A Prefeitura de São Paulo irá lançar nesta semana uma consulta pública para contratação de 12 mil novos pontos para ampliação da rede de WiFi Livre SP. O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes na última quinta-feira (11), durante a abertura do Seminário “5G.BR – O Papel Transformador da Nova Tecnologia”, promovido pelo Ministério das Comunicações.
“No nosso plano de metas, assegura 20 mil pontos de WiFi Livre. Hoje temos 1080 mais 5300 ônibus, dos 13 mil que têm wifi. Semana que vem soltamos a consulta pública para contratar mais 12 mil pontos”, apontou o prefeito Ricardo Nunes. “A gente ainda tem várias ações para desenvolver na questão da cobertura de antenas. Negociamos com as operadoras mais 286 antenas instaladas na cidade para fazer a cobertura das áreas de sombra e isso está caminhando bem”, completou.
O secretário municipal de Inovação e Tecnologia, Juan Quirós, acompanhou o prefeito durante o seminário e detalhou as etapas para contratação dos novos pontos de wifi. “A consulta terá um prazo de 30 dias. Após esse prazo será feito o processo de licitação, com expectativa de assinatura de contrato ainda em outubro de 2022. Após a assinatura do contrato, as empresas terão 12 meses para realizar a instalação das localidades e a distribuição dos novos pontos”, ressaltou.
5G
A região de Engenheiro Marsilac, no extremo Sul da cidade de São Paulo, e com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo da capital, já conta com a tecnologia 5G. Essa afirmação foi feita também pelo prefeito Ricardo Nunes durante o seminário. “Temos 96 distritos na cidade. O que tem o pior IDH e maior problema de vulnerabilidade é Marsilac. Hoje já temos o 5G lá, na região mais pobre da cidade. Isso é um motivo de muito orgulho”, afirmou o prefeito.
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O seminário marca a chegada da tecnologia 5G no Brasil e, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, as empresas que venceram o leilão têm a obrigação de instalar 372 antenas na capital paulista ainda em 2022. “Até o dia 29 de setembro serão instaladas 1522 antenas. Isso significa 309% a mais do que estava estabelecido”, disse. “A meta total para cobrir a capital, que seria até 2025, mas acredito que será até 2023, é de 3720 antenas. São Paulo estará até o dia 29 de setembro quase 50% coberta”, completou o ministro.
Durante o evento foram tratados de temas como os avanços da conectividade em um país continental, revolução na indústria e na economia, como o 5G deve alavancar o setor produtivo brasileiro, entre outros assuntos relacionados a nova tecnologia.
“O 5g é uma realidade. Ele está acontecendo. Como foi o PIX, ou seja, construções que incorporam a transformação digital não como a evolução tecnológica, mas como um instrumento de ganho para sociedade”, destacou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim.
A partir de hoje (4), a cidade de São Paulo passa a contar com o sinal de telefonia 5G. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a ativação do sinal ocorreu devido ao número expressivo de pedidos para instalação de antenas de 5G, o que superou o previsto no edital que autorizou o uso da nova tecnologia.
De acordo com as regras do edital, nessa primeira fase seriam necessárias, no mínimo, 462 estações ativadas até o dia 29 de setembro. Ocorre que, até a última terça-feira (2), a agência reguladora já havia recebido 1.378 pedidos de licenciamento na faixa de 3,5 GHz. O número corresponde a quase o triplo de antenas que deveriam ser instaladas na cidade até o final do ano.
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Por isso, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi), ligado a Anatel e responsável pela ativação do sinal, resolveu liberar o 5G na capital paulista.
Segundo o grupo, as antenas possibilitam antecipar a chamada limpeza do espectro na faixa de 3,5 Giga-hertz (GHz) para o funcionamento do 5G puro, o standalone [independente]. A avaliação do Gaispi é que, como os pedidos superaram a quantidade prevista no edital, não haverá problemas de interferência no sinal de antena parabólica, também na faixa de 3,5GHz.
Área urbana
A estimativa é que a cobertura do sinal 5G deve atingir, no primeiro momento, 25% da área urbana de São Paulo.
“A maior concentração de antenas está no Centro Histórico, na região da Avenida Paulista e Itaim Bibi. Já os bairros da Aclimação, da Mooca e do Brás, por exemplo, terão cobertura menor no início do processo”, informou a Anatel.
A agência informou ainda que foram instalados equipamentos para evitar interferências em 226 estações do Serviço Fixo por Satélite (FSS) e realizados testes para confirmar a operação livre de interferências.
A velocidade 5G pode chegar a ser até 20 vezes maior que a do 4G. A ativação da tecnologia em São Paulo ocorre após sua chegada nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, João Pessoa e Porto Alegre.
Edital
Inicialmente, o edital do leilão 5G previa que a infraestrutura necessária à ativação do sinal deveria ocorrer até 31 de julho em todas as capitais, mas o próprio Gaispi pediu à Anatel que o prazo fosse prorrogado por 60 dias a fim de contornar problemas logísticos que atrasaram a entrega de equipamentos importados da China.
Pelas regras do edital, as operadoras de telefonia móvel que participaram do certame têm até 29 de setembro para cumprir a primeira exigência de no mínimo uma antena de tecnologia de 5G para cada 100 mil habitantes nas capitais brasileiras. O adensamento da cobertura de 5G em 3,5 GHz nas capitais deve ser concluído até julho de 2025, devendo a nova tecnologia estar presente em todos os municípios até 2029.
Na semana passada, foi sancionada a Lei 14.424/2022 que autoriza as operadoras de telefonia a instalarem infraestrutura de telecomunicações em áreas urbanas, caso o órgão competente não se manifeste sobre o pedido em 60 dias. Conhecida como silêncio positivo, a autorização deve facilitar a implantação das antenas 5G de internet no Brasil.
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Interferências
Para contornar possíveis interferências causadas a pessoas que utilizam antenas parabólicas da chamada Banda C, a Entidade Administradora da Faixa (EAF) da Anatel criou um programa para distribuir, gratuitamente, a famílias carentes das capitais brasileiras registradas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal, kits contendo novas antenas digitais, conversores e cabos. O pedido do kit e a instalação dos aparelhos podem ser feitos por meio do site do Programa de Distribuição de Kits, criado pela EFA.
Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil – Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil
A cidade de Barueri vai sediar no próximo domingo, dia 7, uma importante fase da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). A etapa regional terá a participação de mais de 30 equipes representando diversas cidades do estado de São Paulo e será realizada na Emef Estevan Placêncio (av. Arnaldo Rodrigues Bittencourt, 1428, Nova Aldeinha), das 8 às 18 horas, com entrada franca.
A OBR atua como instrumento para a melhoria da educação e estimular os alunos para carreiras técnico-científicas, e é destinada a estudantes do ensino fundamental ao médio. Nessa categoria de modalidade prática que acontece em Barueri, os robôs simulam um ambiente real de acidente, onde o resgate das vítimas precisa ser realizado por robôs.
Os vencedores garantirão uma vaga para a próxima etapa. No local, além das disputas entre as equipes, terá praça de alimentações ambientes para encontros dos amantes da robótica, entre outras atividades.
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Barueri atuando no evento A Secretaria de Educação de Barueri também está incentivando os estudantes da rede a prestigiarem o evento, que vem sendo considerado um dos mais importantes do cenário nacional, no incentivo a práticas inovadoras e tecnológicas.
De acordo com o secretário de educação de Barueri, Celso Furlan, o fato de a cidade sediar um evento como esse é motivo de muito orgulho. “Nossa educação está caminhando para ser uma das referências no que se diz respeito à Educação Tecnológica. Vamos investir sempre em iniciativas como essa”, comentou.
As Olimpíadas acontecerão na cidade devido à grande visibilidade que o município está ganhando por conta da implementação de projetos de tecnologia educacional, como a Sala Maker, que atende cerca de oito mil alunos da rede municipal. As aulas têm conteúdo como robótica, impressora 3D, arduino (pequeno computador programado para realizar uma determinada função), drones, entre outras inovadoras iniciativas.
Todos os professores do projeto Sala Maker receberam treinamento especial, ministrado pela equipe da Olimpíada Brasileira de Robótica. Eles atuarão como juízes das provas que acontecerão em Barueri.
O espaço Inovação Barueri faz dois anos no próximo dia 2 de julho e diversas atividades estão sendo preparadas para aproximar ainda mais pessoas do poder público. O Inovação é destinado a cidadãos, empresas, startups, estudantes e professores interessados em desenvolver projetos inovadores.
O espaço Inovação Barueri é mais um braço de relacionamentos da Prefeitura, por meio do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT), que promove cursos e palestras, oferece mentoria para o novo empreendedor que quer ter seu negócio e acesso ao ambiente Networking Virtual.
O projeto conta com a sala Coworking – para pré-incubar e incubar projetos, Startups e empresas -; o SmartLab – “Sala Maker ou Makerspaces”, local da criatividade e aprendizagem, para elaborar e desenvolver projetos e ideias -; o Estúdio de gravação e transmissão da TV Inovação Barueri, que mantém em sua grade de programação programas com temas de interesse público nas áreas da Tecnologia da Informação (TI) e de Inovação para os serviços e ações da administração pública municipal.
Dentro da concepção de espaço inovador destaca-se ainda o “Programa de Desenvolvimento de Talentos”, que tem à frente estagiários, alunos da Fundação Instituo de Educação de Barueri (Fieb). “Esses jovens, estudantes de diversas áreas, encontram a oportunidade de praticarem o que aprendem na escola e a desenvolverem suas habilidades para o ingresso no mercado de trabalho, sempre acompanhados em mentorias oferecidas pelos técnicos do CIT”, comenta Érika Alves, coordenadora de Comunicação e Inovação do CIT.
Novidades Em comemoração a esses dois anos de atividade, o administrador do CIT, Jonatas Randal, idealizador e mentor do espaço, enfatiza que “o Inovação Barueri propõe-se a ser o cerne da criatividade e aprendizagem no âmbito da inovação, para tanto, terá um espaço reservado para a realização de diversos tipos de eventos que podem ser desenvolvidos aqui, em ambientes externos ou em âmbito virtual. Esse é o nosso compromisso e estará em lançamento nesta semana de aniversário”, disse Randal.
Toda a programação de aniversário do Inovação Barueri será divulgada de 4 a 8 de julho, a partir das 14h, em suas redes sociais: Facebook, Youtube e Instagram.
A Campus Party Brasília (CPBSB) começa hoje (23) e vai até 27 de março no Estádio Mané Garrincha. O festival de inovação, criatividade, ciências e empreendedorismo é realizado em parceria com o governo do Distrito Federal e trará ao público palestras sobre internet das coisas, blockchain (empresa de serviços financeiros de criptomoeda), cultura maker (qualquer pessoa consegue construir, consertar ou criar seus próprios objetos) e empreendedorismo. Além disso, haverá arenas de robótica, onde será possível participar de partidas de hóquei de robôs e de drones, com corridas e aulas para quem quiser experimentar.
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A Campus Party Brasil é a versão brasileira do maior evento tecnológico do mundo. Além de Brasília, onde deve reunir cerca de 70 mil visitantes, o evento também vai ocorrer em São Paulo, de 16 a 20 de julho deste ano.
A quarta edição da CPBSB terá cinco dias de tecnologia, palestras, workshops e hackathons (maratona de programação na qual hackers se reúnem). O formato será híbrido, com atividades presenciais no Estádio Nacional Mané Garrincha e atividades online.
Na abertura, a feira contará com shows gratuitos do DJ Bashkar e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob regência do maestro Cláudio Cohen. Haverá limitação de pessoas no estádio.
Além do uso obrigatório da máscara, será necessário ter o passaporte vacinal. Caso contrário, será preciso um teste PCR ou antígeno com 48 horas de antecedência.
Atividades
No espaço gratuito e aberto ao público, os visitantes terão acesso à Campus Play. A área concentra os campeonatos de gamers e conteúdos voltados aos jogos digitais, a Arena de Drones e o Palco Empreendedorismo, parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (Sebrae), onde conferencistas darão informações importantes para quem já empreende ou quem quer empreender.
Na Arena da Campus, espaço pago e fechado aos campuseiros, nome dado aos visitantes, são esperadas cerca de 7 mil pessoas. Elas poderão acompanhar as atividades de quatro palcos distintos, que abordarão temas do universo da tecnologia, programação e entretenimento digital, metaverso e games.
No camping, são esperadas cerca de 3 mil pessoas, tornando a feira a segunda maior edição de Campus Party do mundo. Ao todo, serão mais de 300 horas de atividades, entre palestras, workshops, hackathons, games, simuladores e outras atrações.
Um dos conferencistas internacionais confirmados é Jordan Soles, vice-presidente de Desenvolvimento Tecnológico da Rodeo FX, empresa canadense de efeitos visuais para cinema, televisão e publicidade, famosa por ter sido a criadora de efeitos para a série Game of Thrones.
Entre os brasileiros está Fabiano de Abreu Agrela, um dos grandes destaques da feira. O professor, PHD em Neurociências com licenciaturas em biologia e história, vai falar sobre como o mau uso da tecnologia causa prejuízos cognitivos e pode resultar em transtornos, perturbações e doenças.
Segundo Agrela, o problema em si não é a tecnologia, mas a forma como ela é utilizada, seja por meio do uso exagerado das redes sociais, da total imersão do virtual e de outras formas abordadas em vários de seus estudos, publicados em revistas científicas.
A Campus Party contará também com o programa Startup 360º, parceria com o Sebrae, que tem como objetivo possibilitar que startups iniciantes e avançadas exponham seus trabalhos. Outra atividade de destaque é a maratona de negócios, que visa à idealização de novos negócios, em formato híbrido.
Além disso, estão abertas as inscrições para o programa Call for Talks, destinado a descobrir novos talentos dentro da rede da Campus Party pelo Brasil. As inscrições podem ser feitas no site oficial da feira.
O programa de voluntários também está confirmado nesta edição. Os participantes ajudarão na dinâmica do evento durante seis horas por dia, dentro dos períodos manhã/tarde e tarde/noite, uma possibilidade de aprendizado para as futuras carreiras. As inscrições estão abertas e podem ser feitas também no site.
Por Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa/AB
Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) criaram um dispositivo sensor vestível embutido em uma luva de borracha sintética capaz de detectar resíduos de pesticidas em alimentos. O trabalho, apoiado pela FAPESP, foi idealizado e liderado pelo químico Paulo Augusto Raymundo-Pereira, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP).
O dispositivo tem três eletrodos, localizados nos dedos indicador, médio e anelar. Eles foram impressos na luva por meio de serigrafia, com uma tinta condutora de carbono, e permitem a detecção das substâncias carbendazim (fungicida da classe dos carbamatos), diuron (herbicida da classe das fenilamidas), paraquate (herbicida incluído no rol dos compostos de bipiridínio) e fenitrotiona (inseticida do grupo dos organofosforados). No Brasil, carbendazim, diuron e fenitrotiona são empregados em cultivos de cereais (trigo, arroz, milho, soja e feijão), frutas cítricas, café, algodão, cacau, banana, abacaxi, maçã e cana-de-açúcar. Já o uso de paraquate foi banido no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A análise pode ser feita diretamente em líquidos, apenas mergulhando a ponta do dedo contendo o sensor na amostra, e também em frutas, verduras e legumes, bastando tocar na superfície da amostra.
Imagem: Freepik
Sergio Antonio Spinola Machado, professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) e coautor da pesquisa, diz que não há nada semelhante no mercado e que os métodos mais utilizados atualmente para detecção de pesticidas se baseiam em técnicas como cromatografia (técnica analítica de separação de misturas), espectrofotometria (método óptico de análise usado em biologia e físico-química), eletroforese (técnica que utiliza um campo elétrico para separação de moléculas) ou ensaios laboratoriais.
“No entanto, essas metodologias têm custo alto, demandam mão de obra especializada e um tempo longo entre as análises e a obtenção dos resultados. Os sensores são uma alternativa às técnicas convencionais, pois, a partir de análises confiáveis, simples e robustas, fornecem informação analítica rápida, in loco e com baixo custo.”
Na luva criada pelo grupo, cada dedo é responsável pela detecção eletroquímica de uma classe de pesticida. A identificação é feita na superfície do alimento, mas em meio aquoso. “Precisamos da água, pois é necessário um eletrólito [substância capaz de formar íons positivos e negativos em solução aquosa]. Basta pingar uma gotinha no alimento e a solução estabelece o contato entre este e o sensor. A detecção é feita na interface entre o sensor e a solução”, detalha a química Nathalia Gomes, pesquisadora do IQSC-USP e integrante da equipe.
Sensores
O processo de verificação de presença de pesticidas é simples. Coloca-se um dedo de cada vez na amostra: primeiro, o indicador; depois, o médio e, por último, o anelar. No caso de um suco de frutas, basta fazer a imersão dos dedos no líquido, um de cada vez. A detecção é feita em um minuto e, no caso do dedo anelar, em menos de um minuto.
“O sensor no dedo anelar usa uma técnica mais rápida. Ele é composto por um eletrodo de carbono funcionalizado, enquanto os dos outros dois dedos por eletrodos modificados com nanoesferas de carbono [dedo indicador] e carbono printex, um tipo específico de nanopartícula de carbono [dedo médio]. Após a detecção, os dados são analisados por um software instalado no celular”, explica Raymundo-Pereira.
Com sensores nas pontas dos dedos, dispositivo permite verificar a presença de substâncias tóxicas em frutas e verduras. Técnica não requer preparo prévio das amostras e não gera resíduos (foto: Nathalia Gomes/USP)
O pesquisador ressalta que a incorporação de materiais de carbono conferiu seletividade aos sensores, uma das propriedades mais importantes e difíceis de alcançar em dispositivos semelhantes. “Uma escolha criteriosa de materiais à base de carbono permitiu a detecção sensível e seletiva de quatro classes de pesticidas dentre os mais empregados na agricultura: carbamatos, fenilamidas [subclasse das fenilureias], compostos de bipiridínio e organofosforados. Assim, um dos diferenciais da invenção está na capacidade de detecção seletiva em presença de outros grupos de pesticidas, como triazinas, glicina substituída, triazol, estrobilurina e dinitroanilina. Com os métodos tradicionais isso não é possível.”
Outro destaque do dispositivo está na possibilidade de detecção direta, sem exigir preparo de amostra, o que torna o processo rápido. Além disso, o método preserva o alimento, permitindo o consumo após a análise.
A luva não tem prazo de validade e pode ser usada enquanto não houver danos nos sensores. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do IFSC-USP e coautor da pesquisa, explica que os sensores podem ser danificados por solventes orgânicos (como álcool e acetona) ou por algum contato mecânico impróprio na superfície do sensor (um objeto que o arranhe, por exemplo).
Mercado
Raymundo-Pereira salienta que o produto é inovador e que já está em andamento o processo de requisição de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Ele afirma que não há um procedimento simples para a detecção de pesticidas, principal razão pela qual os testes para discriminação de diferentes classes de pesticidas e outros contaminantes ainda não estão disponíveis no mercado. Para ele, o uso de dispositivos como a luva, que permitem a análise química de materiais perigosos in loco, seria relevante em aplicações alimentares, ambientais, forenses e de segurança, permitindo um rápido processo de tomada de decisão no campo.
“Representantes das agências internacionais que fazem o controle da entrada de alimentos nos diversos países do mundo já usam luvas para manipulá-los. Imagine se tivessem um sistema de sensoriamento de pesticidas embutido? Alimentos contendo pesticidas proibidos seriam descartados já na fronteira. O dispositivo pode ser usado durante a colheita também.”
Segundo o pesquisador, o custo do dispositivo é basicamente o custo da luva, sem o sensor. “Os sensores custam menos de US$ 0,1. O custo principal é a luva. Usamos uma luva nitrílica porque é menos porosa que a de látex. Com a pandemia, o preço dela disparou. E o custo individual subiu. Mas, ainda assim, o dispositivo que criamos é um produto muito barato. Mais acessível que os testes feitos atualmente.”
O aplicativo Para Elas é uma ferramenta que incentiva, prepara e auxilia mulheres que desejam entrar ou se recolocar no mercado de trabalho. Projeto desenvolvido por grupo de estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Professora Marinês Teodoro de Freitas Almeida, de Novo Horizonte, foi o segundo colocado na quarta edição do Hackathon Acadêmico, da Robótica Paula Souza.
Sob a orientação da professora Patrícia Poloni Capelatto Ferreira, os estudantes do curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas integrado ao Ensino Médio (Novotec/M-Tec) Gabrieli Oliveira Vidal, Isabela Da Silva Lima, Maria Clara Rosa Hespanhol, Monike Zanluqui Vita e Victor Gabriel Oliveira Vidal decidiram encontrar uma solução que atendesse ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) número 5, que trata de igualdade de gênero. Os projetos participantes do desafio apresentaram soluções para alguns dos ODSs que constam da Agenda 2030 da instituição internacional.
A motivação para projetar o Para Elas veio da realidade vivida pela mãe de dois estudantes do grupo, Gabrieli Vidal e Victor Gabriel Vidal. “Minha mãe tem 41 anos e passou a maior parte da vida cuidando dos filhos. Agora, que estamos crescidos, ela se deparou com a falta de experiência para entrar no mercado de trabalho. Assim como ela, levantamos dados de que existem inúmeras outras mulheres enfrentando esse mesmo desafio, pelos mais variados motivos. Então, constatamos que nossa ideia seria bem aceita por esse público”, explica a estudante.
O aplicativo apresenta ferramentas de elaboração de currículos, consultoria de imagem e comportamento para entrevistas e apoio psicológico. Também conecta as usuárias a cursos gratuitos de qualificação, lives relacionadas ao mercado de trabalho e ainda faz uma ponte com empresas parceiras que tenham vagas de emprego disponíveis.
Outra funcionalidade proposta é de que o app seja usado para coleta de doações para quem precisa de ajuda. “Queremos que as mulheres encontrem no aplicativo suporte para passar por toda essa experiência em busca de autonomia e independência financeira”, conta Gabrieli.
A estudante diz ainda que o grupo procurou o apoio da prefeitura de Novo Horizonte para entender as possibilidades de acesso a computadores e redes de internet gratuitas para acesso ao aplicativo. “Tivemos um retorno positivo, fomos informados de locais que podem ser usados para acessar nossa ferramenta. Também nos foi oferecido suporte da Secretaria de Assistência Social para levar o Para Elas ao conhecimento das mulheres que mais precisam do apoio.”
Além do desenvolvimento da ferramenta, os estudantes trabalham em busca de parcerias para que o aplicativo alcance os objetivos propostos. Ainda não há uma previsão de quando o Para Elas será liberado para acesso das usuárias.
Os osasquenses agora contam com mais uma alternativa de transporte, o “Uber Moto”. A modalidade foi disponibilizada no aplicativo da Uber, empresa responsável pela iniciativa, na segunda-feira, 6/12. Embora o serviço já esteja disponível em outras cidades, Osasco é a primeira cidade do Brasil onde a Prefeitura e a Uber fecharam parceria para lançamento da modalidade.
Segundo a empresa, o Uber Moto é um serviço complementar de locomoção. Ou seja, deve ser utilizado, por exemplo, para conectar os usuários a outros modais de transporte, como estações de trem, metrô e terminais de ônibus. A função é ideal para curtas distâncias. Com isso, o cliente pagará um preço menor do que o do UberX.
Para o morador de Osasco solicitar o Uber Moto, basta inserir o endereço de seu destino na corrida. Fazendo isso, ele saberá se a funcionalidade está disponível para o local onde deseja ir.
“Osasco está se consolidando como a cidade da inovação e ações como essa são muito importantes, pois facilitam a vida da população”, disse o prefeito Rogério Lins, primeiro morador da cidade a utilizar o Uber Moto, no Jardim Conceição.
“Temos visto que esse é um tipo de uso perfeito para a moto, pois muitas vezes é perto demais para uma viagem de carro e fica cansativo para ir caminhando. Estamos felizes em trazer mais essa opção para facilitar a vida dos nossos usuários”, afirma Luciana Ceccato, diretora de marketing da Uber.
Todas as viagens feitas com a Uber – incluindo agora também o Uber Moto – incluem, entre outras medidas, a checagem de antecedentes dos parceiros e dão aos usuários a possibilidade de compartilhar com seus contatos a placa, a identificação do condutor e sua localização no mapa, em tempo real.
CADASTRO PARA UBER MOTO
Para se cadastrar no aplicativo da Uber e dirigir na nova modalidade, o motociclista parceiro precisa ter CNH com a observação de atividade remunerada (EAR). Entregadores parceiros que usam motocicleta e já estão cadastrados no Uber Eats também pode optar pelo Uber Moto.
SEGURANÇA
As viagens de Uber Moto contarão com uma série de recursos de segurança oferecidos pela plataforma da Uber em todas as viagens, como seguro para acidentes pessoais tanto para usuários quanto para parceiros.
Assim como os entregadores parceiros do Uber Eats, condutores do Uber Moto receberão conteúdo educacional sobre segurança viária, estimulando a direção segura e o respeito às leis de trânsito. Todos os parceiros da Uber também passam por uma checagem de identidade via selfie, e, desde o começo da pandemia, uma selfie adicional verifica o uso de máscara.
Um projeto desenvolvido por três estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Conselheiro Antônio Prado, localizada em Campinas, venceu a Mostra Científica do Instituto Butantã. Realizada em ambiente virtual, a disputa contou com a participação de 55 projetos de alunos de Ensino Médio das redes pública e privada.
Eduarda Mazzone, Fabrício Ruela e Jhenyfer Genesio, alunos do terceiro ano do Ensino Médio com Habilitação Técnica Profissional em Biotecnologia, desenvolveram uma luva cirúrgica feita com plástico desenvolvido a partir do reaproveitamento de cascas de tubérculos como batata e mandioca.
Até o momento, os estudantes produziram o polímero, material semelhante ao plástico utilizado nas luvas convencionais. Ainda falta desenvolver os moldes para a fabricação do equipamento de proteção individual, que é muito utilizado no setor da saúde.
“Além de o produto ser biodegradável, a fabricação prevê a utilização de resíduos, evitando materiais derivados de fontes não renováveis”, explica Fabrício. “A luva demora apenas vinte dias para se decompor, se descartada corretamente”, afirma o professor que orientou o projeto, José Maurício da Silva.
“Ser premiado por uma instituição tão importante como o Instituto Butantã nos deixou muito contentes”, comemora o orientador.
Fonte/texto: Portal do Governo SP Imagem: Foto Divulgação
O governo de São Paulo anunciou ontem (16) investimento de R$ 3 milhões para agilizar a chegada da cobertura 5G aos 645 municípios paulistas. O Programa Conecta São Paulo incentiva as prefeituras a modernizar legislações locais de antenas para a nova tecnologia.
O lançamento contou com demonstração da rede 5G em diversas esferas do cotidiano, como saúde, organização urbana, indústria, agricultura e transporte. A tecnologia é uma evolução da rede 4G e permitirá conexões mais rápidas, possibilitando aplicações de objetos e cidades inteligentes.
O programa prevê que gestores municipais terão apoio técnico para atualização de leis locais de antenas. De acordo com o governo estadual, o setor de telecomunicações estima a necessidade de investimentos iniciais da ordem de R$ 4 bilhões em infraestrutura apenas em São Paulo. A proposta passará por aprovação na Assembleia Legislativa.
Durante o lançamento, o governador João Doria destacou que a nova tecnologia permite amplo uso e práticas que são benefícios aos cidadãos, “da mais remota área rural do estado de São Paulo até os grandes centros urbanos”.
Leilão
O leilão do 5G, para selecionar as operadoras de serviços de conectividade utilizando a quinta geração da telefonia móvel, ocorreu no início do mês. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), foram arrecadados R$ 47,2 bilhões. O valor ficou abaixo dos R$ 50 bilhões previstos inicialmente pelo governo, pois nem todos os lotes foram arrematados.