O rodízio municipal de veículos estará suspenso para carros na sexta-feira (8), em razão da redução de circulação de veículos no feriado prolongado da Independência do Brasil.
A informação foi divulgada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na segunda-feira (4).
As demais restrições existentes na cidade serão mantidas:
Rodízio de veículos pesados (caminhões);
Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC);
As faixas exclusivas de ônibus não estarão liberadas. Já no feriado, na quinta-feira (7), o rodízio de veículos e demais restrições não vigoram na cidade, de acordo com a previsão da legislação.
Para informações sobre trânsito, ocorrências, reclamações, remoções e sugestões, a população deve ligar para o SP156.
A CCR ViaOeste, em alinhamento com a Semurb (Secretaria de Mobilidade Urbana) de Barueri, liberou neste sábado (2), o desvio provisório no km 26 da Rodovia Castello Branco, para que seja realizada a construção de um novo viaduto.
As alterações da via, ficam no trecho de acesso à Praça das Artes, no túnel de ligação do Centro ao Bairro Boa Vista. Com essa interdição, parte da pista de interligação com a rua Presidente Costa será utilizada apenas para condutores com destino à Castello Branco (sentido Alphaville e Capital), com acesso à direita, feito depois dos semáforos do cruzamento da avenida Presidente Tancredo Neves, na região do Bethaville.
O motorista com destino à rua da Prata, Praça das Artes, deverá permanecer na pista à esquerda ou central e prestar bastante atenção para não errar o percurso e entrar na Rodovia.
A mudança no viário deve permanecer pelo período de 6 meses, até a conclusão da obra do viaduto da nova pista marginal da Rodovia Castello Branco.
Os trens do Expresso Aeroporto, que conectam São Paulo a Guarulhos, iniciam suas operações a partir da estação Palmeiras-Barra Funda nesta sexta-feira (1º).
Anteriormente, o serviço da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) parava apenas nas estações Guarulhos-CECAP e Brás antes de chegar na Aeroporto-Guarulhos.
Para fazer todo o percurso, gastava-se aproximadamente 30 minutos, em média. Com a extensão, esse tempo sobe para cerca de 35 minutos.
Nesta quinta-feira, dia 24/08, a CCR ViaOeste em alinhamento com a SEMURB – Secretaria de Mobilidade Urbana de Barueri, realizará a 1ª etapa da concretagem do maior bloco já realizado pelo Grupo CCR no país, que sustentará a nova ponte Guilherme de Almeida, na Rodovia Castello Branco, altura do km 25, no sentido oeste, em Barueri. Esta etapa faz parte das obras de ampliação das marginais da rodovia entre o km 22+500 e o km 27.
A operação tem previsão de início às 20h desta quinta-feira e estimativa de duração de 11 horas. A quantidade de concreto prevista para a 1ª etapa do bloco, que contempla uma camada de 1,80m é de cerca de 650 m³ com volume de lançamento de 64 m³ por hora. Durante esta etapa serão utilizados 85 caminhões tipo betoneira.
Serão realizadas duas frentes de concretagem composta com dois caminhões bomba em atividade simultaneamente e mais um caminhão bomba reserva que será posicionado próximo ao local onde será realizada a operação. Durante esta etapa serão utilizados 85 caminhões tipo betoneira.
A concessionária fará a interdição de uma faixa da Av. Dib Sauaia, na altura da praça José Carlos Sandorfy, em virtude do tráfego local da região. A CCR ViaOeste implantará toda a sinalização necessária para que os motoristas trafeguem com segurança durante a execução das obras, mas reforça para todos que redobrem a atenção durante seu trajeto, em especial nos segmentos em obras.
A CCR ViaOeste salienta que a programação pode sofrer alterações de datas e tempo de duração considerando eventuais condições climáticas desfavoráveis à operação que possam vir a ocorrer.
Com investimentos da ordem de R$ 815 milhões, a ampliação das marginais da Castello Branco entre o km 22+500 e o km 27, além de faixa adicional do km 27 ao km 31+650 (Pista Oeste – sentido interior), proporcionará maior segurança, conforto e fluidez aos clientes e moradores da região, além de maior qualidade de vida resultante da redução do tempo de trajeto ao acessar os municípios.
O projeto prevê remodelação dos trevos de acesso a Barueri e Alphaville, além da construção de duas novas pontes paralelas à ponte Guilherme de Almeida, sobre o rio Tietê. A execução da obra beneficiará a região com cerca de 21 mil empregos diretos e indiretos ao longo de todo contrato, privilegiando a mão-de-obra local.
É importante destacar que a CCR ViaOeste monitora e acompanha diariamente o no Sistema Castello-Raposo por meio de seu Circuito Fechado de TV – CFTV, ligado diretamente ao Centro de Controle Operacional da Concessionária e permanece à disposição dos clientes das rodovias e munícipes através de seus canais de relacionamento com clientes como o Disque CCR ViaOeste: 0800 701 5555 e pelo whatsapp (11) 2664-6120.
O trágico acidente com um ônibus de torcedores do Corinthians, que deixou sete mortos e mais de 20 feridos nesta madrugada de domingo (20) no km 525 da Rodovia Fernão Dias (BR-381), em Igarapé (MG), revela, mais uma vez, a necessidade de ampliar a fiscalização de veículos do transporte coletivo. Informações preliminares indicam que o ônibus estava sem freios, o que teria levado o motorista a perder o controle do veículo e capotar.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou ao site Estradas.com que a empresa “não tinha licença emitida para realizar o transporte interestadual de passageiros.Portanto, a viagem é considerada irregular”. “Essas fiscalizações são imprescindíveis para garantir que esses veículos circulem com as mínimas condições de segurança. Nessas ações é possível verificar se a manutenção está em dia, se os pneus não estão carecas e as condições de conservação, que podem ser decisivas para causar um sinistro de trânsito. Estamos, portanto, de mais uma tragédia que poderia ter sido evitada”, afirma o diretor científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra.
Segundo divulgado pelo site Estradas.com, o veículo está com o cronotacógrafo vencido há quase três anos e não poderia estar circulando. O equipamento registra velocidade praticada, tempo de direção e distância percorrida.
O especialista em segurança viária explica que, ao contratar um serviço de transporte, é preciso verificar se o veículo está devidamente registrado na ANTT. O critério não pode ser apenas o valor do serviço, é uma economia que pode custar a vida. “Quando se usa um transporte clandestino, o usuário não tem a segurança de que o motorista está apto a dirigir, descansado ou que o veículo está com a manutenção em dia. Além disso, empresas clandestinas operam sem seguro. Em caso de acidentes, os passageiros estarão entregues à própria sorte, sem o suporte necessário. Por isso é imprescindível que as pessoas escolham sempre empresas regularizadas”, observa Coimbra.
O especialista explica que empresas legalizadas são obrigadas a seguir todas as normas de segurança da legislação. “Antes de embarcar, observe a conservação dos pneus e verifique se o veículo tem o selo da ANTT e a identificação da empresa. O selo é uma garantia pois a agência adota critérios de segurança e monitoramento para autorizar as viagens”, reforça.
O setor global de transportes, que compreende de automóveis de passeio até aviões e grandes navios, responde por aproximadamente 21% do total de emissões de gases de efeito estufa. A magnitude do impacto desse setor sobre a atmosfera terrestre tem estimulado países a criarem mecanismos para renovar a frota de veículos. De forma geral, a estratégia tem envolvido a substituição de veículos movidos à queima de combustíveis fósseis por opções menos poluentes, como a adoção de motores elétricos.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), a venda de veículos elétricos a bateria (BEV) dobrou na China de 2020 para 2021. Naquele mesmo ano, foi registrado um recorde nos Estados Unidos de 631 mil veículos elétricos vendidos e essa frota alcançou na Europa o percentual de 17% dos novos veículos comercializados. Para o contexto brasileiro, entretanto, pesquisadores da Unesp da área de planejamento energético defendem cenários de descarbonização da frota baseados em dados que contemplem as particularidades do país, como o amplo uso de biocombustíveis, principalmente o etanol.
Os estudiosos sustentam, em artigo publicado no periódico científico Energy Policy, que bastaria que a frota nacional de veículos leves alcançasse um patamar de apenas 10% de veículos elétricos, em combinação com 90% de automóveis movidos exclusivamente a etanol, para alcançar a redução de 58% das emissões de gases do efeito estufa até o ano de 2050.
É preciso explicar que, uma vez que o Brasil não possui uma meta oficial de redução do setor para 2050, o valor de 58% foi estabelecido com base nas metas anuais definidas pelo RenovaBio. O programa, lançado pelo governo federal em 2016, prevê um conjunto de políticas públicas para colaborar no alcance dos compromissos firmados pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris para a redução das emissões de gases do efeito estufa.
“O setor de transporte e de veículos leves é muito estratégico para o Brasil, por conta da relevância do transporte rodoviário no país”, explica Sofia Glyniadakis, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Faculdade de Engenharia e Ciências do câmpus de Guaratinguetá da Unesp e uma das autoras do artigo. “E minha percepção, a partir de notícias que lia nos jornais, é que quando se falava em políticas e mobilidade sustentável havia uma evidência maior em relação aos veículos elétricos.”
A pesquisa é orientada pelo professor da Unesp José Antonio Perrella Balestieri, especialista em engenharia de energia com foco em planejamento energético. Os dados, destacam os pesquisadores no artigo, reforçam a necessidade de se levar em consideração o uso dos biocombustíveis na elaboração de políticas de redução das emissões de gases do efeito estufa no transporte para o país. “O que pode permitir ao Brasil chegar a esse resultado na projeção de cenários para 2050 é o uso do etanol. Ele propicia uma emissão baixíssima sem demandar muitas modificações de ordem tecnológica para o consumidor, uma vez que não exige necessidade de criar estações elétricas ou modificar a infraestrutura já existente”, diz José Antonio Perrella Balestieri.
Hoje, a frota de veículos leves no Brasil ultrapassa as 60 milhões de unidades. Destas, a imensa maioria utiliza motor flex. O total de veículos elétricos rodando pelas ruas ainda é minúsculo, da ordem de 0,2%. No entanto, a procura por este tipo de motorização tem crescido, a ponto de representar 3,1% dos emplacamentos no ano passado.
A Revo, plataforma digital de mobilidade urbana que combina transporte aéreo e terrestre, apoiada por inteligência artificial, inicia operação em São Paulo. As primeiras rotas com voos regulares, feitas por helicópteros bimotores Airbus, ligam a Avenida Brigadeiro Faria Lima, principal centro financeiro da cidade, ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, e o Complexo Cidade Jardim à Fazenda Boa Vista, empreendimento de luxo localizado em Porto Feliz, a 100 quilômetros da capital. A Revo investiu mais de 5 milhões de dólares (cerca de 25 milhões de reais) para o seu lançamento. A maior parte dos recursos foram destinados ao desenvolvimento da sua plataforma tecnológica proprietária.
Parte do grupo português OHI, líder no mercado de transporte aéreo offshore na América Latina por meio da Omni Táxi Aéreo, a Revo propõe um serviço e um modelo de negócio inovador. Com base em dados e inteligência artificial que permitem traçar rotas de acordo com variáveis como número de voos com passageiros de categoria business/first e tráfego nas principais vias de São Paulo, a Revo oferece, via aplicativo de celular, ou diretamente com o serviço de concierge – via email (concierge@flyrevo.com) e ou WhatsApp (11 91639-9937) -, reserva em pouco minutos e cliques seja de apenas um assento, múltiplos assentos ou capacidade total da aeronave, algo inédito nesse mercado.
Além do transporte aéreo, o serviço inclui carros que o levam até o destino final. “Somos um serviço digital exclusivo de alta qualidade, prontamente disponível para solucionar um problema de mobilidade existente e sem solução até agora”, afirma João Welsh, CEO da Revo. “Somos pioneiros em mobilidade urbana avançada e nascemos para que nossos clientes economizem tempo precioso quando é mais necessário, com praticidade, conforto e máxima segurança”.
Os helicópteros bimotores usados pela Revo fazem parte da frota da Omni. O modelo H135, por exemplo, transporta até cinco passageiros. Já o H155, até oito. Todos os voos seguem os mais altos padrões de segurança do setor e contam com dupla tripulação. O trajeto de helicóptero entre o aeroporto e a Avenida Faria Lima custa 3 500 reais por assento. No caso das rotas entre São Paulo e a Fazenda Boa Vista, o valor é de 5 000 reais. Hoje, para fazer esses mesmos percursos com helicópteros bimotores e tripulações dupla, o passageiro precisa fretar uma aeronave, com custo médio de 20 000 reais para o aeroporto e de 35 000 reais para a Fazenda Boa Vista, de forma muito mais analógica e sem todos os diferenciais da Revo.
Com foco no público de alta renda, a Revo foi concebida em 2020, período no qual houve uma forte aceleração da digitalização da sociedade e o aumento de serviços demandados por meio de apps e plataformas simples, intuitivas e seguras. A solução da Revo combina atendimento de primeira classe, lounges premium nos pontos de embarque e desembarque, além de hosts treinados para dar a assistência necessária aos passageiros. A empresa acredita que a mobilidade urbana aérea tem potencial para reduzir o trânsito.
Pensando nisso, a Revo juntamente com a OHI já tem acordo assinado com a Eve Air Mobility, empresa spin-off da Embraer, para aquisição de veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (os eVTOLs) e a plataforma de tecnologia proprietária da empresa já está pronta para essa transição quando estes veículos estiverem disponíveis no mercado. “Os eVTOLs são o futuro da mobilidade. Eles tornarão os voos mais verdes, acessíveis e sustentáveis, mas quem vai operar esses veículos? Onde estão os passageiros? Há muito a ser feito ainda em termos de infraestrutura para que eles se tornem uma realidade em alguns anos. Estamos entrando primeiro, começando um processo acelerado de aprendizagem com helicópteros, para liderar essa transição. Estamos comprometidos em criar um futuro em que os voos urbanos serão mais democráticos e neutros em carbono”, afirma Welsh. A empresa possui acordo assinado também com a Airbus para colaboração e compartilhamento de informações com foco no desenvolvimento do ecossistema e mercado de mobilidade urbana aérea por meio deste tipo de aeronave.
Durante o soft launch da operação entre agosto e outubro, a Revo operará cerca de 30 voos semanais, entre segunda e sexta-feira, de e para o Aeroporto de Guarulhos. Na rota da Fazenda Boa Vista, a empresa terá 10 voos regulares semanais entre sexta e segunda-feira. Além disso, será possível aos clientes reservar voos privados realizados sob demanda entre São Paulo e regiões próximas, como campo, praia e cidades vizinhas. A empresa planeja ampliar as rotas iniciais e a frequência de voos ao longo dos próximos meses. A Revo também estará atenta ao feedback dos clientes. No último trimestre deste ano, a empresa deve lançar duas novas rotas regulares a partir de São Paulo.
Todos os voos Revo são operados pela Omni Táxi Aéreo. Também controlada pelo grupo OHI, a Omni opera no Brasil há cerca de 20 anos, sendo hoje o maior operador de helicópteros na América Latina. Sua frota de 90 helicópteros, que realizam 1 500 voos semanais, está avaliada em 1 bilhão de dólares. Ao ano, cerca de 500 000 passageiros são transportados pela empresa.
Sediada no Rio de Janeiro, a Omni Táxi Aéreo oferece serviços de transporte de pessoal e de equipamentos de bases em terra para plataformas marítimas e outras instalações, incluindo emergência médica, para clientes como Petrobras, Total, Exxon e Shell. A empresa conta com mais de 1 400 colaboradores e tem a sua própria academia de treinamento de pilotos e centros de manutenção.
O Grupo OHI é dono de 100% da Revo. Por sua vez, o OHI é apoiado pelo seu principal acionista, a Stirling Square Capital Partners, um private equity sediado no Reino Unido, que atualmente administra um portfólio de mais de 3 bilhões de euros.
Uma iniciativa do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), sediado na Escola Politécnica da USP, pode colocar o estado de São Paulo na vanguarda das novas tecnologias de energia verde e transição energética. Com o apoio do Governo de São Paulo, esta será a primeira estação do mundo para abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol.
A planta-piloto vai ocupar uma área de 425 metros quadrados na Cidade Universitária, na capital. A área receberá reservatórios de etanol e hidrogênio, laboratório, sala de controle e um reformador com capacidade de produzir 4,5 quilos de hidrogênio verde por meio do etanol.
O lançamento do projeto foi feito no último dia 10, na capital, em cerimônia com a participação do governador Tarcísio de Freitas. A previsão é que a estação experimental esteja operando até o final do primeiro semestre de 2024.
O RCGI é um centro de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), agência de fomento paulista, e também recebe apoio de empresas dos setores de energia e automotivo. As pesquisas são focadas em inovações que possibilitem ao Brasil atingir compromissos assumidos no Acordo de Paris.
Atualmente, são 50 projetos em desenvolvimento no RGCI, com o envolvimento de cerca de 530 pesquisadores dos setores público e privado. O programa da planta de hidrogênio não tem objetivos comerciais e reúne investimentos que ultrapassam R$ 182 milhões.
Na prática, a estação vai aprimorar a eficiência da produção do hidrogênio verde, visando a chegada da tecnologia no mercado e a utilização em larga escala no futuro. Um reformador a vapor vai converter etanol líquido em em hidrogênio por meio de uma reação termoquímica, feita a uma temperatura de aproximadamente 700 graus Celsius.
Esse processo químico é chamado de reforma a vapor. Após ser submetido a altas temperaturas e pressões específicas, o etanol reage com água e gera o hidrogênio. O reformador ainda faz uma purificação do hidrogênio, por meio de outra tecnologia inovadora desenvolvida por uma empresa parceira para a planta.
O etanol necessário para a produção diária de 108 kg de hidrogênio será fornecido por outra parceira privada. Já o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) dará suporte ao projeto com o objetivo de otimizar o funcionamento do reformador do etanol.
Durante o funcionamento da estação experimental, os pesquisadores vão validar os cálculos sobre as emissões e custos do processo de produção de hidrogênio. “Nossa estimativa no momento é que o custo da produção de hidrogênio a partir de etanol será muito competitivo quando comparado ao custo do hidrogênio de reforma do gás natural no contexto brasileiro”, afirma Julio Meneghini, diretor executivo e científico do RCGI.
Logística e transporte
Ele afirma que uma das principais vantagens do hidrogênio obtido por meio do etanol será percebida na logística de transporte. “Normalmente, o hidrogênio é transportado em forma comprimida ou liquefeita, o que demanda grande energia e a utilização de grandes tanques de aço. Já para transportar o etanol, a logística e o transporte são muito simples. Todos os postos de gasolina do Brasil têm uma bomba de etanol”, explica Meneghini.
O transporte do etanol é feito em caminhões-tanque com capacidade de armazenamento em torno de 45 mil litros, volume que pode gerar de 5 mil a 7 mil quilos de hidrogênio. Devido ao baixo custo de transporte do biocombustível, a tecnologia terá mais facilidade de ser replicada globalmente.
Outra vantagem é a utilização de baterias quatro vezes mais leves que as dos carros elétricos com carregamento externo. O abastecimento de um ônibus movido a hidrogênio também é mais rápido: cerca de cinco minutos, segundo os pesquisadores, ante cerca de oito horas de um similar elétrico.
“Um ônibus puramente elétrico tem uma autonomia menor que 200 km e demora oito horas para carregar, além de ter duas toneladas de bateria. Com o hidrogênio, o ônibus fica mais leve e pode ser recarregado em cinco minutos. É o tempo que se abastece um ônibus convencional à diesel”, destaca o diretor do centro de pesquisa.
O hidrogênio produzido na estação experimental será usado para abastecer três ônibus cedidos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) do Governo de São Paulo e também um veículo cedido por uma montadora japonesa. Os veículos irão transitar exclusivamente no campus da USP.
Trabalhadores do metrô de São Paulo decidem hoje (14), em assembleia a ser realizada às 18h, se entram em greve a partir de 0h de terça-feira (15). De acordo com o Sindicato dos Metroviários, a greve é uma manifestação contra a privatização das linhas de metrô e trem e a favor da melhoria do serviço para a população.
“Desde que foi eleito, o governador Tarcísio de Freitas tem falado sobre sua intenção de privatizar todo o sistema de metrô e trem de São Paulo. Nós somos contrários a esse projeto, porque isso significa a piora do serviço e o aumento da tarifa”, disse a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa.
Camila citou como exemplo a experiência com as Linhas 8 e 9, administradas pela Via Mobilidade desde o início do ano. Constantemente as linhas apresentam falhas, prejudicando a população. “E diferente do que o governo diz, não economiza dinheiro do Estado, ao contrário, tem mais gasto porque esses contratos tem garantia de lucro por 30 anos. Além disso, preveem a existência de uma câmara de compensação que permite a retirada de dinheiro do metrô público e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) pública para colocar nessas empresas privadas”, apontou.
Segundo a presidente do sindicato, a greve foi marcada para amanhã por conta da publicação de um edital que prevê a terceirização dos serviços de manutenção dos trens da Linha 15 – Prata (monotrilho) e da notícia de que o grupo CCR entrará na Justiça para pedir a anulação da decisão que cancelou o leilão de entrega da linha, previsto para 28 de agosto. “Nós entramos com uma ação no Tribunal de Contas do Estado questionando este edital, que além de ter uma série de imprecisões, não exige a garantia do serviço da parte da empresa que vencer o certame”, disse Camila.
De acordo com Camila, ainda hoje haverá uma reunião entre Sindicato e Metrô para tentar chegar a um acordo que evite a greve. “Nossa expectativa é que seja retirado esse edital porque ele é um passo muito concreto e agressivo no processo de privatização da Linha 15 – Prata, que é parte da CPTM e que nós defendemos que continue sendo uma linha pública com mais investimentos do Estado”, afirmou.
A greve é um protesto contra a demissão de três funcionários que atuavam no momento em que duas composições de trens da Linha 15 – Prata colidiram, deixando toda a operação paralisada. As composições eram parte do monotrilho em via elevada que liga a zona sul à zona leste da capital paulista.
O acidente ocorreu entre as estações Sapopemba e Jardim Planalto, na zona leste, por volta das 4h30, antes do início da operação comercial, durante a movimentação de posicionamento dos trens, informou a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô.
Segundo Camila, os funcionários foram apontados como culpados pelo incidente, porém a linha registra diversas falhas de operação que ocasionam os problemas.
Plebiscito
A presidente do Sindicato dos Metroviários informou que a decisão de formar plebiscito foi tomada, após plenária unificada entre os trabalhadores do metrô, CPTM e funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que também está no projeto de privatização do governo estadual, para saber a opinião da população sobre a privatização dessas duas empresas. “A população é contrária ao projeto de privatização e nós vamos realizar esse plebiscito no mês de setembro e fazer também mobilização unificada no mês de outubro”.
A Prefeitura de São Paulo, por meio das secretarias municipais de Mobilidade e Trânsito (SMT) e Relações Internacionais (SMRI), lançou quinta-feira (10) a publicação “Plano de Monitoramento de Viagens em Bicicleta em São Paulo”. O material foi produzido pela Ciclocidade, com apoio da SMT, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e Partnership for Healthy Cities.
A publicação se insere dentro do contexto da elaboração de um sistema municipal de monitoramento de viagens em bicicleta capaz de endereçar, com periodicidade adequada, a pertinente questão: a quantidade de viagens em bicicletas nas ruas de São Paulo está aumentando? O indicador criado pode ser executado pela própria municipalidade sem depender exclusivamente de pesquisas Origem e Destino, executadas a cada 5-10 anos pelo Governo do Estado, e vai auxiliar a Prefeitura no monitoramento de uma expressiva meta, explica Haydée Svab, uma das responsáveis pelo estudo: “A última Pesquisa OD, de 2017, apontou que 0,8% das viagens na cidade são feitas em bicicletas. De acordo com o Plano de Ação Climática do município, a meta é que cheguemos a 4% até o ano de 2030. Nesse contexto é que entra nosso trabalho, pois precisávamos de mecanismos mais eficientes para realizar o monitoramento, com a periodicidade e a frequência que um objetivo como esse demanda”.
No relatório estão apresentados os esforços para a maior contagem de ciclistas da história da capital paulista em 210 pontos e seus achados principais, o modelo elaborado para estimar ciclistas e o plano de contagens estabelecido pela CET. Trata-se de uma definição de 110 pontos a serem acompanhados de forma bianual (55 por ano) de forma a compor o sistema de monitoramento de viagens em bicicleta da cidade.
O secretário municipal de Mobilidade e Trânsito da Cidade de São Paulo, Celso Gonçalves Barbosa, foi representado no evento por Alexandre Trunkl, chefe da Assessoria Técnica da SMT. Ele destacou que “acompanhar mais de perto e com menor periodicidade a evolução das viagens de bicicleta pelas vias da Capital nos auxilia na execução e no aperfeiçoamento das políticas públicas destinadas à mobilidade ativa, tornando-as mais efetivas, beneficiando mais pessoas”.
A secretária-adjunta de Relações Internacionais, Ana Cristina Wanzeler, também presente na ocasião, reforçou a importância do trabalho para a capital paulista: “Em janeiro deste ano assinei o acordo de colaboração entre a Vital Strategies Brasil e o Município de São Paulo. O projeto vai ao encontro do Plano de Metas da Prefeitura, que dá destaque à mobilidade ativa segura e eficiente com vistas à Agenda 2030 da ONU. São 6 anos de trabalho conjunto da Prefeitura com a Parceria por Cidades Saudáveis em prol da segurança viária, mobilidade ativa, e da publicação do Manual de Desenho de Rua de São Paulo”, explica.
O lançamento teve, ainda, a contribuição de Lucila Capelli, subsecretária de Planejamento da Mobilidade de Buenos Aires, que apresentou ações inspiradoras que foram implementadas na cidade e que multiplicaram o uso da bicicleta na capital argentina em poucos anos. “Durante os anos de intervenção, conseguimos vários impactos. Não somente promovemos viagens de bicicleta, nós reorganizamos as vagas de estacionamento e aproveitamos para diminuir os limites de velocidade”, explicou.