Diante do calor intenso, clima seco e a ameaça das queimadas, os riscos de ocorrências de problemas respiratórios e cardiovasculares aumentam. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as chances de um infarto podem subir em até 20% em dias de clima quente e intenso.
O Instituto de Cardiologia, vinculado ao Ministério da Saúde, verificou um aumento de 15% nas internações por problemas no coração em períodos de calor extremo.
De acordo com Celso Amoedo, médico cardiologista do Hcor e da Unifesp, temperaturas muito altas podem levar o coração a trabalhar mais.
“O calor extremo faz com que o nosso corpo precise jogar esse calor para fora, então, ele faz o que a gente chama de vasodilatação. Essa vasodilatação faz com que o coração tenha um trabalho maior para bombear sangue, porque o território aumentou, e aí o coração trabalha demais, aumenta a frequência cardíaca e isso pode gerar tanto a arritmias, quando o coração bate fora do ritmo normal, benignas ou malignas, quanto um aceleramento no indivíduo que já tem previamente algum comprometimento cardiovascular, o que pode piorar a situação”, explica.
O Governo de São Paulo adotou medidas para garantir o estoque de medicamentos e insumos, como o oxigênio, nas unidades de saúde, diante do cenário de tempo seco, alta ocorrência de incêndios e piora na qualidade do ar. A Secretaria de Estado da Saúde reforçou a aquisição dos materiais e intensificou as orientações em saúde.
A Pasta mantém monitoramento contínuo dos estoques e insumos e todas as unidades de saúde para garantir o abastecimento. Para a população, a hidratação continua sendo a recomendação mais importante para preservar a saúde. Os cuidados devem ser redobrados em todas as faixas etárias.
o entanto, idosos, gestantes e crianças precisam aumentar o consumo de água, assim como lactantes de bebês em amamentação exclusiva. Pacientes com doenças crônicas devem reforçar a atenção com o tratamento.
“É fundamental que pessoas já diagnosticadas com problemas respiratórios, não deixem de seguir as orientações indicadas pelo seu médico”, reforça Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde.
O paciente que já possui indicação de utilizar bombinha em momentos de crise, deve começar a utilizar neste momento. Manter os ambientes com umidade e temperatura adequados é um ponto de atenção para a população. Baldes e bacias com água podem ser utilizados. E umidificadores e climatizadores precisam ser limpos e ter os filtros trocados periodicamente.
As atividades físicas não devem ser realizadas em áreas externas. O uso de máscara em áreas de queimadas pode ser adotado como medida de reforço à proteção da saúde.
Atenção às principais medidas para proteger a saúde:
• Aumentar o consumo de água e líquidos! Gestantes, lactantes idosos e crianças precisam ingerir água com frequência; • Doentes crônicos com prescrição médica de uso contínuo de “bombinha”, devem manter o tratamento indicado; quem possui indicação médica de uso em momentos de crise, deve iniciar o uso preventivo; • Manter a umidade e temperatura dentro de casa, por meio de baldes e bacias com água, ou umidificadores e climatizadores, que devem ser higienizados regularmente; • Manter portas e janelas fechadas, para reduzir a entrada de partículas; • Em regiões de queimadas, como proteção adicional, a sugestão é de, quando sair de casa, utilizar máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente.
InCor disponibiliza vídeos para uso de bombinhas e espaçadores
O Hospital do Coração do Hospital das Clínicas disponibiliza em sua página vídeos para orientar pacientes e familiares a utilizar espaçadores e nebulímetro, conhecidos popularmente como bombinhas. Segue o link para acessar por meio de um celular ou computador: https://www2.incor.usp.br/sites/incor2022/videos/asma-dpoc/
A vacina trivalente da gripe, produzida pelo Instituto Butantan e distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a principal forma de prevenção contra a doença e suas complicações, como pneumonias e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que podem levar à morte. A formulação da vacina de 2024 é composta por duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa de influenza B, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para garantir uma proteção eficiente, o imunizante precisa ser atualizado anualmente, mesmo que isso signifique a mudança de uma ou das demais cepas da composição. A OMS monitora os vírus e suas variantes nos hemisférios norte e sul, e, seis meses antes do início do inverno, período de maior transmissão viral, anuncia as três principais cepas que devem estar na formulação dos imunizantes do ano seguinte.
Por isso, todos os anos o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A campanha foca principalmente nos grupos prioritários, como crianças menores de cinco anos, idosos, gestantes e doentes crônicos, entre outros públicos, considerados mais suscetíveis às complicações.
“A vacina do ano anterior não necessariamente trará proteção contra as cepas circulantes neste ano. Por isso é importante tomar a vacina da gripe a cada nova campanha. A formulação da vacina da gripe de 2024 é composta pelas cepas predominantes no hemisfério Sul: duas cepas da influenza A e uma cepa de influenza B, que tende a causar um quadro exacerbado de gripe em crianças pequenas”, afirma a gerente médica de segurança do Butantan, Karina Miyaji.
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus influenza, que tem grande potencial de transmissão. O influenza pode ser dos tipos A, B, C ou D e corresponder a mais de 30 mil subtipos diferentes. Os vírus são formados por proteínas chamadas hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA) e podem causar os mesmos sintomas da doença. Os tipos A e B são os que atingem os humanos, e ao menos três causam doenças: H2N2, H1N1 e H3N2.
A vacinação é capaz de controlar a disseminação de Influenza, como a que ocorreu em relação à influenza A (H1N1) entre 2009 e 2010. A Organização Mundial da Saúde (OMS)decretou uma pandemia da doença em junho de 2009, após o vírus acarretar surtos na América do Norte e rapidamente se espalhar pelo mundo. “As novas cepas de influenza que causam pandemias se originam de rearranjos genéticos de vírus de animais, como porcos e aves selvagens”, explica Karina.
Na época, ao contrário dos padrões típicos da gripe sazonal, o influenza A (H1N1) causou elevados níveis de infecções no verão no hemisfério norte, e depois níveis de atividade ainda mais elevados nos meses mais frios. O novo vírus também acarretou sintomas mais graves e maior mortalidade não observados em infecções recentes por influenza.
No Brasil, o H1N1 foi detectado em maio de 2009, concentrando-se primeiramente no sul e sudeste, mas depois se espalhando pelo país. Ao longo daquele ano, foram registrados quase 60 mil casos e mais de 2 mil mortes. Gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas foram as maiores vítimas.
“O estado gestacional causa várias alterações imunológicas, endocrinológicas e hormonais que tornam a gestante mais suscetível a infecções e a sintomas mais intensos em caso de infecção por influenza. A vacinação previne essas complicações na gestante e oferece uma dupla vantagem ao bebê”, esclarece Karina Miyaji.
A gripe tende a ser mais grave nos idosos basicamente por causa de um fenômeno chamado imunossenescência. Foto: Divulgação
Vacinação conteve pandemia
A pandemia foi contida com a produção e oferta de vacinas, que começaram a ser desenvolvidas no segundo semestre de 2009 e disponibilizadas para vários países em 2010, inclusive para o Brasil. Na época, o governo federal fechou um acordo de licenciamento e transferência tecnológica da vacina Influenza da farmacêutica Sanofi Pasteur para o Instituto Butantan e, em 2010, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adquiriu 83 milhões de doses de vacina contra a H1N1.
A OMS decretou o fim da pandemia de influenza A (H1N1) em agosto de 2010, graças ao sucesso da vacinação. Foram notificadas oficialmente cerca de 18 mil mortes pela Influenza A (H1N1) entre abril de 2009 e agosto de 2010 em todo o mundo.
“As campanhas de vacinação começam pelos grupos prioritários porque eles podem desenvolver um quadro bem grave de influenza. Vimos isso na última pandemia de influenza H1N1 em meados de 2009 e 2010 quando muitas pessoas agravaram por causa da doença e vimos várias mortes de grávidas”, afirma Karina Miyaji.
Atualmente, o Butantan fabrica mais de 80 milhões de dose da vacina Influenza todos os anos, que são distribuídas via PNI pelo SUS. Como o vírus influenza A (H1N1) continua circulando entre humanos no planeta, ele continua sendo incluído na formulação vacinal e recomendado anualmente, principalmente aos grupos mais vulneráveis.
Idosos e crianças: maiores vítimas da H1N1
A influenza está relacionada à alta taxa de hospitalização em crianças porque elas ainda não têm imunidade para combater o vírus. Foto: Divulgação
O Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que o influenza A (H1N1) é responsável pela maioria das mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em crianças menores de dois anos e idosos acima de 65 anos neste ano. “Na população entre 5 e 64 anos, a presença do vírus influenza A predomina entre os óbitos por Srag”, destaca o boletim referente à semana epidemiológica 32 (4/8 a 10/8).
A influenza está relacionada à alta taxa de hospitalização em crianças porque elas ainda não têm imunidade para combater o vírus.“Crianças pequenas podem responder mal à gripe devido à imaturidade de seu sistema imunológico, da mesma forma que as grávidas, que já estão com o sistema imune alterado pelos hormônios e transformações da gestação. Nas pessoas saudáveis, além de proteger, a vacinação ajuda a passar pela doença de forma assintomática ou a abrandar sintomas”, esclarece Karina Miyaji.
Já nos idosos, a gripe tende a ser mais grave basicamente por causa de um fenômeno chamado imunossenescência, que é a queda das defesas imunológicas ocorrida com avanço da idade e por comorbidades, que os deixa mais propensos a adoecer de forma grave em caso de gripe.
“Grande parte das internações por Influenza são de idosos. Isso ocorre, sobretudo, pelo enfraquecimento do sistema imunológico ocorrido com o envelhecimento, associado a comorbidades como diabetes, problemas pulmonares, problemas renais e hepáticos, que ajudam a debilitar ainda mais o sistema imune”, conclui Karina Miyaji.
Uma reversão de cenários ocorreu no Brasil quanto às mulheres fumantes, segundo estudo desenvolvido pelo epidemiologista e pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (Inca) André Szklo, em parceria com profissionais da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins Bloomberg. De 2013 a 2019, houve aumento na proporção de fumantes entre as gestantes, de 4,7% para 8,5%, e queda no percentual das mulheres não grávidas que fumam, de 9,6% para 8,4%.
O estudo resultou no artigo Proporção de fumantes entre gestantes no Brasil em 2013 e 2019: não era o que esperávamos quando elas estavam esperando, publicado na revista Nicotine & Tobacco Research.
De acordo com o estudo, a parcela de mulheres com menos de 25 anos e escolaridade menor do que o ensino fundamental completo apresentou, em 2019, proporção de fumantes grávidas superior àquela observada entre as mulheres não grávidas.
Segundo o pesquisador, tais achados mostram que o Brasil precisa retomar ações efetivas para reduzir a iniciação ao uso do tabaco e estimular a cessação do tabagismo. “É o caso da medida voltada ao aumento de preços e impostos sobre os produtos derivados do tabaco, por exemplo”.
Em 2019, as grávidas usavam ou já haviam experimentado dispositivos eletrônicos para fumar (vapes) numa proporção 50% superior à das não grávidas. “Esse dado reflete o marketing da indústria do tabaco, que propaga a ideia de que esses dispositivos causam menos danos à saúde em relação ao tabagismo ativo e passivo, o que não é verdade”, disse André Szklo.
Foi revelado ainda que cerca de dois terços das grávidas fumantes viviam em residências onde era permitido fumar, e o uso dos dispositivos nesses ambientes superou em cerca de 70% a proporção observada em casas livres do fumo. “Isso mostra a contribuição dos dispositivos, sejam usados isoladamente ou de forma combinada ao cigarro tradicional, para uma maior aceitação social desse comportamento de risco e, consequentemente, para a manutenção da dependência à nicotina durante a gestação”, destaca André Szklo.
O pesquisador lembra que o monitoramento do uso de tabaco durante a gravidez é fundamental para que se alcance os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Nações Unidas, especialmente o de número 3, que se refere a saúde e bem-estar das próximas gerações.
“Fumar durante a gestação representa várias ameaças à saúde: afeta a mãe e o feto, o recém-nascido, a criança e o jovem, que, provavelmente, crescerá em um ambiente social de maior aceitação do uso de tabaco, expondo-o ao fumo passivo e aumentando a probabilidade de iniciação ao tabagismo”, alerta o pesquisador do Inca.
O estudo foi lançado no Inca nesta quinta-feira (29), quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Tabagismo.
“A gente está falando de um produto que a pessoa antes de nascer, na sua formação inicial, ela já está sendo prejudicada por esse produto. Esse produto tem que ser eliminado de qualquer maneira. Qualquer produto que mata um em cada dois usuários não tem nenhuma razão de existir. É um veneno”, disse o diretor do Inca, Roberto Gil, lembrando que 8 milhões de pessoas morrem no mundo todos os anos por causa do tabaco e há 1,3 milhão de mortes por fumo passivo.
Patrícia Barreto, pneumologista do Instituto Nacional Fernandes Figueira, destacou que a população pediátrica soma mais de 160 mil crianças no mundo que sofrem ou morrem em decorrência direta ou indireta do tabagismo passivo. “O tabagismo é uma grave ameaça. É uma doença com capacidade de prevenção que mais mata no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, até 2020, 22% de pessoas no mundo eram tabagistas e dessas 7% eram mulheres. No Brasil, os últimos dados que a gente tem houve uma queda de 1983 para 2019, a gente tem uma queda histórica de pessoas que fumam no Brasil. Entretanto, a gente sabe que a população feminina e jovem ainda abarca percentuais que não estão em queda. A população jovem vem experimentando um aumento independentemente da classe social e do nível de escolaridade.”
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, nesta terça-feira (27), uma audiência pública para debater doenças raras. A reunião da Comissão de Saúde, presidida pela deputada Bruna Furlan (PSDB), reuniu especialistas para discutir os desafios no diagnóstico e tratamento de doenças raras através do sistema público de Saúde.
No Brasil, são consideradas doenças raras aquelas que afetam até 65 pessoas em cada 100 mil.
A alta taxa de mortalidade entre crianças com enfermidades pouco conhecidas também foi abordada. “Não é mais aceitável que, com tantas tecnologias de diagnósticos, com tanto entendimento sobre tratamento, que o paciente morra antes dos 5 anos de idade e sem diagnóstico”, pontuou Antoine Daher, presidente da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras.
De acordo com Daher, o diagnóstico rápido é essencial para retardar sequelas e é também uma forma de otimizar recursos públicos destinados à Saúde.
A importância da realização do exame de triagem neonatal, conhecido como “teste do pezinho”, foi enfatizada durante a reunião. A análise de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido possibilita o diagnóstico de doenças genéticas, metabólicas, imunológicas e infecciosas.
A coleta, que deve ocorrer após 48 horas do nascimento até o 5° dia de vida do bebê, é assegurada em todo o Estado pela Lei nº 10.889, de 20 de setembro de 2001. Apesar disso, a proposição que amplia a detecção de doenças raras por meio do teste, é a Lei Federal nº 14.154, de 26 de meio de 2021.
A deputada Bruna Furlan reuniu especialistas para discutir os desafios no diagnóstico e tratamento de doenças raras. – Foto: Carol Jacob/Alesp
No entanto, de acordo com a coordenadora estadual do Programa Nacional de Triagem Neonatal do Estado de São Paulo, Carmela Maggiuzzo Grindler, o Poder Público deve ofertar para todos, de forma gratuita, o exame completo. “Nós temos a capacidade técnica-operacional de fazer o diagnóstico precoce e incluir o paciente na lista dos serviços de atenção especializada”, considerou.
A deputada Maria Lucia Amary (PSDB) tratou sobre as movimentações para viabilizar a construção do primeiro Hospital de Doenças Raras do mundo. “A última conquista que tivemos foi a área para a construção do primeiro hospital de doenças raras, na Vila Mariana”, disse ela.
A parlamentar explicou que existe uma integração entre os governos federal, estadual e municipal junto à Organização Casa Hunter e outras instituições para o desenvolvimento do projeto.
Ao final do evento, pessoas com doenças consideradas raras puderam explanar necessidades e tirar dúvidas.
O deputado Luís Claudio Marcolino (PT) também esteve presente.
Imunizante começou a ser aplicado em junho deste ano para o público com idade entre 10 e 14 anos; município adotou outras ações de combate ao mosquito, como a entrega de 32 mil repelentes
A Prefeitura de Santana de Parnaíba, por meio da Secretaria de Saúde, segue com a campanha de vacinação contra a dengue nas unidades de saúde. De acordo com a pasta, de junho até esta quarta-feira (14/8), foram registradas 1.413 doses de vacina Qdenga aplicadas na cidade, conforme o SIPNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde (MS).
As doses estão sendo disponibilizadas em todas as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e USAs (Unidades de Saúde Avançadas) do município, de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Para se vacinar, a pessoa precisa levar o RG e a carteirinha de vacinação (Confira os endereços das unidades de saúde por meio do link: https://www.santanadeparnaiba.sp.gov.br/unidades_saude.html)
O imunizante contra a dengue está sendo aplicado em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos porque se trata do grupo com maior número de internações pela doença, de acordo com o MS. Para proteção completa, são necessárias duas doses da vacina. No final de 2023, a Qdenga foi incluída no SUS (Sistema Único de Saúde) depois de análise da Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec). O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.
Em Santana de Parnaíba, a gestão adotou várias estratégias para que a vacinação atingisse de forma satisfatória o público-alvo. Entre as ações, foram realizadas campanhas de vacinação nas escolas, visita de agentes de combate às endemias nas residências, apresentações teatrais sobre os riscos da dengue, palestras informativas e ampla divulgação por meio de materiais impressos e nas redes sociais.
Além disso, em março deste ano, a gestão reforçou a prevenção contra a dengue com a entrega de 32 mil repelentes de forma gratuita em todos os colégios municipais. O repelente é eficiente contra o aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, além de oferecer sensação refrescante e calmante por suas propriedades de Aloe Vera e Camomila.
Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretar, na semana passada, a doença infecciosa mpox, transmitida pelo vírus Monkeypox, como emergência em saúde mundial, o governo de São Paulo passou a monitorar os casos com mais atenção e está elaborando notas informativas sobre a doença, conhecida popularmente como varíola dos macacos.
O objetivo é orientar a sociedade. Os serviços de saúde de todo o estado já têm recomendações técnicas divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) para o monitoramento e acompanhamento da doença, para ajudar a população preventivamente.
Segundo a OMS, com surto epidêmico em cerca de 15 países do continente africano, a versão atual do vírus que está se espalhando não é a mesma do surto mundial ocorrido em 2022.
De acordo com o governo paulista, um plano de contingência foi montado durante a alta de casos em 2022 e a rede de saúde está preparada para identificação e cuidados em relação à doença.
Segundo balanço recente, de janeiro a julho deste ano foram confirmados 315 casos da doença em São Paulo, número bastante inferior aos 4.129 casos confirmados em 2022, quando a doença atingiu o pico no estado. Em 2023, no mesmo período, foram confirmados 88 casos.
“A mpox se tornou uma nova emergência de saúde pública global devido à cepa 1b, que pode ter potencial transmissor ainda maior. Mesmo não havendo motivos para alarde em São Paulo, é fundamental a vigilância e monitoramento, além de seguirmos as recomendações para que a doença não se propague.
Como referência para o atendimento de casos da doença, o governo paulista conta com o Hospital Emílio Ribas, informou a coordenadora de saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Regiane de Paula.
A Mpox é transmitida pelo vírus Monkeypox, por meio de pessoas, animais ou objetos contaminados, e tem como principal sintoma erupções cutâneas e lesões na pele. O diagnóstico é feito em laboratório, pela secreção das lesões ou das crostas, quando o ferimento já está seco. Entre os sintomas estão linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
O tempo de intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação da doença é entre 3 a 16 dias. A partir do desaparecimento das erupções na pele, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus. As lesões podem ser planas ou com relevo, com a presença de líquido claro ou amarelado, e tendem a surgir em qualquer parte do corpo, sobretudo no rosto, pés e na palma das mãos.
Para se prevenir a recomendação é a de evitar o contato com pessoas infectadas ou com suspeita da doença, ficar atento para o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, lençóis e escovas de dentes, lavar as mãos regularmente e higienizar adequadamente os itens de uso diário.
Outra medida de prevenção é a vacinação em duas doses, com intervalo de quatro semanas entre as aplicações.
A prioridade é para pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença, que são aquelas que tiveram contato próximo com casos confirmados de mpox; profissionais de saúde que atendem casos suspeitos ou confirmados; homens que fazem sexo com homens (HSH), especialmente aqueles que têm múltiplos parceiros; pessoas imunocomprometidas, que têm maior risco de complicações graves.
Segundo a secretaria, a doença tende a ser leve e geralmente os pacientes se recuperam sem tratamento específico, apenas com repouso, hidratação oral e medicação para aliviar os sintomas, como a dor e febre, e assim evitar sequelas.
A declaração veio após a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar a mpox como uma emergência de Saúde Pública de Importância Internacional , em resposta ao surto recente em diversas províncias africanas, onde uma nova e mais letal cepa do vírus foi identificada.
Durante uma coletiva no Palácio do Planalto, Nísia Trindade enfatizou que o Ministério da Saúde já vinha monitorando a situação há semanas e destacou a importância de medidas preventivas, especialmente para viajantes. “Não há motivo para alarme, mas sim para alerta”, afirmou a ministra.
Para coordenar as ações contra o avanço da mpox, o Ministério da Saúde criou um Centro de Operações de Emergência (COE), que contará com a participação da Anvisa e dos conselhos estadual e municipal de saúde. O comitê se reunirá pela primeira vez na quinta-feira (15) para discutir estratégias de contenção e vacinação.
No final de 2022, o Brasil distribuiu cerca de 47 mil doses da vacina Jynneos para grupos prioritários, incluindo pessoas com HIV e profissionais de laboratório.
A ministra esclareceu que, embora as vacinas tenham sido inicialmente direcionadas para pesquisa, o país deve estar preparado para ampliar a vacinação caso a situação se agrave. No entanto, ela reforçou que, se necessário, a imunização não será em massa, mas focada em grupos de risco.
O que é mpox?
A mpox é uma doença viral transmitida pelo contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados. Os sintomas incluem lesões na pele, febre, dor de cabeça e fraqueza, com um período de incubação que pode variar de três a 21 dias.
As lesões na pele podem ser planas ou elevadas, preenchidas por um líquido claro ou amarelado, e, com a evolução da doença, formam crostas que secam e caem. Essas lesões geralmente aparecem no rosto, nas mãos e nos pés, mas podem surgir em outras partes do corpo, como boca, olhos, órgãos genitais e ânus.
Estudos recém lançados pela revista científica The Lancet Infectious Diseases mostraram que a vacina da dengue de dose única, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, oferece uma proteção de 89% contra a dengue grave e a dengue com sinais alarmantes, além de manter sua eficácia por até cinco anos após a aplicação.
Os novos dados apresentados confirmam análises realizadas em anos anteriores, e atestam a segurança da vacina para indivíduos de 2 a 59 anos, independentemente do histórico de infecção prévia de dengue.
O artigo publicado aborda os resultados da imunização entre 16 mil voluntários que participaram de um estudo entre fevereiro de 2016 e julho de 2019. Nos testes realizados, os voluntários foram separados em grupos: os que receberam a vacina e os que receberam placebo, sem o conhecimento de qual grupo cada um estava inserido.
Os pesquisadores consideraram as análises feitas até 13 de julho de 2021, resultando em uma média de 3,7 anos de acompanhamento. Ao longo desse período, o risco de dengue sintomática se apresentou maior no grupo que recebeu placebo do que nos vacinados. A eficácia da vacina contra dengue grave ou com sinais de alerta foi de 89%, já a eficácia geral contra a dengue sintomática foi de 67,3%.
O Butantan afirmou ainda que o esquema de dose única oferecido pelo imunizante pode facilitar a adesão e a logística de vacinação, enquanto outros imunobiológicos do mercado necessitam de duas a três doses.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde incorporou a primeira vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS), designada para crianças de 10 a 14 anos. Em 2024, até agosto, o Estado de São Paulo registrou 2 milhões de casos de dengue e 1.500 mortes, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Esquema vacinal conta com mais de 10 imunizantes; conheça os principais e confira em quais unidades de Santana de Parnaíba as doses estão sendo disponibilizadas
A rede pública de Saúde de Santana de Parnaíba atingiu na última quarta-feira (7/8) o percentual de 91.6% de aplicação da vacina meningocócica C. O número revelado pelo Ministério da Saúde, com base em registros da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), aponta que, em menos de um mês, o imunizante de proteção contra a meningite foi o mais aplicado, dando um salto de 16,51%. No sentido de manter os cuidados com a saúde da população, a Prefeitura revela, por meio da Secretaria de Saúde, quais imunizantes do Calendário Nacional de Imunização (CNI) devem constar na carteira de vacinação, e em qual unidade cada dose está disponível para atualização.
A começar por uma das principais vacinas para os bebês, a BCG, ela é aplicada em dose única, preferencialmente, assim que a criança nascer. Sua principal função é proteger a criança contra as formas graves da tuberculose (doença contagiosa que afeta os pulmões, ossos, rins e as meninges – membranas que envolvem o cérebro).Também para bebês com menos de 30 dias, há a vacina contra hepatite.
Tendo em vista o prazo de validade curto, após a abertura do frasco, a BCG está disponível a cada dia em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Saúde Avançada (USA). São elas: UBS Ingaí (segunda-feira), USA Fazendinha (segunda e quinta-feira), UBSs Colinas e Refúgio (terça-feira), UBS Álvaro Ribeiro e USAs Parque Santana e São Pedro (quarta-feira), UBSs Alphaville (quinta-feira) e Limério (sexta-feira).
Antes de a criança completar um ano de vida, os pais precisam ficar atentos à necessidade de aplicação de mais sete vacinas (DTP, febre amarela, pólio injetável – vip, pneumo 10, meningo C, penta – DTP/HepB/ Hib e Rotavírus). Tanto a tríplice bacteriana (DTP), indicada para prevenir a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis), quanto as demais citadas neste grupo estão disponíveis em toda a rede pública de saúde.
Passando pelo primeiro ano de vida, hora de redobrar a atenção para as segundas doses, bem como as doses de reforço e os novos imunizantes que as crianças precisam tomar. São eles: SCR, DTP, pneumo 10 e meningo C – reforço, hepatite A, tríplice viral – 1ª e 2ª doses, pólio oral bivalente e varicela.
A exemplo da BCG, a SCR (sarampo, caxumba e rubéola) também está sendo administrada a cada dia em uma unidade, devido à validade após a abertura do frasco. São elas: UBSs Álvaro Ribeiro, Ingaí e Limério (segunda-feira), USA São Pedro (terça-feira), UBS Colinas e USA Parque Santana (quarta-feira), UBS Alphaville e USA Fazendinha (quinta-feira) e UBS Álvaro Ribeiro e USA Fazendinha (sexta-feira).
Já na fase adulta, além da vacina dTpa Adulto, indicada para reforço das vacinas DTPa ou DTPw em crianças a partir de três anos de idade, adolescentes e adultos, gestantes e todas as pessoas (familiares, babás, cuidadores e profissionais da saúde) que convivem com crianças menores de dois anos, sobretudo bebês com menos de um ano, há as doses da dengue, influenza, covid e gripe, entre outras.
Segundo a Secretaria de Saúde, caso o munícipe não localize a sua Morador que perder a carteirinha deve procurar a UBS ou USA onde costuma ser vacinado carteira de vacinação, é preciso se deslocar até a unidade em que se vacinou e verificar se no sistema federal e/ou municipal constam as vacinas aplicadas. Caso não exista esse registro, terá que iniciar os esquemas vacinais novamente.
O atendimento nas salas de vacinação do sistema público de saúde de Santana de Parnaíba acontece de segunda a sexta-feira, no horário de funcionamento de cada unidade. Para atualização da carteira de vacinação é preciso apresentar o documento de CPF e a carteira de vacinação. Não há necessidade de agendamento.
Confira os endereços da Unidades de Sáude:
UBS Chácara das Garças: 4154-2626 Rua dos Beija Flores, 808 – Chácara das Garças
UBS Sítio do Morro: 2424-2759 Estrada do Sítio do Morro, 1255 – Parque Alvorada
UBS Drª Roseli Folchini Borchat (Cururuquara): 4155-1067 Rua El Salvador, 51 – Recanto Maravilha III
UBS Ingaí: 4154-5798 Estr. do Ingaí, s/n° – Quintas do Ingaí