A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (14) que não irá ajustar a tarifa de ônibus no município em 2024. O valor de R$ 4,40 irá se manter no ano que vem. A decisão foi tomada após reunião na manhã de hoje com representantes da área de transportes.
“A prefeitura ressalta que não há qualquer impedimento técnico na gestão de tarifas distintas entre os serviços de ônibus, metrô e trens, como já ocorrera em anos anteriores”, diz a nota da prefeitura.
Vale lembrar que o valor da passagem do ônibus está congelado desde 2020, primeiro ano da pandemia da Covid-19.
A manutenção da tarifa foi anunciada logo após o Governo do Estado de São Paulo divulgar que os preços das passagens do trem e do metrô subirão. A partir de 1º de janeiro de 2024, o cidadão pagará R$ 5, R$ 0,60 a mais.
O preço da passagem de trens e metrô no estado de São Paulo passará de R$ 4,40 para R$ 5 a partir do dia 1º dejaneiro de 2024. A informação é da Folha de São Paulo e o anúncio oficial do Governo do Estado de São Paulo deve ser divulgado ainda nesta quinta-feira (14).
O reajuste representa um aumento de R$ 26,40 nos gastos mensais para quem usa o transporte público em dias úteis. O valor estava congelado há três anos, desde o início da pandemia, em 2020.
Em entrevista coletiva no dia 29 de novembro, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) reafirmou que iria aumentar a tarifa do transporte sobre trilhos: “Está congelada há muito tempo, a gente não tem como fazer conta. Quanto mais tempo congelada, mais subsídio, e eu preciso tirar de alguma política pública. Então, tem que por na balança, não tem almoço de graça. Se a tarifa não subiu, o custo subiu”, afirma.
A medida vai contra a posição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que mostrava o desejo de manter o valor congelado por mais um ano, visando a reeleição em 2024.
Na última segunda-feira (11), Nunes anunciou que os ônibus da cidade teriam catraca livre aos domingos a partir de 17 de dezembro, além dos feriados do Natal, Ano Novo e no Aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro. Os ônibus intermunicipais, sob gestão do estado, não aderiram ao modelo.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou nesta segunda-feira (11) que a tarifa zero nos ônibus da capital deve iniciar aos domingos a partir do dia 17 de dezembro.
A nova medida deve impactar 2,2 milhões de passageiros na capital e vai estar disponível nos 4.830 ônibus nas 1.175 linhas. Além disso, o prefeito afirmou que os feriados de Natal, Ano-novo e aniversário da cidade (25 de janeiro) também terão tarifa zero.
O prefeito disse que não precisará aumentar a frota de ônibus em um primeiro momento, no entanto, a gestão irá monitorar a demanda para realizar ajustes se for necessário.
“As pessoas vão poder curtir e viver a cidade, ter suas ações desenvolvidas de esporte, cultura e lazer“, ressaltou o prefeito.
O anúncio foi realizado após reunião de Nunes com integrantes da SPTrans.Somente os ônibus da capital contarão com a tarifa zero.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou contra a tarifa zero.
“Sou contra. Absolutamente contra. Não consigo ver viabilidade em você colocar o sistema que tem 8 milhões e 300 mil passageiros com tarifa zero. Que tem estrutura de custos completamente diferentes. Alguém já apresentou de fato a conta de quanto vai ser o subsídio? É hoje esse valor. Com a catraca livre vai ser mais…”, argumentou Tarcísio.
Hoje, Ricardo Nunes se reuniu nesta segunda-feira com Tarcísio e disse que não será preciso incluir o metrô e a CPTM na gratuidade. O prefeito contou que os dois estão ‘integrados’.
No último dia 6, vereadores da Comissão de Finanças e Orçamento da cidade de São Paulo aprovaram o relatório final para implantar, de forma gradativa, a tarifa zero nos ônibus da capital.
Serão R$ 500 milhões para bancar a tarifa zero que se somam a outros R$ 5 bilhões de subsídio que a prefeitura já pretende pagar para as concessionárias de ônibus no próximo ano.
Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo anunciaram que farão uma paralisação dos serviços nesta sexta-feira (1°).
A decisão da categoria acontece logo após a suspensão do resultado das eleições do Sindmotoristas, que ocorreu na semana passada. A decisão foi emitida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) depois de um pedido da Chapa 1.
Além da suspensão, o tribunal colocou uma multa de R$ 50 mil a cada integrante da comissão eleitoral e ao candidato que encabeça a chapa 4, Edivaldo Santiago da Silva.
Caso seja realizada, esta será a segunda paralisação dos ônibus municipais de São Paulo em menos de duas semanas. No dia 21, nove terminais foram bloqueados por sindicalistas. O ato aconteceu em meio à eleição do Sindmotoristas.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER publicou no último sábado (25) o edital de licitação para contratação de serviços de fiscalização do controle de velocidade nas rodovias estaduais sob sua gestão. O investimento previsto é de R$ 196,8 milhões para a instalação de 649 novos pontos de radares em trechos críticos das rodovias.
A novidade é que os novos equipamentos serão mais modernos e eficientes. Além de fiscalizar a velocidade, ampliando a segurança nas rodovias, os futuros radares farão leitura automática de placas (OCR) e terão, ainda, a função de contagem de veículos, com capacidade de transmissão das informações em tempo real para o DER.
A previsão é que a instalação ocorra no primeiro semestre de 2024. O edital está disponível para consulta no site: www.der.sp.gov.br.
Em meio à greve da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô, a cidade de São Paulo registrou 630 km de lentidão às 8h desta terça-feira (28).
O congestionamento observado neste horário ficou 50 km acima da média. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a média costuma ser de 573 km.
Na segunda-feira (27), 478 km das vias encontravam-se paradas nesse mesmo período. Já na última paralisação contra as privatizações do governo paulista, realizada no dia 3 de outubro, uma terça-feira, o registro foi de 598 km, 32 km a menos.
Devido a situação que o transporte por trilhos se encontra, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos ao longo do dia.
Apesar disso, a CET informa que as faixas e corredores de ônibus funcionam normalmente conforme os horários estabelecidos. Também não são apresentadas mudanças na Zona Azul.
Continuam a valer as demais restrições adotadas na cidade, como a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF).
Na manhã desta terça-feira (28), moradores da Grande São Paulo enfrentam dificuldades para se deslocar em razão da greve de servidores estaduais, incluindo metroviários e ferroviários. O protesto é contra a privatização de empresas e órgãos públicos.
Estão completamente paralisadas as linhas 15-Prata do metrô e 10-Turquesa do trem. As demais linhas do metrô funcionam parcialmente. No trem, a linha 12-Safira e 13-Jade estão com operação normal e as linhas 7-Rubi e 11-Coral têm funcionamento parcial.
As linhas de transporte metropolitano concedidas à iniciativa privada, 4 e 5 do metrô e 8 e 9 de trens metropolitanos, operam normalmente.
O trânsito na capital está acima da média nesta manhã, segundo monitoramento da Companhia de Engenheria de Tráfego (CET), com 521 quilômetros (km) de filas. A pior situação é na zona leste, com 170 km de engarrafamento.
A recepcionista Vanessa Dias, de 44 anos, saiu de Embu das Artes, município da Grande São Paulo. “Vim pela Linha Amarela, que é privatizada, mas em vez de descer na República, pra pegar a Linha Vermelha, tive que ir até a [estação] Luz”, relatou. Para continuar o trajeto até o bairro Barra Funda, a empresa em que ela trabalha vai pagar um carro por aplicativo.
O trajeto de Guaianazes, na zona leste, até a estação Luz, no centro da capital, feito diariamente pela encarregada operacional Adriana Galvão, de 41 anos, já não é simples, mas hoje foi ainda mais complicado.
“Tive que pegar ônibus, carona e depois peguei trem”, contou à Agência Brasil. Ela ainda vai pegar um carro de aplicativo para chegar a Santana, na zona norte, onde trabalha. “O valor está bem acima, R$ 150. Ou você vai ou tem que dar justificativa pro patrão”, lamenta.
O carro por aplicativo também é opção para o engenheiro Carlos André Teixeira, de 25 anos. “Geralmente pego a Linha 7-Rubi e vou até a Barra Funda”, contou o jovem que mora próximo à estação Luz. Ele chegou a ir até a estação, mas não conseguiu fazer o trajeto que precisava até o bairro Perdizes, na zona oeste. “Nem estou por dentro da paralisação, mas se tivesse funcionando com catraca livre seria melhor.”
Negociação
A liberação das catracas para a população foi uma das propostas feitas pelos sindicatos para manter a operação das linhas neste dia de mobilização. A Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos aponta que a medida traria “alto risco de tumultos e acidentes graves nas estações”. O governo do estado considera a greve “abusiva e política”.
Camila Lisboa, presidenta do sindicato dos metroviários, defende que a greve é legítima e que não foi julgada ilegal pela Justiça.
“Propusemos em alternativa a greve operar o metrô 100% com a catraca livre e o governador [Tarcísio de Freitas] não aceitou nossa mediação, o que mostra que o governador não está preocupado com a população. A própria liminar considera a greve trabalhista já que a privatização implica em perda dos postos de trabalho”, disse em nota.
Segundo o governo estadual, a paralisação deixa “mais de 4,6 milhões de passageiros sem acesso ao transporte sobre trilhos”, além de “provocar perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio”. O governador falará em coletiva de imprensa na manhã de hoje.
Nesta terça-feira, uma liminar concedida pelo desembargador Marcelo Freire Gonçalves, vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), determinou que os trabalhadores da Companhia do Metrô mantenham 80% do efetivo em atividade no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais períodos. Ele definiu multa diária de R$ 700 mil em caso de descumprimento.
Para a CPTM, a operação deve ser de 85% do efetivo nos horários de pico (4h às 10h e 16h às 21h), além de 60% nos demais intervalos, sob pena de multa diária de R$ 600 mil. O relator foi o desembargador Fernando Álvaro Pinheiro.
Os planos de privatização do governo de Tarcísio de Freitas envolvem a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), a Fundação Casa e a Linha 7 da CPTM.
Na educação, o pedido é para que o governo recue da proposta que altera a Constituição paulista, reduzindo de 30% para 25% o percentual mínimo de investimento no setor. Tal mudança, segundo o sindicato, implicaria corte de R$ 10 bilhões no orçamento anual.
Em 2023, já foram realizadas duas paralisações para pressionar o governo contra as privatizações. A primeira delas ocorreu no dia 3 de outubro e a segunda no dia 12 de outubro.
A Polícia Civil apontou que a paralisação dos trens na Linha Esmeralda no dia 3 de outubro, durante a greve de metroviários e ferroviários, foi causada por sabotagem em diferentes pontos da linha. A ação criminosa atrasou o restabelecimento do sistema em várias horas e prejudicou milhões de passageiros.
Realizada pelas equipes do 27º Distrito Policial (Campo Belo), a investigação ouviu diversas testemunhas, incluindo funcionários da empresa, que relataram terem encontrados vários objetos que foram arremessados tanto na rede aérea de energia do sistema quanto na linha férrea.
Em um ponto da linha, próximo da estação Autódromo, também foram identificados sinais de vandalismo em uma máquina de chaveamento de via. A fiação do equipamento foi completamente arrancada, impedindo o restabelecimento do sistema. As informações constam no laudo elaborado pelo Instituto de Criminalística. O documento também mostra os locais onde o gradil de proteção foi aberto para a entrada dos criminosos da linha férrea.
As equipes do 27º DP analisaram imagens de diferentes câmeras de segurança instaladas ao longo da via, contudo, nos pontos onde houve sabotagem, não havia monitoramento. A polícia acredita que os criminosos tenham escolhido estes pontos para não serem identificados.
“Foram realizadas varreduras nos pontos onde os objetos foram arremessados, que não possuem câmeras. Não foi possível identificar os autores, mas verificamos que houve atentados em diversos pontos da linha, com arremesso de objetos estranhos ao sistema nas estações de Osasco a Interlagos, que foram apreendidos.”
O inquérito agora será concluído e relatado para análise do Ministério Público e Poder Judiciário.
O motivo da lentidão dos trens, segundo a Concessionária ViaMobilidade, foi o furto de cabos no trecho próximo a estação Berrini. Por conta do furto, a sinalização no trecho está sendo feita pelo operador de trens.
No site da ViaMobilidade, informa que a operação da Linha 9 segue normal, mas internautas têm relatado lentidão dos trens.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quinta-feira (23) que estuda implementar a tarifa zero nos ônibus da cidade sempre aos domingos ou no período noturno a partir do mês de dezembro. A declaração aconteceu durante a abertura da 28ª Cúpula de Mercocidades sul-americanas, na Sala São Paulo, no Centro.
“A gente está pensando em iniciar um processo para sentir como vai ser o comportamento e se a tarifa zero vai trazer um ganho para a economia”, disse a jornalistas.
“Pode ser no domingo, ou pode ser no período noturno. A ideia que está mais sendo apreciada é de domingo. É um dia que não tem tanta movimentação e para o domingo ter o aquecimento da economia. Fazer girar a economia, pensando na geração de emprego, renda e no fortalecimento econômico da cidade”, completou.
Segundo o prefeito, já existem conversas com o relator do orçamento de 2024 na Câmara Municipal para que a adicione na proposta uma rubrica de R$ 400 a R$ 500 milhões para bancar a gratuidade. O valor seria um adicional dos R$ 5 bilhões de subsídio que a prefeitura já pretende pegar às empresas no ano que vem.
“Estou conversando com o relator da lei orçamentária na Câmara pra gente definir isso essa semana, ou a semana que vem, pra no relatório final do orçamento do ano que vem estar previsto e já estar rubricado o valor que a gente vai colocar para esse processo, em relação à gratuidade. Se for aos domingos, e à noite [o custo} vai ser em torno de R$ 400 a R$ 500 milhões [por ano]”, explicou.