Neste sábado (29), vídeos publicados nas redes sociais mostraram a deputada federal Carla Zambelli, representante do PL, apontando uma arma para um homem negro na rua Joaquim Eugênio de Lima com a alameda Lorena, em São Paulo.
A aliada do presidente Jair Bolsonaro entrou em um bar com um revólver em mãos. Nos vídeos, é possível ouvir a deputada repetir a frase “deita no chão” para o rapaz. Segundo a polícia, a confusão começou na esquina da rua Capitão Pinto Ferreira com a alameda Lorena. Outro vídeo mostra um homem disparando um tiro para o alto.
A legislação eleitoral aponta que é proibido o transporte de armas e munições por CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) tanto nas 24 horas anteriores à eleição, como no dia e nas 24 horas posteriores à votação.
“Fui agredida agora há pouco. Me empurraram no chão, um homem negro… Usaram um negro para vir em cima de mim, eram vários”, comentou a deputada em publicação nas redes sociais.
“Quando ele me empurrou eu caí, falei que ia chamar a polícia. Ele se evadiu, eu saquei a arma e fui correndo atrás dele, pedindo para ele parar porque eu ia chamar a polícia e dar flagrante. Ele pediu desculpa, falei que ele podia ir e aí ele começou a fazer de novo”, conclui Zambelli.
O corpo do ex-vereador, de 51 anos, foi velado no Ginásio de Esportes de Jandira, na Grande São Paulo, na manhã deste sábado (29). O sepultamento ocorreu às 16h, no Cemitério municipal de Jandira.
O crime
Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade, o crime aconteceu por volta de 17h25 na rua Francisco Tomás da Silva, no Jardim Gabriela.
Moradores que testemunharam o ataque afirmam que um veículo com uma pessoa armada dentro se aproximou do vereador e atirou à queima-roupa. A GCM de Jandira ainda não sabe o motivo do crime.
Zezinho era um vereador atuante em Jandira, autor de diversas denúncias de corrupção na cidade em áreas como a da Saúde e de compras municipais.
Investigadores do Setor de Homicídios da Seccional de Carapicuíba já estão atrás de testemunhas e imagens do crime. Peritos do Instituto de Criminalística (IC), de Barueri, também estão no local.
A polícia não descarta nenhuma hipótese, mas a suspeita inicial é de vingança política, motivada por denúncias recentes feitas por Zezinho de um suposto esquema de corrupção.
Local onde o vereador Zezinho do PT foi assinado em Jandira, na Grande SP, nesta sexta-feira (28). — Foto: Reprodução
Trajetória política
Nascido Reginaldo Camilo dos Santos, Zezinho do PT – como era conhecido – foi vereador na cidade de Jandira por três legislaturas seguidas, entre 2005 e 2016.
Neste ano ele concorreu ao cargo de deputado federal na cidade, mas não foi eleito. Obteve 8.858 votos. Em 2020, Zezinho também foi candidato a prefeito de Jandira, ficando na terceira colocação e obtendo 10,56% dos votos válidos.
O prefeito eleito na cidade foi o Doutor Sato (PSDB), que obteve 45,73% dos votos.
O ex-vereador Zezinho do PT fazendo campanha para Lula e Haddad no último dia 19 de outubro em Jandira, na Grande SP, no alto de um carro de som. — Foto: Reprodução/Facebook
Pedido de investigação
Zezinho era cabo eleitoral de Fernando Haddad e Lula (PT) na cidade e aparece em várias imagens postadas nas redes sociais na última semana fazendo campanha para os dois na região.
O coordenador da campanha eleitoral de Fernando Haddad, o deputado estadual Emídio de Souza, estava a caminho do local do assassinato.
“Ele fazia muitas denúncias e a gente já entrou em contato com o doutor Nico [Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral da Polícia Civil de SP], para pedir uma investigação”, disse Emídio de Souza à TV Globo.
Repercussão
Nas redes sociais, lideranças da esquerda falaram em violência política e pedem investigação rápida sobre o caso.
Zezinho do PT durante evento de campanha de Lula e Haddad no Vale do Anhangabaú, em SP, em outubro. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
“MAIS UM CRIME POLÍTICO! O companheiro Zezinho do PT, liderança de esquerda em Jandira, foi assassinado hoje em frente à sua casa. Nossa solidariedade aos familiares e amigos. E que o Estado investigue com rapidez e encontre os criminosos. Chega de violência política!”, disse o deputado federal eleito Guilherme Boulos, do PSOL.
Guilherme Boulos, do PSOL, em postagem nas redes sociais. — Foto: Reprodução
“Recebo com muita tristeza e preocupação a notícia do assassinato do companheiro Zezinho, ex-vereador de Jandira e candidato a deputado federal na ultima eleição. O PT vai acompanhar o desenrolar desse crime e suas motivações”, afirmou o secretário de Comunicação do PT em SP, Jilmar Tatto.
“A milícia bolsonarista segue disseminando o terror agora em São Paulo também. Há pouco assassinaram a tiros o ex-vereador petista Zezinho, de Jandira (SP), candidato a prefeito em 2020 e a deputado federal nestas eleições”, declarou o deputado federal Alencar Santana (PT).
“Meus sentimentos aos familiares e companheiros próximos. Zezinho era um militante incansável em defesa da democracia e da justiça social e era querido por todos que o conheciam. Que os criminosos sejam punidos com celeridade pela Justiça!”, completou.
O político de extrema direita Roberto Jefferson disparou mais de 20 tiros de fuzil e lançou duas granadas contra policiais federais, na manhã de domingo (23).
A Polícia Federal foi ao endereço do ex-deputado para cumprir uma ordem de prisão do STF (Supremo Tribunal Federal). O ministro Alexandre de Moraes afirma em sua decisão que Jefferson descumpriu medidas impostas anteriormente pelo tribunal.
Fontes que participam da apuração do caso afirmam que os disparos foram realizados logo no momento da chegada do carro no local.
A ordem do ministro e a operação ocorreu um dia após Jefferson xingar a ministra Cármen Lúcia, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), e a comparou a “prostitutas”, “arrombadas” e “vagabundas” em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.
Após reagir e atacar os policiais, Jefferson divulgou vídeos para afirmar que não se entregaria à polícia e confirma ter atirado contra os policiais.
“Eu não vou me entregar. Eu não vou me entregar porque acho um absurdo. Chega, me cansei de ser vítima de arbítrio, de abuso. Infelizmente, eu vou enfrentá-los”, diz Jefferson em vídeo gravado dentro da casa do ex-deputado, em Comendador Levy Gasparian (140 km do Rio).
Sobre os tiros, um dos vídeos mostra o para-brisa do veículo da PF aparece estilhaçado. “Mostrar a vocês que o pau cantou. Eles atiraram em mim, eu atirei neles. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito. Mas eu não me entrego”, afirma no vídeo.
Neste domingo (23), apoiadores do ex-deputado Roberto Jefferson e do presidente Jair Bolsonaro (PL) agrediram um repórter cinematográfico da InterTV, afiliada da TV Globo, enquanto atuavam no município de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.
Após levar um soco e cair no chão, Rogério de Paula, de 59 anos, bateu a cabeça e teria tido um início de convulsão. O profissional de comunicação foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Três Rios; ele está consciente e passa por exames.
A emissora afiliada comunicou que irá registrar um boletim de ocorrência. Em comunicado, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas do Rio condenaram a atitude dos apoiadores.
“A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro repudiam e condenam mais esse ato de violência contra um trabalhador da mídia. Ao mesmo tempo, cobram das autoridades a apuração e punição do agressor.”
Na tarde dessa segunda-feira (17/10), uma viatura da Guarda Civil de Cotia, que estava em patrulhamento na região do km 34 da rodovia Raposo Tavares, foi abordada por uma mulher informando que sua filha, gestante, estava tentando chegar ao Hospital Regional de Cotia, com fortes dores, mas o trânsito estava completamente parado.
Os guardas Adelson e Saldanha fizeram a transferência da gestante para a viatura, ligaram a sirene e tomaram o caminho do hospital. Apesar dos esforços para a criança nascer na maternidade, o parto aconteceu na própria viatura.
Ainda a caminho do hospital, os guardas chegaram a solicitar apoio e uma viatura se deslocou para a unidade de saúde e fez contato com a equipe médica avisando da emergência a caminho. Mas, quando chegaram ao local, a gestante já tinha dado à luz uma menina. A equipe médica foi até a viatura, realizou alguns procedimentos, como corte do cordão umbilical, limpeza e levou mãe e filha para o interior do hospital. Ambas receberam atendimento e passam bem.
Os guardas Adelson e Saldanha fizeram a transferência da gestante para a viatura e tomaram o caminho do hospital. – Foto: Divulgação/SECOM-Cotia
Os guardas Adelson e Saldanha contaram com o apoio dos colegas de corporação: Modesto, Fonseca, Kleberson, Hugo e Reginaldo Lima.
O empresário Rodrigo Donovan, que é ligado a um clube de tiros com sede em Campo Grande, é suspeito de desviar armas de possíveis Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) para facções criminosas, segundo a Polícia Federal (PF).
A operação chegou ao empreendimento, chamado Golden Boar, após Narciso Chamorro ser preso com um arsenal no porta-malas de um veículo no dia quatro de outubro. O clube e Donovan negam envolvimento no caso.
Narciso foi preso com quatro fuzis calibre 7.62, três pistolas 9 mm de fabricação americana com “kit rajada”, coletes balísticos com identificações falsas da Polícia Civil, balaclavas e várias munições. Os itens eram roubados e estavam no porta-malas do carro que o suspeito dirigia quando foi parado pelos policiais. Para os agentes, o homem confessou que receberia R$ 2 mil para guardar e transportar os armamentos e que já era a segunda vez que fazia isso.
Segundo o inquérito da PF, a suspeita é de que as armas de CACs seriam desviadas para as organizações criminosas “dedicadas à prática de crimes violentos, como roubos a comércios, bancos e até tomada de cidades”.
Ao ser ouvido pela PF, Narciso diz que a pessoa que o contratou para “guardar” o arsenal tem nome e sobrenome com as iniciais “RD”. Após citar as letras, o nome de Rodrigo Donovan foi citado por Narciso no interrogatório.
Em nota, o clube de tiro disse que “não tem como associado, cliente ou parceiro a pessoa do Sr. Narciso Chamorro, investigado por suposta prática dos delitos de posse e porte de armas de fogo e munições de uso permitido e restrito pela Polícia Federal”.
O enteado de um homem de 40 anos, é suspeito de matar a tiros o padrasto dentro da própria no bairro Boa Vista, em Vitória, no Espírito Santo (ES), na noite de domingo (16).
De acordo com informações da polícia, o enteado da vítima é o principal suspeito de ter efetuado os disparos. A vítima Cleone Souza da Silva morreu no local.
No sábado (15), segundo a família, o padrasto e o enteado brigaram. A esposa contou para a polícia que pediu para o marido sair de casa com receio que os dois acabassem se agredindo.
Ainda de acordo com a polícia, o homem saiu de casa, mas resolveu retornar ao local, arrombou a porta do quarto com uma marreta e o adolescente atirou nele.
A mãe da vítima, Maria Tânia Souza, também relatou à polícia que o padrasto e enteado sempre brigavam e tinham envolvimento com o tráfico de drogas.
Maria Tânia pede que haja justiça na morte do filho.
“Só tinha ela e o filho dentro de casa. Ele morreu dentro de casa, num quartinho no colchão. Tá lá, três projéteis de bala, não tem explicação. Eu só quero justiça, eu só quero que alguém tome uma providência. Eu podia esperar tudo, menos dentro da própria casa. Porque na casa da gente que a gente acha que está seguro”, desabafou a mãe da vítima.
A Polícia Civil (PC) está investigando o caso e o suspeito ainda não havia sido encontrado.
Um grupo de cinco turistas italianos entraram por engano no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, e dois deles foram baleados por criminosos por volta das 4h30 desta sexta-feira (14).
Um dos turistas foi atingido na costela, e outro, no braço esquerdo. O quadro deles era estável na manhã desta sexta. Os outros três italianos que estavam no carro, não ficaram feridos.
De acordo com as investigações, dois tiros acertaram a traseira do automóvel. Uma bala transfixou o braço de um italiano e atingiu o outro. O veículo ficou com manchas de sangue.
Ainda de acordo com relatos de testemunhas, os turistas foram atacados por traficantes depois que o GPS deu uma rota que passava pela comunidade de Manguinhos.
As vítimas foram levadas para o Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador. Não há detalhes e informações recentes sobre o estado de saúde delas.
Os cinco turistas italianos moram em São Paulo, onde estudam, e estavam passeando no Rio de Janeiro.
Um homem matou duas pessoas e fez outras três reféns na noite da última quarta-feira (12) em Praia Grande, litoral de São Paulo, após invadir um restaurante japonês e uma pizzaria na cidade.
De acordo com depoimentos de testemunhas, divulgados pelo g1, o criminoso disparou contra clientes do restaurante por volta das 23 horas.
magens de uma câmera de segurança mostram o atirador se aproximando de um rapaz, que esperava transporte na calçada em frente ao estabelecimento, e disparando à queima-roupa contra sua cabeça.
Três clientes que estavam nas proximidades tentam fugir, mas são colocados sob a mira do revólver e convencidos a retornar para dentro do restaurante.
O atirador, então, invade o estabelecimento e dá outro disparo à queima-roupa na direção de um cliente.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Praia Grande, a primeira vítima tinha 25 anos, era natural de Guarujá e morreu no local. A segunda tinha 67 anos, chegou a ser levada em estado grave para o Hospital Municipal Irmã Dulce, mas não resistiu e morreu nesta quinta (13).
Reféns em pizzaria
Após o massacre, o criminoso foi perseguido por moradores até a Avenida Ecológica, onde entrou em uma pizzaria. A polícia foi chamada e conseguiu prendê-lo no local.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Alex do Nascimento, confirmou que três pessoas foram feitas reféns no segundo estabelecimento. Ele também relatou que o criminoso tinha passagens e estava foragido após ser condenado a 14 anos de prisão.
“Ele foi condenado por um caso de homicídio. Ele estava sendo procurado, após ter saído da cadeia em ‘saidinha’ e não voltado para o presídio.”
Um homem de 33 anos foi preso suspeito de atirar em três jovens depois de ser cumprimentado com um bom dia. O caso ocorreu na manhã desta terça-feira (11), em Dourados (a 229 km de Campo Grande), em Mato Grosso do Sul.
Segundo a Polícia Civil, em depoimento, o suspeito alegou que achava que seria assaltado.
De acordo com o registro policial, o trio passou na frente da casa do homem, que estava sentado em uma área, e o cumprimentou com um bom dia. Depois, o homem entrou em um carro, pegou uma arma e passou a persegui-los com o veículo, realizando vários disparos.
A polícia foi acionada e encontrou o suspeito, a arma e as cápsulas deflagradas. A Polícia Civil disse que o homem alegou que os jovens tentaram entrar pelo portão da casa dele e, por isso, pensou que seria assaltado.
Ainda em depoimento, ele negou as acusações e afirmou que apenas realizou quatro disparos para o alto.
Ele foi preso em flagrante, e o caso, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) como tentativa de homicídio e posse ou porte ilegal de arma de fogo.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, nenhum dos jovens foi atingido pelos disparos.