Governo lança campanha para retomar índices altos de vacinação

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O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (27) o Movimento Nacional pela Vacinação, uma campanha que tem como principal objetivo retomar índices altos de coberturas vacinais no Brasil, que estão em declínio há seis anos.

O lançamento da mobilização ocorreu durante evento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no Guará, região administrativa do Distrito Federal, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade. A solenidade também contou com a participação do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, da primeira-dama Janja da Silva e da governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP).

Brasília (DF) 27/02/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam o Movimento Nacional pela Vacinação. Na ocasião o presidente foi vacinado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin
Presidente Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam Movimento Nacional pela Vacinação, no Guará, em Brasília. Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Desde 2016, a cobertura vacinal de diferentes imunizantes está bem abaixo de 95%, que é o índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados do próprio Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população ficou em 66,06% no ano passado.

Em 2021, ano que registrou maior mortalidade pela pandemia de covid-19, esse indicador não passou de 61%. Em anos anteriores, ficou abaixo de 80%. A última vez que o país registrou índice satisfatório de vacinação foi em 2015, quando cerca de 95% do público-alvo foi vacinado.

“A gente tem que ter consciência de que o Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Era o [país] mais respeitado do mundo pela capacidade das nossas enfermeiras e enfermeiros da injeção”, destacou Lula durante discurso de lançamento da campanha. O presidente fez um apelo para que a população atualize o calendário de vacinação.  

“É importante a gente garantir que as pessoas tomem a vacina para evitar desgraças maiores na vida da gente. Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade”, afirmou Lula, que ainda repudiou o negacionismo contra a eficácia dos imunizantes: “que a gente não acredite no negacionismo, nem bobagens que se fala contra a vacina”. A campanha será reforçada com inserções publicitárias nos meios de comunicação para estimular as pessoas a irem aos postos.

Quinta dose

Brasília (DF) 27/02/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançam o Movimento Nacional pela Vacinação. Na ocasião o presidente foi vacinado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin
Presidente Lula recebeu a quinta dose da vacina contra a covid-19 do vice-presidente, Geraldo Alckmin – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Lula aproveitou a ocasião para tomar a quinta dose de vacina contra a covid-19 e chegou a exibir o seu cartão de imunização atualizado. Ele recebeu a injeção do vice-presidente Geraldo Alckmin, que é médico.  

“Eu tenho 77 anos e tomei minha quinta vacina. E se tiver a sexta, vou tomar a sexta. Se tiver a sétima, vou tomar a sétima. Eu tomo vacina porque eu gosto da vida, porque a vida é um dom maior que Deus nos deu”.

“Eu não posso compreender uma mãe que se recusa a levar o filho para tomar uma vacina contra uma paralisia infantil”, acrescentou o presidente.

Campanha

Na primeira etapa, segundo o Ministério da Saúde, a vacinação terá reforço de doses bivalente contra a covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença. Estão incluídos neste público-alvo os idosos acima dos 70 anos, pessoas com imunossupressão, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, totalizando cerca de 18 milhões de habitantes em todo o país. Segundo a pasta, cerca de 19 milhões de doses já foram distribuídas para os estados e o Distrito Federal. Mais adiante, a quinta dose deve ser oferecida a população entre 60 e 69 anos.

Para tomar a vacina bivalente contra a covid-19, que previne contra as variantes mais perigosas do vírus, é necessário ter completado o ciclo vacinal de quatro doses, respeitando um intervalo de quatro meses desde a última recebida.

Em março, o governo pretende expandir a dose bivalente para toda a população acima de 12 anos de idade. Já em abril, começa a campanha de vacinação contra a Influenza e, a partir de maio, o chamamento para atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no calendário nacional de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).

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Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag. Brasil

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Covid-19: Departamento dos EUA avalia que pandemia surgiu de vazamento em laboratório

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Departamento de Energia dos Estados Unidos agora avalia que a pandemia do novo coronavírus teve início a partir de um vazamento acidental em um laboratório de Wuhan, na China.

A conclusão consta em um relatório de inteligência confidencial, fornecido recentemente à Casa Branca e aos principais membros do Congresso.

Até então, o departamento manifestava dúvidas sobre a origem do vírus. A nova posição aparece em uma atualização de um documento de 2021, do escritório de Avril Haines, diretora de Inteligência Nacional.

A avaliação se junta à resolução defendida pelo Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês), já que ambos acreditam que a Covid-19 provavelmente se espalhou por um acidente em um laboratório chinês.

No entanto, quatro agências, juntamente com um painel nacional de inteligência, ainda julgam que a situação se deu como resultado de uma transmissão natural. Outras duas seguem indecisas. Apenas no Brasil, mais de 37 milhões de infecções foram confirmadas e quase 700 mil óbitos.

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Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Unsplash

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Barueri: Pronto-Socorro Central (Sameb) e Infantil realizaram 143.939 mil atendimentos no 3º Quadrimestre de 2022

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Na manhã de sexta-feira (24), a Câmara de Barueri sediou a audiência pública da Secretaria Municipal de Saúde de Barueri, referente ao 3º Quadrimestre de 2022.

Na ocasião, a coordenadora de Planejamento de Serviços de Saúde, Adriana Poladian, apresentou dados de despesas, números de atendimentos e procedimentos médicos realizados em cada unidade de saúde, ações e campanhas vacinais, doenças notificadas, agendamentos de consultas, origens dos pacientes, entre outros.

Nessa prestação de contas foram citados os 42 equipamentos do setor, sendo que 18 são Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas pela cidade, além do total de despesas pagas, que chegou a R$ 408.785.185,00, e a liquidada, no valor de R$ 405.427.319,57, envolvendo a administração-geral, a assistência hospitalar e ambulatorial, a Atenção Básica à Saúde, o suporte profilático e terapêutico e as Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica.

Números
Também foram divulgadas as 73.113 doses de vacinas aplicadas no município. Na campanha contra a Covid-19, o número de vacinados chegou a 40.533 e na campanha nacional contra a poliomielite, de 8 de agosto a 30 de novembro de 2022, foram 17.010 pessoas vacinadas – a meta era atingir 17.814. Também foram realizadas 17.852 atividades da Vigilância Sanitária, Zoonoses e combate à dengue na cidade e 584 emissões de certificado internacional de vacinação de febre amarela.

Com relação aos agendamentos de consultas que não incluem retorno chegaram a 86.139, sendo 47.373 nas Especialidades e UBSs, 20.226 na Policlínica do Engenho Novo, 16.168 no Hospital Municipal Dr. Francisco Moran (HMB), 1.766 no Centro de Saúde Funcional e 606 no Centro de Diagnósticos. Já nos exames agendados, a marca foi de 180.574.

As internações chegaram a 21.802 no Hospital Municipal, 9.426 no Pronto-Socorro Central / Maternidade, 2.690 no Pronto-Socorro Infantil e 898 no Hospital de Retaguarda do Jardim Paulista.

No Pronto-Socorro Central e no Infantil foram realizados 143.939 atendimentos: 62.035 no clínico geral, 34.840 na pediatria, 20.589 na ortopedia, 11.220 na ginecologia e obstetrícia, 6.477 no serviço social, 3.898 na fisioterapia, 2.777 na ortopedia do ambulatório, 1.011 na psiquiatria, 777 na emergência e 315 na enfermagem.

Já os procedimentos realizados na Maternidade Municipal há registros de 1.272, sendo 654 partos normais, 375 cesáreas, 134 curetagens, 58 laqueaduras, 31 internações, 16 laparotomias e quatro partos fórceps.

No Centro de Saúde Funcional (CSF) foram 11.514 procedimentos realizados, divididos em 8.032 em fisioterapia ortopédica individual e em grupo, 1.243 na triagem, 464 na fisioterapia ocupacional individual, 689 na terapia ocupacional, 642 na acupuntura, 266 na fonoaudiologia, 129 na fisiatria e 49 na fisioterapia neurológica.

No Centro Especializado em Reabilitação (CER) há registro de 6.148 atendimentos, sendo 1.889 de fonoaudiologia, 1.609 de fisioterapia, 1.025 de terapia ocupacional, 891 de psicologia, 261 de acolhimento, 171 de fisiatria, 161 de enfermagem, 96 de serviço social e 35 de nutrição.

Nos atendimentos de urgência e emergência nas especialidades médicas, de clínica médica, emergência, pediatria, ortopedia e ginecologia e obstetrícia, o PS do Parque dos Camargos registrou 72.222 atendimentos; o PS do Parque Imperial, 62.135; e o PS do Engenho Novo, 46.187.

No Hospital Municipal também há registro de 122.508 procedimentos em diversas modalidades. Destaques para os 84.505 atendimentos ambulatoriais, 12.637 de hemodiálises, 5.313 saídas hospitalares, 6.343 de atendimentos de urgência, 1.008 de atendimento em medicina fetal, 972 de quimioterapia e 437 do Programa de Internação Domiciliar (PID).

No item referente à origem dos pacientes que passaram pelo Hospital Municipal no período, 55.837 são de Barueri, 1.711 de Carapicuíba, 1.664 de Osasco, 808 de Jandira, 701 de Itapevi, 191 de Santana de Parnaíba, 13 de Pirapora do Bom Jesus e 1.637 de outros municípios.

Nos prontos-socorros, as três primeiras cidades que mais tiveram registros de pacientes são:

  • PS Central: 60.896 de Barueri, 20.022 de Carapicuíba e 5.011 de Itapevi;
  • PS do Parque dos Camargos: 59.984 de Barueri, 8.246 de Jandira e 1.725 de Itapevi;
  • PS do Engenho Novo: 44.523 de Barueri, 1.913 de Santana de Parnaíba e 722 de Carapicuíba;
  • PS do Parque Imperial: 32.363 de Osasco, 29.411 de Barueri e 850 de Carapicuíba;
  • PS Infantil: 19.846 de Barueri, 9.740 de Carapicuíba e 2.117 de Itapevi.  

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Fonte: SECOM-Barueri

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Brasil começa a aplicar vacina bivalente contra Covid-19 nesta segunda-feira (27)

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O Brasil irá imunizar a população com uma vacina bivalente pela primeira vez desde o início da vacinação contra a Covid-19, que começou em janeiro de 2021. A imunização começará na próxima segunda-feira (27) em todo o país.

A vacina bivalente, que imuniza contra mais de uma variante do vírus, protege mais porque também ataca as subvariantes da ômicron e são as que mais têm infectado a população pelo alto nível de transmissibilidade.

Pessoas nos grupos de risco serão as primeiras a receber a vacina, entre eles, pacientes com baixa imunidade, pessoas idosas (acima de 60 anos), grávidas e puérperas, pessoas com deficiência, pessoas que vivem em asilos ou detentos, e profissionais de saúde. Além destes, povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos também estão entre os pacientes preferenciais.

Só poderá receber o imunizante quem tomou pelo menos duas doses das vacinas anteriores. E no Brasil, 19 milhões de pessoas ainda não fizeram isso.

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Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Ministério da Saúde

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HIV: cientistas anunciam quinto paciente curado após transplante de medula óssea

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Cientistas do Hospital Universitário de Düsseldorf, na Alemanha, anunciaram o quinto caso já registrado no mundo de um paciente que entrou em remissão para o HIV, considerado curado. Assim como nas vezes anteriores, o feito é resultado de um transplante de medula óssea para tratar um quadro de leucemia de um doador com genética resistente ao vírus. O estudo em que relatam o acompanhamento do paciente foi publicado na revista científica Nature Medicine nesta segunda-feira.

O homem que entrou em remissão tem 53 anos e ficou conhecido como “paciente de Düsseldorf”, em alusão à cidade onde fica o hospital. Ele foi diagnosticado com leucemia mieloide aguda (LMA), um tipo de câncer, em 2011, seis meses após dar início ao tratamento para o HIV. Em 2013, precisou passar por um transplante de medula óssea, também conhecido como transplante de células-tronco, devido ao avanço do tumor. Foi quando os médicos buscaram um doador com genética resistente ao vírus.

“Desde o início, o objetivo do transplante era controlar tanto a leucemia quanto o vírus HIV”, disse o médico Guido Kobbe, que realizou o transplante, em comunicado.

Para isso, selecionaram um doador com uma mutação rara no receptor das células que o HIV utiliza para atacar o sistema imunológico, o CCR5. Já foi comprovado que essa alteração torna as pessoas resistentes à maioria das cepas do HIV pois bloqueia o caminho da infecção e impede a replicação do vírus no organismo. Foi a mesma estratégia adotada nos pacientes anteriores considerados curados.

Em 2018, cinco anos depois do procedimento, os especialistas decidiram orientar a descontinuação do tratamento antiviral contra o HIV, mediante acompanhamento constante do paciente. Depois de cinco anos sem tomar os medicamentos, os especialistas não observaram evidências de ressurgimento do vírus no organismo ou de uma resposta do sistema imune a ele, o que “são fortes evidências de cura do HIV”, segundo escrevem no estudo.

A primeira vez em que foi relatado que um transplante de medula óssea levou o vírus à remissão em um paciente foi em 2009, quando o homem que ficou conhecido como “paciente de Berlim”, Timothy Ray Brown, tornou-se a primeira pessoa no mundo a ser considerada curada do HIV. Ele viveu por 12 anos sem o vírus, porém morreu em 2020 em decorrência do câncer. Além de Brown, houve o caso do “Paciente de Londres”, Adam Castillejo, em 2019, de uma mulher e um homem, ambos no ano passado, que decidiram permanecer no anonimato.

Os casos, embora sejam bons sinais na luta contra o vírus, não envolvem um tratamento indicado a todos os infectados. Isso porque um transplante de medula óssea envolve uma série de riscos, tem uma alta complexidade e depende de doadores compatíveis. Logo, só é recomendado para aqueles que de fato precisam do procedimento devido a um quadro avançado de câncer.

“Embora o transplante usando doadores com uma mutação CCR5Δ32/Δ32 não seja um procedimento de baixo risco nem facilmente escalonável, sua relevância para estratégias de cura é destacada por relatos recentes de remissão bem-sucedida do HIV-1 a longo prazo (…) A expansão dessa abordagem para introduzir a mutação CCR5Δ32 em enxertos de células-tronco de tipo selvagem usando terapia gênica em combinação com novas estratégias de redução de reservatório pode manter a promessa de uma cura para o HIV-1 fora das malignidades hematológicas (como a leucemia) com risco de vida”, escreveram os pesquisadores no estudo.

Leia também: Barueri aplicou mais de 18 mil vacinas contra o HPV nos últimos dois anos


Fonte: O Globo – Foto: Arquivo/Ag. Brasil

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Uso abusivo de álcool entre brasileiras cresce 4,25% em dez anos

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A cada hora cerca de duas mulheres morreram em razão do uso nocivo de álcool em 2020. Ao todo, 15.490 brasileiras perderam a vida por motivos atribuídos ao álcool naquele ano. A faixa etária mais afetada foi a das mulheres de 55 anos e mais (70,9%), seguida por 35 a 54 anos (19,3%), 18 a 34 anos (7,3%) e de 0 a 17 anos (2,5%). Os dados fazem parte de estudo inédito, divulgado nesta semana pelo Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) para marcar o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, comemorado neste sábado (18).

Segundo o levantamento, as principais causas desses óbitos foram doença cardíaca hipertensiva (15,5%), cirrose hepática (10,4%), doenças respiratórias inferiores (8,7%) e câncer colorretal (7,3%). 

O consumo abusivo de álcool pelas brasileiras aumentou 4,25% de 2010 a 2020. A tendência foi registrada em 12 capitais e no Distrito Federal. Os maiores aumentos no consumo foram verificados em Curitiba (8,03%), São Paulo (7,34%) e Goiânia (6,72%). O levantamento é realizado pelo Cisa, com dados do Datusus 2021.

Por consumo abusivo considera-se a ingestão de quatro ou mais doses, para mulheres, ou de cinco ou mais doses, para homens, em um mesmo dia. O aumento mais significativo foi observado entre mulheres, passando de 7,8% em 2006 para 16% em 2020. O centro considera que uma dose padrão corresponde a 14g de etanol puro no contexto brasileiro. Isso corresponde a 350 ml de cerveja (5% de álcool), 150ml de vinho (12% de álcool) ou 45ml de destilado (como vodca, cachaça e tequila, com aproximadamente 40% de álcool).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool pode causar mais de 200 doenças e lesões. Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças graves como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito. Em todo o mundo, 3 milhões de mortes por ano resultam do uso nocivo do álcool, representando 5,3% de todas as mortes.

Consumo abusivo

Os perigos do consumo nocivo de bebidas alcoólicas afetam, de formas diferentes, homens e mulheres. Segundo a presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Alessandra Diehl, as mulheres têm predisposição a ter adoecimento clínico e psíquico mais rápido do que os homens.

“Uma das questões aí é a vulnerabilidade biológica”, disse, em entrevista à Agência Brasil. A psiquiatra explicou que as mulheres têm menor concentração de enzimas que fazem a metabolização do álcool, o que faz com que ele seja mais tóxico para o organismo feminino do que para o masculino. Segundo Alessandra, as mulheres, às vezes, com menos tempo de uso crônico de álcool que os homens, já apresentam mais prejuízos para a saúde, como hepatite, cirrose e envelhecimento.

De acordo com o psiquiatra e presidente do Cisa, Arthur Guerra, os efeitos do consumo de álcool entre as mulheres também podem variar conforme o ciclo menstrual, a gestação e amamentação. Além disso, elas sofrem impactos por fatores sociais, como a maternidade e participação no mercado de trabalho. 

“Outro ponto é que as mulheres acabam tendo outras influências hormonais, como ciclo menstrual por exemplo, que acabam afetando o consumo de álcool também. Algumas delas, durante a fase pré-menstrual, a famosa TPM, ficam mais sensíveis e vão usar o álcool como se fosse um remédio para aliviar os sintomas”, explicou o médico.

Para a socióloga Mariana Thibes, coordenadora do Cisa, o aumento no consumo de bebida alcóolica tem um componente cultural.

“As mulheres estão bebendo mais e isso é uma mudança cultural importante que foi acontecendo ao longo da última década. Provavelmente tem a ver com a maior presença delas no mercado de trabalho, acho que esse é o fator mais importante. A mulher está nos mesmos espaços que os homens, então ela sai para um happy hour com os colegas homens e por que ela vai consumir menos álcool?”, questionou.

Segundo Mariana, o acúmulo das jornadas também é relevante para o aumento do consumo abusivo de álcool entre as mulheres. 

“O acúmulo de trabalho dentro de casa, fora de casa, cuidar dos filhos, da profissão, do trabalho doméstico. Esse aumento das pressões acaba levando muitas mulheres a procurar no álcool uma espécie de recurso para relaxar. No período da pandemia, vimos a hastag #winemom viralizar, com muitas mães postando fotos com taça de vinho no fim do dia, como uma espécie de recompensa depois daquele dia duro de acúmulo de jornada. Esse estresse que as mulheres passaram a sofrer nos últimos anos também pode ajudar a explicar o aumento do consumo abusivo de álcool”, afirmou. 

Menores

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com estudantes de 13 a 17 anos, a experimentação de bebida alcoólica cresceu de 52,9% em 2012 para 63,2% em 2019. O aumento, no período, foi mais intenso entre as meninas (de 55% para 67,4%) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%).

O consumo excessivo de álcool também aumentou. Foi de 19% em 2009 para 26,2% em 2019 entre os estudantes do sexo masculino e de 20,6% para 25,5% entre as adolescentes. A experimentação ou exposição ao uso de drogas cresceu em uma década. Foi de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019.

A presidente da Abead, Alessandra Diehl, alerta que a iniciação no álcool ocorre cada vez mais cedo, em média aos 13 anos de idade, sendo que 34,6% dos estudantes tomaram a primeira dose de álcool com menos de 14 anos. “Há prevalência de meninas jovens iniciando o consumo de álcool”, disse.

Alcoolismo

Diferentemente do abuso de álcool, a dependência é considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. De acordo com a socióloga Mariana Thibes, “em geral, leva-se uma década para passar do estágio de consumo abusivo para a dependência”.

Esse tipo de dependência é considerado crônica e multifatoria. Isso significa que diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso do álcool, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais, tipicamente associados aos seguintes sintomas: 

  • Forte desejo de beber
  • Dificuldade de controlar o consumo (não conseguir parar de beber depois de ter começado)
  • Uso continuado apesar das consequências negativas, maior prioridade dada ao uso da substância em detrimento de outras atividades e obrigações
  • Aumento da tolerância (necessidade de doses maiores de álcool para atingir o mesmo efeito obtido com doses anteriormente inferiores ou efeito cada vez menor com uma mesma dose da substância) 
  • Por vezes, um estado de abstinência física (sintomas como sudorese, tremores e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool).

Leia também: Barueri aplicou mais de 18 mil vacinas contra o HPV nos últimos dois anos


Por Heloisa Cristaldo e Alana Gandra – Repórteres da Agência Brasil – Foto: Arquivo/Rawpixel

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Barueri aplicou mais de 18 mil vacinas contra o HPV nos últimos dois anos

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A rede municipal de saúde de Barueri aplicou um total de 18.333 doses da vacina contra o HPV (Papilomavírus Humano) em meninos e meninas de 9 a 14 anos de idade nos últimos dois anos (2021 e 2022), conforme preconiza o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Desse total, 9.948 vacinas foram aplicadas só em 2022, sendo 4.967 em meninas e 4.981 em meninos. Já em 2021, a rede aplicou 8.385 doses do imunizante, das quais 4.995 destinaram-se às meninas e 3.390 aos meninos.

O que é HPV?
O HPV é um vírus altamente transmissível e ocorre principalmente durante o sexo desprotegido, porém, por se alojar na mucosa e na pele da região genital, nem sempre o preservativo por si só previne a contaminação, constatando que a vacinação é a forma mais eficaz de combater o vírus causador de doenças graves como câncer de colo de útero e pênis.

Público-alvo
De acordo com o Comunicado da Divisão de Imunização – 5/2022 da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, atualmente, a idade para meninos e meninas para imunização contra HPV está compreendida na faixa etária entre nove e 14 anos, e para imunossuprimidos de nove a 45 anos de idade, vivendo com HIV, transplantados de órgãos sólidos (coração, rins, pâncreas, pulmão e fígado) e medula óssea, e pacientes oncológicos.

Onde e quando tomar
O imunizante contra o HPV está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) o ano inteiro. Basta apresentar a caderneta de vacinação em qualquer unidade.

O esquema vacinal do HPV para meninos e meninas prevê a aplicação de duas doses com um intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda dose.

Para imunossuprimidos com idade entre nove a 45 anos, pessoas com HIV, transplantados de órgãos sólidos, medula óssea e pacientes oncológicos são necessárias três doses da vacina, com a segunda dose administrada após dois meses da primeira aplicação e a terceira, seis meses depois da primeira (0, 2 e 6 meses).

Números do Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, é estimado que o Brasil tenha de nove a 10 milhões de pessoas infectadas pelo Papiloma Vírus Humano e que, por ano, surjam 700 mil novos casos.

Leia também: PM Rodoviária de São Paulo reforça o policiamento nas estradas durante o feriado


Fonte: SECOM-Barueri – Foto: Arquivo/Ag. Brasil

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Hospital Municipal de Barueri bate recorde de atendimento com mais de 305 mil procedimentos em 2022

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O Hospital Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran (HMB) atingiu a marca de 305.868 procedimentos em 2022, entre consultas médicas, internações, partos e cirurgias. Esta é a maior marca histórica de atendimentos do Hospital, superando o ano de 2021, quando foram realizados cerca de 275 mil atendimentos das 30 especialidades ambulatórias e 17 cirúrgicas.

No ano passado, houve um incremento de dois serviços no HMB: o Centro de Hemodinâmica, que funciona desde outubro do ano passado – atendendo mensalmente cerca de cem pacientes com doenças coronarianas que necessitavam deixar a unidade para a realização de alguns procedimentos, como angioplastia – e a Medicina Fetal, que está prestes a completar um ano de funcionamento e passou a marca de 2,1 mil atendimentos.

Outros números relevantes são as altas hospitalares, que atingiram quase 18 mil, e as cirurgias, 15 mil. Em relação às cirurgias, pouco mais de 50% correspondem ao grupo composto por cirurgia geral (26%), oftalmológica (16%) e ortopédica (13%) e os outros 47% são de cirurgias de especialidades. Os procedimentos eletivos, que são aqueles em que o paciente passa em consulta com o médico, realiza exames e tem a cirurgia marcada, chegaram a 64%. Os procedimentos de urgência – recebidos por encaminhamento por outros aparelhos de saúde do município, via Pronto Atendimento, corresponderam a 36% do volume total.

Foram realizadas por meio de mutirões cerca de 200 intervenções cirúrgicas de hérnia e retirada de vesícula. Tais campanhas aconteceram durante o ano para diminuir ainda mais o tempo de espera.

Referência no atendimento a pacientes renais agudos e crônicos, o Centro de Hemodiálise Dra. Sandra Vicenza Sarno, que fica no prédio anexo ao HMB, realizou no ano de 2022 cerca de 3.159 sessões mensais, atendendo a todas as necessidades dos pacientes. Destaque também para o setor de Quimioterapia, responsável por cerca de 300 sessões por mês.

Existem, porém, os casos em que os pacientes se encontram aptos para receberem alta hospitalar, mas que ainda requerem cuidados que podem ser realizados em sua residência. Para estes, o HMB dispõe do Programa de Internação Domiciliar (PID), que envia à residência do paciente uma equipe multidisciplinar, composta por médico, enfermeiro, fisioterapeuta e psicólogo, evitando que pacientes fiquem expostos ao ambiente hospitalar sem necessidade, além de abrir vagas para pessoas que necessitam de cuidados intra-hospitalares. Cerca de 100 atendimentos mensais foram realizados pelo PID.   

“Esses índices são fruto de um trabalho que respeita não só o uso do dinheiro público, mas os moradores de Barueri. Nosso intuito é prestar sempre o melhor atendimento e, por isso, todos os esforços desta gestão têm se concentrado em oferecer um tratamento digno desde o momento em que o paciente e os acompanhantes dão entrada na unidade, permanecem sob nossos cuidados, até a saída”, afirmou o diretor técnico do HMB, Paulo Tierno.

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Fonte: SECOM-Barueri

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Gravidez na adolescência cai mais de 65% no estado de São Paulo

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Desde 1998, o Estado de São Paulo vem registrando queda nos números relacionados à gravidez na adolescência. Em levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), a redução chega a 61,8% na população entre 10 e 14 anos entre 1998 e 2021.

Entre meninas de 15 a 19 anos, no mesmo período, a redução chega a 65,3%. No total, entre meninas de 10 a 19 anos, a redução é de 65,2%.

Em 1998, foram registrados 4.343 nascimentos entre mães de 10 a 14 anos. Já em 2021, para a mesma faixa etária, foram registrados 1.657 nascimentos. Entre adolescentes de 15 e 19 anos a diferença foi de 136.685 para 47.385. Para se ter uma ideia do tamanho da redução, em 2021, o total de nascidos entre mães de 10 a 19 anos representou 9,3% de todos os nascidos vivos do ano. Em 1998 esse número representava 20%.

Desde 1995 a Secretaria de Estado da Saúde (SES) se empenha em programas com ações efetivas e que englobam, entre outras atividades, a capacitação de profissionais por meio de evidências, que mostram que os adolescentes conhecem os métodos contraceptivos, mas que, possuem dificuldade em manipular e trabalhar as informações adquiridas.

Para a diretora da Saúde do Adolescente da SES, Albertina Duarte, a conversa com os adolescentes impacta diretamente na educação sexual deles. “Todos os nossos profissionais, nos serviços exclusivos aos adolescentes, são treinados para realizarem rodas de conversa periodicamente. Elas auxiliam diretamente no conhecimento sexual deste público, além de fortalecer a autoestima, a autoimagem e atingir diretamente a segurança das relações entre eles.”

Além das rodas de conversas que acontecem semanalmente nas unidades da Casa do Adolescente, o SUS contribuiu diretamente ao estimular a distribuição gratuita de contraceptivos naturais em diversos locais, além da implantação de dispositivos intrauterino (DIU) de cobre ou hormonal e ações em saúde voltadas para saúde sexual e reprodutiva.

Em todo o estado, entre Casa do Adolescente e serviços universitários, localizados estrategicamente em áreas de maior vulnerabilidade, são mais de 120 serviços que estão à disposição desta população específica.

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Fonte: Portal Governo SP – Foto: Arquivo/Rawpixel

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Novo Hospital e Maternidade de Jandira: Um sonho que começa a se tornar realidade

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Nesta terça-feira (7), na cidade de Jandira, foi dado mais um grande passo para a realização do sonho da população jandirense.

O evento que contou com a presença do prefeito Dr. Sato e do vice-prefeito Carlos Piteri (Piti), além dos vereadores e secretários, marcou o início da construção do mais novo Hospital e Maternidade de Jandira. Mais uma importante obra de destaque para toda a região.

Fachada do novo Hospital e Maternidade de Jandira. – Fonte: Divulgação/SECOM-Jandira

O Hospital e Maternidade de Jandira, será de baixa e média complexidade, a nível de pronto-atendimentos, partos, cirurgias, como ginecológicas, hérnias, miomas, entre outras.

O empreendimento funcionará 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um total inicial previsto de 150 colaboradores entre setores de enfermagem e área administrativa (população fixa).

O pronto-socorro terá 56 leitos, sendo 4 de emergência, 9 de observação (adulto feminino, adulto masculino e infantil), 12 de UTI (adulto, infantil e neonatal) e 31 de internação espalhados nos seguintes pavimentos: subsolo, térreo, primeiro e segundo.

O projeto que será construído na Av. Conceição Sammartino – 650, é composto por 5 pavimentos, com área total edificada de 5.134,26 m².

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Foto Capa: Reprodução/Facebook/Doutor Sato

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