Um Boeing 737-800 da companhia aérea chinesa China Eastern Airlines com 132 pessoas a bordo caiu em montanhas no Sul da China durante um voo doméstico nesta segunda-feira (21). De acordo com a mídia local, os trabalhadores de resgate não encontraram nenhum sinal de sobreviventes.
O avião estava voando da cidade de Kunming, capital da província de Yunnan, para Guangzhou, capital de Guangdong, que faz fronteira com Hong Kong.
Não houve nenhuma notícia imediata sobre a causa do acidente.
“Podemos confirmar que o avião caiu”, disse a China Eastern Airlines em uma declaração na qual também deu detalhes de uma linha direta para parentes dos que estavam a bordo.
A mídia citou uma autoridade de resgate dizendo que o avião havia se desintegrado e causado um incêndio que destruiu árvores de bambu. O People’s Daily citou um funcionário do departamento de combate a incêndios da província que disse que não havia sinais de vida entre os destroços espalhados.
De acordo com a Administração de Aviação Civil da China (CAAC) e a companhia aérea, a aeronave, com 123 passageiros e nove tripulantes a bordo, perdeu contato sobre a cidade de Wuzhou.
O voo saiu de Kunming às 13h11 (1h11 em Brasília), segundo os dados do FlightRadar24, e deveria aterrissar em Guangzhou às 15h05 (4h05 em Brasília).
Queda
O avião, que o Flightradar24 disse ter seis anos em operação, estava em cruzeiro a uma altitude de 29.100 pés às 4h20 no horário de Brasília. Pouco mais de dois minutos e 15 segundos depois, os dados mostraram que a aeronave tinha descido para 9.075 pés.
Em outros 20 segundos, a última altitude rastreada foi de 3.225 pés, indicando uma descida vertical de 31.000 pés por minuto, disse o Flightradar24.
Os dados meteorológicos online mostraram condições parcialmente nubladas com boa visibilidade em Wuzhou no momento do acidente.
O presidente da China, Xi Jinping, pediu que os investigadores determinem a causa do acidente o mais rápido possível para garantir a segurança “absoluta” da aviação, informou a emissora estadual CCTV.
Um porta-voz da Boeing disse: “Estamos cientes dos relatos iniciais da mídia e trabalhando para coletar mais informações”. As ações da Boeing caíam na pré-abertura do mercado.
As ações da China Eastern Airlines em Hong Kong fecharam em baixa de 6,5% após a queda da aeronave.
Por Jamie Freed – repórter da Reuters – Pequim – Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters
A Rússia bombardeou uma base aérea ucraniana, em Yavoriv, que fica a 15 quilômetros da fronteira com a Polônia. O ataque deixou 35 mortos e mais de 130 feridos, muitos destes transferidos para Lviv.
A base atacada de Yavoriv é um local onde os instrutores da Otan dão formação a militares ucranianos. A base funciona o Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança, criado no âmbito do programa Parceria para a Paz, que é realizado em conjunto pela Ucrânia e pela Otan.
O ataque foi feito com a disparo de vários mísseis de longo alcance. Este foi o ataque mais próximo a uma fronteira da União Europeia e de um país da Otan, o que pode provocar uma reação por parte dos aliados.
A base militar poderia ser também um dos locais secretos onde estavam armazenadas algumas das armas que têm sido cedidas pelos aliados do Ocidente à Ucrânia.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, classificou o ataque russo ao Centro Internacional de Manutenção da Paz e Segurança de “ataque terrorista”. “Este é um novo ataque terrorista contra a paz e a segurança perto da fronteira UE-Otan. Medidas devem ser tomadas para acabar com isto. Fechem o céu!”, apelou.
Reznikov adiantou que instrutores militares estrangeiros trabalham na base militar de Yavoriv. Um representante do Ministério da Defesa da Ucrânia disse à Reuters que estavam tentavam determinar se algum destes instrutores estava nas instalações no momento do ataque.
Por Agência Brasil * – Yavoriv (Ucrânia) – Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters/Direitos Reservados * Com informações da RTP
As forças russas sitiaram Mariupol. Informação foi divulgada pela Ucrânia
Por Reuters – Lviv (Ucrânia) – Foto: Maria Avdeeva
Bombardeios russos impediram novamente que refugiados deixassem a cidade portuária ucraniana de Mariupol, nesta sexta-feira, enquanto em outras áreas forças russas também pararam alguns ônibus com pessoas que tentavam fugir da região de Kiev, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk.
Em um discurso em vídeo, Vereshchuk disse que algumas retiradas foram bem-sucedidas, incluindo 1.000 pessoas que saíram de Vorzel, na região de Kiev.
As forças russas sitiaram Mariupol. A Ucrânia diz que 1.582 civis morreram lá em 12 dias desde o começo da invasão.
O presidente da Ucrânia, Wolodymyr Zelensky, fez novo pronunciamento neste domingo (3), em que se dirigiu ao povo russo e pediu que eles se posicionem contra a guerra.
“Ciadãos russos, essa não é só a luta pela paz na Ucrânia, mas pela riqueza que vocês tinham no seu país. Se ficarem calados, a miséria que vai falar por vocês no futuro. Não fiquem calados”, declarou o presidente.
Ele voltou a afirmar que não se trata de uma operação militar nem é ocasional, mas uma invasão planejada. Segundo ele, os soldados russos capturados pelas forças ucranianas forneceram informações que reforçam essa tese.
“Essas pessoas [do Exército russo] queriam acabar com nossas cidades. Tivemos acesso a documentos. Por isso que está ocorrendo essa atrocidade. Estão lançando bombas, artilharia, mísseis. Isso não é uma improvisação”, disse.
Zelensky afirmou que os ataques da Rússia sobre o país estão violando regras internacionais. “Isso será um crime militar histórico”, destacou.
No pronunciamento, o presidente ucraniano comentou que sua gestão está planejando medidas de estímulo econômico e de apoio à população com vistas à reconstrução do país.
“Já sabemos como vamos reconstruir e reformar a nossa Ucrânia. Criamos fundos para este fim, um para infraestrutura, um para crédito e um de auxílio para negócios pequenos, além de vários programas que estamos criando”, informou.
Na Rússia, diversos atos vêm sendo promovidos contra a guerra. Mas o presidente Vladimir Putin tem endurecido. Os protestos têm sido duramente reprimidos. Nesta semana, aprovou uma nova lei censurando conteúdos críticos à guerra, com pena de prisão de até 15 anos.
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil – Foto: UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SER
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse neste sábado (5) que a tentativa do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy de buscar ajuda direta da Otan no conflito entre os dois países não está ajudando nas negociações.
“Declarações raivosas constantes do senhor Zelenskiy não aumentam o otimismo”, disse Lavrov a repórteres neste sábado.
Especificamente, ele mencionou a crítica de Zelenskiy à aliança militar ocidental nessa sexta-feira (4) por ter se recusado a intervir no conflito impedindo que mísseis e aviões de guerra da Rússia usassem o espaço aéreo da Ucrânia.
“Minha questão é: se ele está tão irritado que a Otan não interveio a seu favor, como ele esperava, então ele espera resolver o conflito envolvendo a Otan em tudo isto, e não por meio de negociações”, disse Lavrov.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que esperava abrir conversas com Lavrov, mas apenas se elas fossem “significativas”.
Por Reuters – Brasília – Foto: Lusa/EPA/Igor Kovalenko
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje (2), em um vídeo divulgado em seu canal do Telegram, que o mundo está se fechando para a Rússia. “O mundo moderno vai se fechar para eles. Bens russos estão deixando as prateleiras das lojas ao redor do mundo. Bancos russos estão se desconectando do sistema global. Cidadãos russos estão perdendo suas poupanças, perdendo perspectivas. Mães russas estão perdendo seus filhos em um país estrangeiro. Pense nesse número: quase 6 mil russos morreram. Isso sem contar as perdas da noite passada. Isso para que?”, questionou o mandatário.
Zelensky disse ainda que os russos querem apagar a história do país. “Eles não sabem nada sobre nossa capital, sobre nossa história. Mas todos eles têm ordens para apagar nosso país, apagar todos nós. No primeiro dia da guerra, Uman foi brutalmente bombardeada, onde dezenas de milhares de judeus vem todos os anos para rezar. Depois, Babyn Yar, onde dezenas de milhares de judeus foram executados. Me dirijo a todos os judeus do mundo: vocês não vêm o que está acontecendo? É por isso que é tão importante que milhões de judeus ao redor do mundo não fiquem em silêncio agora. O nazismo nasce do silêncio. Então gritem sobre o assassinato de cidadãos. Gritem sobre o assassinato de Ucranianos”, disse.
O presidente ucraniano disse ainda que os russos seguem bombardeando as cidades do país, atingindo civis, população que é pacífica. E disse que a Ucrânia conseguiu reunir um apoio internacional em um novo nível, ressaltou o apoio da Otan e de milhares de europeus.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, afirmou que o alvo dos russos é a capital da Ucrânia. “Vemos quantas forças russas vão de Belarus, do norte e do leste, muitos quilômetros de tanques se movendo para a capital da Ucrânia. Neste momento estamos preparados para defender a nossa cidade”, disse.
Por Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil – Foto: Reuters/Direitos Reservados
Para socorrer famílias que fogem dos ataques russos na Ucrânia, as Nações Unidas lançam nesta terça-feira (1) dois apelos humanitários coordenados. Segundo o secretário-geral, Antônio Guterres, um dos apelos tem como meta angariar fundos para ajudar a população que continua na Ucrânia e o outro busca o atendimento das necessidades dos que procuram refúgio em nações da região.
Guterres lembrou que a ONU já repassou US$ 20 milhões do seu Fundo Central de Resposta a Emergências para a ampliação dos trabalhos humanitários. Segundo explicou, a comunidade internacional precisa se mobilizar para apoiar e financiar os apelos. Ele lembrou que o número de pessoas afetadas pela guerra continuará subindo. Os recursos servirão para que as agências humanitárias consigam “tratar todas as necessidades dos deslocados pela crise”.
Hospitais atacados
Catherine Russell, diretora-executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), disse que a agência está recebendo relatos de “hospitais, escolas e instalações de água e saneamento” sob fogo na Ucrânia, com explosivos sendo lançados em áreas povoadas.
Segundo ela, há crianças entre os mortos e feridos, sendo que as sobreviventes estão traumatizadas pela onda de violência. Russell reforçou o apelo internacional para o fim de todas as operações militares na Ucrânia.
Por Karine Melo * – Repórter da Agência Brasil – Foto: Alexandre Furman
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (28) que o Brasil vai fazer uma portaria para garantir o acesso de ucranianos ao passaporte humanitário brasileiro.
O anúncio foi feito em entrevista à rádio Jovem Pan e retransmitida nas redes sociais do presidente. “Nós faremos todo o possível para receber o povo ucraniano”, destacou.Segundo Bolsonaro, a portaria que vai regulamentar a entrada de ucranianos por meio do passaporte humanitário deverá ser publicada nos próximos dias. O presidente disse que o Brasil vai continuar com a postura neutra em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia que teve início na última semana.
Nos últimos dias, o presidente já havia falado sobre o assunto, quando destacou que o Brasil tem sido claro sobre sua posição “em defesa da soberania, da autodeterminação e da integridade territorial dos Estados”.
Sanções
O presidente afirmou que não há previsão de imposição de sanções do Brasil para a Rússia em decorrência do conflito. Conforme Bolsonaro, o Brasil possui uma “dependência enorme” dos fertilizantes da Rússia e, em caso de sanções, o agronegócio seria “seriamente afetado”. “Acredito que essas sanções dificilmente prosperam”, disse.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a destacar o apoio do governo russo na preservação da soberania da Amazônia em discussões internacionais e disse que, sem os fertilizantes russos, o agronegócio brasileiro seria prejudicado, o que poderia gerar insegurança alimentar e inflação de alimentos.
Bolsonaro falou ainda sobre as críticas do representante da Ucrânia no Brasil e afirmou que o Brasil tem que ter o equilíbrio na relação entre os países.
Resgate de brasileiros
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que chegaram hoje a Varsóvia, capital da Polônia, oito servidores do Itamaraty para ajudar no processo de resgate dos brasileiros impedidos de retornar ao país por causa do conflito entre Rússia e Ucrânia. “Esta força-tarefa enviará destacamento a Lviv, na Ucrânia, onde será montado escritório de apoio aos brasileiros que estão tentando deixar o país”, diz a publicação, em redes sociais.
A Embaixada do Brasil em Kiev divulgou hoje (28) comunicado com orientações a brasileiros que ainda se encontram nas duas maiores cidades da Ucrânia, Kiev e Kharkiv. A principal recomendação é para que deixem o país prontamente, assim que considerarem seguro se deslocar até a estação central de trens dessas cidades.
A rota de saída recomendada é em direção oeste, rumo às cidades de Lviv e Chop, das quais é possível pegar conexões para a Hungria ou a Polônia. Outros destino recomendado é Chernivtsi, a partir de onde se pode alcançar as fronteiras com Moldávia ou Romênia.
A embaixada orientou que os horários para a saída dos comboios têm sido definidos de última hora. A orientação é ir às estações centrais “na primeira oportunidade” e aguardar as partidas de lá. Há toques de recolher vigentes em ambas as cidades, que devem ser respeitados. Segundo o comunicado, não há cobrança de passagens.
Não foram divulgados detalhes sobre como garantir a segurança no trajeto até as estações. Foi recomendado, contudo, que seja avaliada a situação caso a caso, e que sejam evitadas ao máximo as saídas desnecessárias à rua.
Segundo aviso divulgado pela prefeitura de Kiev, supermercados e transportes públicos funcionam desde as 8h, e o metrô também circula, embora com frequência bastante baixa.
“A noite foi relativamente tranquila, com algumas escaramuças, mas as pessoas devem estar atentas a mudanças na situação de segurança local. Há risco em quase todos os bairros. Sair apenas em caso de emergência – para comer, comprar alimentos ou remédios”, informa o aviso, de acordo com tradução enviada pela embaixada em Kiev.
Para quem estiver de carro, recomenda-se evitar se dirigir a Lviv, na divisa com a Polônia, onde a passagem pela fronteira encontra-se bastante embaraçada.
“A embaixada reitera sua recomendação de que não deve ser tentada a travessia na fronteira terrestre com a Polônia (seja a pé, carro ou ônibus). As condições lá continuam extremamente difíceis, com riscos diretos para a saúde dos viajantes”, diz o texto.
Confira abaixo as recomendações completas divulgadas pela Embaixada do Brasil em Kiev.
Recomendações gerais para partida da Ucrânia
Recomendamos a todos que tenham condições de segurança que procurem deixar a Ucrânia por meio de trens, em direção oeste. Ainda que com alguns atrasos, os trens têm funcionado de forma bastante frequente e segura na maior parte do país. Os horários, muitas vezes, só são confirmados de última hora, assim aconselhamos que se dirijam às estações centrais de trem quando não houver toque de recolher e esperem os anúncios lá.
A partir de hoje, segunda, o toque de recolher na cidade passa a valer como anteriormente, das 22h às 8h. Tendo isso em conta, a partir de hoje os trens deverão funcionar normalmente durante o dia. A embaixada recomenda que as pessoas se dirijam à estação central na primeira oportunidade, estando atentos à situação de segurança local.
Recomenda-se os trens para Lviv, Chop ou Chernivtsi. A partir de Lviv há opções de trens diretos para a Polônia (Varsóvia e Chelm), bem como trens para Chop, onde há conexão fácil para a Hungria. A partir de Chernivtsi há possibilidade de apoio local para se chegar à fronteira (Moldávia ou Romênia, a depender da situação no momento). Há informações de que em Lviv, no momento, está sendo dada prioridade ao embarque de mulheres e crianças.
Não aconselhamos tentar passar a pé ou de carro pelos postos de fronteira entre Lviv e a Polônia, onde ainda há enormes dificuldades. Para os que tem meio de locomoção próprio, os pontos de passagem na Moldávia (exceto perto de Odessa) são boas opções. O tempo de espera na Eslováquia é também favorável.
Kharkv
Há trens partindo da estação. Quem estiver em Kharkiv deve estar especialmente atento à situação de segurança local antes de deslocar-se à estação de trem.
Se forem para as estações de trem, os viajantes devem tentar ter consigo água e comida suficientes.
Todos os trens são gratuitos, não é necessário comprar bilhetes (em Chop talvez seja necessário comprar bilhete para os destinos na Hungria).
Aviso da prefeitura de Kiev
Supermercados e transportes públicos abrem em Kiev. O metrô funciona, mas com muito menos frequência do que o normal.
Por favor, não saia e não se movimente pela cidade desnecessariamente.
A noite foi relativamente tranquila, com algumas escaramuças, mas as pessoas devem estar atentas a mudanças na situação de segurança local. Há risco em quase todos os bairros. Sair apenas em caso de emergência – para comer, comprar alimentos ou remédios.
Na capital, as brigas de rua continuam em quase todos os bairros. Portanto, saia apenas em caso de emergência – quando precisar comprar alimentos ou remédios.
Observe que a partir de hoje continua a haver toque de recolher das 22h às 7h.
Apoio na Estação de Kiev
Um centro humanitário foi instalado na Estação Ferroviária Central de Kiev. Há pontos de aquecimento e uma cozinha. Há também 60 voluntários que falam línguas estrangeiras. A assistência psicológica está disponível no local.
Também há grupos que ajudam no embarque dos trens.
Fronteira com a Polônia
A embaixada reitera sua recomendação de que não deve ser tentada a travessia da fronteira terrestre com a Polônia (seja a pé, carro ou ônibus). As condições lá continuam extremamente difíceis, com riscos diretos para a saúde dos viajantes.
Por Agência Brasil – Foto: Bernadett Szabo/Reuters/Direitos Reservados
A Alemanha anunciou que cederá armas para a Ucrânia para que forças de resistência possam combater a invasão militar russa, deflagrada na madrugada da última quinta-feira (24).
“É nosso dever fazer o possível para apoiar a Ucrânia em sua defesa contra o exército invasor de Putin. Por isso, estamos entregando mil armas antitanque e 500 mísseis Stinger para nossos amigos na Ucrânia”, informou o chanceler alemão Olaf Scholz, por meio de sua conta pessoal no Twitter.
Horas antes de confirmar o envio de armamentos à Ucrânia, Scholz já tinha declarado que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não poupará esforços para defender todos os países que integram a aliança militar de eventuais ameaças russas.
Scholz referia-se a outras nações, já que a Ucrânia não integra a Otan, embora seja considerada um país parceiro e, há anos, venha sinalizando a intenção de participar da aliança – movimento combatido pelo governo russo, que teme o aumento da influência dos Estados Unidos no leste europeu.
Esta manhã, Scholz voltou a usar o Twitter para criticar o presidente russo Vladimir Putin. “”A guerra de Putin não deve abrir velhas feridas. A reconciliação entre a Alemanha e a Rússia é um capítulo importante da história. Estamos com a Ucrânia e ao lado dos russos que corajosamente defendem a paz, a liberdade e os direitos humanos”.
Ajuda
Na sexta-feira (25), a Polônia já tinha enviado à Ucrânia um comboio militar com armas e munições. O país, que faz fronteira com a Ucrânia, foi o primeiro a enviar ajuda para que os soldados ucranianos possam resistir ao avanço russo.
“O comboio com a munição que entregamos à Ucrânia já chegou aos nossos vizinhos. Apoiamos os ucranianos, somos solidários e nos opomos firmemente à agressão russa”, anunciou (https://twitter.com/mblaszczak), no Twitter, o ministro da Defesa polonês Mariusz Blaszczak.
Por Alex Rodrigues Repórter da Agência Brasil – Foto: Bernadete Szabo/Reuters