Vacinação infantil: decisão passará por consulta e audiência públicas

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou hoje (18) que a decisão do governo em vacinar crianças de 5 a 11 anos será tomada no dia 5 de janeiro, após audiência pública a ser realizada no dia anterior. Em conversa com jornalistas, Queiroga disse que a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não é decisão suficiente para viabilizar a vacinação para esse grupo.

“[Só a autorização da Anvisa] não é suficiente. Porque, se você olhar todas as políticas públicas do Ministério da Saúde e verificar todas as autorizações que a Anvisa deu em relação a medicamentos, a dispositivos médicos, basta ver o que tem autorizado pela Anvisa e o que está incorporado no SUS [Sistema Único de Saúde]. São avaliações distintas”, explicou o ministro.

Queiroga disse que aguarda parecer da Câmara Técnica Assessora de Imunizações (CTAI). O documento será levado na próxima semana para apreciação em uma consulta pública, um mecanismo de participação social não presencial, usado por entes públicos para subsidiar o processo de tomada de decisão.

“No dia 4 de janeiro, faremos uma audiência pública para discutir o que foi oferecido em consulta pública que, em adição ao posicionamento da CTAI, servirá de base para a decisão final do Ministério da Saúde”, acrescentou o ministro.

Nesta semana, a Anvisa já havia aprovado o uso da vacina da Pfizer em crianças na faixa de 5 a 11 anos. Segundo a agência, existem evidências científicas de que o imunizante, aplicado em duas doses nesse público, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo vírus.

Questionado pelos jornalistas por que a atuação da Anvisa já não resolveria a questão, Queiroga afirmou que a decisão não é da agência, e sim dele. “Eu sou a principal autoridade sanitária do Brasil e não abro mão de exercer as minhas prerrogativas. Porque elas decorrem da decisão do mandatário máximo da nação, que me incumbiu essa missão.”

Ele destacou o papel da CTAI, órgão criado em 1975, nesse processo. “A introdução desse produto dentro de uma política pública requer uma análise mais aprofundada. E, no caso de imunizantes, a análise técnica é feita com o apoio da Câmara Técnica Assessora de Imunizações.”

O ministro também elogiou a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, e disse que confiou a ela a palavra final sobre o assunto. “Essa decisão não será uma decisão direta do ministro. O ministro é o último elemento dessa cadeia decisória. A secretária Rosana vai emitir essa decisão e nós confiamos bastante nela.”


Fonte/Texto: Agência Brasil/Marcelo Brandão – Foto: Antonio Cruz/AB

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Aumentam casos de síndrome gripal em São Paulo

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A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo identificou um aumento significativo do número de pessoas com síndrome gripal na cidade. Foram 91,8 mil atendimentos nos primeiros 15 dias de dezembro, enquanto, em todo o mês de novembro, foram 111,9 mil casos. Entre as pessoas que procuraram os serviços municipais de saúde em dezembro, quase a metade (45,3 mil) teve o caso classificado como suspeita de covid-19.

Neste ano, dos 119,8 mil casos identificados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), 205 (0,2%) do total, foram confirmados como causados pelo vírus influenza. Entre estes 20, o que representa 9,8% do total, foram identificados como influenza A (H1N1), quatro (3,8%) como influenza A (H3), 134 (34,3%) como influenza A não subtipado e 47 (19,9%)  e 47 (19,9%) como influenza B.

Gripe no Rio de Janeiro

Um boletim divulgado na semana passada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou para a presença do vírus influenza A nos casos de SRAG da população adulta e entre crianças no estado do Rio de Janeiro. Segundo o Infogripe, boletim da Fiocruz, havia risco de importação do vírus para outros grandes centros urbanos e destinos turísticos.

Monitoramento

A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que está coletando amostras das pessoas que procuram os centros de saúde com SRAG, tanto dos internados em unidades de terapia intensiva, quanto dos que procuram hospitais gerais e unidades de atendimento ambulatorial.

O trabalho abrange a rede pública e provada de saúde. As amostras são encaminhadas para o do Instituto Adolfo Lutz, responsável pela identificação do vírus causador da doença e do subtipo, em caso de influenza.


Fonte/Texto: Agência Brasil/Daniel Mello – Imagem: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

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Medicamento para câncer desenvolvido na Unicamp tem patente concedida nos EUA

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Uma tecnologia para o tratamento de câncer desenvolvida inteiramente na Unicamp obteve patente nos Estados Unidos pelo USPTO (United States Patent and Trademark Office). Um pedido de patente também foi depositado pela Agência de Inovação Inova Unicamp no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), no Brasil, e EPO (European Patent Office), escritório de patentes da Europa, ambos em fases avançadas de exame.

OncoTherad (Oncology Therapy Adjuvant) é um imunoterápico que atua de modo complementar na melhora da resposta imunológica do paciente. Ele age por meio de dois mecanismos: por um lado, ativa as células de defesa para reconhecimento e ataque aos tumores; por outro, reduz a formação de metástase e de vasos sanguíneos que alimentam o câncer. Com isso, diminui a resistência dos tumores a tratamentos convencionais, como a quimioterapia. “Esse é um momento histórico para a ciência brasileira. A concessão americana da patente abre um leque de oportunidades. Entre as vantagens, está a possibilidade de pleitear o acesso a programas de aceleração de novas drogas na FDA, a agência reguladora norte-americana, além de abrir a interlocução com grandes companhias farmacêuticas internacionais”, diz Wagner José Fávaro, professor e pesquisador da Unicamp, e inventor da tecnologia.

Na primeira fase dos testes clínicos, o medicamento se mostrou seguro, eficaz e com poucos efeitos colaterais no combate a diferentes tipos de tumores, em especial o câncer de bexiga. Ele também foi testado em pacientes oncológicos que contraíram a COVID-19, apresentando resultados promissores. Recentemente, ganhou o Prêmio de Ciência da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica.

Até o momento, 250 pacientes foram tratados com o nanofármaco sintético desenvolvido, com financiamento público, no Instituto de Biologia (IB) e no Instituto de Química (IQ). Os ensaios clínicos foram conduzidos no Hospital Municipal de Paulínia com pacientes oncológicos para os quais outras alternativas de tratamento já tinham sido esgotadas.

Resultados apresentados neste ano no 22º Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica mostraram sucesso em 77,3% dos casos de câncer de bexiga tratados experimentalmente com o OncoTherad, sem reaparecimento do tumor. Nos 22,7% de casos em que o câncer voltou, o tamanho e o grau de agressividade da doença foram menores, evitando cirurgias para retirada da bexiga, muito frequentes em recidivas tumorais desse tipo.

Docentes empreendedores

As pesquisas com o nanofármaco tiveram início em 2007 e seguiram uma trajetória pioneira incomum dentro da Universidade. O OncoTherad foi a primeira propriedade intelectual de titularidade da Unicamp licenciada com exclusividade para uma spin-off formada pelos inventores da patente, desde a aprovação da nova Política de Inovação da Unicamp, em 2019. Nessa modalidade, a NImm-Pharma é a única empresa que pode explorar o nanofármaco, uma vantagem competitiva no mercado. “Sempre escutei que o brasileiro não era capaz de fazer algo assim e nós conseguimos. A nova Política de Inovação da Unicamp permitiu que mudássemos o cenário burocrático. Agora, temos o controle da patente e, com isso, a possibilidade de articulação com outras empresas”, explica Nelson Durán, professor e pesquisador aposentado da Unicamp, inventor da patente e atual sócio administrador da NImm-Pharma.

Inicialmente, Favaro estudava o papel do sistema imunológico no câncer. A parceria com Durán, referência no Brasil em nanotecnologia, levou ao desenvolvimento da plataforma que permitiu criar em laboratório uma molécula sintética. O protocolo para o uso experimental em seres humanos foi submetido ao Conselho de Ética da Unicamp, após resultados positivos com baixa toxicidade em testes pré-clínicos e clínicos com animais. Os ensaios começaram em 2018 e foram acompanhados pelo médico urologista João Carlos Cardoso Alonso. Entre os primeiros pacientes, estavam tutores de alguns dos cães tratados inicialmente com a droga e que também lutavam contra o câncer. 

O papel da spin-off

Empresa spin-off é uma empresa criada a partir de uma tecnologia desenvolvida em uma universidade ou instituto de pesquisa. O termo também é usado para empresas criadas dentro de outra empresa, quando essa gera um novo modelo de negócios, diferente daquele desenvolvido pela empresa mãe.

No caso das tecnologias universitárias, a spin-off tem um papel muito importante no amadurecimento das tecnologias, uma vez que aquelas criadas nas universidades estão geralmente num estágio embrionário e precisam de investimento para sua viabilização. Nessa fase, os investimentos podem ser públicos, por meio de programas como o Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da Fapesp, ou privados, oriundos de investidores externos e do ecossistema empreendedor da Unicamp. “A função da empresa é vencer as etapas regulatórias. Estamos nos tornando produtores de um IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) brasileiro para o tratamento de câncer. A universidade pública e toda sociedade civil irão se beneficiar disso, com o retorno do investimento feito ao longo dos anos na pesquisa”, diz Fávaro que é sócio cotista na NImm-Pharma.

Outro diferencial da tecnologia é que se trata de um medicamento com características de plataforma, ou seja, que pode ser adaptado para outras doenças. “O OncoTherad é um medicamento para o tratamento do câncer, mas desenvolvemos uma plataforma estrutural em podemos mudar características e fazer outros nanofármacos, com funções diferentes”, revela Durán.


O imunoterápico ainda precisa ser testado em novos ensaios clínicos, realizados em diferentes centros de pesquisa (multicêntricos) com um número maior de pacientes. Para avançar para as próximas fases da pesquisa, a spin-off precisa montar uma estrutura fabril que siga as normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou ter a produção negociada com uma indústria farmacêutica. Por enquanto, o OncoTherad não pode ser comercializado nem indicado para pacientes que não façam parte do estudo. “Estamos pleiteando esse medicamento para o câncer de bexiga refratário ao tratamento, uma condição médica não atendida no Brasil, pois a medicação que existe hoje não é eficiente e falta com frequência. Se o estudo regulatório comprovar a eficácia da imunoterapia, acreditamos que em três ou quatro anos o OncoTherad estará disponível no mercado”, finaliza Fávaro.


Fonte/Texto: Agência de Inovação Inova Unicamp/Ana Paula Palazi – Foto: Pedro Amatuzzi/Agência de Inovação Inova Unicamp

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Qualidade da gordura da dieta materna pode interferir no peso de bebês ao nascer

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A dieta materna está diretamente associada à saúde do bebê durante a gestação e cientistas já avançam no entendimento dos fatores que contribuem para essa relação. Estudo realizado por pesquisadoras da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP mostra que a qualidade da gordura ingerida pela mãe está associada com o peso do recém-nascido de acordo com a idade gestacional.

“Nascer maior para a idade gestacional significa que a criança pode ter mais risco de desenvolver doenças na vida adulta e até de complicações durante o parto. Neste sentido, a pesquisa contribui para o entendimento de como a qualidade da gordura da dieta materna interfere no desenvolvimento fetal”, conta Maria Carolina de Lima, primeira autora do artigo publicado pela Nutrition em novembro e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da FMRP.

O estudo contou com 734 pares de mães com boa saúde e bebês que realizaram pré-natal em Unidades Básicas de Saúde em Ribeirão Preto, entre os anos de 2011 e 2012. “Nós empregamos dois formulários com o objetivo de registrar tudo o que foi consumido pelas entrevistadas nas últimas 24 horas. Depois, avaliamos o peso ao nascer, sexo e duração da gestação com dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc). Por fim, avaliamos a qualidade da gordura na dieta materna”, explica.

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Para entender a qualidade da ingestão de gordura das mães, as pesquisadoras trabalharam na análise de três tipos de gordura, que também podem ser chamadas de ácidos graxos: saturadas, monoinsaturadas e poli-insaturadas. As saturadas podem ser encontradas em alimentos de origem animal: carnes vermelhas e brancas, pele de aves, leite, queijo, manteiga e creme de leite. Além de origem vegetal como coco, dendê e o babaçu.

“Nascer maior para a idade gestacional significa que a criança pode ter mais risco de desenvolver doenças na vida adulta e até de complicações durante o parto. Neste sentido, a pesquisa contribui para o entendimento de como a qualidade da gordura da dieta materna interfere no desenvolvimento fetal”, conta Maria Carolina de Lima.

Já os monoinsaturados são encontrados em alimentos como abacate, castanhas, azeite de oliva e óleo de canola. O consumo desse tipo de gordura pode diminuir o LDL, que é chamado de colesterol ruim, e estimular o HDL, que é conhecido como colesterol bom. O último tipo de gordura avaliada foram as poli-insaturadas, que podem ser encontradas em ovos, óleos de soja e girassol, sardinha, salmão e azeite de oliva.

Entretanto, engana-se quem pensa que as gorduras têm apenas impacto negativo. “Os ácidos graxos tem um impacto positivo desde que consumidos em quantidade, qualidade e proporção adequadas. Dessa forma, as diretrizes internacionais preconizam a retirada da gordura trans, redução do consumo da gordura saturada e inclusão em quantidade adequada das gorduras insaturadas, que são as monoinsaturadas e poli-insaturadas”, afirma Maria Carolina.

Dessa forma, o estudo observou que a ingestão de alguns ácidos graxos apresenta um fator protetor se consumidos de forma equilibrada. “Gestantes tiveram 48% menos chance de ter filho grande para a idade gestacional com o consumo de gorduras poli-insaturadas na quantidade adequada. Os dados reforçam a importância de avaliar a qualidade da gordura ingerida e do acompanhamento do nutricionista durante a gestação”, completa.

Além de Maria Carolina, o estudo A better quality of maternal dietary fat reduces the chance of large-for-gestational-age infants: A prospective cohort study conta com autoria de Izabela da Silva Santos e de Lívia Castro Crivellenti sob orientação da professora Daniela Saes Sartorelli, todas da FMRP.


Fonte/Texto: Jornal da USP/Giovanna Grepi – Imagem: Freepik

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Governo de SP convoca 3,4 milhões de faltosos da 2ª dose da vacina de Covid-19

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O Estado de São Paulo está convocando 3,4 milhões de pessoas que ainda não tomaram a segunda dose da vacina de Covid-19 busquem os postos para se imunizar até sexta-feira (10), durante a mobilização especial organizada pelo Governo de SP para que as pessoas concluam esquemas vacinais antes do Natal e Ano Novo.

O balanço desta segunda-feira (6) contabiliza 806,7 mil pessoas que ainda precisam completar o esquema vacinal com o imunizante do Butantan/Coronavac, outras 845,3 da Fiocruz/AstraZeneca/Oxford e 1,7 milhão da Pfizer/BioNTech.

Para completar o esquema vacinal contra COVID-19, são necessárias duas doses para a vacina do Butantan (intervalo de 28 dias), da Fiocruz (8 semanas) e Pfizer (21 dias). Caso o prazo seja ultrapassado, é fundamental que o cidadão procure um posto assim que possível para orientações e para completar a imunização. O esquema vacinal da Janssen prevê apenas uma dose.

Desde o dia 1º de dezembro, o Governo de SP está intensificando a comunicação pra incentivar a população a completar o esquema vacinal e também tomar a dose adicional antes das festas de final de ano.

As Prefeituras são responsáveis pela busca ativa dos vacinados, mas o Governo de SP apoia a ação com o envio de mensagem via SMS e por e-mail à população para lembrar a data da segunda dose conforme pré-cadastro realizado no site Vacina Já ou no momento da aplicação da vacina.

Dose adicional

Toda a população adulta deve se vacinar com a dose adicional de COVID-19. A nova orientação do Plano Estadual de Imunização (PEI) segue a diretriz do Programa Nacional de Imunização (PNI) e vale para todas as pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac, Astrazeneca e Pfizer há pelo menos quatro meses, conforme redução de intervalo anunciada na última semana pelo Governo de SP.

Quem tomou a vacina da Janssen, de dose única na primeira etapa da campanha, poderá receber a dose adicional do mesmo imunizante com intervalo a partir de dois meses. No entanto, na ausência da vacina da Janssen, que é o que acontece com estado de São Paulo já que o Ministério não disponibilizou doses adicionais deste imunizante, é possível ser administrada uma dose adicional da Pfizer (vacina de RNA mensageiro).


Fonte/Texto: Portal Governo SP – Imagem: Rawpixel

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Ministério oferece mais de 21,5 mil vagas para Médicos pelo Brasil

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O Ministério da Saúde está oferecendo mais de 21,5 mil vagas no Programa Médicos pelo Brasil. Eles poderão atuar em 5.233 municípios brasileiros, ou seja, quase 94% do país. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nessa sexta-feira (3). O objetivo é reforçar o Sistema Único de Saúde (SUS).

O programa vai substituir gradativamente o Projeto Mais Médicos para o Brasil na Atenção Primária à Saúde (APS). São oferecidos aos médicos selecionados para o programa a formação em medicina de família e comunidade, avaliação de desempenho, possibilidade de contratação por meio do regime CLT, a progressão de carreira (para diminuir a rotatividade) e gratificação para atuar em áreas remotas e de saúde indígena.

Os gestores de saúde dos municípios elegíveis devem fazer a adesão ao Médicos pelo Brasil, cujo edital deve ser publicado segunda-feira (6). O edital do processo seletivo para médicos também será publicado neste mês.

“A recomendação é que os gestores não percam a oportunidade de levar saúde e a presença de médicos qualificados para atender com dignidade o cidadão”, disse o secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara. Ele preside o Conselho Deliberativo da Agência de Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), responsável por executar o novo programa.

Os munícipios foram escolhidos levando em consideração a alta vulnerabilidade e o fato de vários estarem em áreas rurais remotas. 

O Médicos pelo Brasil foi lançado em 2019 com o objetivo de estruturar a carreira médica federal para locais com dificuldade de provimento e alta vulnerabilidade. O orçamento previsto para execução no primeiro ano de trabalho é de R$ 1,2 bilhão.

Confira aqui e veja a relação de municípios aptos para participação no Programa Médicos pelo Brasil.

*Com informações do Ministério da Saúde


Fonte/Texto: Agência Brasil – Imagem: Rawpixel

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ANVISA – Variante Ômicron foi identificada no território nacional

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A Anvisa informa que serão enviadas para análise laboratorial confirmatória as amostras de dois brasileiros que, preliminarmente, apresentaram resultado laboratorial positivo para a variante ômicron do Sars-Cov-2, após testagem realizada pelo laboratório Albert Einstein.

Tal testagem deve-se ao fato de que um passageiro vindo da África do Sul e que desembarcou em Guarulhos no dia 23/11, portando resultado de RT-PCR negativo, com vistas a se preparar para a viagem de regresso à África do Sul, procurou o laboratório localizado no aeroporto de Guarulhos, no dia 25/11, para, já na companhia de sua esposa, realizar o teste de RT-PCR requerido para o retorno. Naquele momento, ambos testaram positivo para a Covid-19 e o fato foi comunicado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de São Paulo.

Diante dos resultados positivos, o laboratório Albert Einstein adotou a iniciativa de realizar o sequenciamento genético das amostras. Ademais, o laboratório notificou a Anvisa sobre os resultados positivos dos testes e sobre o início dos procedimentos para sequenciamento genético no dia 29/11 e, na data de hoje, 30/11, informou que, em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2.

De acordo com os protocolos nacionais, o material deve ser enviado ao Instituto Adolfo Lutz (IAL) para fins de confirmação do sequenciamento genético.
A Anvisa também oficiou o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo sobre o evento em saúde identificado na data de hoje para adoção das medidas de saúde pública pertinentes.

Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede CIEVS, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19.

A Agência ressalta que a entrada do passageiro no Brasil ocorreu no dia 23/11, ou seja, antes da notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada pela primeira vez à Organização Mundial de Saúde (OMS) pela África do Sul no dia 24 de novembro. A entrada também foi anterior à edição da Portaria Interministerial CC-PR/MS/MJSP/MINFRA n° 660, de 27 de Novembro de 2021, que proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul e que também suspendeu, em caráter temporário, a autorização de embarque para o Brasil de viajantes estrangeiros, procedentes ou com passagem, nos últimos 14 dias antes do embarque, por esse país.

Entenda as restrições

Conforme recomendação da Anvisa, a Portaria Interministerial nº 660, de 27 de novembro de 2021, proibiu voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.

De acordo com a Portaria vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem pela República da África do Sul, República do Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue, nos últimos quatorze dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena, por quatorze dias, na cidade do seu destino final.

A Anvisa, desde a última sexta-feira, 26/11, ao identificar o risco de transmissão da nova variante Ômicron, já vem atuando para captação de eventuais riscos de sua disseminação no Brasil.


Fonte/Texto: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa / Imagem: Arquivo/Rawpixel

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Saúde promove 14ª edição de campanha de testagem de HIV e Sífilis

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No Dia Mundial da Luta Contra a Aids (1º de dezembro), a Secretaria de Estado da Saúde dá início a 14ª edição da campanha anual “Fique Sabendo” em todo o estado de São Paulo. Neste ano, 622 municípios (96,4%) aderiram à iniciativa e irão promover ações de intensificação de testagem de HIV e Sífilis junto às populações mais expostas às doenças.

Por todo o Estado, deverão ocorrer cerca de 365 mil exames, em sua grande maioria realizados pelo método rápido, com resultado no mesmo dia. Serão 150,1 mil testes rápidos de HIV e 148,8 mil de sífilis, com oferta também de exames convencionais (37,9 mil de HIV e 28,2 mil de sífilis).

A campanha é realizada pelo Centro de Referência e Treinamento IST/Aids-SP em parceria com o programa de Saúde do Adolescente, ambos da pasta estadual, e conta com o apoio da Secretaria de Administração Penitenciária e da área de Atenção Básica.

Cada município será responsável por desenvolver as estratégias apropriadas para sua localidade, adotando as medidas de prevenção e proteção contra a COVID-19. Cerca de 37% (229) dos municípios participantes sinalizaram ampliação de suas programações para os fins de semana, além dos dias úteis.

“Fazer o diagnóstico e tratar as pessoas que vivem com estas doenças é uma forma efetiva de melhorar a qualidade de vida e quebrar a cadeia de transmissão. Justamente por isso a campanha anual intensifica um trabalho que o SUS realiza durante o ano todo voltado à prevenção das ISTs (Infeccções Sexualmente Transmissíveis)”, comenta o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

A Fique Sabendo visa levar os testes a mais pessoas, com garantia de sigilo, confiança, qualidade no processo diagnóstico, vinculação à referência e acesso oportuno ao tratamento. Por isso, além das 4,9 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) que realizarão ações, há também atividades extramuros de testagem, que ampliam o acesso ao serviço em locais fora das unidades de saúde e 53,8% dos municípios farão esse tipo de ação.

Embora a campanha ocorra no mês de dezembro, o Estado de São Paulo oferta testes para HIV e sífilis gratuitos o ano todo. Saiba onde no site: www.crt.saude.sp.gov.br, ou pelo Disque IST/Aids: 0800-16-25-50. Há também o WhatsApp ‘Conversaria sem tabu” no número (11) 99130-3310, e nas redes sociais do CRT: @crtaidssp.

Fique Sabendo na capital

A Secretaria promove, das 9h às 14h em 1º de dezembro, ação de testagem na Casa do Adolescente de Heliópolis, localizada dentro do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Barradas. Serão disponibilizados 110 testes para HIV e 110 para sífilis, além de 10 mil camisinhas masculinas (externas) e 2 mil femininas (internas), entre outros itens. Além disso, o evento terá atividades diversas de prevenção combinada. O evento será aberto ao público e o acesso é feito pelo endereço Avenida Almirante Delamare, nº 1.534 – Cidade Nova Heliópolis, zona Sul da Capital.

Já na Estação Sacomã do Metrô, da linha 2-Verde, o mutirão vai das 10h às 15h. No local, serão ofertados cerca de 600 autotestes para HIV, com distribuição de 7,2 mil preservativos masculinos (externos), 2 mil preservativos femininos (internos), gel lubrificante e folders de conscientização, com apoio da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).

Na estação Luz do Metrô, da linha 1-Azul, a ação ocorre das 10h às 14h. Além de 600 autotestes, serão disponibilizados também 300 testes rápidos de HIV e Sífilis, com acolhimento, aconselhamento e encaminhamento para tratamento caso necessário.

Já o CRT promove ações durante os sete dias da campanha, com cabines de autoteste das 9h às 17h, todos os dias. Em 2 de dezembro, todos que passarem pela cabine poderão realizar também testes para sífilis.

A campanha perdura durante todo o mês do “Dezembro Vermelho”, com ações no Pátio do Colégio, no centro de São Paulo, em 9 de dezembro. Este evento conta com a parceria da Secretaria da Justiça e disponibilizará 300 testes rápidos de HIV, 300 autotestes de HIV, 7,2 mil preservativos masculinos (externos) e 2 mil femininos (internos).

Nos dias 10 e 13, o CRT promove ainda oficinas de Prevenção Combinada no complexo do Brás, em parceria com a Fundação Casa, reunindo representantes de cada Centro: Brás, Mauá, Litoral e Piracicaba. Serão quatro oficinas, sendo duas em 10 de dezembro, e duas em 13 de dezembro. O objetivo é levar informações sobre as novas estratégias de prevenção ao HIV e Aids, diversidade sexual e zero discriminação, destinadas aos vários trabalhadores da Fundação Casa.

Sobre HIV e sífilis

Ambos os vírus podem ser transmitidos ou adquiridos através da relação sexual desprotegida, ou por meio do contato com mucosas ou área ferida do corpo, além do compartilhamento de seringas e agulhas. Também pode ocorrer transmissão congênita, ou seja, quando as crianças já nascem portadoras dos vírus.

Nem toda a pessoa que se infecta pelo HIV tem Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). Isto porque algumas pessoas podem não desenvolver sintomas mesmo após a infecção e neste caso, passam a viver com o vírus. A Aids é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV e surge quando o organismo apresenta baixa imunidade, facilitando o aparecimento de outras infecções oportunistas. O primeiro caso da doença ocorreu em SP em 1980 e, até junho de 2020, foram notificados 281.093 casos de Aids. Até junho de 2021, foram 121.919 infecções pelo HIV.

Há também três classificações da sífilis: a adquirida, por meio de relação sexual; a congênita, por transmissão vertical (da mãe para bebê); e gestacional (infecção no período de gestação). Em SP, foram notificados, em 2019, 37.299 casos de sífilis adquirida, 4.013 de congênita e 12.676 casos em gestantes. Em 2020, até junho, foram 4.615 em gestantes, 1.391 de congênita e 9.915 adquirida.


Fonte/Teto: Portal Governo SP – Imagem: Rawpixel

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Ao chegar da África brasileiro testa positivo para covid-19

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou neste domingo (28) que um brasileiro com passagem pela África do Sul testou positivo para covid-19 ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Não foi confirmado se o passageiro está contaminado pela variante Ômicron.

De acordo com a Anvisa, o passageiro chegou ao país no sábado (27), em um voo da Ethiopian Airlines, apresentou um teste negativo feito na origem do voo, conforme determina uma portaria interministerial, e estava assintomático. No entanto, um novo teste PCR, realizado em um laboratório do aeroporto, deu positivo. O cidadão é vacinado contra a covid-19.

Após a identificação, autoridades de saúde foram notificadas pela Agência. “Após a identificação e testagem com resultado positivo para covid-19, o paciente foi colocado em isolamento e já cumpre quarentena residencial. Os órgãos de saúde estadual e municipal passam a fazer o monitoramento do caso. O Ministério da Saúde acompanha o caso”, informou o órgão.

As restrições a viajantes oriundos de países da África começam a valer somente hoje (29), mas a Anvisa já está atuando diante do risco de transmissão da variante Ômicron.

Na semana passada, o surgimento de uma variante do novo coronavírus foi confirmado em regiões da África. Batizada de Ômicron – letra grega correspondente à letra “o” do alfabeto -, a cepa B.1.1.529 foi identificada em Botsuana, país vizinho à África do Sul, em meados de novembro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante pode se tornar responsável pela maior parte de novos registros de infecção pelo novo coronavírus em províncias sul-africanas.

No Brasil, ainda não foi registrado nenhum caso da Ômicron. Por medida de precaução, a partir desta segunda, o governo federal decidiu restringir e entrada de passageiros oriundos da África do Sul, Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue, Eswatini (ex-Suazilândia), Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.


Fonte/Texto: Agência Brasil
Imagem: Rawpixel

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4,1 milhões de pessoas ainda precisam tomar a segunda da vacina de COVID-19

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O Governo de SP fez um alerta nesta quinta-feira (25) aos 4,1 milhões de pessoas que ainda não compareceram para tomar a segunda dose da vacina de Covid-19 para que busquem os postos para se imunizar.

O número de faltosos reduziu cerca de 22% se comparados a 15 dias atrás quanto o estado tinha 5,3 milhões de pessoas para se vacinar, mas ainda é considerado bastante alto pelos técnicos da Secretaria de Estado da Saúde.

O balanço da tarde de hoje contabiliza 845 mil pessoas que ainda precisam completar o esquema vacinal com o imunizante do Butantan/Coronavac. outras 971 mil da Fiocruz/Astrazeneca/Oxford e 2,3 milhões da Pfizer/BioNTech.

“Aqueles que tomaram a primeira dose precisam retornar aos postos de vacinação para tomar a segunda dose e desta forma estarem totalmente protegidos. É fundamental que as pessoas se conscientizem sobre a importância da segunda dose”, afirma a Coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula.

Para completar o esquema vacinal contra COVID-19, são necessárias duas doses tanto da vacina do Butantan (intervalo de 28 dias) quanto da Fiocruz (8 semanas) e Pfizer (21 dias). Caso o prazo seja ultrapassado, é fundamental que o cidadão procure um posto assim que possível para orientações e para completar a imunização. O esquema vacinal da Janssen prevê apenas uma dose.

As Prefeituras são responsáveis pela busca ativa dos vacinados, mas o Governo de SP apoia a ação com o envio de mensagem via SMS e por e-mail à população para lembrar a data da segunda dose conforme pré-cadastro realizado no site Vacina Já ou no momento da aplicação da vacina.

Dose Adicional

Além disso, toda a população adulta pode se vacinar com a dose adicional de COVID-19. A nova orientação do Plano Estadual de Imunização (PEI) segue a diretriz do Programa Nacional de Imunização (PNI) e vale para todas as pessoas que tomaram as duas doses há pelo menos cinco meses, ou seja, quem completou seu ciclo vacinação até o mês de junho.

Importante destacar que os imunizantes disponíveis na rede pública de saúde são seguros, eficazes e podem ser utilizados nesta estratégia vacinal. Assim, em São Paulo o imunizante para a dose de reforço será aquele que estiver disponível no posto de saúde: Pfizer, Coronavac e até mesmo Astrazeneca.


Fonte/Texto: Portal Governo SP
Imagem: Rawpixel

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