A campanha de vacinação infantil contra a COVID-19 é aprovada por 84% dos pais e mães do estado de São Paulo. É o que aponta uma pesquisa do Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), apresentada pelo diretor executivo Bruno Caetano, na reunião de Secretariado desta segunda-feira (10), que mostra que a maioria dos responsáveis por crianças entre 5 e 11 anos pretende vaciná-las assim que as doses estiverem disponíveis.
O estudo também levou em consideração local de moradia (Grande São Paulo e interior), escolaridade e renda familiar dos pais, bem como adesão dos adultos à vacinação contra o coronavírus e perfil escolar das crianças.
Dentre os que pretendem vacinar os filhos, 87% residem na Grande São Paulo e 81% no interior. Segundo o Seade, a intenção de proteger as crianças contra a Covid-19 está diretamente ligada à percepção sobre a importância da vacinação. 99% dos que consideram a campanha importante pretendem vacinar os filhos.
A pesquisa aponta que a intenção de vacinar os filhos é maior entre as mulheres (89%) do que entre os homens (76%). Pais e mães com esquema vacinal completo contra a Covid-19 também são maioria – 91% dos que já tomaram a dose de reforço – entre os que pretendem levar os filhos aos postos de vacinação.
A adesão também é maior entre pais e mães com filhos matriculados na rede pública de ensino e atinge 91%, enquanto que o índice fica em 78% dos responsáveis por crianças matriculadas em escolas e creches particulares.
O levantamento do Seade mostra ainda que 82% dos responsáveis por crianças de 5 a 11 anos acham muito importante que os filhos sejam vacinados contra o coronavírus. “O Seade é a agência de estatísticas do Estado de São Paulo que há mais de 40 anos produz dados sobre a população de São Paulo”, diz Bruno Caetano, Diretor Executivo do Seade.
Planejamento estadual
O Governo de São Paulo apresentou no dia 5 de janeiro o planejamento estratégico para vacinar 4,3 milhões de crianças de 5 a 11 anos em 645 cidades em um intervalo de três semanas.
O Estado aguarda o envio das doses pediátricas pelo Ministério da Saúde para início imediato da campanha, além da liberação da Coronavac pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a vacinação infantil.
Dados do Ministério da Saúde registraram, em 2018, 141,4 mil casos de acidentes com escorpiões em todo o País. Em 2017, foram 125 mil registros de acidentes. Escorpiões são um risco em qualquer época do ano, mas no período do calor eles se proliferam com maior intensidade. Carlos Roberto de Medeiros, toxicologista e imunologista, gerente médico do Ceatox – Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP -, conta que a principal espécie causadora de acidentes no Brasil é o Tityus serrulatus, também conhecido como escorpião amarelo. Ele explica que “esse artrópode se reproduz por partenogênese, ou seja, não há necessidade de acasalamento”. Podendo dar cria pelo menos duas vezes ao ano, o que era um único escorpião em casa pode virar de 20 a 25 filhotes, transformando-se em um grande problema.
Operários da construção civil, quem trabalha na rua com esgoto ou movimentando materiais que ficaram parados, como o lixo, estão mais predispostos à picada do artrópode. Para evitar acidentes, alguns cuidados podem e devem ser tomados, como conta Medeiros. “Os escorpiões se adaptaram muito bem aos grandes centros urbanos. Com hábitos noturnos, gostam de ficar em lugares úmidos e escuros. As galerias de águas pluviais, esgotos e locais com grande acúmulo de lixo são o habitat ideal, já que costumam ter baratas, seu alimento preferido.”
Somente no ano passado, ocorreram 381 casos de escorpianismo no município de São Paulo. Para evitar esse encontro indesejado com escorpiões, Medeiros diz que alguns bons hábitos podem ajudar: “Tapar frestas nas paredes, colocar redes nos ralos no chão e pias, evitar acúmulo de lixo e materiais de construção, cortar o mato, evitar acumular louça para lavar, já que atrai baratas e os escorpiões. Não deixar o bercinho do bebê encostado na parede. Não deixar a roupa no chão e chacoalhar antes de usar, fazendo o mesmo com os sapatos para evitar a picada desse artrópode”.
Carlos Roberto de Medeiros – Foto: Repositório do Instituto Butantan
Crianças são o principal grupo de risco
Existem mais de 2.400 espécies em todo o mundo, distribuídas em 20 famílias, sendo a Burtity uma das mais significativas, uma vez que seu veneno tem toxinas que agem em mamíferos, particularmente em seres humanos. No Brasil, o gênero Tityus é o mais importante, destacando-se o serrulatus ou escorpião amarelo, que pode ser encontrado em quase todo o País, mas há também o bahiensis, stigmurus e outras espécies.
As crianças são o principal grupo de risco. Após uma picada, o atendimento médico deve ser feito o mais rápido possível, já que os sintomas podem evoluir em pouco tempo para um quadro gravíssimo, podendo levar a óbito. Medeiros cita que, “no ano passado, sete crianças morreram no Estado de São Paulo, das quais seis com menos de 10 anos e uma de 11”. Em caso de acidentes, não é necessário ter o escorpião para agilizar o atendimento, tempo é a palavra-chave para quem for picado pelo animal. E, caso apareçam escorpiões em casa, o ideal é pedir um auxílio ao Centro de Controle de Zoonoses para lidar com a situação. No município de São Paulo, além do Instituto Butantan, há cinco locais apropriados para o atendimento em casos de picada do artrópode.
Fonte/Texto: Jornal da USP/Simone Lemos – Imagem Capa: Foto/Laboratório de Toxinas Animais/FCFRP
Estudo conduzido por pesquisadores da USP e realizado com 748 pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) mostrou que atividade física feita de forma regular está associada ao aumento da resposta imunológica à vacina contra covid-19, que tende a diminuir com o passar do tempo. A pesquisa investigou a associação entre a prática e anticorpos anti-Sars-CoV-2 persistentes, seis meses após esquema de duas doses de Coronavac em pacientes com doenças reumáticas autoimunes (artrite reumatoide, lúpus, esclerose sistêmica, miopatias inflamatórias, entre outras).
Em entrevista ao Jornal da USP, o primeiro autor do artigo, Bruno Gualano, professor do Departamento de Clínica Médica da FMUSP e especialista em fisiologia do exercício, explica que a imunogenicidade persistente (capacidade da vacina provocar resposta imune a longo prazo) dos pacientes foi avaliada seis meses após ter acontecido a vacinação completa e “aqueles que eram fisicamente ativos exibiram taxas de soropositividade (presença de anticorpos contra o coronavírus) mais elevadas do que os inativos”.
Na opinião do pesquisador, em um cenário global com escassez de vacinas e respostas imunológicas heterogêneas, é fundamental reunir conhecimento sobre os fatores de risco potenciais associados à baixa persistência da imunidade. “A proposta é desenvolver estratégias para aumentar a durabilidade da imunogenicidade, bem como priorizar os indivíduos para receber uma dose de reforço. As evidências que sugerem que a atividade física pode atuar como uma espécie de adjuvante das vacinas são de extrema importância”, reforça.
Foto: Arquivo pessoal – Bruno Gualano, professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina e especialista em fisiologia do exercício
Redução de anticorpos
Segundo o artigo, alguns estudos têm demonstrado que os anticorpos induzidos pela vacina contra o coronavírus diminuem com o tempo. Os anticorpos neutralizantes (NAb) contra a variante Beta, por exemplo, foram reduzidos consideravelmente seis meses após o recebimento da segunda dose da vacina da Moderna e da Janssen, da Johnson & Johnson; e a resposta humoral (resposta de anticorpos) da população em geral também diminuiu substancialmente seis meses após o recebimento da Pfizer Biontech, principalmente entre homens, pessoas maiores de 65 anos e pacientes com imunossupressão.
E embora a Coronavac tenha demonstrado eficácia na prevenção de casos graves de covid-19, indivíduos que receberam esse esquema vacinal de duas doses também tiveram declínio em sua resposta imunológica após seis meses o ciclo completo de vacinação. No caso de pacientes com doenças reumáticas autoimunes, dados deste mesmo estudo clínico, que é liderado pela pesquisadora Eloisa Bonfá (FMUSP) , mostraram o mesmo padrão de diminuição da imunidade.
Análises de produção de anticorpos
Para avaliar a imunogenicidade persistente, ou seja, o quanto que a vacina havia conferido proteção aos pacientes após seis meses de ter completado o esquema vacinal, foram feitos exames sorológicos para verificar as taxas de soropositividade – anticorpos IgG e a presença de anticorpos neutralizantes (NAb), que são indicativos de resposta humoral à vacina. Para a designação se o paciente era ativo ou inativo fisicamente foi utilizado o parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, ativa é aquela pessoa que realiza alguma atividade física moderada ou vigorosa por pelo menos 150 minutos por semana.
Detectado produção de anticorpos mais robusta em pessoas ativas
Fazendo os ajustes para idade, sexo, uso de medicamentos e obesidade, dos 748 pacientes analisados (421 ativos e 327 inativos), seis meses após completado o esquema vacinal, ambas as taxas de positividade de anticorpos – IgG anti-SARS-CoV-2 e neutralizantes – foram significativamente maiores para os ativos do que para os inativos, relata o artigo. “Para cada 10 pacientes inativos que apresentaram soropositividade , 15 ativos tiveram o mesmo resultado”, aponta Gualano.
Com base nos estudos realizados pelo grupo, Gualano conclui que “a atividade física parece não somente montar uma resposta de anticorpos à vacina mais robusta, como também parece aumentar a durabilidade do efeito protetor do imunizante. “Se isso se confirmar, teríamos uma ferramenta barata e potencialmente capaz de reduzir a baixa resposta vacinal de grupos de risco, como pessoas com sistema imune disfuncional”, diz.
Tendo em vista os conhecidos benefícios da atividade física na prevenção de doenças crônicas e até mesmo casos graves de covid-19, somados aos benefícios agora observados para a resposta das vacinas, os autores recomendam a promoção clínica de atividade física. “Um estilo de vida ativo pode exercer papel crucial no combate da covid-19”, conclui o pesquisador.
Esse estudo faz parte de um amplo ensaio clínico de fase 4 (estudo de efetividade) coordenado pela professora Eloisa Bonfá com a participação de diversos pesquisadores do HCFMUSP.
Fonte/Texto: Jornal da USP/Ivanir Ferreira – Foto Capa: Marcos Santos/Jornal da USP
No próximo sábado (8), a Prefeitura de Itapevi realiza mais um Dia D de vacinação contra a Covid-19 na cidade. A ação acontece, exclusivamente, na Comunidade Kolping Cristo Rei (Rua Brasília Abreu Alves, 33 – Nova Itapevi) para pedestres e no sistema Drive Thru, das 8h às 16h – com entrega das senhas até às 15h.
Podem tomar a vacina todas as pessoas aptas na campanha que ainda não receberam a primeira dose, quem precisa tomar a segunda e a dose de reforço (terceira dose).
A aplicação da vacina contra a Covid-19 acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, na Kolping. Nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) do município, a vacinação é das 12h às 15h, de segunda a sexta-feira.
Vale lembrar que no dia 30 de dezembro, a Prefeitura encerrou o atendimento no polo de Amador Bueno, no Cemeb Jornalista João Valério de Paula Neto.
Doses
Em Itapevi, estão sendo vacinadas contra a Covid-19 todas as pessoas acima de 12 anos, com a primeira, segunda e terceira dose.
Quem não tomou nenhuma das doses e está no grupo apto para receber a vacina, é importante – além de apresentar RG, CPF e comprovante de endereço – antes de tomá-la, realizar o pré-cadastro no site do Governo do Estado de São Paulo (www.vacinaja.sp.gov.br). As informações pedidas pelo portal são CPF, data de nascimento, nome da mãe, endereço, telefone para contato e e-mail.
Vale lembrar que o intervalo entre a segunda e a terceira dose foi reduzido de cinco para quatro meses. A dose de reforço deve ser aplicada em todos os públicos acima dos 18 anos de idade.
Janssen
Para as pessoas que tomaram a vacina da Janssen, a Prefeitura de Itapevi está aplicando o imunizante da Pfizer, como dose adicional.
Para os imunizados com a dose única, o tempo mínimo para tomar a segunda dose deve ser de 2 meses (61 dias) entre uma aplicação e outra.
Fique atento ao calendário
Mesmo com a disponibilidade de vacinas, há pessoas que não tomaram a primeira dose ou que ainda não receberam a segunda dose. Por isso, a Prefeitura alerta para a importância de manter-se imunizado, medida que pode salvar a sua vida e a do próximo.
De modo geral, o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina contra covid-19 CoronaVac (Sinovac/BioNTech) é de 21 dias.
Maiores de 18 anos que tenham recebido a primeira dose da Pfizer/ BioNTech podem antecipar o intervalo de aplicação da segunda dose da vacina do mesmo fabricante contra a Covid-19 de oito semanas para 21 dias. A vacinação para os adolescentes segue com intervalo de oito semanas para doses da Pfizer.
Já o intervalo de aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 é de oito semanas.
Menores de 18 anos que desejarem ser vacinados deverão estar, obrigatoriamente, acompanhados de pais ou responsáveis no momento da vacinação. Adolescentes com comorbidades, deficientes, gestantes e puérperas deverão apresentar laudo médico. No instante da vacinação, idosos devem levar RG, comprovante de residência e a caderneta de vacinação com as duas doses anteriores para o recebimento do reforço.
O Ministério da Saúde promove nesta terça-feira (4), a partir das 10h, uma audiência pública para discutir a vacinação contra a covid-19 de crianças com idade de 5 a 11 anos. O debate será na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Brasília.
Representantes da pasta e especialistas de entidades ligadas ao tema discutem a inclusão da faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. Até o momento, somente pessoas com 12 anos ou mais podem se imunizar contra a doença no Brasil.
Nessa segunda-feira (3), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que as doses para crianças de 5 a 11 anos devem começar a chegar ao Brasil na segunda quinzena de janeiro. O laboratório Pfizer, fabricante do imunizante, confirmou o prazo previsto pela pasta.
E você, é contra ou a favor da imunização das crianças?
Anvisa
Há duas semanas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval para a aplicação da vacina da Pfizer em crianças na faixa etária em questão. Diante disso, o ministério liberou a vacinação para o público infantil, mediante apresentação de prescrição médica.
Até o momento, pelo menos 20 estados e o Distrito Federal já adiantaram que não vão exigir o pedido médico no ato da vacinação. São eles: Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Médicos
Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) defendeu a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Segundo a entidade, a autorização da Anvisa para a aplicação do imunizante segue os mesmos critérios de segurança e eficácia utilizados para as demais faixas etárias.
“Enfatizamos que crianças podem também serem acometidas pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada ao SARS-Cov-2; desenvolverem sequelas e covid longa. Portanto, a vacinação é essencial para reduzir/evitar sofrimento, hospitalizações e mortes”, declarou a AMB.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também divulgou nota técnica em que defende uma análise técnica rigorosa por parte da Anvisa no processo de autorização do imunizante. A entidade destacou que a vacinação infantil já foi iniciada em outros países e é considerada ferramenta fundamental no controle da pandemia.
Consulta pública
No último domingo (2), o ministério encerrou uma consulta pública sobre a vacinação de crianças contra a covid-19. A proposta, segundo a pasta, era “informar e conhecer as dúvidas e contribuições da sociedade científica e da população” sobre o tema.
Ainda de acordo com o governo federal, a inclusão da faixa etária no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação deverá priorizar crianças com deficiência permanente ou comorbidades e as que vivem com pessoas com alto risco para evolução grave de covid-19.
No caso de crianças sem comorbidade, a ordem de prioridade vai das mais velhas para as mais novas, iniciando com o grupo de 10 e 11 anos.
Supremo
A consulta pública foi contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos. Na última sexta-feira (31), a ministra Cármen Lúcia deu prazo de cinco dias para que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Marcelo Queiroga prestem informações.
A confederação quer que o Supremo determine à União que a vacinação do público infantil passe a ser obrigatória e que a faixa etária seja incluída com urgência no Plano Nacional de Imunizações.
Fonte/Texto: Agência Brasil – Imagem: Reuters/Siphiwe Sibeko
No período de 3 a 9/1/2022, a Prefeitura de Osasco, por meio da Secretaria de Saúde, dará continuidade à vacinação contra a Covid-19 nos shoppings da cidade. Sempre das 14h às 21h, inclusive sábados e domingos, a ação vai atender a população que não consegue se dirigir às Unidades Básicas de Saúde de segunda a sexta para receber a dose. Essa é a segunda edição da Vacina Shopping. A primeira aconteceu entre 3 e 22/12.
Os postos de vacinação estão no Osasco Plaza Shopping, SuperShopping e Shopping União, atendendo 1ª, 2ª e 3ª dose.
Para imunizar-se nos postos volantes, não há necessidade de agendamento. Basta levar um documento de identificação com foto e comprovante de endereço. Para a segunda dose ou dose de reforço, é preciso levar a carteirinha de vacinação. Menores só poderão receber a vacina se estiverem acompanhados por pais ou responsáveis.
Serviço
Postos de vacinação contra Covid-19 nos shoppings
De 3 a 9/1/2022
Horário: 14h às 21h
Locais:
Osasco Plaza Shopping (Rua Tenente Avelar Pires de Azevedo, 81 – Centro)
SuperShopping (Avenida dos Autonomistas, 1828 – Industrial Autonomistas)
Shopping União (Avenida dos Autonomistas, 1400 – Vila Yara)
Público-alvo . Primeira dose para pessoas com 12 anos ou mais
. Segunda dose das vacinas
. Dose de reforço para pessoas com idade entre 18 ou mais que tomaram a segunda dose há pelo menos quatro meses
A partir de hoje (28), moradores da cidade de São Paulo com mais de seis meses de idade que ainda não tomaram a vacina contra o vírus Influenza em 2021, poderão procurar um posto de saúde para receber o imunizante. A vacinação será garantida enquanto durarem os estoques.
Até então, a vacina contra o vírus Influenza, causador da gripe, era aplicada apenas em idosos maiores de 60 anos, crianças entre seis meses e cinco anos, grávidas e puérperas. Mas com o aumento dos casos de gripe e a baixa procura por esse imunizante nos postos, a prefeitura decidiu ampliar o público para tentar diminuir os casos de doenças respiratórias, que tem provocado um aumento significativo na demanda por atendimento nas unidades de saúde da capital.
O vírus influenza é uma doença infecciosa febril aguda que pode trazer maior risco de complicações para grupos mais vulneráveis, como idosos. A doença pode evoluir para formas mais graves e até óbito.
A vacina contra a gripe não previne contra a nova cepa que tem circulado nos últimos meses, chamada de Darwin (H3N2), mas é importante para prevenir a forma grave da doença, além de outras gripes.
A vacinação ocorre nas 469 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), drive-thrus, megapostos e farmácias parceiras, ou seja, nos mesmos locais onde estão sendo aplicadas as vacinas contra a covid-19. A lista dos postos pode ser consultada na internet.
Uma campanha da prefeitura de São Paulo, com divulgação em estações de metrô, pede que a população corte o elástico das máscaras antes de jogá-las no lixo. A ideia é evitar que animais, especialmente as aves, fiquem enroscados ou que, ao ingerir o item descartado, os bichos sejam asfixiados. A iniciativa teve início no Reino Unido e é apoiada na capital paulista pelas concessionárias do Metrô Via Quatro e Via Mobilidade.
Foram colocados cartazes nas estações para a conscientização dos usuários das linhas amarela e lilás do Metrô. Segundo a organização britânica RSPCA (sigla em inglês para Sociedade Real para a Prevenção de Crueldade com os Animais), que encabeça a ação, em um mês, foram atendidas 900 chamadas sobre animais presos nos elásticos das máscaras, especialmente aves que enroscam bicos e patas.
Em nota, a prefeitura destacou que, por causa da pandemia de covid-19, quase 7 bilhões de máscaras descartáveis são utilizadas diariamente no mundo. Pela impossibilidade de reciclar o material, diante do risco de contaminação, a maioria delas é despejada em aterros sanitários. A organização aponta que o risco é maior para animais selvagens e aves.
A organização britânica orienta ainda outras ações que podem prevenir acidentes com animais em decorrência do descarte de lixo: cortar as alças de sacolas plásticas, cortar o suporte para latas de plásticos, cortar balões antes de colocá-los no lixo, cortar luvas descartáveis, limpar e esvaziar recipientes após o uso ou cortá-los ao meio.
A vacinação contra a Covid-19 segue avançando no estado de São Paulo, mas é preciso continuar seguindo as medidas sanitárias, estar atento aos sintomas e saber diferenciar doenças infecciosas como a Covid-19 e a gripe.
O aumento no número de pacientes com síndrome gripal nas unidades de saúde fez com que a suspeita de pessoas com Covid-19 crescesse, sendo o teste rápido a única maneira de distinguir as duas.
Nesta semana a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo iniciou a realização dos testes rápidos em suas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs), Prontos Atendimentos (PAs) e prontos-socorros, no setor de triagem, para identificar os casos positivos de Covid-19.
Sintomas A testagem será realizada pelo método antígeno em pacientes que apresentem sintomas semelhantes entre Covid-19 e gripe como:
Febre
Dor de garganta
Dor de cabeça
Coriza
Tosse
Dificuldade para respirar
Dores no corpo
Cansaço
Diarreia
Lábios ou dedos arroxeados
É orientado que ao apresentar qualquer um dos sintomas listados acima procure uma UPA, AMA, PA ou pronto-socorro.
Transmissão A gripe, assim como a Covid-19, é uma infecção respiratória transmitida de pessoa para pessoa pela fala, tosse ou espirro de indivíduos infectados. A infecção também pode acontecer quando há contato, por meio das mãos, com objetos contaminados, tocando, em seguida, nariz ou olhos.
A vacina é a melhor prevenção A melhor maneira de se prevenir contra os vírus Influenza é vacinar-se. A imunização ocorre em campanhas nacionais, nos meses que antecedem o inverno, período de maior transmissão da doença.
A vacinação contra o coronavírus ocorre desde janeiro de 2021, e está disponível para todos acima de 12 anos.
Para maiores informações, procure o posto de saúde ou um pronto-socorro mais próximo.
Fonte: Secretaria Especial de Comunicação – Prefeitura de São Paulo – Adaptação: Edson Mesquita Jr. – Imagem:
O câncer de colo de útero é um dos poucos que pode ser erradicado, pois decorre de uma infecção persistente pelo vírus HPV, contra o qual existe vacina. O vírus também é detectável em exame preventivo antes que cause o tumor. No entanto, a baixa adesão ao exame periódico e à vacina faz com que uma brasileira morra pela doença a cada 90 minutos. São 6,5 mil mortes e 16,5 mil novos casos ao ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Trata-se do terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres, sendo o primeiro na região Norte do país, e o quarto mais letal. A Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu metas para a erradicação da doença, aponta que, em 2020, mais de 500 mil mulheres foram diagnosticadas e quase 342 mil morreram, a maioria em países pobres.
Para transformar essa realidade e gerar evidência científica robusta, com dados que possam servir de base para políticas públicas mais eficientes, o Centro de Atenção Integral a Saúde da Mulher (Caism) da Unicamp, a Prefeitura Municipal de Indaiatuba (SP) e a Roche Diagnóstica uniram forças em um estudo para rastreamento de câncer de colo de útero. Os primeiros resultados foram publicados em 1/11 pela revista científica The Lancet Regional Health – Americas. A partir deles, será possível preencher duas grandes lacunas dos programas existentes, que são onerosos e de baixíssimo impacto na mortalidade por câncer de colo de útero, segundo os pesquisadores.
A primeira delas é a falta de programas organizados de rastreamento, que leva à baixa adesão das mulheres ao exame periódico. A outra é a necessidade de substituir a citologia convencional — o exame de Papanicolau — por um teste de HPV baseado em DNA. Esse teste detecta, de forma automatizada, as cepas do vírus que causam o câncer, sem espaço para dúvidas na interpretação dos resultados. Em comparação à sua elevada sensibilidade, a citologia tem performance mediana, podendo deixar escapar casos de lesões precursoras e até o câncer já estabelecido. O mesmo estudo demonstra o custo-efetividade do teste de HPV.
Tais lacunas são hoje sinônimo de diagnósticos tardios, comprometimento da qualidade de vida das mulheres, mortes e desperdício de recursos do sistema de saúde. Inconformados com esse cenário, pesquisadores da Unicamp propuseram um programa de prevenção alinhado com os mais modernos existentes. A Prefeitura de Indaiatuba viabilizou a participação das mulheres da cidade com idades entre 25 e 64 anos, usuárias do SUS, por meio de campanhas informativas, busca ativa, estrutura para a realização dos testes e acompanhamento. A Roche disponibilizou testes DNA-HPV, com um total de 16.384 já realizados. O Caism da Unicamp conduziu todo o protocolo científico do estudo e assessorou a condução do programa municipal.
Resultados
Após 30 meses de atividade do Programa de Rastreamento do Câncer de Colo de Útero com teste de DNA-HPV (outubro de 2017 a março de 2020), mais de 80% da população-alvo projetada foi coberta. A conformidade dos testes de HPV realizados com a idade foi de 99,25%, em comparação com 78% obtida no programa com citologia (método tradicional utilizado nos 30 meses prévios, de outubro de 2014 e março de 2017, que envolveu 20.284 mulheres). No âmbito do programa, 86,8% de testes tiveram resultado negativo e 6,3% tiveram indicação de colposcopia. 78% das colposcopias foram realizadas. Foram detectadas 21 mulheres com câncer de colo de útero, com idade média de 39,6 anos, com 67% dos casos em estágio inicial. Para uma comparação quanto à eficiência do novo método de diagnóstico, no rastreamento com Papanicolau foram detectados apenas 12 casos de câncer, com idade média bem superior (de 49,3 anos), e apenas um caso em estágio inicial.
A detecção do câncer nas mulheres que fizeram o teste de DNA-HPV foi antecipada em 10 anos, comparando-se com o método tradicional, o que explica o maior índice de casos iniciais. Além disso, muitas das mulheres que participaram do estudo simplesmente deixaram de desenvolver o câncer. Isso porque, se o teste dava positivo para HPV16 ou HPV18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero, a mulher era encaminhada para um outro exame, a colposcopia, a partir do qual era possível realizar um tratamento curativo e preventivo da lesão inicial, pré-câncer. Aquelas que não tinham lesão pré-cancerosa, faziam o acompanhamento com um intervalo menor para detectá-las no início, caso surgissem.
Quando o teste era negativo para HPV16 ou HPV18, mas positivo para 12 outros tipos de HPVs de alto risco, era realizado o teste com citologia em meio líquido. Se alterado, a paciente era encaminhada para colposcopia e passava a ser acompanhada mais de perto.
Outra vantagem do método é que, de acordo com as diretrizes internacionais, caso o teste seja negativo para todos os tipos de HPV, a mulher só precisará repeti-lo após cinco anos – diferentemente do programa com citologia tradicional, em que, após dois resultados normais consecutivos, o exame precisa ser repetido a cada três anos. Assim, a adoção de um teste mais preciso permite otimizar os recursos do sistema de saúde, como já demonstrado em outro estudo realizado no mesmo programa utilizando informações de vida real e no âmbito do SUS.
Publicado em maio de 2021 na Plos One, o estudo da avaliação econômica do teste de genotipagem de HPV mostrou que a tecnologia é capaz de gerar, além de melhores resultados clínicos, redução de custos, se comparado ao Papanicolau. Inovações em saúde costumam vir associadas a aumento nos custos, mas os pesquisadores provaram que esse caso é diferente. A mudança para uma tecnologia mais avançada acaba resultando em uma redução de U$$37,87 por ano de vida ganho com qualidade de vida.
Lições aprendidas
O dr. Júlio Cesar Teixeira, pesquisador principal do estudo e diretor da Oncologia do Hospital da Mulher (Caism) da Unicamp, destaca o pioneirismo da pesquisa, por envolver toda a população feminina de uma cidade, sem seleção e por meio do SUS, e por gerar dados comparativos da vida real. “É muito diferente do que a ciência já tinha realizado, em ambientes de estudo mais controlados ou em experiências pontuais, principalmente em países de renda mais alta. Com esses resultados, publicados no The LancetRegional Health – Americas, mostramos que, com estratégias e ferramentas diagnósticas corretas, é possível salvar milhares de vidas no Brasil e no mundo e de fato erradicar o câncer de colo de útero”, afirma.
Um estudo clínico que virou política pública
Em 2017, a Prefeitura Municipal de Indaiatuba criou uma Portaria7 para instituir, no Sistema Único de Saúde (SUS), o rastreamento por teste de DNA-HPV, substituindo o Papanicolau. Paralelamente, promoveu condições para a realização do estudo, aliadas aos testes da Roche e a um software desenvolvido pela empresa. Instalado em todas as unidades de saúde da cidade, o Tracking for Life foi essencial para organizar o novo fluxo de amostras e resultados, capacitar os profissionais de saúde para o uso dos novos algoritmos, garantir que os exames fossem feitos nos intervalos adequados e permitir o registro online das pacientes, evitando a dependência dos dados em papel, além de gerar estatísticas e relatórios. Para se ter uma ideia, a máquina analisa o teste e a própria ferramenta comunica o resultado ao sistema de informática da rede de saúde da Prefeitura, economizando recursos financeiros antes alocados para isso.
Outra decisão da Prefeitura, amparada pela assessoria dos pesquisadores da Unicamp, foi modificar a estratégia de imunização contra o HPV, antecipando a vacinação dos meninos para a partir dos nove anos, como já ocorria com as meninas. Também foram tomadas medidas para que a cobertura vacinal atingisse o mínimo necessário para conter a transmissão do vírus (80%), diferentemente do que ocorre no restante do Brasil, principalmente pelo estigma associado ao início da vida sexual. A principal delas foi voltar a oferecer a vacinação nas escolas a partir de 2018. “Nosso objetivo foi inaugurar uma política pública completa e consistente para erradicar o câncer de colo de útero, uma doença 100% evitável. Tenho certeza de que esses dados serão úteis para outros gestores de saúde interessados em salvar vidas e em utilizar de maneira mais adequada os recursos disponíveis para a saúde, com responsabilidade e coragem”, disse o Dr. Túlio José Tomas, médico ginecologista e vice-prefeito de Indaiatuba. A expectativa é de que, em 10 anos, já não ocorram mais casos da doença na cidade.
Para Carlos Martins, CEO da Roche Diagnóstica, a experiência representa uma excelente oportunidade para mostrar que políticas públicas podem ser eficientes quando bem planejadas e executadas de forma colaborativa, inclusive com a iniciativa privada, o que exige a digitalização da saúde e uso inteligente de dados. “Como empresa de biotecnologia 100% focada em inovação, desenvolver soluções diagnósticas só faz sentido se for para transformar a vidas das pessoas. Com base em nossa expertise em medicina personalizada e no nosso propósito de fazer agora o que as pessoas precisarão amanhã, procuramos colaborar em programas como esse, que contribuem para a sustentabilidade dos sistemas de saúde”, destaca.
Fonte/Texto: Divulgação Roche/FCM/Prefeitura de Indaiatuba – Fotos: Antonio Scarpinetti – Foto Capa: Rawpixel