Apenas 7% dos rios da Mata Atlântica apresentam água de boa qualidade

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Levantamento da organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica revelou que somente 6,8% dos rios da Mata Atlântica do país apresentam água de boa qualidade. A pesquisa não identificou corpos d’água com qualidade ótima. Mais de 20% dos pontos de rios analisados apresentam qualidade de água ruim ou péssima, ou seja, sem condições para usos na agricultura, na indústria ou para abastecimento humano, enquanto em 72,6% dos casos as amostras podem ser consideradas regulares.

Os dados constam da nova edição da pesquisa O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, realizada pelo programa Observando os Rios da SOS Mata Atlântica. A entidade avalia que o Brasil ainda está distante de atingir o ideal de água em quantidade e qualidade para os diversos usos. O levantamento é divulgado no Dia Mundial da Água, comemorado nesta terça-feira (22).

“Os resultados de 2021 nos mostram que a gente continua numa situação de alerta em relação à água, aos nossos rios, já que menos da metade da população brasileira tem acesso ao serviço de esgotamento sanitário. E os rios vão nos contar o que está acontecendo”, disse o coordenador do programa Observando os Rios, Gustavo Veronesi.

Ele explicou que o retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica é um alerta para a condição ambiental da maioria dos rios nos estados do bioma. A inadequação da água para usos múltiplos e essenciais pode ser, segundo a entidade, consequência de fatores como a poluição, a degradação dos solos e das matas nativas, além das precárias condições de saneamento. 

Veronesi acrescentou que as populações mais pobres são as mais afetadas pelas deficiências de estrutura de atendimento ao fundamental, que são água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos e manejo de águas de chuva, pilares do saneamento básico.

Os indicadores foram obtidos entre janeiro e dezembro de 2021 por 106 grupos voluntários de monitoramento da qualidade da água. Foram realizadas 615 análises em 146 pontos de coleta de 90 rios e corpos d’água de 65 municípios em 16 estados do bioma Mata Atlântica. Esses estados são Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

De acordo com a SOS Mata Atlântica, houve pouca alteração em relação aos resultados do período anterior de monitoramento, no ano passado, com alguns casos localizados. As análises comparativas dos anos de 2020 e 2021 consideram os indicadores aferidos em 116 pontos fixos de monitoramento. Em 2021, foram nove pontos com qualidade boa (em 2020 eram 12); 84 com qualidade regular (80 em 2020); 22, ruins (21 no ano anterior) e apenas uma péssima, enquanto em 2020 foram três.

Sobre o fato de não haver grandes avanços de um ano para outro, Veronesi ressaltou que o processo de recuperação é muito mais lento que a ocorrência da poluição. “Um serviço de saneamento é muito demorado para dar resultado, vide o projeto de despoluição do Rio Tietê, são 30 anos para a gente conseguir aferir melhoras em alguns pontos, em alguns rios das bacias do Alto e Médio Tietê”.

“Sujar um rio é questão de segundos, é fácil. Agora limpar, despoluir, é muito mais demorado, porque depende do tempo de a natureza também se autodepurar e a gente parar também, a nossa natureza humana parar de sujar. O Rio não é sujo, quem suja somos nós. Somos os responsáveis pela sujeira e também pela limpeza, então é um esforço de toda a sociedade e, óbvio, o poder público tem papel central”.

Como exemplo positivo, a entidade destacou o Lago do Ibirapuera, localizado na capital paulista, onde a água passou de regular para boa, com relatos de aparecimento de peixes em sua foz. Outra evolução ocorreu no Tietê, em Santana do Parnaíba, saída da Grande São Paulo, que sempre recebeu muita carga de esgoto e lixo da região metropolitana e sempre vinha com qualidade péssima ou ruim ao longo do tempo. No entanto, este ano melhorou para qualidade regular, o que significa, segundo Veronesi, que as obras de saneamento estão fazendo efeito.

Por outro lado, uma situação que chamou a atenção da entidade foi a piora na qualidade dos rios em Mato Grosso do Sul, na região de Bonito. “Quando a gente fala dessa localidade, as pessoas logo pensam nas águas cristalinas que existem lá, principalmente o Rio Bonito. Houve piora em todos os pontos de monitoramento daquele estado. Os quatro pontos em que a gente podia fazer comparação em relação ao período anterior tiveram piora na média da qualidade.”

Segundo ele, este resultado mostra que a qualidade da água pode ser relacionada ao desmatamento, “porque também o Atlas da Mata Atlântica vem notando que essa é uma região que sofre bastante com desmatamento ilegal – isso vem acontecendo – e, quando você muda, tira a floresta, que é um filtro para a água e muda o uso do solo, isso causa impacto. O rio nos conta tudo, nos diz o que está acontecendo em uma bacia hidrográfica”, disse.

Para Veronesi, uma das soluções passa por conter o desmatamento ilegal. “Isso é uma questão que deveria ser de primeira ordem, de primeira necessidade, até por questões de emergência climática, e a Mata Atlântica é um dos biomas mais importantes para a gente conter o aquecimento global”, disse. Ele citou a necessidade de políticas públicas mais efetivas relacionadas ao reflorestamento, à preservação das áreas de proteção permanente e à restrição do uso de agrotóxicos.

Saiba mais: Dia da Água: especialista fala da importância de proteger este recursoClique aqui e confira também as notícias da Radioagência Nacional.

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Plástico corresponde a 48,5% dos itens encontrados no mar do Brasil

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Um diagnóstico feito pelo programa Lixo Fora D’Água, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostrou que os resíduos plásticos correspondem a 48,5% dos materiais que vazam para o mar. Segundo o levantamento, os 15 itens mais encontrados nas análises representam 80,3% dos resíduos que vão parar na costa brasileira.

Depois do plástico, a guimba (ou bituca) de cigarro e o isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os itens mais encontrados. Os outros 19,7% abrangem artigos como roupas e apetrechos de pesca, entre outros. Todos fazem parte de uma amostra que soma 16.733 itens retirados da areia, da praia e de manguezais.

O levantamento faz parte de um trabalho feito pela Abrelpe desde 2018 em 11 cidades da costa onde vivem 14 milhões de habitantes. O programa iniciou as ações de monitoramento, prevenção e combate ao lixo no mar e nos demais corpos hídricos na cidade de Santos (SP) e atualmente abrange os municípios de Balneário Camboriú (SC), Bertioga (SP), Fortaleza (CE), Ipojuca (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Manaus (AM), Serra (ES) e municípios da Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro.

Metodologia
A metodologia desenvolvida no âmbito do projeto Lixo Fora D’Água também está presente no Caribe, sendo aplicada em cidades da Costa Rica, Colômbia e República Dominicana.

“Cerca de 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente a cada ano em todo o mundo, e em torno de cinco a 12 milhões de toneladas de resíduos plásticos têm os oceanos como destino. Cerca de 80% desse total são oriundos de atividades humanas desenvolvidas no continente, seja no litoral ou em regiões onde correm rios que desaguam em ambientes marinhos, sendo resultado de falhas que ocorrem nos sistemas de limpeza urbana e gestão de resíduos nas áreas urbanas das cidades”, disse o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo as estimativas da entidade, mais de dois milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos vão parar nos rios e mares todos os anos no Brasil.

“Ressalta-se, porém, que esse total pode ser ainda maior já que as 30 milhões de toneladas de lixo que seguem para destinação inadequada, ou seja, lixões e aterros controlados, que ainda existem em todo o país, podem acarretar um acréscimo de três milhões de toneladas de lixo no mar a cada ano”, afirmou a Abrelpe.

Acrescentou que o programa também visa identificar as principais fontes de origem dos resíduos e estudar como as cidades podem aprimorar a gestão de resíduos sólidos em terra para prevenir a poluição marinha.

Vazamento de lixo
Segundo um dos relatórios, as três principais fontes de vazamento de lixo no mar são as comunidades nas áreas de ocupação irregular, próximas aos cursos d’água, os canais de drenagem que atravessam a malha urbana e a própria orla da praia em sua faixa de areia.

“Os resultados do programa Lixo Fora D’água permitem afirmar que a melhor solução para o problema do lixo no mar reside justamente no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestrutura de limpeza urbana nas cidades, que deve acontecer junto a programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população”, explicou o presidente da Abrelpe.


Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – Foto: Martins Perret/ONU Meio Ambiente

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Hortas comunitárias resistem à urbanização em São Paulo

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Quem entra na Rua Marquês de Herval, na Vila Saúde, em São Paulo, em princípio não vê nada de diferente. Mas em meio a casas e prédios, um estreito portão de ferro oferece passagem a um verdadeiro oásis. O Bosque das Mandalas é uma das 273 hortas registradas na capital paulista, segundo a plataforma Sampa Mais Rural, da prefeitura. Mais que a produção compartilhada entre voluntários e moradores, as plantações são experiências comunitárias que promovem alimentação saudável e encontro solidários.

“Já fizemos a feira. Levamos folhas de brócolis, almeirão, serralha, capuchinha, que eu não conhecia, mas comi as flores, uma delícia, e a salada ficou muito bonita. Levei limão. Só de saber que é sem agrotóxico é bom demais”, afirma Vilma Souza, 67 anos, que é de Goiânia, mas está em São Paulo para passar uma temporada com a filha. “Foi só assim que ela conseguiu me convencer a vir. Eu adoro verde, mexer com terra”, relata. Era o primeiro dia de Vilma no local. O espaço do Bosque das Mandalas é cedido pela empresa de energia (Enel), proprietária do terreno. 

Em faixa de terra que vai de uma rua a outra, a torre da Enel ocupa pequena área entre mais de 200 espécies não catalogadas, conforme estimativa de Clélia Carretero, 63 anos, uma das idealizadoras da horta que já tem cinco anos. “A agrônoma Débora Ota, que mora aqui ao lado, deu muitas dicas de Pancs – plantas alimentícias não convencionais. Ela disse: ‘planta taioba, que pode usar como couve’. No ano retrasado, conhecemos mais uma turma que quis trabalhar com tijolinho de bioconstrução, e erguemos essa parede. Tudo tem um pouco de cada pessoa que mora no bairro”, conta.

O Sampa Mais Rural reúne iniciativas de agricultura, turismo e alimentação saudável. No site da plataforma é possível visualizar a localização das hortas espalhadas pela cidade.


Leia também: Agricultura Urbana comercializa produtos às quintas-feiras no centro de Osasco


Solidariedade e encontro

A cuidadora Edilane de Souza, 33 anos, conhecida como Dila, mora há um ano em apartamento ao lado da horta. Ela acompanha Sueli Albano, 73 anos, que vem para o local aproveitar a sombra e o verde. Enquanto Sueli descansa, Dila ajuda as companheiras a tirar o mato, colher alimentos e plantar novas mudas. “Eu acho uma maneira bonita de ajudar, ser voluntária, ajudar as pessoas. E adoro trabalhar com a terra”, relatou à Agência Brasil. Clélia conta que o trabalho é feito em mutirão e é preciso sempre divulgar para que mais pessoas participem. “É trabalho de formiguinha. Usamos as redes sociais”.

Ana Borba, 82 anos, é a mais experiente da turma. “Esta aqui é a nossa curandeira natural”, diz Clélia. Ana, com um facão na mão e muita disposição, mostra orgulhosa os feitos dela na horta: “Plantei uma bananeira ontem, daquele pé de café, eu já fiz o pó e dei uma colher de sopa para cada um aqui. Fiz colorau com urucum, cará chinês é bom para regular diabetes e, com romã, você melhora a garganta”. O passeio pela horta mostrou que tudo ali tinha muito da sabedoria da Ana. Ela diz que o local é um reencontro com a infância, quando morava numa fazenda. “Moro ali ó, o pessoal diz que eu sou a vigia da horta”, brinca, apontando para a janela do prédio em que vive.

Conhecimento e integração

Na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), região oeste paulistana, a horta comunitária também é um meio de integração. “É um local de aprendizado. Sempre falo que é um lugar muito horizontal, uma grande coisa para uma instituição hierárquica, que tem a figura do professor como detentor de todo o conhecimento. A horta é onde o jardineiro sabe mais do que eu em relação à produção de muita coisa”, explica Thais Mauad, pesquisadora do Departamento de Patologia e fundadora da horta comunitária da FMUSP.

Já são oito anos de funcionamento. “A gente hoje fornece temperos para o Hospital das Clínicas. Toda semana, a equipe de nutrição vem aqui na horta, e a gente cede os temperos: cebolinha, salsinha, tomilho”, enumera. Outra ação relacionada à iniciativa é o oferecimento de uma disciplina de medicina culinária. “É justamente mostrar para o futuro médico a importância da alimentação saudável na gênese e no manejo de doenças”, explica. A professora lembra que essa é uma tendência entre os cursos de medicina, pois “sabe-se que a alimentação está na gênese de muitas doenças crônicas, hipertensão, diabetes e alguns cânceres”.

Thais explica que a horta é cuidada com trabalhos em mutirão e o apoio voluntário da comunidade. O que é produzido pode ser colhido para uso próprio. “A gente está vivendo uma situação de insegurança alimentar no país que é muito triste, com políticas públicas em relação à alimentação sendo desmanchadas, então a questão da alimentação permeia a educação médica”, acrescenta. 

De acordo com o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), nos últimos meses de 2020, 19 milhões de brasileiros passaram fome e mais da metade dos domicílios no país enfrentaram algum grau de insegurança alimentar.


Fonte/texto: Agência Brasil/Camila Maciel – Imagem: TV Brasil

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Comunidades tradicionais e quilombolas serão remunerados por cultivo da palmeira-juçara

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A Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, anuncia a publicação do edital do Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) da Palmeira-Juçara.

O PSA tem como objetivo remunerar comunidades de agricultores tradicionais e quilombolas que fizerem o plantio da palmeira ao longo de cinco anos. Serão contempladas cinco diferentes Unidades de Conservação: APA Quilombos do Médio Ribeira, RDS Lavras, RDS Barreiro-Anhemas, RDS Barreiro-Anhemas, RDS Pinheirinhos e RDS Quilombos de Barra do Turvo.

No programa, que foi elaborado em parceria com as comunidades tradicionais, Fundação Instituto de Terras (Itesp), vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), cada produtor participante receberá entre R$ 24.200 e R$ 36.300 ao longo de todo o processo, de acordo com a área a ser implantada, que varia entre dois a três hectares. É esperado que, por ano, 100 novos beneficiários integrem a iniciativa, somando 800 produtores ao longo dos dez anos de projeto e mais de 1.500 hectares de palmeira-juçara plantados. As verificações periódicas e o pagamento ficarão a cargo da própria Fundação Florestal.

Segundo Rodrigo Levkovicz, diretor executivo da Fundação Floresta, esse “é um projeto construído a muitas mãos que tem como objetivo potencializar os saberes tradicionais das comunidades, o intercâmbio cultural e a conservação da biodiversidade. Com o fomento do plantio da palmeira e a possibilidade futura da exploração sustentável de seu palmito e de seus frutos, esperamos estruturar um mercado legalizado, promovendo uma alternativa para aqueles que se valem da extração ilegal como forma de sobreviver”.

A exploração da palmeira só foi possível após Resolução SMA 189 de 2018, que fomenta a implantação de projetos de reflorestamento com espécies nativas para exploração comercial sustentável e de sistemas agroflorestais e silvipastoris. O PSA trará mais visibilidade e oportunidade para produtores que já trabalhavam com a palmeira e para aqueles que buscam um novo negócio.

“Temos visto que esse será um negócio para as novas gerações. Com as famílias já estabelecidas no campo, essa é uma nova oportunidade para os jovens que estão constituindo família e que buscam um novo nicho no mercado. Com isso, acreditamos que o projeto impactará não só a questão ambiental, mas também o âmbito social, uma vez que conterá parte do êxodo dessas pessoas para a região metropolitana em busca de oportunidades”, completa Carolina Kors, assessora da Fundação e responsável pela coordenação do Programa de Conservação da Palmeira-Juçara.

Para participar, além de ter propriedades nas áreas estabelecidas, os interessados firmarão o compromisso de não cortar nenhuma palmeira para obtenção do palmito por aproximadamente sete anos. Porém, durante o projeto, eles podem realizar a colheita e a comercialização do fruto, na forma de produtos como polpa e sorvete. O produtor também deverá entregar algumas contrapartidas de baixo custo e de alto impacto ambiental, como ter caixas de abelhas nativas espalhadas pela propriedade, que além de possibilitar a polinização da juçara, ajuda na conservação da espécie, e organizar visitas escolares à propriedade.

O edital na íntegra pode ser acessado em https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/programas-e-campanhas/programa-jucara/. Dúvidas podem ser enviadas pelo e-mail psajucara@fflorestal.sp.gov.br.

O Programa Juçara

O programa é mais uma iniciativa do Programa Vale do Futuro e do Programa Refloresta SP, que conta com a participação da Fundação Florestal, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Secretaria de Desenvolvimento Regional, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Instituto de Pesquisas Ambientais, Instituto Botânico, Ibama, universidades, prefeituras, entidades da sociedade civil, pequenos agricultores e comunidades tradicionais.

O programa visa aumentar a população de Palmeira Juçara dentro de Unidades de Conservação de proteção integral e em imóveis, nas Unidades de Conservação de uso sustentável, fomentando sua conservação e consumo sustentável.

Para saber mais, visite a página do Programa Juçara no site da Fundação Florestal: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/programas-e-campanhas/programa-jucara/.

Vale do Futuro

Para transformar uma das regiões mais ricas em biodiversidade do Estado em modelo de desenvolvimento regional baseado na exploração sustentável da riqueza socioambiental da Mata Atlântica, o Governo de São Paulo propõe parcerias com prefeituras, comunidades quilombolas locais e organizações da sociedade civil, para implementar projetos de desenvolvimento sustentável, geração de renda, conservação e melhoria da qualidade de vida da população do Ribeira.

Os 22 municípios da região mais vulnerável do Estado vão se tornar um novo polo de desenvolvimento econômico e social. Um programa completo e de governança integrada. Acesse o site oficial do programa: https://www.valedofuturo.sp.gov.br/

A Palmeira Juçara

A Palmeira Juçara é uma planta nativa da Mata Atlântica brasileira. Seu fruto tem alto valor nutricional e faz parte da cadeia alimentar para mais de 68 espécies da fauna silvestre.

Aves como tucanos, jacutingas, jacus, sabiás e arapongas são os principais responsáveis pela dispersão das sementes, e mamíferos como cotias, antas, catetos e esquilos se beneficiam das suas sementes e frutos.

Em decorrência da exploração descontrolada para a retirada do palmito, a palmeira tornou-se restrita a poucos: Unidades de Conservação e áreas protegidas particulares e de comunidades quilombolas e atualmente corre sério perigo de extinção.


Fonte/texto: Portal Governo SP – Imagem: Rawpixel

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Pedágio Ambiental doa centenas de mudas de árvores nativas

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A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de Cotia, em parceria com o Parque Jussara Ambiental – Viveiro de Árvores Nativas e Ornamentais, fecharam a edição especial de Natal do Projeto Pedágio Ambiental com um saldo de centenas mudas de árvores nativas e sementes de Ipês Rosa doadas.

A ação aconteceu no domingo (19/12), na região central de Cotia. Foram doadas mudas de Palmeira Juçara, Sabão de Soldado, Suinã, Guatambú e Manduirana, todas as mudas foram entregues dentro de saquinhos biodegradáveis que não precisam ser retirados para o plantio.

Agradecemos a parceria com o Parque Jussara. Oportunizamos para a população uma aproximação com o meio ambiente, figurou-se como uma ação educativa e informativa, quando conhecemos aprendemos a respeitar e a cuidar, com os recursos naturais não é diferente”, disse Gustavo Gemente, titular do Meio Ambiente. O secretário também destacou o papel educativo da ação.


Fonte/Texto/Imagem: SECOM – Cotia

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Aterro Sanitário de Osasco recebe 900 toneladas de resíduos por dia

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A destinação correta do lixo é tarefa que cabe a todos, desde a separação de resíduos sólidos, como as sobras de alimentos, os líquidos (óleo de cozinha), o lixo sanitário e o hospitalar. Em Osasco esse compromisso com as questões ambientais é permanente. A cidade conta com um aterro sanitário, localizado no Jardim Bonança, e envia para o local, em média, 900 toneladas por dia.

O espaço, operado e gerenciado pela EcoOsasco, por meio de contrato de concessão, recebe resíduos domiciliares classes IIA, resíduos sólidos e parcela dos indivisíveis, exceto o lixo hospitalar.

O aterro sanitário de Osasco encontra-se licenciado, conforme o padrão de licença de 5 anos, com validade até 2/8/2026. Ele foi projetado para 20 anos de operação e encontra-se no segundo ano de atividade. O local foi projetado e construído obedecendo as mais rigorosas normas vigentes, exclusivamente para o que se destina.

 O chamado chorume (líquido poluente, de cor escura e forte odor originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos) é coletado, armazenado e transportado para tratamento em empresa especializada e licenciada ambientalmente para tal atividade, de modo a promover o mais adequado destino final do mesmo.

A cidade também conta com Ecopontos comandados pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), que recebem resíduos como sobras da construção civil, móveis velhos, madeira, papel, papelão, metal, plástico e vidros, entre outros. Os espaços também contam com Pontos de Entrega de Materiais Recicláveis (PEVs). Confira a relação de endereços dos Ecopontos:

  • Ecoponto Jardim Mutinga – Avenida Ônix, 783.
  • Ecoponto Novo Osasco – Rua Theodoro de Souza Brandão, 1.020.
  • Ecoponto Jaguaribe – Rua Fernando Miolin, 150.
  • Ecoponto Helena Maria – Rua Walt Disney, esquina com a Rua Belarmino Alves da Silva. Miniecoponto Adalgisa – Rua Octávio Catelani, s/nº, esquina com a Rua Rui Alvarenga.
  • Miniecoponto Bandeiras – Rua João Guimarães Rosa, 220.
  • Miniecoponto Munhoz Júnior – Rua Erva Cidreira, 80.

Fonte/Texto: SECOM – Osasco/Marco Borba
Imagem: Marcelo Deck/SECOM – Osasco

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Fundação Florestal abre consulta pública sobre PSA da Palmeira Juçara

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Nos próximos dias 18 e 22, a Fundação Florestal fará reuniões para discutir o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) da Palmeira Juçara, por meio de consultas públicas. O objetivo é ouvir a sociedade sobre o modelo de PSA criado pela instituição para remunerar comunidades quilombolas de cinco diferentes Unidades de Conservação: APA Quilombos do Médio Ribeira, RDS Lavras, RDS Barreiro-Anhemas, RDS Pinheirinhos e RDS Quilombos de Barra do Turvo.

A reunião ocorrerá em duas etapas, sendo a primeira presencial e a segunda virtual. Na quinta-feira (18), ocorrerá o encontro presencial, às 13h, na Aldeia Cultural na cidade de Eldorado. Na segunda-feira (22), a reunião será no formato online, às 17h, podendo ser acessado em http://encurtador.com.br/gkpEQ. Ambas as inscrições devem ser feitas em https://forms.office.com/r/GkASrkZAcM.

De acordo com o Programa PSA Juçara, cada produtor selecionado receberá entre R$ 24.200 e R$ 36.300 ao longo de cinco anos, de acordo com a área a ser implantada. Além disso, é esperado que, por ano, 100 novos beneficiários integrem a iniciativa, somando 800 produtores ao longo dos dez anos de projeto e mais de 1.500 hectares de Palmeira Juçara plantados.

Para participar do projeto, além de ter propriedades nas áreas estabelecidas, os interessados firmarão o compromisso de não cortar nenhuma palmeira para obtenção do palmito por aproximadamente dez anos. Ele também deverá entregar algumas contrapartidas de baixo custo e de alto impacto ambiental. Os técnicos da Fundação Florestal ficarão responsáveis por fazer verificações periódicas e realizar o pagamento.

O edital na íntegra, com todas as informações, pode ser acessado em https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/consulta-publica-do-psa/. Dúvidas ou contribuições podem ser enviadas pelo e-mail projucara@fflorestal.sp.gov.b

O Programa Juçara

O projeto é mais uma iniciativa do Programa Vale do Futuro, que conta com a participação da Fundação Florestal, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, Secretaria de Desenvolvimento Regional, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Instituto de Pesquisas Ambientais, Instituto Botânico, Ibama, universidades, prefeituras, entidades da sociedade civil, pequenos agricultores e comunidades tradicionais. O programa visa aumentar a população de Palmeira Juçara dentro de Unidades de Conservação de proteção integral e em propriedades, fomentando sua conservação e consumo sustentável.

Para saber mais, visite a página do Programa Juçara no site da Fundação Florestal: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/fundacaoflorestal/programas-e-campanhas/programa-jucara/.

Vale do Futuro

Para transformar uma das regiões mais ricas em biodiversidade do Estado em modelo de desenvolvimento regional baseado na exploração sustentável da riqueza socioambiental da Mata Atlântica, o Governo de São Paulo propõe parcerias com prefeituras, comunidades quilombolas locais e organizações da sociedade civil, para implementar projetos de desenvolvimento sustentável, geração de renda, conservação e melhoria da qualidade de vida da população do Ribeira.

Os 22 municípios da região mais vulnerável do Estado vão se tornar um novo polo de desenvolvimento econômico e social. Um programa completo e de governança integrada. Acesse o site oficial do programa: https://www.valedofuturo.sp.gov.br

A Palmeira Juçara

A Palmeira Juçara é uma planta nativa da Mata Atlântica brasileira. Seu fruto tem alto valor nutricional e faz parte da cadeia alimentar para mais de 68 espécies da fauna silvestre.

Aves como tucanos, jacutingas, jacus, sabiás e arapongas são os principais responsáveis pela dispersão das sementes, e mamíferos como cotias, antas, catetos e esquilos se beneficiam das suas sementes e frutos.

Em decorrência da exploração descontrolada para a retirada do palmito, a palmeira tornou-se restrita a poucas Unidades de Conservação e áreas protegidas particulares e atualmente corre sério perigo de extinção.


Fonte/Texto: Portal Governo SP
Imagem: Rawpixel

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PF faz operação para coibir venda ilegal de animais silvestres em SP

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A ação tem apoio da Polícia Militar Ambiente de São Paulo

A Polícia Federal (PF) realizou hoje (28), no estado de São Paulo, diligências para coibir o comércio ilegal de animais silvestres ameaçados de extinção por meio de grupos no aplicativo de mensagens WhatsApp. A operação, com apoio da Polícia Militar Ambiental, cumpriu três mandados de busca e apreensão contra os administradores dos grupos nas cidades de Itaquaquecetuba e São Paulo.

Segundo as informações da PF, foram apreendidos telefones celulares dos investigados, 18 pássaros silvestres sem identificação ou documentação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e 44 gaiolas.

São apurados os crimes de cativeiro e venda de espécimes da fauna silvestre, provenientes de criadouros não autorizados e sem a devida permissão, maus tratos a animais e receptação qualificada de animais de origem ilícita, no exercício de atividade comercial. Os nomes dos investigados não foram divulgados.

Fonte/Texto: Agência Brasil/Flávia Albuquerque
Imagem: Marcello Casal Jr/AB

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Novembro começa com agendamento de castração

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No dia 4 de novembro, a partir das 8h, será aberto o agendamento para o mutirão de castração de cães e gatos em Barueri. O projeto é organizado pela Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema). Serão disponibilizadas 600 vagas, dispostas em: 170 para caninos fêmeas, 180 para felinos fêmeas, 120 para caninos machos e 130 para felinos machos. O período de agendamento vai das 8h `às 12h e das 13h às 17h ou até o término das vagas.

O secretário da pasta ambiental, Marco Antônio de Oliveira (o Bidu), aconselha os munícipes a castrarem seus pets, pois esse ato acarreta muitos benefícios aos animais. “A castração é de extrema importância para evitar as crias indesejadas e para a saúde dos nossos pets. Além disso, essa atitude tem grande influência na redução dos casos de abandono de animais, que ainda são registrados diariamente no município”, afirma.

Os munícipes interessados deverão acessar o link do Portal Pet e a opção Agendamento CEPAD, ou tentar pelos telefones (11) 4199-1500, (11) 4718-1789 e (11) 97129-1789 (não são atendidas mensagens e ligações via WhatsApp) e não haverá atendimento presencial. A data, o horário, o local e demais orientações do pré-operatório serão passadas durante o agendamento.

Para realizar o agendamento são necessários alguns requisitos: possuir o Registro Geral Animal (RGA) (fique atento: para se cadastrar no RGA, o munícipe precisa estar ativo no Cadastro Cidadão do município); CPF e e-mail do tutor (que devem ser os mesmos utilizados no cadastro do RGA); o pet deve se enquadrar na faixa de idade de sete meses até sete anos.

No dia da castração
No dia do procedimento é obrigatória a impressão, assinatura e apresentação da ficha de agendamento no local. É preciso ler e seguir os procedimentos pré-cirúrgicos informados na ficha. Caso esses passos não sejam executados, a castração do animal não será realizada, assim como não serão atendidas as pessoas que não tenham feito o agendamento on-line ou por telefone.

Orientações na pandemia
O uso de máscara permanece obrigatório, além do distanciamento social e da constante higienização das mãos. É solicitada a permanência de uma pessoa com mais de 18 anos  por animal. Caso o tutor seja idoso, aconselha-se que solicite a uma pessoa de confiança para acompanhar o animal ao local do procedimento.

Fonte/Texto: SECOM – Barueri
Imagem: SECOM – Barueri/Fotografo não identificado

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Com tema Diálogos sobre a Agenda 2030 e os ODS, SEMA Barueri realiza ciclo de palestras

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A Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente (Sema) e o Movimento ODS Barueri (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) organizam no mês de novembro o ciclo de palestras com o tema Diálogos sobre a Agenda 2030 e os ODS para mostrar o panorama atual referente a Agenda 2030 e os 17 Objetivos.

As inscrições já estão abertas e seguem até o dia 03/11 (quarta-feira) ou até o encerramento das vagas (30 por palestra) no link Diálogos sobre a Agenda 2030 e os ODS. As palestras começam em 04/11 e vão até 01/12 deste ano (todas as quartas e sextas) das 9 às 11h, exceto no dia 04/11 (quinta-feira), na avenida Henriqueta Mendes Guerra, 1.124, no Jardim São Pedro. Mais informações através do e-mail sema.anamaria@barueri.sp.gov.br ou pelo telefone (11) 4199-1500 (falar com Ana Maria).

Os eventos são presenciais e os interessados deverão seguir os protocolos sanitários, como uso de máscaras, de álcool em gel, além do distanciamento social. Os alunos deverão escolher participar de uma palestra ou do ciclo, pois no caso da palestra individual você receberá somente o certificado daquela palestra, com carga horário de 2 horas; no caso do ciclo, será uma certificação referente a todas elas, num total de 16 horas.

O secretário da Sema, Marco Antônio de Oliveira (o Bidu), conta que as parcerias se tornaram importantes para a implantação e discussão desses projetos.

“Essa iniciativa mostra que as parcerias são fundamentais para a implantação de temas intersetoriais, como é o caso da sustentabilidade. A Secretaria de Meio Ambiente e o Movimento ODS Barueri são parceiros de longa data e já desenvolveram diversas ações conjuntas. Mas este ciclo de palestras é especial, pois pretende contribuir com o processo de implementação da Agenda 2030 dentro do programa municipal lançado pelo nosso governo recentemente”, afirmou Bidu.

Fonte/Texto: SECOM – Barueri
Imagem: Rawpixel

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