A abertura de empresas em todo o estado de São Paulo teve o volume mais alto de 2023 em agosto. De acordo com a Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), 30.697 novos negócios foram abertos em todos os 645 municípios paulistas no último mês. Até então, o melhor resultado deste ano havia sido registrado em março, com 30.023 empresas abertas em um único mês.
De janeiro a agosto, a Jucesp registrou um total de 208.761 novas empresas, o que reflete o ritmo crescente da economia paulista em 2023. Desde o início do ano, a gestão comandada pelo governador Tarcísio de Freitas prioriza a implementação de políticas públicas de incentivo à geração de empregos e de renda e ao empreendedorismo.
“Além de uma série de medidas de incentivo promovida pelo Governo de SP, a Junta Comercial tem buscado digitalizar os serviços e desburocratizar os processos, acelerando a criação de novos CNPJs. Estamos focados em facilitar a criação de novos negócios, fomentar o ambiente empreendedor e gerar emprego”, destacou o presidente da Jucesp, Márcio Massao Shimomoto.
O volume de empresas abertas em São Paulo em agosto também é o maior dos últimos 12 meses – no último quadrimestre de 2022, a melhor marca foi registrada em setembro, com 26.154 novos negócios em todo o estado.
Marca histórica na capital
Seguindo a tendência do estado, a cidade de São Paulo também bateu o recorde de abertura de empresas no mês de agosto. Foram registrados 13.402 novos CNPJs na capital paulista no mês passado, o maior número da série histórica da Jucesp do Governo de SP, iniciada em 1998.
O governo do estado de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) o encerramento da Operação Escudo da Polícia Militar (PM), que estava sendo realizada na Baixada Santista desde o final de julho, e que foi alvo de críticas em razão do alto índice de letalidade policial: a ação deixou 28 civis mortos.
“Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas”, disse o secretário de Segurança Pública (SSP), Guilherme Derrite. De acordo com a SSP, foram presas 958 pessoas nos 40 dias de operação.
A operação Escudo foi uma reação da PM à morte, em 27 de julho, do soldado da Polícia Militar Patrick Bastos Reis, pertencente a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi baleado e morto no Guarujá. Segundo a SSP, ele foi atingido quando fazia patrulhamento em uma comunidade. A pasta informou hoje que a polícia conseguiu identificar e prender todos os envolvidos na morte do soldado Reis.
No início de agosto, moradores de bairros onde ocorreram as mortes decorrentes da Operação Escudo, na cidade do Guarujá, no litoral paulista, relataram que policiais executaram aleatoriamente pessoas identificadas como egressas do sistema prisional ou com passagem pela polícia.
Os relatos foram colhidos por uma comissão formada por deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, da Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo, e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo.
O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) divulgou na última sexta-feira (1º), a versão preliminar de um relatório sobre a Operação Escudo. O documento contém 11 relatos de violações de direitos humanos praticadas pelos agentes policiais e menciona episódios que vão de execuções a invasões ilegais de domicílio.
Neste fim de semana prolongado do feriado da Independência (7 de setembro), as concessionárias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, reguladas pela ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo, terão reforços operacionais e vão intensificar o monitoramento das rodovias e o atendimento aos usuários.
A previsão é que mais de 2,8 milhões de veículos sigam em direção ao litoral e interior paulista pelas principais rodovias de saída da capital e Grande São Paulo a partir desta quarta-feira (06).
“As rodovias concedidas vão atender uma alta demanda de veículos, por conta do fim de semana prolongado. Com o aumento do tráfego durante o feriado da Independência, os usuários devem estar atentos e redobrar os cuidados e a atenção durante as viagens”, afirma Milton Persoli, diretor geral da ARTESP. “O reforço operacional realizado pelas concessionárias é uma forma de melhorar o desempenho nas rodovias e trazer mais conforto à população”, completa.
Monitoramento e atendimento
Para promover mais tranquilidade aos usuários durante o feriado, os Centros de Controles Operacionais (CCOs) das concessionárias, que fazem a gestão de 11,1 mil quilômetros da malha concedida, contarão com reforço para monitoramento e operação dos equipamentos, como contadores veiculares (SATs), câmeras CFTV, painéis de mensagens variáveis (os painéis eletrônicos que informam sobre as condições da rodovia), além de call boxes (telefones de emergência), pontos de wi-fi e estações meteorológicas.
As rodovias concedidas do Estado contam com mais de 220 ambulâncias, mais de 260 guinchos além de mais de 200 postos e bases SAU que realizam o atendimento aos usuários nas rodovias.
Movimento nas principais vias concedidas
O movimento deve se intensificar já a partir da tarde de quarta-feira (6) em todas as rodovias sob concessão. Na manhã de quinta-feira (7) também há previsão de tráfego carregado. Já para a volta do feriado, a previsão é de tráfego intenso no domingo (10), durante todo o dia.
No Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a expectativa da concessionária Ecovias é que cerca de 410 mil veículos desçam a serra em direção às praias da Baixada Santista pelas rodovias Anchieta (SP-150) e Imigrantes (SP-160). Com o aumento de fluxo por conta do feriado, o maior movimento deve ser entre 14h de quarta-feira (6) e 17h de quinta-feira (7). Operações especiais poderão ser implantadas, como a Operação Descida 7×3 (sete pistas sentido litoral e três sentido capital). Já no retorno para a capital, a previsão é de que o fluxo seja intenso, no sábado (09), das 17h à meia-noite e no domingo (10) das 9h à meia-noite.
Pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes devem circular cerca de 917 mil veículos durante todo o feriado. Os horários de maior movimento estão previstos no sentido interior, das 16h às 20h de quarta-feira (6) e das 9h às 13h de quinta-feira (7). Já para o retorno, é esperado maior fluxo de veículos entre 11h e 21h do domingo (10). Operação Caminhão: Na quinta-feira (7) e no domingo (10), os caminhões que se destinam à Capital pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) devem utilizar a Via Anhanguera (SP-330) no trecho do km 48 ao km 23, acessando a rodovia pela Saída 48 da Bandeirantes. O desvio tem como objetivo melhorar a distribuição do tráfego durante o feriado.
No Corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto (SP-070), a expectativa da Ecopistas para o período é de que cerca de 610 mil veículos passem pelas quatro praças de pedágio das rodovias nos dois sentidos, entre quarta-feira (6) e domingo (10).
Já na Rodovia dos Tamoios (SP-099), que leva ao Litoral Norte, o tráfego esperado é de cerca de 203 mil veículos entre os dias 06 e 11 de setembro. A previsão é de operação normal (2×2), com duas pistas para descer e duas pistas para subir a serra.
O Sistema Castello-Raposo, operado pela ViaOeste, deve receber 680 mil veículos. Para viajar com mais tranquilidade, a orientação aos motoristas é evitar os horários de fluxo mais intenso nas rodovias: na quarta-feira (6) a previsão é que o movimento de veículos seja maior das 17h às 20h, e na quinta-feira (7), o fluxo deve ser intenso das 08h às 12h. No retorno, a Concessionária estima maior concentração de veículos no sentido capital no domingo (10), das 12h às 20h.
Pelos trechos Sul e Leste do Rodoanel Mário Covas, administrados pela SPMar, devem circular aproximadamente 724 mil veículos neste feriado, entre os dias 06 e 10 de setembro.
Policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) descobriram na manhã desta segunda-feira (04) um imóvel no bairro Cangaíba, na zona leste de São Paulo, usado para confeccionar e armazenar roupas piratas. Ao todo, foram apreendidos mais de 60 mil itens, entre camisas esportivas e diversas peças de moda casual.
A equipe da 1ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Propriedade Imaterial conseguiu chegar até o local por meio de investigações iniciadas durante operações para combater o comércio ilegal no centro de São Paulo.
Os policias descobriram que o esquema era responsável por abastecer centenas de pontos de vendas irregulares. Todos os objetos encontrados foram recolhidos e encaminhados à perícia. Os responsáveis pelo local respondem por crime contra propriedade industrial.
O Governo de São Paulo ultrapassou o número de 15 mil Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) emitidas em todo o território estadual. O documento vem sendo oferecido pela gestão estadual desde abril, de forma gratuita. Até esta quinta-feira (31), já foram viabilizadas 15.700 carteiras.
Idealizado pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e desenvolvido pela Secretaria de Gestão e Governo Digital, o documento visa facilitar a identificação da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e seus responsáveis nos serviços públicos e privados em todo o território paulista, garantindo os direitos previstos em lei, como filas e atendimentos preferenciais.
Elisa Manuela Melo, uma criança de 4 anos, foi a primeira beneficiada com a Ciptea no Estado de São Paulo. Sua mãe, Sarita Cristina Melo, compartilha a importância da carteira de identificação na melhoria da qualidade de vida de sua filha. A mãe destaca, ainda, que a Ciptea não apenas facilita o acesso aos serviços, mas também contribui para a conscientização sobre o TEA, quebra do estigma e o preconceito. “Como mãe, já me senti constrangida em diferentes situações. Acho que a partir do momento em que uma criança está ali com a sua carteirinha, já diminui muito o preconceito. Isso cria uma conscientização do que é o autismo e quais são os direitos das pessoas autistas. O autismo não tem cara, não tem características físicas, e os direitos precisam ser respeitados”, afirmou Sarita.
Para obter o documento, é preciso acessar o portal Ciptea, criado pela Prodesp – a empresa de Tecnologia do Governo do estado de São Paulo, preencher um cadastro e anexar os documentos solicitados, como foto de rosto e laudo médico. Quando aprovada, a carteira ficará disponível para download e impressão.
O Poupatempo do Canindé, na zona norte da capital paulista, oferece o serviço presencial de orientação para solicitação e cadastro. Todo o processo é validado no próprio posto, com impressão e entrega imediata do documento.
Ciptea
A carteirinha oficial de identificação para pessoas com TEA adere ao previsto na Lei Federal n° 13.977/20 e na Lei Estadual nº 17.651/23, promulgada pelo Governo de SP no mês de março.
A ação faz parte do Plano Estadual Integrado para Pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (PEIPTEA), lançado através do decreto nº 67.634, de 6 de abril de 2023, pelo Governo do Estado e desenvolvido pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com as secretarias estaduais de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social. O Plano tem como foco alinhar, articular e ampliar os serviços de atendimento a pessoas com TEA a partir do trabalho de um Comitê Gestor composto por representantes de todos os envolvidos, que atua conjuntamente, em suas respectivas áreas, na promoção de ações para efetivar políticas públicas e implementação dos cuidados a este grupo.
O número de doadores de órgãos no estado de São Paulo cresceu mais de 10% em 2023, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. De janeiro a 30 de agosto deste ano, houve 696 doadores e, no mesmo período do ano passado, o total ficou em 631.
Para o governo, isso se deve às campanhas de estímulo à doação e a casos de grande repercussão na mídia. Entre 20 e 26 de agosto, houve um aumento de 86% nos doadores, passando de 15 na mesma semana de 2022 para 28 neste ano.
O apresentador Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, recebeu um novo coração em um transplante no último domingo (27). O doador foi Fábio Cordeiro da Silva, que morreu no sábado (26), vítima de um acidente vascular cerebral (AVC).
Em relação aos procedimentos realizados, também houve alta de 10,5%. Foram feitos 5.077 transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rins e córneas no estado de São Paulo neste ano. Em 2022, foram 4.592 procedimentos.
Como funciona a doação
Para ser um doador de órgãos basta comunicar a família sobre esse desejo. No caso de pessoas mortas, a autorização para a doação deve ser dada por familiares com até o 2º grau de parentesco. No último ano, as recusas de autorização da doação por parte das famílias caíram de 41% para 38,6%.
“A doação entre vivos só ocorre se não houver nenhum problema de saúde para a pessoa que está doando”, destaca o comunicado da secretaria. As diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) estabelecem que pessoas com diagnóstico de covid-19 com menos de 28 dias da regressão completa dos sintomas não podem ser doadores.
A gestão do cadastro técnico dos potenciais receptores de órgãos doados é feita pelo Sistema Estadual de Transplantes (Central Estadual de Transplantes). Todo paciente que precisa de um transplante é inscrito nesse cadastro e uma equipe faz o acompanhamento durante a etapa anterior ao procedimento, como também após.
A central faz a distribuição dos órgãos de acordo com alguns critérios definidos por lei, como igualdade do grupo sanguíneo ABO seguido de compatibilidade; o tempo de inscrição do receptor (classificação por ordem cronológica de inscrição); relação antropométricas (como peso e altura) entre doador e receptor e, para casos graves, com risco iminente de morte, situações de priorização.
Essa análise é feita a partir da documentação que comprove o estado de gravidade do possível receptor. Tudo é analisado pela câmara técnica, que é um colegiado formado por médicos das principais equipes transplantadoras que vão avaliar a situação.
“É importante lembrar que cada estado possui a sua própria lista de espera e nenhum paciente pode estar inscrito em duas listas de estados diferentes”, destaca a secretaria.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) registrou mais de 24,2 mil casos de acidentes com escorpiões no estado de São Paulo nos primeiros sete meses de 2023. O número é 13% maior que os cerca de 21 mil casos registrados no mesmo período de 2022 e representa uma tendência de alta em relação aos anos anteriores. Durante a Semana Estadual de Enfrentamento ao Escorpião, a pasta alerta para o crescimento dos casos e destaca os cuidados necessários para evitar e lidar com as picadas deste animal, que podem ser fatais, especialmente para as crianças.
“Atualmente, no estado de São Paulo, as regiões de Araçatuba e de São José do Rio Preto registram o maior número de acidentes por escorpiões. Porém, dos 645 municípios do estado, em apenas nove municípios não há registro deste tipo de acidente, o que faz com que toda a população deva ficar atenta e tome medidas de prevenção à entrada de escorpiões dentro de imóveis,” afirma a Doutora Roberta Spinola, médica veterinária e Diretora da Divisão de Zoonoses da Secretaria da Saúde.
O escorpião amarelo é a principal espécie que causa acidentes graves, inclusive com registro de óbitos no estado de São Paulo. Indivíduos adultos da espécie têm cerca de 7 centímetros de comprimento. Na natureza, esses animais vivem em buracos, sob pedras, em troncos de árvores ou cupinzeiros. Em áreas urbanas, tendem a se abrigar em ambientes semelhantes, como pilhas de entulho, galerias de esgoto, subsolos de residências e casas inacabadas.
Assim, a recomendação é que a população adote medidas para impedir a entrada de escorpiões dentro de casa, no quintal da residência, nas dependências de escritórios, fábricas e outros ambientes de trabalho. Além disso, as áreas internas e externas dos imóveis devem permanecer limpas, sem acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo e materiais de construção.
É recomendado sempre checar vestuário e sapatos antes de usá-los, bem como vedar portas, janelas, frestas, buracos em paredes, interruptores, assoalhos e vãos entre o forro e as paredes. Outras medidas incluem telar ralos do chão, pias ou tanques, afastar as camas e berços das paredes, evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão, e acondicionar lixo em sacos plásticos ou outros recipientes que possam ser mantidos fechados, para evitar baratas, moscas ou outros insetos que servem de alimento para os escorpiões. No estado de São Paulo, a maioria dos acidentes acontecem em áreas urbanas.
Acidentes com escorpiões podem apresentar sinais e sintomas específicos. No acidente leve, o principal sintoma é a dor intensa no local da picada, que pode irradiar para o membro acometido, seguido ou não, por sudorese e taquicardia. Acidentes de intensidade moderada podem levar o paciente a apresentar agitação, vômitos, sudorese discreta, taquicardia, taquipneia e hipertensão leves. No acidente grave os sintomas se intensificam e tornam-se generalizados.
O vômito é o principal sintoma de alerta, principalmente em crianças de até 10 anos. Neste grupo, a gravidade do acidente e a letalidade tendem a ser maiores. Os seus responsáveis devem suspeitar de uma picada de escorpião quando a criança apresentar choro intenso, sem causa aparente, e vômito. Neste caso, deve procurar atendimento médico imediatamente e informar a suspeita do acidente com escorpião.
Após uma picada, é recomendado limpar o local com água e sabão, aplicar compressa morna para amenizar a dor, procurar o serviço de saúde mais próximo para receber tratamento para a dor e, se necessário, receber soroterapia adequada. Além disso, quando possível e desde que não atrase a ida do paciente ao serviço de saúde, isolar o animal com um pote; capturá-lo, vivo ou morto; e levá-lo ao serviço de saúde.
É muito importante que a população e os profissionais de saúde conheçam os Pontos Estratégicos de atendimento mais próximos. Qualquer criança deve ser levada para atendimento médico, mesmo que ainda não apresente sinais e sintomas de gravidade.
Para superar as dificuldades que atravessam há décadas os trabalhos realizados por órgãos e entidades na busca de pessoas desaparecidos e no apoio de familiares, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) anunciou a criação do Sistema de Informações e Prevenção do Desaparecimento de Pessoas.
Em cumprimento a uma lei estadual de 2014 e a uma lei federal de 2019, a ferramenta que já conta com dados reunidos pela Polícia Civil por meio dos registros de Boletins de Ocorrências de desaparecimentos está sendo ampliada para agregar e cruzar informações com registros da saúde, cartórios, serviços públicos como Detran e diversos outros bancos que auxiliem nessa identificação.
A medida busca ajudar na luta de pessoas como Vera Ranu, que há trinta anos vive a angústia da procura pela filha, desaparecida no início dos 1990, quando tinha apenas 13 anos. Desde então, já foram diversas tentativas de idas a delegacias, hospitais e outros órgãos em busca de apoio.
Ela classifica que nesse tempo a dificuldade em obter informações foi o principal entrave. “Falta um cadastro de pessoas desaparecidas mais efetivo, porque parece que os órgãos públicos não conversam. Isso dificulta até hoje a busca”, contou.
Vera fundou o Movimento Mães em Luta para ajudar outros familiares que buscam por informações de pessoas desaparecidas. A entidade conta com 5 mil famílias cadastradas.
Apesar dos desaparecimentos e localizações serem registrados em boletins de ocorrência e investigados por meio de Procedimentos específicos, o Estado de São Paulo, assim como ocorre no âmbito federal, não possui um protocolo de registros que possibilite a formação de um cadastro de desaparecidos.
O Major Rodrigo Vilardi, da Coordenadoria de Políticas em Segurança Pública, afirma que a ferramenta possibilita a primeira estruturação de ocorrências registradas em São Paulo e o cruzamento com outros sistemas de pesquisas, de modo a unificar todas as informações que são fundamentais para a atuação dos órgãos públicos.
O novo sistema foi apresentado nesta quarta-feira (30), durante uma reunião na sede da SSP com outros órgãos estaduais que atuam diretamente na unificação de informações e apoio na busca de pessoas desaparecidas.
A plataforma irá centralizar as buscas em um banco de dados único que poderá ser acessado por todos, assim a informação será compartilhada e automaticamente relacionada, auxiliando nos trabalhos de pesquisa. O sistema foi atualizado para refinar a busca com 17 técnicas diferentes para identificar uma pessoa desaparecida por meio do CPF, aglutinando outras informações fundamentais (como nome da mãe, pai, endereços, etc) para formar uma base única.
Além disso, serão disponibilizados os números e resultados dos inquéritos policiais e demais procedimentos de investigação, bem como os dos processos criminais instaurados no âmbito do Poder Judiciário. A base de dados também contará com notícias de encontro de pessoas desaparecidas, óbitos e outras movimentações ou abordagens policiais, que contribuem na sua localização.
“É uma importante ferramenta que vai auxiliar todos os atores que estão diariamente lutando para a implantação do banco de dados que poderá unificar essas informações”, ressaltou a delegada Bárbara Travassos, da Delegacia de Pessoas Desaparecidas.
A Defensoria Pública do Estado, que funciona como uma das portas de entrada de familiares que buscam ajuda para localizar as pessoas desaparecidas também esteve presente no encontro. “A principal queixa durante os atendimentos é a falta de um banco centralizado que sistematize as informações”, disse a defensora Renata Moura Gonçalves. “Isso facilita para que todos possam buscar por informações, permitindo um atendimento mais célere.”
“Pela primeira vez no Estado de São Paulo estamos conseguindo organizar a base de dados seguindo o rito que já havia sido estabelecido pela legislação. Esse encontro realizado hoje é para apresentar a ferramenta e contar com a colaboração de outros órgãos para que possamos aperfeiçoar o sistema”, explicou o Coronel Pedro Luís de Souza Lopes, chefe da Assessoria Policial Militar na SSP.
Fornecida pelo Instituto Butantan, a vacina está liberada para toda a população acima de 6 meses de idade e protege contra casos graves e mortes. A campanha foi prorrogada para ampliar a cobertura vacinal, que está em 56% – ainda distante da meta de 90%.
Os dados epidemiológicos refletem essa realidade: de acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, 9.457 brasileiros já foram hospitalizados em 2023 em decorrência da gripe, e 828 morreram. Em todo o ano de 2021, quando 89% da população se vacinou contra a doença, esses números foram consideravelmente mais baixos: 1.389 e 162, respectivamente.
Crianças de até 11 anos têm liderado as hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por influenza, com 4.705 casos. Já entre os óbitos, a maior parte ocorreu em idosos, com 434 casos.
Única forma de prevenção disponível para a população, a vacina da gripe é comprovadamente segura e conta com a validação da própria Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo sido incluída na lista de imunizantes pré-qualificados do órgão em 2021. As cepas da vacina são atualizadas anualmente, já que os vírus influenza sofrem muitas mutações. Por isso, é importante se vacinar novamente todos os anos para garantir a proteção individual e coletiva.
A vacina deste ano é composta por duas cepas do tipo A, H1N1 e H3N2 (do subtipo Darwin, que causou surtos no final de 2021 e predominou em 2022) e uma do tipo B (linhagem Victoria).
O imunizante é produzido com o vírus fragmentado e inativado, ou seja, incapaz de causar doença. Como qualquer outra vacina, ele pode gerar alguns efeitos adversos, mas todos são leves e passageiros, conforme mostrado por estudo clínico publicado na revista Vaccine. Segundo o artigo, conduzido entre abril e maio de 2019 no estado de São Paulo, as reações mais comuns são dor e sensibilidade no local da injeção, e nenhuma reação grave foi observada.
A pesquisa também comprovou a não inferioridade da vacina do Butantan em relação à da Sanofi Pasteur – ou seja, ambas possuem eficácia equivalente. O imunizante já é desenvolvido pelo Instituto há 10 anos e é fruto de uma transferência de tecnologia da farmacêutica francesa. Na campanha atual, o Butantan produziu 80 milhões de doses para a vacinação da população brasileira – a totalidade dos imunizantes disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Contraindicações
O imunizante é contraindicado para menores de 6 meses de idade e pessoas que já tiveram reação alérgica grave (anafilaxia) após tomarem a vacina. Indivíduos com histórico de anafilaxia a ovo devem ser imunizados sob supervisão médica e em ambiente preparado para tratar manifestações alérgicas. Quem estiver com doença febril e Covid-19 deve esperar a recuperação para se vacinar.
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), com o apoio da Secretaria de Estado de Políticas para a Mulher, abriu, nesta terça-feira (29), as inscrições para o curso de Liderança e Empoderamento Feminino do programa TODAS in-Rede, que disponibiliza aulas online gratuitas para mulheres com deficiência com temas que abrangem o empreendedorismo e os direitos femininos. As vagas são limitadas e as inscrições vão até 2 de outubro.
Criado em 2020, o TODAS in-Rede tem como objetivo incentivar a independência e a autonomia das mulheres com deficiência através da oferta de cursos gratuitos que abrangem temas sobre trabalho, renda, autoestima e empoderamento; saúde feminina; prevenção à violência; relacionamentos interpessoais; envelhecimento; habilidade socioemocionais; fundamentação teórica; direitos políticos; estratégias de mobilização e atuação política.
“O TODAS in-Rede é um programa extremamente importante para todas as mulheres com deficiência porque, infelizmente, a violência contra a mulher ainda é uma realidade mundial. O curso proporciona a elas a oportunidade de aprender sobre seus direitos, que muitas vezes elas nem sabem que têm, e de entender a importância de serem independentes”, aponta a coordenadora do programa, Caroline Reis.
O curso conta com certificação, é online e acessível em Libras. As aulas desta nova turma ocorrerão aos sábados do mês de outubro, nos dias 10, 17, 24 e 31, das 19h às 22h.
A iniciativa da Secretaria é fruto de parceria com a Associação Amigos Metroviários dos Excepcionais (AME). Mais informações no site: www.todasinrede.sp.gov.br.
Mulheres com deficiência Segundo a Base de Dados dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no estado de São Paulo existem mais de 1,9 milhão de mulheres com deficiência. Dos empregos formais ocupados por pessoas com deficiência, apenas 38% são ocupados por mulheres. Em violência de gênero, em 2022, foram registrados mais de 600 boletins de ocorrência por mulheres com deficiência.
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Inscrições para o curso de Liderança e Empoderamento Feminino do programa TODAS in-Rede
Data de inscrições: de 29 de agosto a 2 de outubro.