Os passageiros que utilizam a Linha 8-Diamante da ViaMobilidade têm uma novidade a partir desta segunda-feira (18). A Estação Barueri passa a oferecer serviços gratuitos de saúde e bem-estar como parte do programa Caminhos para a Saúde, promovido pelo Instituto CCR (ICCR).
Entre os atendimentos disponíveis estão exames básicos de saúde, como medição de pressão arterial e glicemia, além de orientações sobre colesterol. Os passageiros também podem aproveitar sessões de massagem e o trabalho de trancistas para trançar os cabelos, em uma iniciativa que alia cuidados com a saúde e momentos de relaxamento.
Trancista e massoterapeuta: de 18 a 22 de novembro
A ação busca atender os passageiros no seu trajeto diário, promovendo o cuidado com a saúde e oferecendo experiências de bem-estar enquanto esperam ou se deslocam.
O aplicativo Poupatempo SP.GOV.BR passou a contar com uma nova funcionalidade. Mulheres com idade entre 50 e 69 anos podem realizar agendamentos de mamografia do programa Mulheres de Peito, do Governo de São Paulo, diretamente pelo app disponível para os sistemas Android e iOS.
A plataforma oferece um calendário com datas, horários e locais disponíveis para exames. Após a escolha, o aplicativo direciona a solicitação para o 0800 da Central de Regulação de Oferta de Serviços para confirmação dos agendamentos.
O serviço pode ser acessado de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O procedimento é simples e fácil e pode ser concluído em até 8 minutos.
Criado em 2014, o Mulheres de Peito é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde para incentivar mulheres a realizar o exame de mamografia para diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama. Todas as iniciativas fazem parte do movimento SP por Todas.
“As políticas públicas para a mulher em São Paulo são construídas a partir de um trabalho integrado entre diversos setores do governo. Cada serviço oferecido, seja no cuidado à saúde, na proteção contra a violência ou no apoio à autonomia financeira, tem um papel essencial para melhorar a vida das mulheres. A nossa missão é garantir que elas tenham acesso a tudo o que precisam para viver com dignidade e qualidade de vida”, ressaltou a secretária estadual de Políticas para a Mulher, Valéria Bolsonaro.
O SP Por Todas é promovido pelo Governo do Estado para ampliar a visibilidade das políticas públicas do estado para mulheres, bem como a rede de proteção, acolhimento e autonomia profissional e financeira exclusivamente disponíveis para elas.
São iniciativas como o auxílio-aluguel no valor de R$ 500 para vítimas de violência doméstica; a ampliação do monitoramento por tornozeleiras para agressores; o aplicativo SP Mulher Segura. que conecta a polícia de forma direta e ágil caso o agressor se aproxime; e as novas salas da Delegacia da Defesa da Mulher 24 horas.
O Governo de SP também ampliou linhas de crédito para elas e concluiu a entrega das Casas da Mulher Paulista, onde há apoio psicológico e capacitação profissional. O Estado também financia dez Abrigos Amigos, instalados estrategicamente no centro da capital, para atendimento de mulheres nas paradas de ônibus, das 20h às 5h.
O SP Por Todas também implementou o protocolo Não Se Cale para acolhimento imediato em caso de importunação em bares, restaurantes, casas de show e similares, formando equipes em curso gratuito, online e rápido.
No dia 19 de novembro, o Fundo Social de Solidariedade de Cajamar promoverá o evento Novembro Roxo, na Câmara Municipal de Cajamar, em celebração ao Mês Internacional de Sensibilização para a Prematuridade. A campanha tem como objetivo conscientizar sobre o aumento do número de partos prematuros e a importância de medidas preventivas para reduzir esse índice.
O evento será mediado pela presidente do Fundo Social de Solidariedade, Nadja Haddad, e contará com palestras de especialistas, incluindo a nutricionista Flávia Dias Audibert, a pediatra neonatologista e intensivista pediátrica Gisela Eugênio, a psicóloga Adna Gueiros e o obstetra Marcos Schuler. Os profissionais abordarão as consequências do nascimento prematuro para o bebê, sua família e a sociedade, reforçando a importância da conscientização e do cuidado com a saúde materno-infantil.
Convidamos todos a participarem desse importante encontro para se informar e apoiar essa causa, contribuindo para a prevenção da prematuridade e o bem-estar dos bebês. Venha se informar e faça parte desse movimento de conscientização!
NOVEMBRO ROXO 💜
Data: 19 de novembro
Horário: 14h às 17h
Local: Câmara Municipal de Cajamar
Endereço: Av. Prof. Walter Ribas de Andrade n° 555
Capaz de gerar pelo menos 328 mil empregos no Brasil, o mercado da cannabis ainda aguarda regulamentação, estima a Kaya Mind, braço da companhia Kaya responsável pela produção de dados sólidos sobre a planta.
Apesar da dificuldade para quantificar a contribuição do mercado de cannabis para o setor de trabalho no país, a importância da planta pode ser mais uma vez confirmada em visita à segunda edição da ExpoCannabis, que ocupa até este domingo (17) um dos pavilhões do São Paulo Expo, no distrito de Jabaquara, capital paulista.
Na entrada, após vencer uma longa fila, o visitante já percebe como é difícil escolher um ponto do salão para fixar o olhar. Em um arranjo um tanto simbólico, já que talvez esta seja a forma de convencer os mais resistentes a enxergar a planta além da atmosfera do divertimento, os primeiros stands são da cannabismedicinal.
Em Florianópolis, Pedro Sabaciauskis, que via a avó Edna piorar gradualmente com a doença de Parkinson, constatou a eficácia do óleo de cannabis na atenuação dos sintomas da doença neurodegenerativa, a segunda mais comum desse tipo em todo o mundo. Na época, foi somente a primeira vitória, pois era necessário importar o medicamento, que levava cerca de três meses para chegar, o que o levou a encomendar dez frascos de uma vez. Cada um custava R$ 1,8 mil e durava um mês.
E bastou uma dose para que o corpo de Edna deixasse de apresentar a rigidez própria do quadro que desenvolveu. Em 20 minutos, seu semblante mudou, assumindo a aparência de relaxamento perdida havia muito tempo por causa da doença. “A gente descobriu uma associação em Fortaleza, chamada Abracam [Associação Brasileira de Cannabis Medicinal], que vi pelas redes sociais. Entrei em contato e me mandaram um óleo. Fui a um médico aqui de São Paulo, ele me orientou, e a gente deu para a minha avó. Aí foi uma surpresa, porque a melhora veio no mesmo dia.”
“A gente já levou um susto aí, mas, depois de 15 dias, ela recuperou os movimentos de sentar, levantar sozinha, de ir até a cozinha, pegar um copo d’água, coisa que era inimaginável. E, em um mês, ela queria fazer a unha, voltou a viver”, lembrou Sabaciauskis, acrescentando que a avó voltou a ter condições de conviver com a família, em almoços e outras ocasiões.
A experiência deu origem à Associação Santa Cannabis, acolhe pessoas que procuram informações sobre os tratamentos com o óleo da cannabis ou que precisam do medicamento, incluindo os que têm baixa renda ou estiverem em contextos de vulnerabilidade social. “A preferência desse mercado tem que ser da classe social mais baixa, que foi sempre quem foi preso pela mesma matéria.” Para Sabaciauskis, as associações têm um papel muito maior do que somente fornecer remédio, que é o de defender o interesse nacional. “São as associações que têm aberto caminho para tornar possível a compra de estufas e outros elementos imprescindíveis.”
Outro eixo da associação catarinense é a pesquisa. A Santa Cannabis aproveita as autorizações que obteve para liberar estudos e, com essa estratégia, atualmente viabiliza 15 pesquisas, muitas das quais, sem tal respaldo, teriam que recorrer à Justiça para existir. Segundo Sabaciauskis, a associação da qual está à frente já tratou 6 mil pessoas, com 200 CIDs (Classificação Internacional de Doenças) diferentes.
Pedro Sabaciauskis enfatizou que abraçar essa causa requer coragem e, ao mesmo tempo, firmeza. “É um ato de coragem, mas também de disposição. Porque defender cannabis no Brasil, seja medicinal ou outra, é ato de coragem, pois tem muito preconceito, estigma. Se você depende de seu emprego, de sua família, não pode fazer, senão sofre pressão desses lugares. A associação, não, porque conseguiu juntar um time de pessoas dispostas a enfrentar isso e o fez baseada na Constituição Federal, pelo direito à saúde, que é universal, o direito de se reunir em associações para mudar leis com as quais não se concorda e o direito de fazer desobediência civil pacífica e controlada.”
A fórmula de Sabaciauskis ainda teve mais um componente essencial para a rede da associação crescer. “A gente percebeu que tinha muito mais medo do que deveria ter. Quando se começa a cuidar das pessoas, as pessoas vêm para a luta junto e encorajam a continuar. Como tinha muita gente a ser cuidada, doente, a gente começou a fazer o papel que era do governo.” Ele ressaltou que a Santa Cannabis gera empregos por causa da distribuição dos medicamentos, do atendimento aos pacientes, que abrange serviço social, do cultivo da planta e dos processos farmacêuticos envolvidos, que garantem qualidade.
Tecnologia
Outro segmento do mundo canábico que absorve profissionais é o da tecnologia da informação (TI). A Complysoft é uma startup (empresa emergente com modelo de negócio em desenvolvimento ou aprimoramento) especializada em ferramentas úteis para o mercado da cannabis medicinal.
Com sede em João Pessoa, a companhia oferece sistemas como o Comply Legacy, de gerenciamento de documentos e prescrições, unificando os registros de todas as fases do processo de produção e obtenção da cannabis. Por meio dele, é possível, por exemplo, armazenar e consultar testes laboratoriais para controle de qualidade. Outra opção são os sistemas que unificam os instrumentos ligados aos pacientes, como WhatsApp e e-mail.
Entre os clientes, estão associações canábicas, clínicas especializadas, importadoras e farmácias de manipulação. O profissional Mizael Mendonça Cabral conta que ele e seu parceiro de trabalho André Vasconcelos integravam o setor de TI da Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança). Lá, Cabral entendeu que poderia usar seu conhecimento para ajudar outras associações a aprimorar os atendimentos.
Um dos expositores do evento, ele disse que o ramo não é incipiente, já é um mercado de trabalho em expansão em países como o Uruguai, o primeiro a legalizar a maconha, e o Paraguai. “Receber o convite para participar da associação foi um chamado para mim. Sempre digo que é uma missão espiritual. A gente está devolvendo a planta à nossa nação, porque é uma planta de cura. Entrei em 2014, para ajudar essa associação, e entendo que é uma missão de vida”, confidencia o paraibano.
A história de Vasconcelos foi diferente. Ele morava na Califórnia quando recebeu a senha para ingressar no universo canábico. Antes de se tornar gerente de projetos na Complysoft, prestava assistência na área de TI. Quanto ao grau de dificuldade para recrutar profissionais da área, Vasconcelos disse que ainda há percalços, geralmente relacionados ao tabu e ao preconceito em relação à planta, gerados por desconhecimento fe suas propriedades e múltiplos usos. “Mas vejo isso como um obstáculo que não está longe de a gente vencer”, resumiu.
Na sexta-feira, um dos stands mais badalados da ExpoCannabis foi o da Cannabis Empregos, pioneira no Brasil. O portal anuncia vagas de estágio, de trabalho temporário, para freelancers (autônomos), remotos, voluntariado e em regime presencial, de home office (trabalho a distância, em casa) e híbrido.
A empresa também oferece capacitação e mentoria para candidatos e empregadores, qualificando pessoas que desejam aprender sobre liderança no mercado canábico e a fazer networking (rede de contatos profissionais). Um dos aspectos importantes em qualquer segmento e que também é cobrado dos profissionais que atuam com a cannabis é o domínio de tendências e políticas públicas. A companhia, por isso, auxilia no desenho de planos de carreira.
O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) anunciou nesta segunda-feira (11) que vai zerar o imposto de importação para medicamentos usados no tratamento de câncer de próstata e outros tipos de câncer.
O Camex também reduziu a zero o imposto para outros produtos: luvas médicas, pás eólicas, pneus e defensivos agrícolas; além de lentes de contato hidrogel e filmes utilizados em radiografias, entre outros.
As tarifas de importação de todos esses insumos variavam de 3,6% a 18% e foram agora reduzidas a 0%.
Além disso, o comitê também aprovou o aumento de tarifa para insumos de vidro para fins industriais e células fotovoltaicas usadas na cadeia produtiva de painéis solares.
Segundo a nota, o aumento foi aprovado “para fortalecimento da produção local e geração de empregos no Brasil”
O anúncio é feito em meio à campanha Novembro Azul, que tem como objetivo conscientizar a conscientização da população acerca das doenças que atingem a saúde masculina, como o câncer de próstata.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil. A doença matou 17 mil brasileiros em 2023, segundo dados da pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
A Fundação Pró-Sangue, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, faz um apelo urgente à população para doação de sangue.
Com os estoques em níveis críticos, especialmente dos tipos sanguíneos O+, O- e B- que atendem apenas 20% da demanda hospitalar, e os tipos A- e AB- cobrindo 50% da necessidade, a fundação reforça a importância do aumento imediato das doações para evitar o desabastecimento.
Os postos de coleta registraram uma baixa adesão nesta semana, o que levou a instituição, em parceria com o Governo de São Paulo, a intensificar a campanha de conscientização. “O número de doações precisa aumentar logo para que não haja risco de desabastecimento de sangue. Portanto, para que o sangue não falte, a Pró-Sangue faz um apelo à população para que venha doar sangue”, afirma a fundação.
Para facilitar o acesso, a Pró-Sangue disponibiliza agendamento online com várias vagas em aberto. Confira alguns dos pontos de doação na Grande São Paulo:
Postos de coleta:
Barueri – NOVO LOCAL Rua Guilhermina Carril Loureiro, 144, Centro, Barueri/SP
Posto Clínicas Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155 – 1º andar, Cerqueira César, São Paulo/SP
Posto Dante Pazzanese Av. Doutor Dante Pazzanese, 500, Ibirapuera, São Paulo/SP
Posto Mandaqui Rua Voluntários da Pátria, 4.227, Mandaqui, São Paulo/SP
Posto Regional de Osasco Rua Ari Barroso, 355, Presidente Altino, Osasco/SP
Requisitos para doação de sangue:
Estar em boas condições de saúde.
Estar alimentado (evitar alimentos gordurosos nas 4 horas anteriores à doação).
Ter entre 16 e 69 anos (menores de idade devem consultar os requisitos no site).
Pesar mais de 50 kg.
Levar um documento de identidade com foto recente.
Evitar consumo de bebidas alcoólicas 12 horas antes da doação.
Se estiver com sintomas de gripe ou resfriado, aguardar uma semana para estar apto à doação.
Para mais informações e agendamento, acesse o site da Pró-Sangue (www.prosangue.sp.gov.br) ou entre em contato pelo Alô Pró-Sangue (11 4573-7800), WhatsApp (11 9-9152-7653) ou e-mail (faleconosco@prosangue.sp.gov.br).
Pesquisa realizada por cientistas do Instituto Butantan, em São Paulo, constatou que o extrato aquoso de própolis é capaz de combater a replicação dos vírus zika, chikungunya e mayaro. Os três patógenos são transmitidos pela picada de mosquitos que circulam no Brasil e causam doenças infecciosas (arboviroses) para as quais ainda não existem vacina nem tratamento específico disponível, o que motiva a busca por compostos com potencial antiviral. O extrato foi testado in vitro e reduziu significativamente a carga viral dos três vírus.
O estudo, conduzido no Centro de Toxinas, Resposta-Imune e Sinalização Celular (CeTICS), foi liderado pelos pesquisadores Pedro Ismael Silva Júnior, do Laboratório de Toxicologia Aplicada, e Ronaldo Mendonça, do Laboratório de Parasitologia do Butantan. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports.
Esta não é a primeira vez que o grupo investiga o potencial antiviral e antibacteriano da própolis. Estudo anterior da equipe, feito com extrato hidroalcoólico da substância, já havia indicado intensa atividade contra os vírus herpes, influenza e rubéola. A partir dos primeiros resultados, os cientistas decidiram avaliar se o extrato aquoso teria a mesma atividade em outros tipos de vírus também importantes do ponto de vista de saúde pública no país.
Para chegar aos resultados, o grupo utilizou a própolis produzida pelas abelhas nativas sem ferrão Scaptotrigona aff postica, originadas de uma colônia na região de Barra do Corda, no Maranhão. A própolis foi obtida por meio da raspagem da caixa de meliponicultura, formando uma espécie de pasta. Esse material foi transportado e congelado a -20°C, formando uma pedra de própolis congelada.
Essa pedra foi macerada manualmente até se tornar um material granulado, que foi passado em peneiras. Em seguida, o produto foi moído de forma a se transformar num composto ainda mais fino, para novamente passar por peneiras granulométricas e se transformar em pó. Por fim, os pesquisadores adicionaram água ultrapurificada ao pó e o material foi centrifugado por 30 minutos para haver a separação da cera do meio líquido. O sobrenadante (a fase líquida que fica por cima) foi filtrado e o produto foi considerado 100% purificado.
Para determinar a ação antiviral do extrato de própolis, os pesquisadores infectaram células VERO (linhagem originária de rim de macaco, muito usada nesse tipo de estudo), que foram cultivadas a 37°C em microplacas. O crescimento e a morfologia dessas células foram monitorados pela equipe diariamente.
“A gente contaminou as culturas com os três vírus em questão e aplicamos somente uma vez a substância que queríamos analisar, na proporção de 10% de volume. A partir de então, fizemos uma diluição seriada, ou seja, fomos diminuindo a quantidade dessa solução para ver qual quantidade impediria o vírus de se multiplicar”, explicou Silva Júnior.
Os pesquisadores observaram que o extrato aquoso de própolis purificado promoveu uma redução de 16 vezes na carga viral do zika e de 32 vezes na do vírus mayaro. No caso do chikungunya, a redução foi ainda mais significativa, de 512 vezes.
Mais pesquisas
Por enquanto, os resultados alcançados estão restritos ao ambiente de laboratório, mas a pesquisa continua. Numa segunda etapa do trabalho, o grupo coletou própolis mês a mês, para associar o produto final à florada de cada período. Isso porque a abelha Scaptotrigona aff postica utiliza as plantas da região do Maranhão, que são diferentes das plantas existentes no Sudeste, e, por isso, provavelmente, a própolis obtida tem componentes específicos relacionados às espécies endêmicas do local.
“Nós já observamos que existem diferenças ao longo do ano. Agora queremos identificar em que época aparece a substância com ação antiviral, porque queremos associar à planta que a abelha utiliza para a produção da própolis”, explicou Silva Júnior.
É importante destacar que a própolis do estudo é diferente da comercial encontrada nas farmácias. O produto vendido ao consumidor, em geral, é um extrato alcoólico que mistura todos os componentes da própolis e, na maioria das vezes, costuma vir da espécie Apis mellifera (abelha europeia), que predomina nos apiários. Já a própolis usada nessa pesquisa vem da abelha nativa do Brasil Scaptotrigona aff postica e os compostos com atividade antiviral são separados, purificados e isolados.
A busca por potenciais medicamentos na natureza – os famosos compostos bioativos – é um dos grandes focos da ciência. O Brasil tem uma área muito extensa com fauna e flora extremante variada e utilizar substâncias originadas da nossa floresta é muito importante, tanto do ponto de vista científico quanto econômico, pois isso pode reduzir os custos do produto final.
O pesquisador ressalta que o objetivo da pesquisa é tentar identificar um composto que possa ser usado tanto na prevenção quanto no tratamento de pessoas infectadas pelos vírus. “A gente ainda não tem elementos para chegar a esse ponto, mas a ideia é alcançar os dois objetivos”, afirmou Silva Júnior.
Mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. “Se estamos pensando em criar um possível medicamento, muitos outros estudos terão de ser feitos. Essa é uma descoberta superimportante, mas os resultados foram obtidos in vitro. Ainda será preciso fazer pesquisas in vivo com camundongos e cobaias para verificar se o efeito antiviral se confirmaria e, só posteriormente, iniciar pesquisas em seres humanos”, finalizou.
Feriados e pontos facultativos podem ser um bom momento para colocar em dia compromissos que vêm sendo adiados por falta de um tempo extra. E no Dia do Funcionário Público, 28 de outubro, a Fundação Pró-Sangue convida a população para realizar um ato de solidariedade e ajudar a salvar vidas.
Na próxima segunda, os postos de coleta estarão abertos com uma escala de horários diferenciada. Para garantir e agilizar o atendimento, os doadores devem agendar com antecedência pelo site (clique aqui) e conferir abaixo como será o funcionamento das unidades:
28/10 (segunda-feira) – Dia do Funcionário Público
Clínicas: das 8h às 16h
Osasco: das 8h às 16h
Dante: fechado
Mandaqui: fechado
Barueri: das 8h às 16h
40 anos da Pró-Sangue
Nesta quarta-feira (23), a Fundação Pró-Sangue, instituição ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, comemora 40 anos em sua missão de solidariedade e altruísmos para salvar vidas.
Durante quatro décadas dedicadas a transformar a esperança em realidade, hemocentros do Estado coletaram mais de 5,9 milhões bolsas de sangue, beneficiando mais de 23,6 milhões pessoas.
A doação de sangue só é possível graças à disponibilidade das pessoas. Por isso, é preciso contar com a população para manter em níveis adequados os estoques. A fundação celebra a união e dedicação de todos que fazem parte da Pró-Sangue, apoiando campanhas e realizando doações com ajuda de colaboradores e da sociedade envolvida na causa.
E em comemoração à data, a empresa Aldo Scaglione Produções Artísticas disponibilizará bottons dos 40 anos da instituição a todos os colaboradores e doadores no dia 23, com arte produzida pela agência parceira Amper. Uma homenagem do músico que também cede seu tempo doando sangue e participando das atividades musicais no Posto Clínicas.
Requisitos para doação de sangue
O candidato deve verificar os requisitos básicos para doação, sendo os principais:
Estar em boas condições de saúde
Estar alimentado;
Ter entre 16 e 69 anos (para menores de idade, consultar o site);
Pesar mais de 50 kg;
Levar um documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato.
Recomenda-se também evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem à doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se o candidato estiver com gripe ou resfriado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apto à doação.
A Prefeitura de Santana de Parnaíba implantou o Projeto de Monitoramento Contínuo da Glicose, com entrega de sensor a pacientes diagnosticados com o diabetes tipo 1 insulinodependentes, na faixa etária dos 4 aos 17 anos. A primeira entrega promovida pela Secretaria de Saúde ocorreu em agosto na sala de treinamento do Centro Administrativo Bandeirantes (CAB). Na ocasião, um educador em diabetes capacitou familiares e pacientes sobre o funcionamento e uso do medidor.
“O meu filho foi diagnosticado com o diabetes tipo 1 quando tinha dois anos de idade e, por muito tempo, a medição era feita com o furo no dedo, o que gerava dor, desconforto e problemas no controle da doença. Depois adotamos o sensor, mas o custo era muito alto, então contar com o dispositivo entregue pela prefeitura é uma bênção, fico emocionada e o coração cheio de gratidão”, disse Zélia Marques, mãe do paciente Matheus Marques, de 12 anos, estudante e praticante de natação.
Considerado uma alternativa menos invasiva do que os métodos tradicionais, o sensor é um dispositivo que monitora os níveis de glicose no sangue. Aplicado sob a pele e com a durabilidade de 14 dias, ele fornece informações sobre o controle do diabetes 24h por dia, o que permite o monitoramento contínuo dos níveis de glicose.
“Os dedinhos da Milena ficavam constantemente doloridos de tanto furar. Agora melhorou muito, ela tem mais autonomia, leva uma vida normal tanto na escola quanto nas aulas de balé, e a família toda vive com mais tranquilidade”, revelou Vanilda Costa Silva, mãe da paciente Milena.
Ao entregar o sensor, o principal objetivo da prefeitura é disponibilizar para os munícipes uma tecnologia avançada de automonitoramento e melhoria da qualidade de vida. “O sensor de monitoramento contínuo da glicemia traz maior facilidade e menos desconforto ao paciente portador de diabetes mellitus, ou com necessidades de controle glicêmico minucioso, por verificar a glicemia de forma contínua e armazenar os dados dia e noite”, explica o Núcleo de Planejamento e Monitoramento em Saúde da prefeitura.
Entre as funcionalidades do sensor de glicose, ele indica a tendência da glicemia no organismo e permite que o paciente se mantenha dentro das metas glicêmicas, o que resulta em menor risco de apresentar hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue) ou hiperglicemia (nível alto de açúcar no sangue).
Condição em que os níveis de glicose no sangue caem abaixo do normal (70 mg/dL), a hipoglicemia pode causar tremores, sudorese, tontura, confusão, fraqueza, desmaio e convulsões, entre outros sintomas. Se não tratada a tempo, pode levar à perda da consciência. Por sua vez, a hiperglicemia pode causar sede excessiva, urinação frequente, fadiga, visão embaçada, náusea, vômito e, se não for tratada, pode levar a uma emergência médica. Em sua essência, com a glicemia controlada, o paciente apresenta melhor resposta ao tratamento, menor taxa de internação e aumenta a expectativa de vida.
Do tamanho de uma moeda de um real, o sensor digital, que é resistente à água, é aplicado na parte posterior superior do braço. Ao passar o leitor pelo dispositivo (pode ser via aplicativo de celular), o paciente terá o histórico glicêmico, uma seta apontando se a glicose está subindo, baixando ou mudando lentamente. As informações sobem na nuvem e ficam disponíveis para acesso por parte do médico e do responsável da família.
O Projeto de Monitoramento Contínuo da Glicose conta atualmente com 22 cadastrados. Ao longo do tratamento, eles passam por consultas e acompanhamentos com equipe multiprofissional (endocrinologista, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, psicólogo); contam com acesso aos medicamentos e insumos para diabetes nas farmácias municipais, e participam de aula sobre “Educação em Diabetes”.
De acordo com o Núcleo de Planejamento e Monitoramento em Saúde, o objetivo final deste protocolo é que todos os pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e insulinodependentes, acompanhados pela rede municipal de saúde, e que se enquadrem nos critérios de inclusão do projeto, sejam contemplados e monitorados com os sensores. A gestão do programa está sob o comando da equipe multiprofissional de coordenadores da Saúde e do secretário Dr. José Carlos Misorelli.
Para ser contemplado com um sensor, é preciso estar com o cadastro homologado no município, enquadrar-se nos critérios de inclusão do protocolo, possuir idade entre 4 até 17 anos, 11 meses e 29 dias e apresentar indicação médica expressa e prescrita para uso do medidor. Visando facilitar o acesso, os sensores do projeto de Santana de Parnaíba, que é inédito em toda a região, são dispensados em todas as farmácias básicas das UBSs e USAs do município.
Alerta para a doença
Além do tipo 1, a doença do diabetes também é classificada como tipo 2, gestacional e pré-diabetes (considerado grupo de alto risco). Uma pesquisa feita pela SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes) em parceria com o laboratório farmacêutico Abbott apontou que apenas 30% dos pacientes detém informação sobre a condição de pré-diabetes.
O termo é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de diabetes tipo 2. O pré-diabetes é importante por ser a única etapa que pode reverter ou retardar a evolução para o diabetes e suas complicações. Estar em dia com os exames de saúde, cuidar da alimentação e praticar exercícios físicos contribuem no sucesso para o controle.
Segundo a SBC, mais de 13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, o que representa cerca de 7% da população. Já a International Diabetes Federation, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), revela que no mundo há mais de 380 milhões de pessoas com a doença, sendo a maioria dos casos associada a condições como obesidade e sedentarismo.
Dados do Ministério da Saúde apontam o Brasil como o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).
Dia Mundial da Diabetes
Desde 1991, o Dia Mundial da Diabetes (14/11) se tornou um marco da luta contra a doença. A data criada em homenagem ao aniversário de Sir Frederick Banting, responsável pela co-distribuição da insulina, visa conscientizar a população sobre a importância de prevenir e combater a doença.
Segundo o parecer da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, a ludopatia, como é conhecido o vício em jogos, exige uma mudança na estrutura de atendimento à população. Seria necessário, por exemplo, guiar o tratamento no mesmo molde do que, hoje, é ofertado a quem é dependente em álcool ou outras drogas.
A pasta ainda afirma que é preciso que toda a rede de atenção psicossocial seja qualificada para o atendimento das demandas relacionadas ao jogo.
Em um despacho ao Supremo Tribunal Federal, a pasta defendeu o fortalecimento da estrutura para tratar os apostadores crônicos.
O posicionamento da pasta busca contribuir para o julgamento de uma ação que já tramita no STF. O processo, movido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, questiona o impacto da regulamentação das bets na saúde e na renda dos brasileiros.