No próximo sábado (25) acontece o 1º Simpósio Brasileiro Multidisciplinar de gestão de danos: Educação e Controle (SBGMD). O evento, que será realizado no Guarujá (SP), traz médicos e cientistas que deverão debater o uso do cigarro eletrônico no controle de danos e na redução do tabagismo.
O encontro parte da premissa de que o uso de “vapes”, como também são conhecidos os cigarros eletrônicos, é prejudicial à saúde. No entanto, os painéis do evento devem dividir pareceres científicos e dados internacionais que mostram o uso dessa prática aplicada em propostas de controle de danos, além de trazer um enfoque na educação e no controle do tabagismo.
Veja os especialistas que deverão participar do Simpósio:
Prof.º Dr. Rodolfo Fred Behrsin – Pneumologista
Dra. Alessandra Bastos Soares – Ex-Diretora da Segunda Diretoria Anvisa
Profº. Me. Carlos Fontes – Médico
Profª. Ma. Cintia Leci Rodrigues – Biomédica
O uso de cigarros eletrônicos no Brasil
Os “vapes” ou cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil. De acordo com a Resolução nº 46 de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibido comercializar, importar e fazer propaganda dos chamados dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).
Por outro lado, os dados mostram um cenário diferente da teoria. Um em cada cinco brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, fazem uso desse tipo de dispositivo. Ao todo, são mais de 2 milhões de usuários.
“Como eles estão na ilegalidade, é impossível ter algum tipo de controle sobre as vendas, perfil de quem o utiliza e, principalmente, a natureza dos componentes químicos desses produtos. Nesse cenário, é um desafio pensar em políticas de saúde pública com o tema”, diz comunicado que promove o evento.
Países como Reino Unido, França e Suécia investiram na regularização dos cigarros eletrônicos de forma estratégica, propondo o uso desses recursos, menos nocivos que os cigarros convencionais, como alternativas para reduzir o tabagismo.
Estados Unidos e Canadá estão entre os 80 países que já buscaram algum tipo de regulamentação dos “vapes”.
Entre as propostas do SBGMD está a de difundir os pontos positivos das políticas adotadas por essas nações e entender os efeitos dessas propostas na realidade brasileira.
O Brasil é considerado o país com mais interesse de buscas por lipoaspiração do mundo desde o início da série histórica em 2004, segundo um levantamento realizado pelo Google Trends.
Segundo o Google, o país atingiu ainda o pico histórico de buscas após a morte da influenciadora Luana Andrade, ex-Power Couple (Record TV).
Luana foi a personalidade mais buscada do Brasil e também a que apresentou o maior crescimento de buscas entre os dias 10 e 17 de novembro. A influencer teve quatro paradas cardíacas e morreu de embolia pulmonar maciça.
Nesse período, algumas perguntas sobre o assunto tiveram um crescimento considerável no interesse de buscas no Brasil. Veja a lista:
O que é uma lipoaspiração? (+3.820%)
Quais são os riscos da lipoaspiração? (+2.050%)
Por que as pessoas morrem na lipoaspiração? (+1.790%)
Tendo em vista o mês de novembro como referência para ações relacionadas a saúde do homem, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Osasco realiza durante todo o mês, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a Campanha do Novembro Azul.
O Dia “D” acontecerá no último sábado do mês, 25/11, das 10h às 14h, em 21 Unidades de Saúde (conforme relação abaixo) para atendimento dos homens em livre demanda (sem necessidade de agendamento).
Os serviços oferecidos serão: consulta médica, consulta de enfermagem, solicitação de exames, coleta de exames laboratoriais (check-up do homem), além de orientações sobre planejamento familiar com foco em homens que desejam realizar vasectomia e ações educativas voltadas a promoção, prevenção da saúde do homem.
Vale reforçar que, homens que possuem guia de encaminhamento para realizar o ultrassom de próstata já podem procurar à UBS mais próxima para garantir o agendamento do seu exame.
Confira a lista de UBS que funcionarão no dia “D” do Novembro Azul:
Bebês prematuros necessitam de atenção especial em relação à vacinação, alerta a coordenadora do Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais (Crie), de Vitória, e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Ana Paula Burian.
Uma gestação é considerada normal entre 38 e 42 semanas. Isso significa que a criança que nasce com menos de 38 semanas é prematura. E abaixo de 28 semanas ou com menos de 1 quilo ao nascer é um bebê prematuro extremo. Quer dizer que esses bebês têm de cinco a dez vezes mais chances de adquirirem uma infecção comparado a outros recém-nascidos. Por isso, a vacinação é fundamental para os bebês pré-termo, ou seja, aqueles nascidos antes de 38 semanas de gestação.
Para esse bebês, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o setor privado têm vacinas específicas, informou Ana Paula Burian à Agência Brasil. As vacinas estão disponíveis nos centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que oferecem imunização às pessoas que necessitam de alguma atenção especial, como é o caso de bebês prematuros.
As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam que se protejam o máximo possível, com a menor reação possível. “Esse é o norte da orientação para qualquer criança e qualquer pessoa, na verdade, mas principalmente para os prematuros”, recomenda a SBP.
Devido à imaturidade cardiológica, pulmonar e neurológica, os prematuros tendem a ter mais reação. E devido à imaturidade imunológica, eles tendem a responder menos. Ana Paula lembra que a passagem de anticorpos da mãe para o bebê ocorre mais no final da gestação. A partir de 20 semanas, ela começa a acontecer, e a quantidade vai aumentando à medida que a gravidez vai evoluindo. Quando o bebê nasce prematuro, ele ainda não recebeu a grande maioria de anticorpos protetores que a mãe passa para o filho até que ele esteja apto a produzir seus próprios anticorpos.
No SUS, todas as crianças recebem a vacina pentavalente, que garante a proteção contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. Em outra furada, o bebê recebe a vacina pólio injetável (indicada para prevenir a poliomielite), a rotavírus monovalente oral e a pneumocócica conjugada 10-valente. Isso com 2, 4 e 6 meses. Com 3 e 5 meses, recebe a vacina da meningite C.
No setor privado, tem a vacina pneumocócica 13 ou 15-valente, que tem mais sorotipos que a pneumo-10, e a vacina hexavalente acelular, que protege contra seis doenças com uma única furada e oferece menos reação vacinal. Além disso, tem a rotavírus que, em vez de ser monovalente, protege de cinco sorotipos do rotavírus.
Nos centros de Referência em Imunobiológicos Especiais, os bebês prematuros têm direito à vacina hexa acelular que o setor privado dá. “Diminui o número de furadas e dá menos reação”, explica Ana Paula. Mas essa vacina é só para quem nasce com menos de 33 semanas ou com menos de 1,5 quilo de peso. Essa alteração foi feita em setembro no manual dos Crie. Antes, somente os bebês até 31 semanas eram elegíveis.
Dor
A coordenadora do Crie de Vitória disse que a dor nos bebês prematuros dá consequências, como apneia, isto é, ele parar de respirar, mesmo por um curto período. “É importante que o prematuro seja mais protegido, porque é mais vulnerável e, também, tenha menos reação”.
Ela orienta os pais que não devem adiar a vacinação dos prematuros. “Eles têm que tomar as vacinas na data cronológica em que nasceram”. Se para um bebê normal é saudável tomar vacina nos 2, 4 ou 6 meses, para o prematuro também, independente da idade gestacional e de estar internado em UTI pública ou privada.
Ana Paula esclareceu que mesmo que o prematuro com menos de 33 semanas esteja em uma UTI privada, é importante que a instituição procure a Secretaria Municipal de Imunizações para se inteirar do calendário de imunização e providenciar a vacina para a criança internada. “Cada caso será avaliado para a vacina pertinente”, disse Ana Paula.
O Governo de SP prorrogou a campanha de multivacinação que terminaria na próxima quarta-feira (15), feriado de proclamação da República. A campanha agora vai até o dia 30 de novembro. Desde o lançamento até o dia 13 de novembro, 856.748 crianças e adolescentes, entre 0 e 14 anos, receberam ao menos uma dose das vacinas ofertadas, o que representa adesão de 60% do público-alvo. A iniciativa também já verificou a carteira de vacinação de quase 1,5 milhão de menores de 15 anos de idade em todos os 645 municípios paulistas.
“A prorrogação é essencial neste momento para que as pessoas possam continuar procurando os postos de saúde. Em toda campanha, de todas as pessoas que compareceram aos locais de vacinação, 60% estavam com uma ou mais doses de algum imunizante do calendário nacional em atraso. Desta forma, o Estado segue reforçando a importância da vacinação para que possamos evitar o agravamento ou até mesmo o retorno de doenças erradicadas, como a poliomielite”, afirma a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da SES-SP, Tatiana Lang.
São disponibilizadas vacinas para Poliomielite, Meningocóccica C Conjugada, Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Febre amarela, Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae b), HPV (entre 9 e 14 anos de idade), BCG (tuberculose) e Covid-19.
Como parte da campanha, os municípios recebem todo o apoio para oferecer as vacinas e fazer a checagem das carteiras de vacinação em escolas e outros locais de alta circulação ou em áreas rurais, além dos cinco mil pontos de vacinação já existentes no estado. A pasta de saúde estadual esclarece que cada município tem a sua própria estratégia e é responsável pela vacinação.
Vacina 100 Dúvidas
O site Vacina 100 Dúvidas, do Governo de São Paulo, reúne as 100 dúvidas mais frequentes sobre as vacinas nos buscadores da internet.
Com feriados consecutivos em menos de uma semana, nos dias 15 e 20 de novembro, bancos de sangue de São Paulo pedem para que a população faça doações.
O GSH Banco de Sangue de São Paulo manifesta preocupação com a baixa nos estoques, que estão 70% abaixo do número ideal. O índice é considerado crítico, já que pode comprometer o abastecimento dos hospitais justamente neste momento em que as demandas aumentam devido aos acidentes de trânsito nas estradas.
A instituição funciona diariamente, inclusive aos domingos e feriados, das 7h às 18h. Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente.
Requisitos básicos para doar sangue:
Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;
Ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);
Estar em boas condições de saúde;
Pesar a partir de 50 kg;
Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3h. Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos;
Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);
Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar seis meses;
Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);
Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina;
Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar sete dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;
Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma;
Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.
O Banco de Sangue do A.C. Camargo Cancer Center também está com baixo volume de doadores e pede a mobilização da população. Todos os tipos de sangue são necessários, bem como, a doação de plaquetas.
As doações são urgentes, já que pacientes oncológicos precisam passar por quimioterapia/radioterapia durante o tratamento, o que pode levar à queda da produção do próprio sangue e causar anemia ou plaquetopenia, além da necessidade de transfusão. Sangramentos causados pelo tumor também podem acontecer e a necessidade de manter reservas de sangue para a realização de cirurgias é algo constante.
Eles ainda sofrem com redução do nível de plaquetas no sangue em decorrência do tratamento oncológico e do próprio diagnóstico. Cerca de 60% das transfusões realizadas no A.C. Camargo Cancer Center são de plaquetas.
Os doadores podem comparecer sem agendar, mas para aumentar a agilidade de atendimento, a orientação é fazer o agendamento pelo site do hospital, chat ou por telefone no (11) 2189-5000 (opção 5).
Os pré-requisitos para doação de plaquetas são semelhantes aos de uma doação de sangue. Podem doar aqueles que tenham de 18 a 65 anos – menores, com 16 e 17 anos, podem doar acompanhados do responsável legal e consentimento formal por escrito – com 60 quilos ou mais, e sem nenhuma doença crônica.
Cada pessoa doa de uma vez, no máximo, 470 ml de sangue que pode salvar a vida de até quatro pacientes. O procedimento leva cerca de 40 minutos e em menos de 24 horas, o organismo já consegue repor a quantidade que foi retirada.
O banco de sangue funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 15h, sem abrir nos domingos e feriados. Para agendar a doação, a população deve entrar em contato pelo telefone (11) 2189-5000 e selecionar a opção 5 do menu telefônico, de segunda a sexta, das 8h às 17h.
Condições para doação diante das vacinas
Covid-19:
Os doadores que tomaram a vacina contra a Covid-19 da Astrazeneca/Fiocruz, Pfizer e Janssen devem aguardar sete dias após a data da imunização. Já quem tomou o imunizante da Sinovac/Butantan deve aguardar 48 horas.
Quem testou positivo deve aguardar 10 dias após o término dos sintomas. Aos que tiveram contato com alguém que positivou, a doação pode ser feita após 15 dias do contato e apenas se não apresentar nenhum sintoma.
Avaliação de outras vacinas e condição clínica do doador será realizada a cada doação, visando a proteção e segurança do doador e paciente que receberá o sangue.
Influenza:
Os doadores que tomaram a vacina contra a Influenza devem aguardar 48 horas após a data da imunização para realizar a doação.
A Prefeitura de Santana de Parnaíba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai intensificar a campanha pela prevenção ao câncer de próstata neste mês – em que é celebrado o Novembro Azul. Na ocasião, haverá palestra on-line e divulgação em materiais impressos, nas redes sociais e em telas espalhadas em prédios públicos.
Promovida em parceria com a Câmara Municipal, a palestra será ministrada pelo médico da rede pública, Rafael Rafaini Lloret, na quinta-feira (16/11), a partir das 9h30. As inscrições para participar devem ser feitas por meio do endereço eletrônico: contato.ep@camarasantanadeparnaiba.sp.gov.br.
A Secretaria de Saúde esclarece que as unidades do município estão preparadas para realizar exames de investigação inicial do câncer de próstata. Para isso, os pacientes podem agendar consulta nessas unidades para uma avaliação clínica e laboratorial. A pasta orienta os homens a fazerem a investigação inicial a partir dos 40 anos de idade.
Desde o fim de setembro, o Governo de São Paulo já vacinou mais de 747 mil crianças e adolescentes por meio da Campanha de Multivacinação. Somente na primeira semana deste mês, após a prorrogação da ação, mais de 117 mil receberam todas as doses de vacinas necessárias do calendário básico nacional.
A iniciativa, que termina na próxima quarta-feira (15), também verificou a carteira de vacinação de mais de 1,2 milhão menores de 15 anos de idade em todos os 645 municípios paulistas.
“A campanha ainda está acontecendo! É importante que você que ainda não levou seu filho, neto ou sobrinho para se vacinar que leve-os, para que as carteirinhas sejam checadas e, caso haja alguma dose faltante, seja aplicada. Procurem os postos e vacinem-se!”, ressalta a diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da SES-SP, Tatiana Lang.
São disponibilizadas vacinas para Poliomielite, Meningocóccica C Conjugada, Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Febre amarela, Pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae b), HPV (entre 9 e 14 anos de idade), BCG (tuberculose) e Covid-19.
A campanha já checou a carteira de 276,3 mil bebês com menos de um ano e vacinou 221,1 mil deles. Entre crianças de 1 a 4 anos de idade, 362 mil compareceram aos postos de vacinação e 199,8 mil foram imunizadas. 260,5 mil crianças entre 5 e 8 anos tiveram suas carteiras verificadas e 94,5 mil delas receberam doses das diversas vacinas oferecidas.
Na faixa etária entre 9 e 14 anos, 366,5 mil jovens foram aos postos e 232,3 mil receberam as vacinas. Entre as vacinas ministradas exclusivamente a crianças entre 9 e 14 anos, que incluem a vacina para HPV e Meningo ACWY, mais de 397,8 mil doses foram aplicadas.
Como parte da campanha, os municípios recebem todo o apoio para oferecer as vacinas e fazer a checagem das carteiras de vacinação em escolas e outros locais de alta circulação ou em áreas rurais, além dos 5 mil pontos de vacinação já existentes no estado. A pasta de saúde estadual esclarece que cada município tem a sua própria estratégia e é responsável pela vacinação.
Vacina 100 Dúvidas
O site Vacina 100 Dúvidas, do Governo de São Paulo, reúne as 100 dúvidas mais frequentes sobre as vacinas nos buscadores da internet. Este é um espaço com informações claras para desmistificar fake news com relação à imunização, garantindo assim a proteção de toda a população.
Um estudo sobre a efetividade da vacina monovalente original contra a covid-19 comprovou uma recomendação já divulgada e defendida por especialistas em imunizações e pelo Ministério da Saúde, mas ainda não seguida por parte dos residentes no Brasil: a dose de reforço é essencial para se proteger contra a doença. A estimativa é que 84% da população no país ainda não recebeu uma dose de reforço da vacina monovalente ou bivalente contra a covid-19.
Para os pesquisadores, apesar de relevante, a proteção de duas doses de vacina monovalente original da Pfizer/BioNTech é de curta duração contra a covid-19 sintomática causada pela variante Ômicron. Conforme o estudo, a efetividade da vacina monovalente original da Pfizer/BionNTech contra infecção sintomática pela variante é de 54%. A potencial proteção das duas doses contra as variantes Ômicron BA.1 e BA.2 alcança 58% e 51%, respectivamente.
A pesquisa foi realizada na cidade de Toledo, no Paraná, entre 3 de novembro de 2021 e 20 de junho de 2022, pelo Hospital Moinhos de Vento, com apoio da farmacêutica Pfizer Brasil, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, a Inova Research e a Secretaria Municipal de Saúde. Foi analisado o comportamento da covid-19 em um cenário em que a cobertura de imunização contra a doença havia sido de 90% nas 4.574 pessoas acima de 12 anos que participaram da amostra.
O estudo destacou ainda que a maior proteção foi notada no período após o recebimento das duas doses, com queda da capacidade de proteção contra infecção sintomática com o passar do tempo. Para os pesquisadores, isso seria um indicativo da necessidade das doses de reforço, e também das formulações adaptadas para assegurar cobertura às mais recentes variantes de Ômicron em circulação.
O médico epidemiologista do Hospital Moinhos de Vento e coinvestigador principal do estudo, Maicon Falavigna, contou que a efetividade foi alta após a vacinação inicial, mas diminuiu substancialmente de três a quatro meses após a segunda dose. Na visão do pesquisador, a queda na proteção da vacina monovalente original pode ter relação com a mudança do perfil epidemiológico verificado na circulação das variantes. Além disso, pode refletir uma limitação no controle da doença à medida que novas variantes evoluem e a maioria das populações ainda não atingiu a cobertura necessária com as doses de reforço. “Contudo, isso não significa necessariamente que a vacina perdeu efeito contra formas graves da doença”, assegurou.
O médico acrescentou que uma evidência da manutenção da elevada proteção da vacina contra as formas graves de covid-19 é a baixa ocorrência de hospitalizações e mortes associadas à doença na população do estudo.
O estudo defende a importância da aplicação das doses de reforço da vacina contra o SarsCoV-2 e a manutenção da vigilância em relação ao comportamento da doença na população e da evolução do vírus. Além disso, os pesquisadores reforçam a necessidade de adoção de vacinas adaptadas com componentes da variante Ômicron.
De acordo com o pesquisador principal do estudo e médico do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, Regis Goulart Rosa, as informações coincidem com os dados de pesquisas de mundo real conduzidas em outros países, como Estados Unidos e Inglaterra. Na avaliação do médico, o Brasil precisa ter uma alta cobertura vacinal com as doses de reforço.
“Quanto mais pessoas com a imunização completa, menor será a circulação do vírus e menores serão as chances e a velocidade do surgimento de novas variantes, o que aumenta a proteção da população como um todo, principalmente das pessoas mais vulneráveis”, destacou Regis Goulart Rosa.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu, em julho deste ano, o registro definitivo da vacina bivalente baseada na plataforma tecnológica de mRNA da Pfizer/BioNTech, que contém o componente contra a variante Ômicron na sua formulação. O registro definitivo garante a aplicação deste imunizante, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), como dose de reforço para pessoas a partir de 5 anos de idade.
No entendimento dos pesquisadores, o ponto forte do estudo é ser “um dos únicos feitos de maneira prospectiva, acompanhando em torno de 3,5% da população da cidade de Toledo após uma intensa campanha de vacinação que resultou em coberturas vacinais maiores de 90%. Além disso, todos os casos identificados foram acompanhados clinicamente por pelo menos 1 ano, com objetivo de se avaliar potenciais impactos a longo prazo da covid-19 ”. Esses dados permanecem em análise.
A diretora médica para Vacinas de Covid-19 da Pfizer para Região de Mercados Emergentes, Júlia Spinardi, disse que a farmacêutica considera extremamente relevante fortalecer a pesquisa nacional e entender os efeitos da imunização contra covid-19 na população brasileira.
“Estudos que avaliam a utilização da vacina na vida real vêm sendo feitos em todo mundo e são fundamentais para o entendimento das estratégias vacinais e medidas de controle da pandemia. É muito importante colocar o Brasil nesta rota e ter dados do próprio país que apontam a necessidade das doses de reforço”, pontuou.
O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Ricardo Marcelo Fonseca, comemorou o fato de a instituição ser pioneira no estudo científico e de saúde pública realizado em parceria com a Pfizer em Toledo. “Este trabalho é único em sua abordagem, monitorando toda a população após uma campanha de vacinação bem-sucedida, também com auxílio da UFPR. Os dados levantados nesta pesquisa impulsionarão avanços significativos em estudos científicos futuros”, observou.
Vacinação
A imunização em Toledo começou em janeiro de 2021 destinada a públicos prioritários. Sete meses depois, em agosto de 2021, foi realizada uma campanha de vacinação em massa usando a vacina monovalente original da Pfizer/BioNTech, em esquema de duas doses administradas com 21 dias de intervalo. Fornecida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) à Secretaria Municipal de Saúde, essa vacina foi aplicada em todos os indivíduos acima de 12 anos não imunizados. O município foi responsável por vacinar os habitantes e fazer a manutenção do sistema de vigilância.
A secretária municipal de Saúde, Gabriela Kucharski, considerou um marco Toledo ter sido, à época, a única cidade brasileira a vacinar toda a sua população elegível contra a doença. “A parceria com as demais entidades referendou um trabalho muito organizado que tínhamos em relação à administração das doses que recebíamos. A vacinação em massa demonstrou que estávamos no caminho certo”, pontuou.
Para a pesquisa, a pasta recebeu uma remessa de 35.173 doses do imunizante para completar a aplicação da primeira dose tanto na população adulta, acima de 18 anos, como em adolescentes de 12 a 17 anos. A resposta ao imunizante foi avaliada num grupo heterogêneo de pessoas, com diferentes condições de saúde, idade e status socioeconômico.
Segundo os pesquisadores, o município de Toledo, que tem 144 mil habitantes, foi escolhido a partir de critérios como “região geográfica favorável, epidemiologia demonstrando estabilidade do número de casos e circulação de variantes, estrutura física para realizar a vacinação e capacidade do sistema de vigilância estabelecido na cidade”.
Os pacientes foram classificados pelos pesquisadores entre os que testaram positivo para a infecção (grupo casos) e os negativos (grupo controle). A média de idade dos participantes do estudo ficou em 27,7 anos. Entre eles, 53,8% eram mulheres. Nenhuma hospitalização ou morte foi registrada no período analisado.
A população acima de 12 anos de idade e na faixa entre 5 e 11 anos de idades foi acompanhada. Também foi avaliada a evolução clínica dos grupos ao longo do tempo após terem apresentado a doença. De acordo com o estudo, os dados também serão avaliados na expectativa de identificar e escrever potenciais impactos da covid-19 a longo prazo.
O resultado do estudo brasileiro foi publicado recentemente no jornal internacional Vaccine, considerado periódico de ciência da mais alta qualidade nas disciplinas relevantes para o campo da vacinologia. “Espera-se que os novos resultados sejam submetidos a periódicos internacionais especializados até o final do ano”, indicou o texto do estudo.
A Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria de Saúde, irá transferir a partir do dia 6 de novembro de 2023 o atendimento da Unidade Básica de Saúde (UBS) Drª Elisabete Izilda Duleba, situada na rua Paraíso, 101 – Chácaras Marco, para outras três unidades. A UBS, que foi interditada devido à queda de uma árvore, ganhará um novo prédio, que será construído pela Prefeitura de Barueri.
Os pacientes com consultas e exames marcados devem atentar-se a essa alteração e aos endereços das unidades que atenderão as especialidades de ginecologia, pediatria e clínico geral.
Os serviços de coleta de exames e odontologia serão realizados na UBS João de Siqueira, localizada na rua Canal da Mancha, 259 – Jardim Regina Alice.
Já as especialidades em clínica geral e ginecologia atenderão na UBS Pedro Izzo, na rua Everest, 26 – Jardim Esperança, e também na UBS Kátia Kohler (rua Maria de Fátima, 551 – Engenho Novo). O atendimento em pediatria também acontecerá somente na unidade Kátia Kohler.