Os eleitores brasileiros foram às urnas neste domingo (2) para votar em cinco cargos, sendo eles de deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente.
Dois cargos serão decididos em segundo turno, de presidente e de governador. Para presidente o eleitor terá que decidir entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), já para o cargo de governador de São Paulo, disputam o voto Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).
De acordo com a Constituição Federal, isso acontece quando ambos não conseguiram mais de 50% dos votos válidos, excluindo os nulos e brancos.
O segundo turno será no dia 30/10, último domingo do mês, das 8h às 17h, no horário de Brasília. O eleitor pode checar o local de votação no site do TSE ou por meio do aplicativo e-Título, acessando “onde votar”.
Todos os brasileiros alfabetizados, entre 18 e 70 anos, serão obrigados a votar. O voto é facultativo apenas para quem tem entre 16 e 18 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.
Neste domingo (2), os paulistanos escolheram os deputados estaduais, serão 94 nomes que assumirão a Assembleia Legislativa do estado (Alesp) a partir do próximo mandato, que assume em 1º de janeiro de 2023.
A maior votação até agora pertence ao ex-senador Eduardo Suplicy (PT), que recebeu mais de 800 mil votos no estado. Em seguida estão: Carlos Giannazi (PSOL), que teve 276 mil votos ao menos, Paula Da Bancada Feminista (PSOL), com 259 mil votos e Bruno Zambelli (PL), com cerca de 235 mil votos.
O ex-presidente diz que as próximas quatro semanas servirão para “amadurecer conversa com a sociedade” e que disputa em São Paulo será “um grande palco” de um confronto nacional e estadual de projetos políticos diversos.O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (02/10) que o segundo turno será uma uma “prorrogação” da disputa eleitoral e uma oportunidade importante para fazer um debate direto entre ele e o presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre propostas para o país e comparar as realizações das duas gestões à frente do Palácio do Planalto.
“Vai ser a primeira chance para a gente fazer um debate tête-à-tête com o presidente da República, para saber se ele vai continuar contando mentiras ou se vai pelo menos uma vez na vida falar a verdade”, disse Lula em um hotel no centro de São Paulo. “Para poder debater só com ele, para a gente poder fazer comparações do Brasil que ele construiu e do Brasil que nós construímos, do nosso período de governo com o que o povo vive hoje.”
No último debate televisivo antes do primeiro turno, Lula e Bolsonaro não fizeram perguntas diretas entre si e duelaram apenas de forma indireta, por meio de pedidos de resposta a ataques feitos pelo adversário em respostas a outros candidatos.
Lula também fez referência à ida ao segundo turno de Fernando Haddad, candidato do PT ao governo paulista, contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é apoiado por Bolsonaro, e disse que São Paulo será “um grande palco” de um confronto nacional e estadual “de propostas para a sociedade”.
Quatro semanas para ampliar “leque de apoios”
O petista lembrou que nunca ganhou uma eleição no primeiro turno em suas disputas anteriores ao Planalto, e que as próximas quatro semanas serão uma oportunidade para “amadurecer as suas propostas, a sua conversa com a sociedade” e “construir um leque de alianças, um leque de apoios”.
Sua campanha sairá agora atrás de mais apoio dos partidos cujos candidatos ficaram de fora do segundo turno, como PDT, MDB e PSDB, e buscará convencer os eleitores de Ciro Gomes e de Simone Tebet, além dos que se abstiveram, a votar no petista em 30 de outubro.
Lula, que estava preso à época das eleições presidenciais de 2018, tentou projetar otimismo aos seus apoiadores comparando sua situação atual com a da campanha passada. “Quatro anos atrás eu era tido como um ser humano jogado fora da política. E eu disse que a gente retornaria com mais força, mais vontade, mais disposição.”
“Nosso país está pior. A economia não está boa, a qualidade de vida não está boa, a renda não tá boa, o emprego não está bom, a saúde não está boa. Precisamos recuperar esse país, inclusive do ponto de vista das suas relações internacionais”, disse.
Lula terminou o primeiro turno com mais de 48% dos votos válidos, contra 43,22% de Bolsonaro. O segundo turno será realizado em 30 de outubro.
Eleita com mais de 195 mil votos, Bruna Furlan obteve votação expressiva nos 12 municípios que compõem o consórcio CIOESTE.
Com o apoio da maioria dos prefeitos, a deputada sai da eleição mostrando muita força na região, em especial na cidade de Barueri. Bruna, se torna uma grande liderança regional.
A deputada teve 75,33% dos 195.436 votos, nas cidades da região, ou seja, 147.235 foram os votos obtidos nas cidades da região oeste da grande São Paulo. Em outras cidades, Bruna, obteve 48.201 votos, apenas na capital paulista foram 17.458 votos.
Os candidatos Tarcísio de Freitas (PT) e Fernando Haddad (PT) vão disputar o segundo turno das eleições para governador do estado de São Paulo. Tarcísio tem 42,32% dos votos válidos e Haddad tem 35,69% dos votos válidos. Até agora, foram apurados 99,92% das urnas.
Tarcísio Gomes de Freitas é servidor público de carreira, 47 anos, é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e graduado em engenharia no Instituto Militar de Engenharia. Fez parte da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. Trabalhou nas áreas de infraestrutura e investimento, foi presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e ministro da Infraestrutura O vice na chapa é o administrador Felicio Ramuth.
É professor universitário e cientista político, tem 55 anos. É formado em direito pela Faculdade do Largo São Francisco e doutor em filosofia. Leciona ciência política na USP. Foi ministro da Educação e prefeito de São Paulo. É casado com Ana Estela Haddad e pai de dois filhos. A vice na chapa é a diretora escolar Lucia França.
Referente aos votos válidos, a pesquisa Datafolha deste sábado (1) apresentou o candidato Fernando Haddad (PT) com 39% de intenção de voto para o governo de São Paulo no dia anterior ao primeiro turno das eleições. O levantamento anterior, divulgado em 29 de setembro, apontava o petista com 41%.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o segundo do estudo com 31%, mesmo índice da última quinta-feira. Atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB) possui 23%, apenas um ponto percentual a mais em relação a publicação passada.
Carol Vigliar (Unidade Popular) conta com 2%, enquanto os postulantes restantes somam apenas 1%, são eles: Gabriel Colombo (PCB), Elvis Cezar (PDT), Vinicius Poit (Novo), Edson Dorta (PCO), Antonio Jorge (Democracia Cristã) e Altino Júnior (PSTU).
A porcentagem em votos totais coloca Haddad com 33%, seguido de Tarcísio com 26% e Garcia com 20%. Os demais candidatos contam com 1% e 0%, enquanto os votos brancos e nulos somam 8%; os entrevistados que ainda não sabem em quem irão votar equivalem também a 8%.
Na pesquisa espontânea e única, o representante do PT segue na dianteira da corrida eleitoral com 21%. O candidato do Republicanos tem 16% e o do PSDB possui 9%. Outras respostas indicam 7%, brancos e nulos são 5% e aqueles que não sabem indicam 39%.
No primeiro possível cenário de um segundo turno para o governo de São Paulo, Rodrigo Garcia supera Haddad por apenas um ponto percentual, 43% contra 42%. Brancos e nulos são 12% e 3% não sabe. Já no segundo cenário, o petista conta com 46% e Tarcísio de Freitas com 41%, brancos e nulos equivalem a 10% e 3% não sabe.
Realizada entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro, a pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número SP-09987/2022.
Acontece neste domingo (2) as eleições de 2022 e mais de 156 milhões de pessoas devem comparecer às urnas para escolher seus candidatos no 1º turno. Muitas pessoas se questionam sobre o que é permitido levar na hora do voto, a famosa cola com o número dos candidatos é permitida, mas há outras restrições na cabina eleitoral.
A recomendação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de um documento oficial com foto. Como: identidade, carteira de trabalho, de motorista, passaporte, carteira de reservista ou carteira profissional reconhecida por lei.
Eleitores com dados biométricos também precisam apresentar um documento oficial com foto para votar. Certidão de nascimento ou de casamento não validam a identidade do eleitor no momento da eleição.
O eleitor com biometria cadastrada também pode substituir o documento oficial com foto pelo aplicativo E-Título, desde que a via digital tenha foto.
No ano de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu que os eleitores devem entregar ao mesário aparelho celular, máquina fotográfica, filmadora ou equipamento de radiocomunicação antes de se dirigir à cabine da urna eletrônica. Por isso, é recomendado que o eleitor leve anotado em papel o número dos candidatos.
Não é permitido votar usando roupa de banho ou sem camiseta. Também é proibido aglomeração de pessoas com vestuário padronizado, manifestação coletiva ou que produza barulho, pedido de voto e distribuição de camisetas e santinhos, o que configura crime de boca de urna.
As pessoas que estarão trabalhando como mesárias nas eleições não podem usar roupas e objetos que façam propaganda de candidaturas. Os fiscais partidários somente poderão usar crachá contendo o seu nome e a sigla da sua legenda. As sessões eleitorais abrem às 8h deste domingo (2) e encerram às 17h.
O Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) divulgou na manhã desta sexta-feira (30) mais um panorama sobre a corrida presidencial. A dois dias das eleições, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança com 46% dos votos válidos, quando votos brancos e nulos não são considerados. Bolsonaro (PL) aparece em seguida, com 38%.
Ainda no cenário dos votos válidos, a projeção é a seguinte: Simone Tebet (MDB):7%; Ciro Gomes: 6%; Soraya Thronicke: 1%; Felipe D’Avila: 1%; Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB), Padre Kelmon (PTB), Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram.
O levantamento ainda fez um cenário de pesquisa estimulada, ou seja, quando os nomes são apresentados previamente aos entrevistados, o petista também aparece em primeiro lugar. Veja: Lula (PT): 42%; Bolsonaro (PL): 35%; Simone Tebet (MDB): 7%; Ciro Gomes: 6%; Soraya Thronicke: 1%; Felipe D’Avila: 1%; Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB), Padre Kelmon (PTB), Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. Brancos/nulos/ nenhum são 4%. Não sabe/não respondeu somam 6%.
O Ipesp fez ainda um levantamento na pesquisa espontânea, quando o eleitor cita o nome do candidato.
Lula (PT): 40%; Bolsonaro (PL): 34%; Simone Tebet (MDB): 5%; Ciro Gomes: 5%; Soraya Thronicke: 1%; Felipe D’Avila: 1%; Sofia Manzano (PCB): 1%; Constituinte Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Padre Kelmon (PTB), Vera Lúcia (PSTU) não foram citados. Brancos/nulos/ nenhum são 2%. Não sabe/não respondeu: 12%.
A pesquisa foi encomendada pela TV Cultura e ouviu mil pessoas nos dias 28 e 29 de setembro. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-00420/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-01298/2022.
O levantamento mostra ainda que Lula ponta melhor entre as mulheres, entre os jovens de 16 a 24 anos e entre pessoas com renda familiar até dois salários mínimos.
Enquanto Bolsonaro vai melhor entre homens, pessoas entre 25 a 44 anos, e de quem tem renda familiar entre dois a cinco salários mínimos.
Dados referentes à última pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), divulgados na manhã desta sexta-feira (30), mostram que Fernando Haddad (PT) segue na liderança da corrida pelo Governo do Estado de São Paulo, com 34% das intenções de voto para as eleições de 2022, que acontecem no próximo domingo (2).
Atrás do ex-prefeito da capital paulista, estão Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e Rodrigo Garcia (PSDB). Enquanto o ex-ministro da Infraestrutura no Governo Bolsonaro conta com o apoio de 24% dos eleitores, o atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes é a opção de 22% dos entrevistados.
Com a distância de apenas dois pontos percentuais, ambos se encontram tecnicamente empatados, já que a margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Para a realização do estudo, foram entrevistadas 1 mil pessoas nos dias 28 e 29 de setembro de 2022, o que garante um índice de confiança de 95%.
Vale lembrar que, desde a última pesquisa, o petista contava com o apoio de 36% dos eleitores paulistas. Ou seja, ele observou uma queda de dois pontos percentuais nos últimos sete dias. Já o bolsonarista e o tucano, que estavam com 23% e 21% das intenções de voto, respectivamente, avançaram um ponto percentual.
Os candidatos Vinicius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT), com 2% e 1% das intenções de voto, correm por fora, assim como Altino Júnior (PSTU), Carol Vigliar (UP), Antonio Jorge (DC), Gabriel Colombo (PCB) e Edson Dorta (PCO), que não pontuaram. Enquanto brancos e nulos chegaram a 10%, 8% dos entrevistados não souberam responder.
As porcentagens destacadas são referentes à pesquisa estimulada, ou seja, quando os nomes dos concorrentes são apresentados às pessoas. No levantamento espontâneo, quando não há opções pré-definidas, Haddad obteve 25% dos votos, contra 20% de Tarcísio e 15% de Garcia. Nesse caso, aqueles que não sabem em quem votar chegaram a 30%.