A Polícia Civil apontou que a paralisação dos trens na Linha Esmeralda no dia 3 de outubro, durante a greve de metroviários e ferroviários, foi causada por sabotagem em diferentes pontos da linha. A ação criminosa atrasou o restabelecimento do sistema em várias horas e prejudicou milhões de passageiros.
Realizada pelas equipes do 27º Distrito Policial (Campo Belo), a investigação ouviu diversas testemunhas, incluindo funcionários da empresa, que relataram terem encontrados vários objetos que foram arremessados tanto na rede aérea de energia do sistema quanto na linha férrea.
Em um ponto da linha, próximo da estação Autódromo, também foram identificados sinais de vandalismo em uma máquina de chaveamento de via. A fiação do equipamento foi completamente arrancada, impedindo o restabelecimento do sistema. As informações constam no laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística. O documento também mostra os locais onde o gradil de proteção foi aberto para a entrada dos criminosos da linha férrea.
As equipes do 27º DP analisaram imagens de diferentes câmeras de segurança instaladas ao longo da via, contudo, nos pontos onde houve sabotagem, não havia monitoramento. A polícia acredita que os criminosos tenham escolhido estes pontos para não serem identificados.
“Foram realizadas varreduras nos pontos onde os objetos foram arremessados, que não possuem câmeras. Não foi possível identificar os autores, mas verificamos que houve atentados em diversos pontos da linha, com arremesso de objetos estranhos ao sistema nas estações de Osasco a Interlagos, que foram apreendidos.”
O inquérito agora será concluído e relatado para análise do Ministério Público e Poder Judiciário.
A Polícia Rodoviária Militar prendeu três indivíduos que tentavam abordar carros na Rodovia Castello Branco para efetuar roubos. O caso ocorreu na região de Osasco, no km 18 da rodovia, no último sábado (25).
Os policiais foram informados pelo Centro de Operações da Polícia Milita – COPOM, que indivíduos estariam tentando abordar veículos na rodovia.
Imediatamente, a equipe foi ao local e flagrou três indivíduos na pista tentando abordar os veículos. Ao perceber a presença do policiamento rodoviário, tentaram fugir correndo para pista expressa, contudo foram logo capturados, sendo um maior e dois menores.
Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) prenderam nesta quinta-feira (23) três homens envolvidos em um esquema de troca de bagagem para enviar cocaína ao exterior. A prisão aconteceu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde as malas eram despachadas. Foram apreendidos 40 quilos da droga.
Os policiais conseguiram flagrar o grupo depois de receberem informações sobre uma remessa de droga que chegaria no aeroporto.
Para conseguir enviar as drogas ao exterior, os criminosos trocavam a etiqueta de bagagens de passageiros após elas serem despachadas no check-in. Em março deste ano, duas brasileiras ficaram mais de 40 dias presas injustamente na Alemanha após terem a etiqueta colocada em uma mala cheia de cocaína.
As prisões foram feitas por policiais da 2ª Delegacia DIG (Investigações sobre Estelionato e Contra Fé Pública), que desenvolve um trabalho para identificar e interceptar as tentativas de utilização do esquema no Aeroporto de Guarulhos.
A 3ª DCCIBER (Delegacia de Polícia Sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados) realiza nesta quinta-feira (23) uma operação para desarticular um esquema criminoso envolvendo a inserção de dados falsos no sistema do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para regularizar a situação de CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) com alguma pendência.
A investigação do órgão identificou 22 suspeitos de cooptar “clientes” com algum problema no documento. O assédio acontecia, na maioria dos casos, nas imediações do Detran. Os suspeitos ofereciam uma solução rápida e sem burocracia, mediante pagamento de valores que poderiam superar os R$ 3 mil, dependendo do grau de dificuldade para regularizar a situação da CNH.
De acordo com a Polícia Civil, os funcionários do órgão identificados se revezavam nas pesquisas e montagem dos processos para dar ares de “regularidade” para, posteriormente, encaminhar os documentos para coordenação e validação. A apuração apontou que os envolvidos tinham conhecimento da ilegalidade e, inclusive, mantinham contato com os demais suspeitos informando sobre o andamento dos procedimentos.
Em alguns casos identificados, os suspeitos chegaram a regularizar a CNH de pessoas analfabetas, boa parte delas do estado de Minas Gerais. Para realizar o procedimento, o oficial administrativo pesquisava a situação do “cliente” no sistema do órgão e indicava quais documentos eram necessários para a regularização, como, por exemplo, diploma escolar ou comprovante de endereço falsos, para que o processo administrativo fosse elaborado. Assim, por meio do uso de senha pessoal, o procedimento era inserido no sistema do Detran sem apontar qualquer irregularidade.
O esquema chegava a agilizar o andamento dos processos dos “clientes”, tendo muitas vezes a situação passada na frente de outras pessoas que buscavam a regularização da CNH pelos meios legais.
Os policiais cumpriram 32 mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão, em São Paulo. Entre os alvos estão servidores do órgão de trânsito, ex-funcionários, advogados, despachantes e procuradores, popularmente chamados de “zangões”, responsáveis por encontrar os “clientes” interessados na fraude.
Na manhã desta quinta-feira (23), a 1° Delegacia Antissequestro (DAS) e unidades do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) prenderam dois suspeitos envolvidos no “golpe do pix”. A detenção aconteceu no bairro Jaguaré, zona oeste da capital.
Os agentes realizavam operação no local, quando encontraram um homem, de 34 anos, procurado pela Justiça. Ele foi encaminhado para audiência de custódia. Outro suspeito, com mandado de prisão temporária em aberto, foi localizado na mesma região e detido.
Os dois são suspeitos de envolvimento em sequestros realizados em Osasco e em um caso ocorrido em agosto deste ano, em Jaguaré. Na data do crime, um homem foi preso.
Outras equipes estavam cumprindo mandados de busca e apreensão, nas regiões de Osasco e Carapicuíba.
A vítima desse golpe foi atraída por meio de um encontro marcado por um aplicativo. Ao chegarem lá, os criminosos a sequestraram e mantiveram em cativeiro enquanto realizavam movimentações em sua conta bancária.
São ao todo 15 mandados de busca e apreensão na Rua dos Guaianazes, no Largo do Arouche, e na Avenida da Liberdade.
O balanço preliminar contabiliza o recolhimento de centenas de aparelhos. Duas pessoas foram presas. A operação é coordenada pela 1ª Delegacia DIG (Antipirataria).
Insegurança no Centro
Nesta segunda (20), mais uma loja de produtos eletrônicos foi alvo de foi invadida e saqueada. Seis pessoas foram detidas.
No início de novembro, moradores da região gravaram imagens que mostram usuários de droga quebrando a porta de entrada de uma outra loja. Em conversa com o g1 à época, a empresária dona do estabelecimento disse que tomou um prejuízo de mais de R$ 80 mil e perdeu tudo.
Em abril, um outro grupo de dependentes químicos saqueou uma loja de eletrônicos no Centro de São Paulo. Por volta de 7h, o proprietário do estabelecimento foi acionado pelo alarme, checou as câmeras de segurança e notou que havia cerca de sete pessoas levando produtos do estabelecimento.
A GloboNews conversou com o dono da loja, Marcelo Granja, que disse na época que o prejuízo chegou a R$ 100 mil.
O crime foi registrado pela câmera de segurança do imóvel. Por volta das 5h40 os seis adolescentes descem a rampa da garagem e forçam o portão para conseguir abri-lo parcialmente. Os criminosos entram na garagem por baixo do portão e, minutos depois, aparecem com o carro. Como não conseguem abrir o portão, os criminosos entram no carro, arrebentam a estrutura e fogem.
Policiais do 46º BPM que faziam patrulhamento na Rua Gilka se depararam com o carro, deram ordem de parada, mas o menor que estava na direção fugiu em alta velocidade. Os PMs acionaram o helicóptero Águia, que passou a acompanhar a quadrilha no carro furtado.
Após minutos de acompanhamento por várias ruas, os menores bateram o carro em outro veículo e foram abordados por viaturas da PM na Avenida dos Ourives, no Sacomã. O adolescente que estava na direção foi levado ao hospital com ferimentos leves.
Adolescentes furtaram veículo em Santo André. – Foto: Divulgação/SSP-SP
Os adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, foram levados para a delegacia, onde foram ouvidos e liberados aos responsáveis após assinatura de termo de compromisso para serem apresentados na Vara da Infância e Juventude.
A violência das polícias militares no Brasil contra negros e pobres poderia ser profundamente alterada com uma mudança na política de segurança pública. A opinião é da cientista social Sílvia Ramos, coordenadora da rede de Observatórios de Segurança, em entrevista ao programa Viva Maria, da Rádio Nacional.
Durante a semana, a entidade divulgou levantamento que mostra que – a cada 100 mortos pela polícia em 2022 – 65 eram negros. O levantamento foi batizado de Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro.
A pesquisadora enfatiza que há exemplos de polícias em diferentes partes do mundo que mudaram o caminho do combate à criminalidade. “É perfeitamente possível utilizar inteligência, investigação, planejamento e operações de longo prazo. E não operações espetaculares, onde a polícia vai a uma região, mata duas ou três pessoas, recolhe três ou quatro fuzis, e, dali a um tempo, a situação está até pior do que antes”, exemplifica.
Ela contextualiza que existe a possibilidade de impedir o fluxo dessas armas e drogas, e dessas munições nesses territórios. Para isso, é preciso identificar onde está o abastecimento de equipamentos ilegais. A seguir, defende que o caminho seria buscar as fontes do abastecimento e não “na ponta final, onde tanta gente morre e onde tanta gente fica em risco”.
Contrastes na abordagem
Neste sentido, as políticas de segurança deveriam estar baseadas em inteligência e investigação para que mortes sejam evitadas. “Nós temos uma situação: ao invés de fazer operações de inteligência, as polícias fazem operação de confronto. Ao invés de prisão, fazem tiroteio”, opina.
Os números mostram que as políticas de segurança são extremamente violentas, letais e racistas. “Porque fazem e atuam de uma certa forma nas áreas pobres e populares da periferia e atuam de forma totalmente diferente nas áreas ricas, abastadas e brancas”, diz Silvia.
A cada 8 minutos, uma menina ou mulher foi estuprada no primeiro semestre deste ano no Brasil, maior número da série iniciada em 2019 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Foram registrados 34 mil estupros e estupros de vulneráveis de meninas e mulheres de janeiro a junho, o que representa aumento de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os dados compilados pelo Fórum, divulgados nesta segunda-feira (13), apontam ainda que os feminicídios e homicídios femininos cresceram 2,6% no período, em comparação ao mesmo período de 2022. Foram 722 mulheres vítimas de feminicídio – quando o crime ocorre por razões de gênero. Mais 1.902 foram assassinadas e tiveram os casos registrados como homicídio. A entidade avalia que os números mostram que o estado brasileiro segue falhando na tarefa de proteger suas meninas e mulheres.
O resultado, segundo o FBSP, está na contramão da tendência nacional dos crimes contra a vida. “Recentemente, o Monitor da Violência, publicação do G1 com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o NEV-USP, mostrou que os crimes contra a vida caíram 3,4% no país no primeiro semestre deste ano. Ou seja, embora o país tenha tido êxito na redução da violência letal no período, os assassinatos de mulheres apresentaram crescimento”, aponta o relatório divulgado hoje.
Para Isabela Sobral, supervisora do núcleo de dados do FBSP, a Lei Maria da Penha é um mecanismo importante para prevenir o assassinato de mulheres. “A lei coloca o instrumento da medida protetiva de urgência, que é fundamental para prevenir a violência contra a mulher e o feminicídio. É importante que essa ferramenta seja de fato utilizada. Em diversos estados, existem estudos que mostram que as mulheres que são vítimas de feminicídio, em sua maioria, não possuíam medida protetiva de urgência contra o seu agressor”, disse.
“Isso tem que ser feito pelo fortalecimento da rede de atendimento, que vai acolher essa mulher em situação de violência, oferecer opções para ela que muitas vezes ela não tem ou sente que não tem. A gente precisa capacitar as polícias para fazer um atendimento adequado dessa mulher. É muito importante que elas estejam capacitadas para fazer isso da forma adequada e apresentar esses instrumentos, como a medida protetiva de urgência, que são fundamentais para a proteção dessa mulher”, acrescentou.
Isabela Sobral ressalta ainda a necessidade de que os policiais estejam capacitados para investigar e identificar casos de feminicídio entre os homicídios adequadamente, já que há diferença considerável na classificação do crime entre os estados.
“A respeito dos feminicídios, essa classificação depende de uma interpretação da autoridade policial, já que estamos falando de registros policiais nesse levantamento. Quem faz essa classificação é o delegado nesse primeiro momento e, após a investigação. Tem estados que têm percentuais acima de 70% de feminicídios registrados em relação ao total de homicídios de mulheres e outros estados um percentual de apenas 20%”, apontou.
Os dados de violência compilados correspondem aos registros de boletins de ocorrência em delegacias de Polícia Civil de todo o país. Como há subnotificação de casos de violência sexual, os números de estupro podem ser ainda maiores.
“Cabe ressaltar que os estupros são um tipo de crime geralmente, tipicamente, muito subnotificados por motivos diversos, seja porque a mulher tem medo de registrar ou porque não compreende que aquilo pelo que passou se tratou de um estupro ou porque se trata de uma criança ou uma pessoa vulnerável que não consegue identificar ou que tem medo, não consegue falar, confia naquele autor”, disse Sobral.
Estudo recente do Ipea sobre a prevalência de estupro no Brasil, com dados de 2019, estimou que apenas 8,5% dos estupros que ocorrem no país são registrados pelas polícias e 4,2% pelos sistemas de informação da saúde. “Se assumirmos este mesmo percentual de casos notificados para este ano, temos cerca de 425 mil meninas e mulheres que sofreram violência sexual nos primeiros seis meses de 2023”, apontou o relatório do FBSP.
A supervisora do núcleo de dados do FBSP acrescenta que a maior parte dos autores de estupros são pessoas conhecidas das vítimas e que a maior parte também dessas vítimas são vulneráveis. Em relação a tipificação nos boletins de ocorrência, 74,5% dos casos de estupro registrados no primeiro semestre do ano foram de estupro de vulnerável. Isso significa que as vítimas tinham menos de 14 anos ou eram incapazes de consentir, seja por enfermidade, deficiência mental ou qualquer outra causa que não pode oferecer resistência.
Com o objetivo de combater irregularidades e infrações de trânsito, a Guarda Civil Municipal (GCM) de Santana de Parnaíba intensificou a “Operação Cidade Segura”. Na última quinta-feira (9/11), o efetivo iniciou as ações a partir do Terminal Rodoviário da Fazendinha. A GCM focou na abordagem de motocicletas.
Segundo o inspetor da Guarda, Gildener Silva Santos, a operação ocorre durante o ano, mas foi reforçada neste mês devido à proximidade dos festejos natalinos e de virada de ano, época em que aumenta a circulação de pessoas, dinheiro em espécie e mercadorias.
O cronograma prevê operações semanais, com emprego de 111 guardas e 38 viaturas. De acordo com o inspetor, as ações visam inibir transtornos causados por veículos irregulares, principalmente motocicletas, uma vez que esses veículos são utilizados para fugas, infrações graves e outros delitos.