Em sessão solene no Congresso Nacional neste domingo (1º), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tornou-se o 39º presidente do Brasil. Durante o discurso, o petista afirmou que “a democracia foi a grande vitoriosa” das eleições. Além disso, o presidente disse que a mensagem que deseja passar ao Brasil é de “esperança e reconstrução”.
“Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que essa nação levantou a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer esse edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços”.
“A democracia foi a grande vitoriosa nesta eleição, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu. As mais violentas ameaças à liberdade do povo. A mais abjeta campanha de mentiras e de ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado brasileiro”, completou o presidente.
Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi empossado na manhã deste domingo (1º) como governador de São Paulo pelos próximos quatro anos, após ter sido eleito no pleito de 30 de outubro com 13,4 milhões de votos.
O novo governador paulista e o vice, Felício Ramuth (PSD), foram empossados por volta das 9h35 e prestaram o compromisso constitucional em cerimônia na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Ao assinarem o termo de posse pelas mãos do presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), os dois prometeram “cumprir e fazer cumprir a Constituição federal e a do estado, e observar as leis”. O mandato deles termina em 6 de janeiro de 2027.
Antes do juramento, os presentes fizeram minuto de silêncio em memória de Pelé, morto na última quinta (29) na capital paulista. Tarcísio e Ramuth também receberam uma réplica do Monumento à Bandeira, obra do artista plástico Victor Brecheret.
Ao fim da sessão, Tarcísio fez seu primeiro discurso como governador na tribuna do plenário e agradeceu à família e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por ter apostado no nome dele para representar o bolsonarismo na eleição para o governo de São Paulo.
Em sua fala, o governador destacou “atenção às demandas populares”, que deve ser o grande direcionador da ação do estado. “A responsabilidade de governar um estado como São Paulo, que se fosse um país seria a 21ª economia do mundo e 3ª economia da América Latina é enorme. Só não é maior que a motivação de fazer a diferença. Apesar da pujança, temos um estado desigual e a atenção às demandas populares deve ser o grande direcionador da ação do estado.”
Ao agradecer Bolsonaro, afirmou que apostar em “indicação irresponsável de dirigentes” é a “raiz da corrupção e do fisiologismo”. “Na política, inicio os agradecimentos ao presidente Jair Bolsonaro, que me lançou esse desafio. E enxergou naquele momento o que ninguém enxergou: quanta ousadia. (…) Houve a aposta em técnicos desvinculados das pressões partidárias. Padrão que estamos reproduzindo em São Paulo. A indicação irresponsável de dirigentes é a raiz da ineficiência, da corrupção, do fisiologismo e desmoralizam a própria democracia.”
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomará posse neste domingo (1º) em Brasília. O roteiro da cerimônia será dividido em três períodos do dia.
Manhã: Cortejo popular e início dos shows do Festival do Futuro
O Festival do Futuro, organizado pela futura primeira-dama, Janja, acontecerá na Esplanada dos Ministérios. A entrada é gratuita e não é necessário retirar o ingresso antecipadamente.
10h – O cortejo popular marcará a abertura do evento. Em seguida, o espetáculo “Brasília, Capital de Todos os Ritmos”, com canções de representatividade cultural do Brasil, ocorrerá no palco Elza Soares;
13h – As apresentações serão interrompidas para que as pessoas acompanhem as cerimônias oficiais da posse.
Tarde: Cerimonial da posse do presidente
13h45 – Chefes de Estado e de governo chegarão ao Congresso;
14h20 – Presidente e o vice-presidente eleitos chegam à Catedral de Brasília;
16h05 – Saída do presidente da sala de audiências e início da cerimônia externa de honras militares;
16h20: Saída do presidente e do vice para o Palácio do Planalto.
Noite: Sequência de show do Festival do Futuro
Os shows retomam às 18h30. As apresentações ocorrerão no palco Gal Costa e no palco Elza Soares. Lula já afirmou que irá participar do evento. A organização aponta que haverá transmissão online, mas ainda não indicou em quais canais.
Em pronunciamento em cadeia de rádio e de TV, o presidente da República em exercício, Hamílton Mourão, disse hoje (31) que o Brasil mudará de governo, mas não de regime. “Manteremos nosso caráter democrático com poderes equilibrados e harmônicos”.
Dirigindo-se aos eleitores do presidente Jair Bolsonaro afirmou: “tranquilizemo-nos, retornemos à normalidade da vida, aos nosso afazeres e ao concerto de nossos lares, com fé e com a certeza de que nossos representantes eleitos farão dura oposição ao governo sem fazer oposição ao Brasil”.
Criticou o que chamou de representantes dos Três Poderes da República “pouco identificados com o desafio da promoção do bem comum”. Segundo ele, as lideranças deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país, mas “deixaram com que o silêncio criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta”, criticou.
No pronunciamento de despedida à nação, Mourão destacou que os acontecimentos econômicos, políticos e sociais vão seguir impactando na vida dos brasileiros nos próximos anos. “Tornando a caminhada ainda mais desafiadora”, disse.
O presidente em exercício lembrou, mais uma vez, dos impactos que a pandemia da covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia causaram à economia mundial.
Ainda sobre a pandemia da covid-19, afirmou que o governo que se despede apoiou governos estaduais e municipais “com recursos, médicos e medicamentos independentemente da posição política ou ideológica do chefe do Executivo”.
Destacou as entregas do governo na economia, digitalização da gestão pública, regulamentação da tecnologia da informação, privatização de estatais, liberalização da economia e uma “eficaz e silenciosa reforma administrativa”, lembrou.
Disse que seu governo entrega um país “livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas”. Ressaltou que o país pleiteia a entrada na Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCED). Oportunidade de mercado e de novas parcerias.
O general Júlio Cesar de Arruda foi empossado hoje (30) como novo comandante do Exército. A cerimônia aconteceu às 10h no Clube do Exército, em Brasília, e contou com a presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
A troca no comando do Exército já havia sido formalizada por meio de decretos publicados no Diário Oficial da União na última quarta-feira (28). O general assume interinamente o posto até então ocupado por Marco Antônio Freire Gomes.
Perfil
Júlio Cesar de Arruda é o atual chefe do departamento de Engenharia e Construção do Exército. Nascido em 9 de janeiro de 1959, em Cuiabá, foi incorporado ao Exército em 1975. Dois anos depois, ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras.
Durante sua vida militar, serviu em unidades de engenharia em Itajubá (MG), no Rio de Janeiro-RJ, em Cuiabá e em Brasília. Como tenente-coronel, foi assessor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (2000-2001) e comandou o 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia, no biênio 2005-2006.
Como coronel, realizou o curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército. Comandou a Escola de Administração do Exército/Colégio Militar de Salvador, foi instrutor do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva em Itajubá (MG), da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.
No exterior, foi Observador Militar da Segunda Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola (UnavemI I) e assessor da Cooperação Militar Brasileira no Paraguai. Realizou o curso de Contraterrorismo e Cooperação Interagências na Universidade Nacional de Defesa, nos Estados Unidos.
Já como oficial general, foi comandante da Academia Militar das Agulhas Negras em Resende (RJ), comandante de Operações Especiais em Goiânia, diretor de Educação Superior Militar no Rio de Janeiro, subcomandante de Operações Terrestres em Brasília, vice-chefe do departamento de Engenharia e Construção, também em Brasília, e comandante militar do Leste no Rio de Janeiro.
Dentre as condecorações com que foi agraciado destacam-se a Medalha Militar de Ouro com Passador de Platina, a Ordem do Mérito Militar – Grã-Cruz, a Ordem do Mérito Aeronáutico – Grande Oficial, a Ordem do Mérito Naval – Grande Oficial, e a Ordem do Mérito da Defesa – Grande Oficial.
Marinha e Aeronáutica
O Diário Oficial da União desta sexta-feira oficializa trocas de comando na Marinha e na Aeronáutica. O almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen substitui Almir Garnier Santos na Marinha de forma interina, enquanto o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno substitui, a partir do próximo dia 2, Carlos Almeida Baptista Junior na Aeronáutica.
O futuro ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (30) que Tarciana Medeiros será a nova presidente do Banco do Brasil e Rita Serrano irá chefiar a Caixa Econômica Federal. O anúncio foi feito após reunião em Brasília.
“Rita Serramo é funcionária da Caixa há 33 anos e vai assumir em 1º de janeiro. No BB, pela primeira vez, teremos uma mulher à frente do banco, a Tarciana Medeiros, que tem 22 anos de casa”, disse Haddad a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Tarciana Medeiros está no Banco do Brasil desde 2000 e é gerente executiva desde 2019. Maria Rita Serrano é funcionária da Caixa desde 1989, onde exerceu diversas funções. Desde 2014 é conselheira eleita pelos empregados no Conselho de Administração da Caixa e, no recente período, passou a coordenar o comitê nacional em defesa das empresas públicas.
“Elas conversaram muito com o presidente [Lula], conversaram muito comigo, estão absolutamente alinhadas com o plano do governo do presidente Lula, sabem dos desafios que estão colocados em relação ao sistema de crédito aqui no Brasil. É uma agenda muito desafiadora”, disse Haddad a jornalistas.
“Obviamente, como são bancos ligados ao Ministério da Fazenda, vamos estar trabalhando conjuntamente. A equipe da Fazenda está 100% à disposição das equipes que vão ser formadas pelas duas presidentas para que a gente coloque o mais rapidamente possível à disposição da população aquilo que foi compromisso de campanha, sobretudo no que diz respeito ao crédito”, completou o futuro ministro da Fazenda.
Na quinta-feira (29), Lula afirmou que a presidência dos dois bancos públicos seriam ocupadas por mulheres em seu terceiro mandato.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) irá deixar o Brasil na tarde desta sexta-feira (30). A decolagem está prevista para ocorrer às 13h45 com destino a Orlando, nos Estados Unidos, conforme plano de voo da aeronave presidencial.
O Airbus VC-1 da Força Aérea Brasileira vai pousar ainda hoje por volta das 19h53, após voo direto, no Aeroporto Internacional de Orlando.
A saída do país ocorre um dia antes dele deixar a Presidência da República após derrota nas urnas. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) toma posse no domingo (1º).
Mais cedo, Bolsonaro abriu uma live de despedida para fazer um balanço de seu mandato. Nela, ele afirmou que “nada justifica a tentativa de ato terrorista” em Brasília, quando um homem plantou um explosivo em um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal.
Além de ficar alguns segundos em silêncio batendo com os dedos sobre a mesa e iniciar um discurso de despedida com a voz embargada. “Jamais esperava chegar aqui. Se cheguei aqui, teve um propósito. No mínimo, atrasar quatro anos para o nosso Brasil mergulhar nessa ideologia nefasta que é da esquerda, que não deu certo em nenhum lugar do mundo”.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira (29) novos nomes para seu futuro governo, que começará a partir de 1º de janeiro de 2023. A oficialização dos futuros chefes de ministérios aconteceu no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília.
A equipe de transição do petista já havia anunciado que serão 37 ministérios —atualmente, no governo de Jair Bolsonaro (PL), existem 23. Veja os nomes anunciados hoje:
Simone Tebet, no Ministério do Planejamento;
Marina Silva, no Ministério do Meio Ambiente;
Renan Filho, no Ministério dos Transportes;
Jáder Filho, no Ministério das Cidades;
Carlos Lupi, no Ministério da Previdência;
Carlos Fávaro, no Ministério da Agricultura;
Alexandre Silveira, no Ministério de Minas e Energia;
André de Paula, no Ministério da Pesca e Aquicultura;
Paulo Teixeira, no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar;
Daniela do Waguinho, no Ministério do Turismo;
Juscelino Filho, no Ministério das Comunicações;
Paulo Pimenta, na Secretaria de Comunicação Social;
Sonia Guajajara, no Ministério dos Povos Indígenas;
General Gonçalves Dias, no GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
Waldez Góes, no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional;
Ana Moser, no Ministério do Esporte
Ao anunciar Simone Tebet, o petista reconheceu a importância do papel da senadora em sua campanha durante o segundo turno.
“Companheira que teve um papel extremamente importante na campanha. Ela foi adversária nossa no primeiro turno e foi uma aliada extraordinária no segundo”, declarou.
Lula já tinha anunciado outros 21 nomes. Veja a lista:
Alexandre Padilha, no Ministério de Relações Institucionais
Márcio Macêdo, na Secretaria-Geral da Presidência da República
Jorge Rodrigo Araújo Messias, na AGU (Advocacia-Geral da União)
Nísia Trindade, no Ministério da Saúde
Camilo Santana, no Ministério da Educação
Esther Dweck, no Ministério da Gestão
Márcio França, no Ministério dos Portos e Aeroportos
Luciana Santos, no Ministério de Ciência e Tecnologia
Aparecida Gonçalves, no Ministério da Mulher
Wellington Dias, no Ministério de Desenvolvimento Social
Margareth Menezes, no Ministério da Cultura
Luiz Marinho, no Ministério do Trabalho
Anielle Franco, no Ministério de Igualdade Racial
Silvio Almeida, no Ministério de Direitos Humanos
Geraldo Alckmin, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Vinícus Marques de Carvalho, na CGU (Corregedoria-Geral da União)
Fernando Haddad, no Ministério da Fazenda
Flávio Dino, no Ministério da Justiça
Rui Costa, no Ministério da Casa Civil
José Múcio Monteiro, no Ministério da Defesa
Mauro Vieira, no Ministério das Relações Exteriores
Mais cedo, no Twitter, o presidente eleito afirmou que o novo governo terá muito trabalho e precisará “ter muita competência para reconstruir o país” nos próximos anos.
Bom dia. Faltam 3 dias para a nossa posse e início do nosso governo. Hoje farei um pronunciamento no final da manhã, em Brasília. Vamos ter muito trabalho pela frente e precisaremos ter muita competência para cuidar do povo e reconstruir o país nos próximos 4 anos.
Além dos ministros, Lula anunciou os líderes do governo na Câmara e no Senado: José Guimarães e Jaques Wagner, respectivamente.
“Jaques e Gleisi [Hoffmann] são duas pessoas com quem tive a liberdade de dizer: vocês não serão ministros. O Wagner porque precisava dele no Senado, e a Gleisi porque o partido precisa dela”, falou.
Já o senador Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP) será o líder do governo no Congresso.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve anunciar nesta quinta-feira (29) novos nomes para o seu ministério. De acordo com a equipe de transição, o novo governo deve começar com 37 ministérios, mas, até o momento, 21 nomes foram anunciados. Faltam, portanto, 16 titulares.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), entregou sua arma para a Polícia Federal, nessa terça-feira (27), por meio de um familiar. No dia 20, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a deputada entregasse a arma.
Na véspera do segundo turno da eleição, ela apontou arma e perseguiu um homem nos Jardins, bairro de São Paulo. O caso envolve supostos crimes de porte ilegal de arma de fogo e uso ostensivo. Originalmente, Zambelli deveria ter entregado a arma antes, mas disse que não conseguiria cumprir o prazo dado pelo ministro por estar em “missão oficial” no exterior até a véspera do Natal.
O ministro do STF também suspendeu a autorização de porte de arma de fogo da deputada bolsonarista. O ministro entendeu que a deputada extrapolou para “além dos limites da autorização de legítima defesa” e afastou a “suposta defesa da honra” alegada por ela para ir atrás do homem.