Cigarro e HPV potencializam o risco de câncer de cabeça e pescoço, diz estudo de SP

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Além de constituírem fatores de risco independentes para o câncer de cabeça e pescoço, o tabagismo e o papilomavírus humano (HPV) podem provocar efeitos nas células que interagem entre si, aumentando ainda mais o risco da doença. A conclusão é de um estudo feito por cientistas das universidades de São Paulo (USP) e do Chile, cujos resultados foram publicados no International Journal of Molecular Sciences. Ao aumentar a compreensão sobre os mecanismos moleculares envolvidos nesse tipo de tumor, a descoberta abre caminho para a adoção de novas estratégias de prevenção, tratamento ou outra intervenção capaz de beneficiar os pacientes.

O câncer de cabeça e pescoço engloba tumores nas cavidades nasal e oral, faringe e laringe. Em 2020, afetou cerca de 830 mil pessoas em todo o mundo, causando a morte de mais de 50% delas. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram quase 21 mil mortes no Brasil em 2019. Embora a doença esteja historicamente ligada a consumo de álcool, fumo e má higiene bucal, o HPV surgiu nas últimas décadas como fator de risco relevante, afetando uma população mais jovem e de nível socioeconômico mais alto. Hoje, trata-se de um dos tumores associados ao HPV que mais crescem no mundo.

“Em vez de continuar analisando tabagismo e HPV como fatores oncogênicos separados, passamos a focar na possível interação entre os dois”, explica Enrique Boccardo, professor do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e coautor do estudo. “Afinal, tanto o cigarro quanto o papilomavírus humano estão associados ao aumento do estresse oxidativo e a danos no DNA relacionados ao câncer e, de acordo com estudos prévios, podem regular a enzima superóxido dismutase 2 [SOD2], que é um biomarcador de doenças iniciais associadas ao HPV e do desenvolvimento e progressão de tumores.”

Em testes in vitro, ou seja, em ambiente controlado e fechado de um laboratório e que são feitos normalmente em recipientes de vidro, os cientistas brasileiros e chilenos analisaram células orais que expressavam as oncoproteínas HPV16 E6/E7 (a expressão foi induzida em laboratório para mimetizar a condição de células infectadas pelo papilomavírus) e foram expostas a um condensado da fumaça do cigarro. Foi observado nessa condição um aumento considerável dos níveis de SOD2 e de danos ao DNA, reforçando o potencial nocivo da interação entre HPV e fumaça de cigarro em relação à condição-controle. Ou seja, as células-controle (não expostas a oncoproteínas ou fumo) expressam menos SOD2 que células que expressam E6/E7 ou que células tratadas com fumaça de cigarro, enquanto células que expressam E6/E7 e foram tratadas com fumaça de cigarro expressam níveis maiores de SOD2 do que qualquer outro grupo analisado. Isso indica a “interação” entre a presença de genes de HPV e a fumaça de cigarro.

Uma segunda etapa do trabalho, apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio de dois projetos, envolveu a análise de dados genômicos de 613 amostras que integram o repositório público The Cancer Genome Atlas (TCGA). Na plataforma, são catalogadas as mutações genéticas responsáveis pelo câncer a partir de sequenciamento de genoma e bioinformática. O grupo focou na análise de transcrições de SOD2 para confirmar os achados.

Ponto de partida

“Apesar de serem realizados em um ambiente artificial, estudos in vitro são um ponto de partida para compreender o que acontece em modelos mais complexos e, no futuro, talvez nos permitam intervir de forma objetiva e trazer algum benefício”, afirma Boccardo. “Atualmente, por exemplo, a vacinação contra o HPV só está disponível no SUS [Sistema Único de Saúde] para crianças entre 9 e 14 anos, porque estudos apontaram maior eficácia na prevenção de patologias genitais, mas acredito que seja possível considerar a extensão para um grupo maior de indivíduos a fim de evitar doenças em outras regiões anatômicas.”

O pesquisador destaca ainda que este trabalho realiza a translação dos resultados obtidos em laboratório para a análise clínica ao superar o calcanhar de Aquiles da pesquisa básica, que é o acesso a amostras humanas. Isso se dá graças à evolução da tecnologia, que levou à criação de bases de dados de amostras humanas, como a utilizada na pesquisa. Esses bancos incluem estudos de análise de expressão de RNA e proteínas e permitem o acesso a informações de longos períodos de tempo.

“O próximo passo seria aumentar a complexidade do modelo utilizado, analisando a questão funcional em um contexto de expressão normal das proteínas virais, ou seja, em que o promotor do HPV regule de fato a expressão da E6/E7 [no caso do estudo a expressão das proteínas foi induzida em laboratório e não pela infecção]”, acredita Boccardo. “Não podemos esquecer, por exemplo, que existem eventos como o processo inflamatório, que não conseguimos visualizar in vitro, mas que sabemos que, na prática, pode ter um papel muito importante no desfecho da doença.”

Leia também: Zambelli recebe alta médica após ser internada com diverticulite aguda


Fonte: Governo de SP

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Comissão de Saúde dá aval a projeto que prevê fornecimento de protetor solar para quem trata câncer de pele

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A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo se reuniu, na manhã desta terça-feira (22), para deliberar uma pauta com 15 itens. Os parlamentares deram aval a seis projetos de lei. Um dos destaques foi o PL 1.155/2019, de autoria do ex-deputado Coronel Nishikawa, que trata da obrigatoriedade do fornecimento de protetor solar para quem faz ou concluiu o tratamento de câncer de pele no Estado.

Também houve a deliberação do ofício recebido pela Secretaria Estadual de Saúde. A deputada Beth Sahão (PT) e o deputado Alex de Madureira (PL) foram indicados como representantes para compor a Comissão de Avaliação da Execução dos Contratos de Gestão das Organizações Sociais de Saúde (OSS).

Datas e Ações

Na mesma reunião, o Colegiado deu aval a três propostas que versam sobre datas, semanas e ações especiais voltadas à conscientização da saúde humana e animal.

De autoria da deputada Edna Macedo, o PL 198/2022 institui o Dia Estadual de Conscientização da Apraxia de Fala na Infância. “O objetivo dessa proposta é conscientizar a população sobre uma doença que afeta uma das regiões do cérebro que é responsável por articular a fala da criança”, explicou a parlamentar, que foi parabenizada pela propositura.

Já o PL 454/2022, da deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), institui a campanha do “Julho Dourado”, cuja finalidade é realizar ações de saúde animal e prevenção de zoonoses durante o mês.

Por fim, com voto conclusivo, o PL 649/2021, de autoria do deputado Afonso Lobato, instituiu a “Semana Estadual Gugu Liberato de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos”.

Projetos e Programas

A Comissão de Saúde deu aval a duas propostas sobre projetos e programas a serem implementados em território estadual.

A primeira foi o PL 233/2022, que obteve voto favorável na forma do substitutivo. De autoria da deputada Maria Lúcia Amary, a proposta institui a Política Estadual de Atenção Integral à Pessoa com Encefalomielite Miálgica, também conhecida como Síndrome da Fadiga Crônica e comorbidades associadas.

Já a segunda, foi o PL 239/2022, da ex-deputada Isa Penna, que cria o Programa Amamentação sem Dor.

Requerimentos

Os deputados e deputadas aprovaram seis requerimentos, sendo que o requerimento 1.587/2023, de autoria do deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT), transformou a convocação de Karina Fátima Silveira, diretora do Hospital Geral de São Paulo Dr. Manoel Bifulco, em convite.

Pedido de Vista

O PL 301/2022, da ex-deputada Patrícia Gama, obteve pedido de vista do deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT). A proposta busca implementar o serviço de saúde por meio do teleatendimento e apoio intersetorial para crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Já o Requerimento 1025/2023, de autoria do deputado Carlos Giannazi (PT), obteve pedido de vista de Alex Madureira (PL). O item busca convocar Gileno Gurjão Barreto, diretor-presidente da Prodesp, e Eduardo Aggio de Sá, diretor-presidente do Detran-SP, para que esclareçam as denúncias de erros e problemas no sistema de distribuição dos exames periciais para entidades e profissionais cadastrados nas áreas médica e de psicologia.

Leia também: Notificações de zika vírus aumentam no país em relação a 2022


Fonte: Alesp

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Notificações de zika vírus aumentam no país em relação a 2022

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O número de casos de zika vírus no país subiu 20% de janeiro até o dia 8 de julho de 2023. As notificações passaram de 5.910 para 7.093, na comparação com mesmo período de 2022. A Região Sudeste teve o maior aumento de casos, com percentual de 11,7%.

O Ministério da Saúde informou “que os dados são preliminares e sujeitos a alterações e que a vigilância das arboviroses – o que inclui as infecções causadas pelo vírus zika – é de notificação compulsória, ou seja, todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser obrigatoriamente notificado aos serviços de saúde”.

No mês de abril, em meio ao aumento de casos de dengue, zika e chikungunya no Brasil, as arboviroses, o governo federal lançou uma campanha nacional de combate às doenças, transmitidas por um mesmo vetor, a picada do mosquito Aedes aegypti

Na ocasião, o Ministério da Saúde acionou o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE) e foram realizadas ações de apoio nos 11 estados com maior número de casos e mortes por dengue e chikungunya. Outra ação foi investimento de R$ 84,3 milhões em compra de inseticida, larvicida, distribuição de kits de diagnóstico e capacitação de profissionais de saúde. 

Em junho, o COE foi desativado após ter sido constatada queda no risco de transmissão das arboviroses em todos os estados. O número de casos notificados de zika vírus caiu 87% entre abril e julho. “Essa queda se deve às ações empenhadas no controle do vetor, às ações promovidas pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde, além de mudanças climáticas que implicam na circulação viral da dengue e chikungunya. Diante disso, considerando o cenário atual, a partir da Semana Epidemiológica (SE) 19, o COE Arboviroses foi desativado. Ainda assim, o Ministério da Saúde vai continuar monitorando o comportamento das arboviroses no Brasil ao longo de todo o ano”, informou a pasta na ocasião. 

Sintomas 

Os sintomas mais comuns da zika são: dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos.

Prevenção 

A principal forma de evitar a doença é eliminar os criadouros do mosquito, ou seja, evitar acúmulo de água parada em vasilhas, vasos de plantas e pneus velhos; instalar telas em janelas e portas; usar roupas compridas (calças e blusas) ou aplicar repelente nas áreas do corpo expostas e dar preferência a locais com telas de proteção e mosquiteiros.

Leia também: Olimpíadas Especiais Brasil reúne mil crianças em Jundiaí para evento esportivo inclusivo


Fonte: Agência Brasil

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Comissão de implantação do Novo Hospital Municipal de Santana de Parnaíba realiza vistoria nas obras do prédio  

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Na quarta-feira (16/08), os membros da comissão de implantação do Novo Hospital Municipal de Santana de Parnaíba participaram de uma visita de vistoria às obras da unidade hospitalar, localizada na região central da cidade, próximo ao Estádio Municipal e à ponte, que liga os diferentes pontos da cidade. 

No encontro, além dos secretários de saúde, finanças, comunicação, assistência social, obras, administração, tecnologia da informação, casa civil, governo, compras e licitações, pastas envolvidas diretamente na implantação do novo equipamento público, estiveram ainda os secretários de outras pastas e membros do poder legislativo municipal. 

Acompanhados do prefeito, da vice-prefeita e do mentor para a implantação do hospital, Elvis Cezar, a comitiva conheceu de perto as instalações da obra de quase 15 mil m², definiu detalhes, estipulou metas e os próximos passos na busca de realizar um dos maiores sonhos dos moradores parnaibanos com a implantação do hospital. 

Localizado em ponto estratégico, o Novo Hospital está na fase de acabamentos internos e estruturação. A unidade será de média complexidade, contará com 200 leitos, UTI pediátrica e adulta, cinco centros cirúrgicos, aparelhos de raio-x e tomografia, abrigará o novo Pronto Socorro Infantil e também será a sede da maternidade. 

As obras do novo hospital estão sendo custeadas com recursos 100% municipais. Cabe ressaltar, que os valores para a construção da unidade hospitalar estão reservados desde o início da sua construção no final de 2020.

Leia também: Itapevi capacita 400 profissionais da Educação para atendimento de Primeiros-Socorros nas Escolas Municipais


Fonte: SECOM – Santana de Parnaíba

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Secretaria da Saúde de SP registra aumento de 20% nos casos de AVC

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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou, de janeiro a junho deste ano, um aumento de 20,2% no número de casos por Acidente Vascular Cerebral (AVC) em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, foram 219,4 mil atendimentos ambulatoriais e internações, enquanto em 2022 foram 182,4 mil.

As doenças vasculares podem se agravar pelas baixas temperaturas do inverno. Por isso, durante a campanha Agosto Azul e Vermelho, é importante se informar sobre os tratamentos, a prevenção e os cuidados com estas doenças.

Segundo o Dr. Vinícius Bertoldi, especialista em cirurgia vascular e endovascular do Hospital Geral de Itapecerica da Serra, “as doenças mais afetadas pelo tempo frio são as insuficiências arteriais, ou seja, doenças que de alguma maneira levam a obstrução do fluxo de sangue para os membros inferiores, como a doença arterial aterosclerótica”.

Outra doença agravada pelo mesmo processo é o infarto agudo do miocárdio. Comumente chamado de ataque cardíaco, ele é geralmente causado pela formação de um coágulo sobre uma área previamente comprometida por aterosclerose. Os meses de maio a agosto concentram um grande número de óbitos causados pela doença e, em 2022, representaram 36% das mais de 26 mil mortes registradas no estado. Até junho deste ano, houve mais de 12 mil óbitos por infarto, uma queda de 5% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

As doenças vasculares são aquelas que afetam os vasos sanguíneos do corpo, ou seja, as veias e artérias por onde o sangue é transportado. As temperaturas mais baixas no inverno causam a vasoconstrição ou o estreitamento desses vasos, que diminui a passagem do sangue. Esse mecanismo, que normalmente auxilia a manutenção da temperatura do corpo, pode desencadear uma piora em pessoas que já possuem a saúde vascular comprometida, agravando a dor, o risco de gangrena e até de amputação.

Pacientes com, por exemplo, doença arterial obstrutiva periférica, causada pelo acúmulo de gordura nas artérias, podem desenvolver dores nas extremidades decorrentes do fluxo sanguíneo reduzido e agravado pela contração dos vasos. A condição pode evoluir, com o aparecimento de manchas ou lesões nas pontas dos dedos do pé ou no dorso do pé e até gangrena e necrose nos casos mais graves.

O doutor Bertoldi destaca, também, outra alteração causada pelo frio, que é a síndrome (ou fenômeno) de Raynaud, “causada por vasoespasmos excessivos das pequenas artérias das mãos e pés, desencadeados por, além do frio, situações de estresse e pelo hábito do tabagismo. Nestes casos, pacientes apresentam quadro de palidez, cianose e vermelhidão dos dedos”. Outras doenças vasculares entre as que são afetadas pela variação de temperatura estão a Trombose Venosa Profunda, Pé Diabético e aneurismas.

Cuidados

A recomendação aos pacientes com doenças vasculares é se proteger da exposição ao frio, evitando a água fria, parar de fumar ou de fazer uso de produtos do tabaco, e proteger as extremidades com roupas, cobertas ou cobertores, evitando se aquecer diretamente em fontes de calor, como o fogo, o que poderia levar a queimaduras e ao agravamento das suas condições.

Em casos de frio extremo ou exposição contínua, com a mudança de cor da pele para tons de roxo ou azul, perda de sensibilidade ou formigamento de pés e nas mãos, é recomendado agendar uma consulta com um médico especialista, ou assistência médica imediata, dependendo da gravidade do caso.

Leia também: Prefeitura de SP abre 150 vagas em concurso público, com salários entre R$ 2.800 e R$ 8.500


Fonte: Governo de SP

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Por que pode ser mais difícil engravidar do segundo filho?

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Suponha que você teve um filho entre 28-30 anos e planejou esperar um pouco para a criança crescer, a família ter mais estabilidade financeira e poder ser ampliada posteriormente. Esse é o retrato de muitos casais que decidem buscar a segunda gestação, mas esbarram na infertilidade secundária, que é quando a mulher já engravidou, porém não consegue que isso aconteça outra vez, mesmo mantendo atividade sexual regular sem a utilização de método contraceptivo.

A dúvida frequente de quem busca o aconselhamento médico é qual a razão dessa dificuldade, já que o casal obteve uma gestação anteriormente, às vezes, inclusive, com bastante facilidade. De acordo com a ginecologista e obstetra, especialista em Reprodução Humana e integrante da Famivita, Dra. Mariana Grecco, pode ter havido, por exemplo, mudanças na rotina que afetaram a capacidade reprodutiva. Para se ter uma ideia do impacto de alguns hábitos, um acréscimo no número de cigarros fumados por dia, estresse e insônia, bem como o aumento de peso, nesse intervalo de tempo, estariam entre estes fatores.

“Contudo, é a idade o principal fator a se ter em mente, posto que a segunda gravidez é tentada, por exemplo, entre 5 a 6 anos após a primeira e, pertinente a isso, cabe frisar, a fertilidade feminina diminui gradualmente depois dos 35 anos. Tanto que, após esse período, com ou sem filho anterior, a expectativa é que, de fato, seja um pouco mais complicado conseguir a gestação”, pontuou a médica. Por outro lado, a qualidade dos gametas masculinos também é alvo de declínio com o passar dos anos, piorando esse quadro, conforme acrescentou.

Vale esclarecer que a infertilidade primária é definida como a ausência de gravidez ao fim de um ano tentando a gestação, numa mulher que nunca tenha engravidado. Todavia, seja primária ou secundária, os motivos são variados. “Tal condição, inclusive, pode ser idiopática, ou seja, sem causa aparente, se vários testes foram efetuados, mas não convergiram para uma conclusão relacionada a um diagnóstico”, afirmou a especialista.

De forma geral, a infertilidade secundária pode estar atrelada a alterações no sistema reprodutor do homem, da mulher ou do casal em si. “Por isso, a importância da anamnese e dos exames em conjunto, para que se entenda a história de cada um e o que pode estar influenciando nesse problema”, assinalou.

Nesse sentido, alguns testes são essenciais, como elencou a Dra. Mariana. Um deles diz respeito ao espermograma, sendo interessante ele ser feito antes da mulher passar por procedimentos considerados mais desconfortáveis e invasivos, porque aí já se tem uma informação fundamental. Outro exame de alta utilidade é o raio X das tubas uterinas, chamado “histerossalpingografia”, já que aponta a permeabilidade tubária, ou seja, se as trompas estão livres e permeáveis.

“Ultrassom transvaginal e exames de dosagem hormonal, são igualmente imprescindíveis, à medida que o primeiro pode, por exemplo, excluir a possibilidade de alguma alteração uterina, como os miomas, e os segundos clarificam condições como a Síndrome de Ovários Policísticos”, disse. Ferramenta também fundamental para investigar esse contexto é uma espécie de endoscopia do útero – a chamada “histeroscopia” – sugerida quando se detecta alguma anormalidade no ultrassom.

Capítulo à parte: Endometriose

Um capítulo que não pode ser esquecido nesse processo é a avaliação acerca da endometriose – uma modificação no funcionamento normal do organismo em que as células do tecido que reveste o útero (endométrio), em vez de serem expulsas durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto, caindo nos ovários ou na cavidade abdominal.

Entre as características da doença, figuram cólicas menstruais fortes e piora com o passar dos anos, apresentando dor na profundidade vaginal durante o ato sexual. “Ela pode atrapalhar a gestação de vários modos, mas especialmente devido às inflamações que costuma provocar na área, dificultando a implantação do embrião”, ressaltou a Dra. Mariana.

Nesse caso, o mais adequado é a laparoscopia, um procedimento cirúrgico, feito por meio de anestesia, com o objetivo de olhar dentro do abdome e, sendo necessário, realizar a operação de focos da doença.

Próximos passos

Dependendo do panorama fornecido pelos exames, serão definidos os próximos passos. “As formas de tratamento podem ser de baixa ou alta complexidade, indo desde o coito programado, quando se realiza o acompanhamento do ciclo menstrual da mulher para identificar em qual fase existe uma maior chance de gravidez e é feita a estimulação ovariana, até a inseminação artificial e a fertilização in vitro”, explanou a médica.

A Dra. Mariana Grecco, sublinhou, além disso, o quanto a infertilidade secundária é um diagnóstico de difícil aceitação, pois esse cenário em que se busca a gravidez é perpassado por toda uma ansiedade e cobrança. “Por isso, tudo que venha agregar ao tratamento deve ser adicionado, se possível. Avaliação psicológica e nutricional, assim como técnicas diversas, a exemplo da acupuntura, que é conhecida por diminuir os hormônios do estresse nesse período, são indicadas para integrar esse apoio multiprofissional”, endossou.

Leia também: Governo Rubens Furlan tem 64% de aprovação e 63% de Ótimo e Bom, diz enquete


Fonte: Famivita

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Aumento do número de brasileiros que se declaram veganos ou vegetarianos movimenta mercado bilionário

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Segundo informações do Ministério da Fazenda, em dez anos (2012 e 2022) o número de empresas abertas com o termo “vegano” no nome cresceu mais de 500%. O dado é um reflexo direto do crescimento exponencial ocorrido nos últimos anos do número de brasileiros que se declaram vegetarianos ou veganos. O levantamento mais recente sobre a população vegetariana no País é do Ibope que apontou, em 2018, que 14% dos brasileiros disseram ser vegetarianos. O mesmo levantamento revela que na comparação com 2012, essa população teria crescido 75%. Sobre o veganismo, não há ainda uma pesquisa que mostre com precisão o número dessa população no Brasil, mas uma estimativa da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) indica para 7 milhões de brasileiros de adeptos.

E na esteira dessa mudança de comportamento dos consumidores, que buscam cada vez mais itens que sigam processos produtivos sustentáveis, deve-se movimentar um mercado de USD$ 36,3 bilhões até 2030. E se engana quem acha que os negócios voltados para os públicos vegano e vegetariano se restringem à alimentação. A Orgânica, pioneira no Brasil na produção de cosméticos 100% vegetais, abre sua primeira loja em Goiânia e no Estado. A unidade foi inaugurada neste mês no Órion Shopping, no Setor Marista. “Nosso produtos são todos 100% veganos, com matérias-primas de ótima qualidade, todas as nossas fragrâncias são naturais. Chegamos para representar esse segmento não apenas em Goiânia, mas em todo o estado”, destaca a empresária Eliza Rocha Lima Rodrigues de Macedo, sócia da franquia na capital junto com o marido, Carlos de Macedo Pereira Neto.

Os cosméticos da Orgânica, como são qualificados como veganos, não há em suas composições a presença de nenhum insumo de origem animal. Além disso, para serem reconhecidos como veganos, os produtos não são testados em animais. A base desses cosméticos é 100% vegetal, eles possuem PH equilibrado, são livres de parabenos, possuem óleos essenciais em sua composição e são considerados cosméticos conscientes. 

Mercado Novo

Segundo levantamento do portal especializado em produtos naturais, o Use Orgânico, 64% dos participantes da pesquisa acreditam que cosméticos naturais são melhores que os convencionais. De olho nessa tendência, Eliza explica o porquê de abrir uma franquia da Orgânica em Goiânia. “Aqui é um mercado novo onde ainda são poucas as opções para esse segmento, apesar de ser esse movimento uma tendência mundial. As pessoas estão se conscientizando cada vez mais, entendendo que os cosméticos também devem ser aliados na saúde e quanto menos química, quanto menos algumas substâncias tóxicas em nosso organismo, melhor”, esclarece a empresária. 

A análise de Eliza vai ao encontro do que diz o estudo da Kantar Worldpanel, o qual mostra que os brasileiros são os mais engajados e conscientes em relação aos cosméticos: 57,7% deles garantem ter a proteção à natureza como principal motivação. Hoje mais de 600 plantas são usadas pela indústria brasileira de cosméticos, e mais de mil estão sendo pesquisadas. 

Eliza explica que a opção por escolher o Órion Shopping, que integram o complexo de negócios e serviços de saúde Órion Complex, é uma estratégia de buscar e estar mais perto de um público que está de fato mais preocupado e alinhado à questão da saúde e do bem-estar. “A escolha do Órion veio ao encontro disso. É um espaço voltado para a saúde, frequentado por um público que tem um conhecimento, que se importa com saúde, com bem-estar, com qualidade de vida, além de estar extremamente bem localizado”, salienta.

Leia também: Secretário da Saúde denúncia casos de extorsão no Centro de Diagnósticos de Barueri


Fonte: Eliza Macedo

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Barueri: Farmacêuticos da rede se reúnem para discutir reestruturação nas farmácias das UBSs

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No dia 11 de agosto a Prefeitura de Barueri, por meio da Coordenadoria Técnica de Suprimentos Farmacêuticos, promoveu uma reunião com farmacêuticos da rede para abordar o “Diagnóstico Situacional das Farmácias das Unidades Básicas de Saúde (UBSs)”.

O encontro realizado no auditório do Centro de Especialidades Luiz Maria Barletta contou com apresentações ministradas por profissionais da rede, o farmacêutico, Robson Lázaro, e o responsável pela logística de distribuição e materiais, Ubirajara de Souza Meneses. Na ocasião, foi abordada a importância das ações de melhorias contínuas.

“Discutimos sobre o levantamento das necessidades das unidades, a implantação de indicadores, o gerenciamento de risco, o plano de ação e a cronoanálise que estabelece a variação do processo e determina a capacidade produtiva. E detalhes que tivemos o cuidado de checar como, por exemplo, as farmácias e os almoxarifados precisam estar no mesmo andar para facilitar o acesso e agilizar o bom funcionamento do trabalho diário”, explicou Robson Lázaro.

Além dos palestrantes, houve a presença da coordenadora técnica de suprimentos farmacêuticos, Talita de Lisboa Salaviaw. “Estamos promovendo uma série de melhorias e consideramos fundamental a padronização dos atendimentos. Já implantamos um sistema que informa onde e quando o paciente pegou um determinado medicamento, indicando o prazo de 30 dias para a próxima retirada; vamos mudar o alto custo, que são os medicamentos fornecidos pelo governo do Estado de São Paulo, pois estão na Farmácia Central e não queremos misturar, e ampliaremos o horário de funcionamento”, relatou Talita.

Entre os presentes estavam os farmacêuticos que representaram as 19 Unidades Básicas de Saúde, os prontos-socorros, o Hospital de Retaguarda do Jardim Paulista, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e a Farmácia Central (24h).

“É importante a gente conhecer o diagnóstico da rede, o que acontece fora da UBS onde atuamos para termos uma ideia mais ampla sobre o andamento da Saúde de Barueri. Dessa forma, podemos cada vez mais melhorar o nosso trabalho”, relatou a farmacêutica Jackeline Fernanda dos Santos, da UBS Edini Cavalcante Consoli, do Jardim Tupan, ao final do encontro.

Leia também: Hidrogênio verde: entenda a tecnologia e as vantagens do novo projeto do Governo de SP


Fonte: SECOM-Barueri

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Saúde estadual de SP registra alta de 14% na demanda por exame de vitamina D

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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou um aumento na realização de exames para avaliar os níveis de vitamina D em ambulatórios. Durante o primeiro semestre de 2023, foram realizados aproximadamente 1,7 milhão de testes, refletindo um aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2022, que contabilizou cerca de 1,5 milhão de exames.

O levantamento realizado pela Secretaria da Saúde mostrou, ainda, que a quantidade de testes feitos nos primeiros seis meses deste ano ultrapassou o número total registrado ao longo de todo o ano de 2019, que foi de cerca de 1,6 milhão. Para a Coordenadora de Dermatologia dos Ambulatórios Médico de Especialidades (AMEs) Barradas e Bourroul, Bhertha Tamura, dois fatores justificam o crescimento: “Há maior procura porque as pessoas ficaram confinadas em seus lares durante o período de isolamento da pandemia de coronavírus, mas também porque a população está mais informada”.

A vitamina D é fundamental para o funcionamento saudável do organismo, já que auxilia na absorção de cálcio e fósforo, fundamentais para a saúde dos ossos e dentes. Além disso, bons níveis da vitamina são importantes para os sistemas imunológico, neuromuscular e cardiovascular.

Para manter os níveis adequados, sugere-se uma dieta rica em alimentos como peixes, fígado e gema de ovo, além de exposição solar no período da manhã, até às 10 horas, ou após às 4 horas da tarde.

Os principais sinais de carência da vitamina D são fraqueza muscular, deficiência na imunidade, cansaço, dor nos ossos e articulações, além de dificuldades de concentração. Em situações mais críticas, níveis baixos podem resultar em osteoporose e raquitismo.

“A reposição pode ser feita pela alimentação equilibrada e cerca de 10 minutos de exposição solar diária. Em casos graves de déficit, a vitamina pode ser reposta por cápsulas, desde que sob orientação médica, já que, em excesso, também prejudica o organismo”, finaliza a dermatologista.

Leia também: Furlan Filho deve assumir coordenação da pré-candidatura de Beto Piteri


Fonte: Governo de SP

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Secretário da Saúde denúncia casos de extorsão no Centro de Diagnósticos de Barueri

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Nesta terça-feira (15) o secretário da Saúde de Barueri, Milton Monti, concedeu uma coletiva de imprensa para divulgar casos de extorsão e estelionato ocorridos no Centro de Diagnóstico do município.

Na entrevista concedida, Milton Monti disse que foi identificado casos envolvendo extorsão e estelionato de possíveis funcionários públicos, um vereador de uma cidade vizinha e pacientes dentro do Centro de Diagnóstico. Na parte em que tivemos acesso da coletiva, o secretário descreve que exames que são realizados de forma gratuita, estavam sendo cobrados e deste modo foi identificado o pagamento dos exames através de um comprovante de “pix” para uma das pessoas envolvidas.

Milton, afirmou que o caso é uma questão inaceitável, é por isso que colocou a questão a público, “neste primeiro momento nós tomamos o cuidado de tapar [esconder] os nomes dos funcionários e da pessoa envolvida, porque isso vai contribuir para a investigação”, declarou o secretário da Saúde.

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Foto: Arquivo/SECOM-Barueri

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