fazer investimentos de R$ 703 milhões.
Foram aprovadas a concessão de sete terminais pesqueiros e de três terminais portuários e a relicitação de empreendimentos concedidos à iniciativa privada e devolvidos (ou em processo de devolução) ao governo. O governo pretende leiloar novamente a Autopista Fluminense (BR-101/RJ); o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (RN), perto de Natal, e a BR-040, entre Brasília e Juiz de Fora (MG).
O Senado rejeitou alterações da Câmara dos Deputados no projeto que prorroga por cinco anos, até 31 de dezembro de 2026, a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de carros novos por pessoas com deficiência e deficientes auditivos. Os taxistas e cooperativas de taxistas também estão contemplados pela isenção. O projeto foi aprovado pela Câmara no início deste mês, retornou ao Senado, Casa de origem, e agora, segue para sanção presidencial.
Conforme a legislação vigente, de 1995, o benefício fiscal terminaria em dezembro deste ano, mas o projeto de lei (PL) prorroga a isenção do IPI até o fim de 2026. Durante a análise do texto na Câmara, os deputados incluíram um trecho que revogava a isenção do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na compra de produtos químicos e farmacêuticos destinados à saúde, como forma de compensar a renúncia fiscal provocada pela isenção do IPI na compra dos automóveis, mas os senadores rejeitaram a alteração.
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Durante a votação do destaque, o relator do projeto, senador Romário (PL-RJ), disse que o governo deverá entrar em entendimento com o relator-geral do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), para encontrar uma fonte pagadora para a manutenção do benefício fiscal garantido à área da saúde. A alteração feita pelos deputados também foi criticada por Izalci Lucas (PSDB-DF).
“O governo buscará uma alternativa. Não podemos aceitar tirar dinheiro da saúde. Tem a LOA [Lei Orçamentária Anual], que não está votada. Não há nenhum problema em relação à fonte no projeto, isso é prorrogação de um incentivo que existia desde 1995, quando ainda não existia a Lei de Responsabilidade Fiscal e, posteriormente, foi sendo identificada a fonte de custeio”, afirmou o senador tucano.
Isenção
A Lei 8.989/1995 concede isenção de IPI na compra de automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor de cilindrada não superior a 2 mil centímetros cúbicos (cm³) de, no mínimo, quatro portas, movidos a combustível de origem renovável, sistema reversível de combustão ou híbrido e elétricos.
O projeto amplia a isenção aos acessórios opcionais do carro, não cobertos pela lei de 1995. Os acessórios incluídos pelos senadores devem servir para a adaptação do veículo ao uso por pessoa com deficiência.
O texto eleva de R$ 140 mil para R$ 200 mil o preço máximo do automóvel (incluídos os tributos incidentes) que poderá ser adquirido com isenção do IPI pela pessoa com deficiência.
O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) fiscalizou lojas físicas e virtuais que comercializam artigos como brinquedos, bicicletas infantis, luminárias natalinas e pisca-pisca na capital paulista e cidades do interior. Dos 211 estabelecimentos visitados, 24,6% estavam irregulares e foram autuados. Entre os 29.362 produtos, 9,7% tinham irregularidades.
A operação, batizada de Papai Noel, foi realizada de 6 a 10 de dezembro em São Paulo, Araras, Campinas, Campos do Jordão, Lorena, Mauá, Osasco, Ribeirão Preto, Sumaré e Tupã. As principais irregularidades encontradas foram a falta do selo de identificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e informações obrigatórias nos brinquedos.
De acordo com o instituto, a orientação é apenas comprar brinquedos e bicicletas que contenham avisos de classificação etária e o selo do Inmetro. Pisca-pisca e mangueiras para iluminação precisam ter o CNPJ do importador ou fabricante na embalagem, além de informações sobre a certificação do plugue, marca da conformidade do Inmetro e dados sobre a voltagem e a potência máxima do conjunto.
As lojas e empresas autuadas pelo Ipem-SP têm dez dias para apresentar defesa ao órgão. De acordo com a Lei Federal 9.933/99, as multas podem chegar a R$ 1,5 milhão.
Fonte/Texto: Agência Brasil – Imagem: Rovena Rosa/AB
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, registrou taxa de 0,84% em novembro deste ano. O índice ficou abaixo dos observados em outubro deste ano (1,16%) e novembro do ano passado (0,95%).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC também ficou abaixo da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de preços de 0,95% no mês.
Apesar disso, o INPC acumulado no ano (9,36%) e em 12 meses (10,96%) ficou acima daqueles registrados pelo IPCA: 9,26% no ano e 10,74% em 12 meses.
Em novembro, segundo o INPC, os produtos alimentícios tiveram deflação (queda de preços) de 0,03%. Já os não alimentícios tiveram inflação de 1,11%.
Fonte/Texto: Agência Brasil – Imagem: Fernando Frazão/AB
Com a abertura de 201,7 mil novos postos de trabalho, as micro e pequenas empresas foram as responsáveis por 79,7% das 253 mil vagas criadas no mês de outubro. O levantamento é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos meses anteriores, segundo o Sebrae, esse percentual girava em torno de 70%.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, mesmo com a nova metodologia adotada pelo Caged, as micro e pequenas empresas (MPE) mantiveram o bom desempenho apresentado desde a retomada da geração de empregos no país. “Mesmo com um quantitativo menor do que o observado nos últimos meses, devido à mudança de metodologia, os pequenos negócios são os que mais têm ajudado no aumento da criação dos novos postos de trabalho no país. São eles os grandes responsáveis pelo sustento de milhões de famílias brasileiras”, ressaltou Melles, em nota.
No acumulado do ano, 72,7% das vagas criadas entre os meses de janeiro e outubro são dos pequenos negócios. No total, foram gerados, no Brasil, 2,6 milhões de empregos, sendo que as micro e pequenas empresas são responsáveis por 1,9 milhão. “No mês de outubro, o acumulado de vagas criadas pelas MPE cresceu de cerca 1,8 milhão para 1,9 milhão, enquanto nas médias e grandes, o incremento foi de apenas 3 mil vagas, passando de 587,7 mil para 590,7 mil”, observou o presidente do Sebrae.
Setores
Quando analisada a geração de empregos por setor, no mês de outubro, as micro e pequenas empresas do segmento de serviços foram as que mais criaram vagas (87,5 mil), como vem ocorrendo nos últimos meses. Em segundo lugar ficaram as empresas do comércio, com 61,3 mil novos postos de trabalho, seguidas pelas da indústria de transformação (28,4 mil) e construção civil (22,6 mil). Já os pequenos negócios da agropecuária apresentaram saldo negativo de 1.153 vagas.
Ao analisar as empresas de médio e grande porte, no mesmo período, dos principais setores monitorados, três apresentaram saldo negativo. Construção, com fechamento de 6,7 mil vagas, seguida pela agropecuária (- 2,3 mil) e indústria de transformação (- 81). Nesse segmento, o setor de serviços apresentou incremento de 53,9 mil vagas e o comércio, de 7,1 mil novos postos.
Fonte/Texto: Agência Brasil – Imagem: Rovena Rosa/AB