A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou, na manhã desta sexta-feira (27), que os assassinatos contra as dez pessoas da família da cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, aconteceram por causa de terras em que parte deles morava.
O crime cometido pelo grupo formado por Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Fabrício Silva Canhedo e Carlomam dos Santos Nogueira foi motivado pela chácara que a família tinha, avaliada em R$ 2 milhões, segundo o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá.
As investigações apontam que o planejamento do crime começou em 28 de dezembro do ano passado. Além do terreno, o grupo queria R$ 200 mil obtidos por uma das vítimas com a venda de uma casa.
Membros da família também foram obrigados a passar dados pessoais sobre contas bancárias e cartões de crédito para os criminosos, durante o período que estiveram em cativeiro, segundo os investigadores.
Os mortos na chacina são:
Elizamar Silva, de 39 anos: cabeleireira;
Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos: marido de Elizamar Silva;
Rafael da Silva, de 6 anos: filho de Elizamar e Thiago;
Rafaela da Silva, de 6 anos: filha de Elizamar e Thiago;
Gabriel da Silva, de 7 anos: filho de Elizamar e Thiago;
Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos: pai de Thiago e sogro de Elizamar;
Cláudia Regina Marques de Oliveira, de 54 anos: ex-mulher de Marcos Antônio;
Renata Juliene Belchior, de 52 anos: mãe de Thiago e sogra de Elizamar;
Gabriela Belchior, de 25 anos: irmã de Thiago e cunhada de Elizamar;
Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19 anos: filha de Cláudia e Marcos Antônio.
A Prefeitura do Rio de Janeiro afastou Monique Medeiros da Secretaria Municipal de Educação. A mãe de Henry Borel, que atualmente é ré pela morte da criança de até então apenas quatro anos de idade, é servidora concursada e obteve na Justiça o direito a voltar a trabalhar no órgão.
Monique entrou com um pedido de licença médica de 60 dias recentemente. Depois disso, houve uma perícia técnica realizada pela própria secretaria na última terça-feira (24), e a solicitação foi indeferida.
Como supostas irregularidades no preenchimento da folha de ponto também são apuradas, a pasta decidiu abrir uma sindicância para investigá-la.
O afastamento consta de um decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD) publicado na edição desta quarta-feira (25) do Diário Oficial do município. No texto, é citado um artigo do Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo que aborda suspensões preventivas.
Monique responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado.
Bruno Vianna, de 26 anos, que fazia o personagem de Homem-Aranha na Carreta da Alegria, foi morto a tiros em uma praça em Xaxim, em Santa Catarina.
O crime ocorreu na noite da última quinta-feira (10), mas a confirmação da morte foi feita pela Carreta da Alegria na sexta-feira (11).
O homem chegou a ser levado ao Hospital Frei Bruno, mesma cidade onde o crime ocorreu, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Caso aconteceu na Praça Pública, no centro do município, por volta das 23h30.
De acordo com a Polícia Militar catarinense, o autor dos disparos, um jovem de 19 anos que não teve a identidade divulgada, foi localizado e preso em flagrante. Neste sábado (12), o delegado Wesley Costa informou que o flagrante foi convertido em prisão preventiva.
“O autor ficou em silêncio. Segundo o que foi apurado, o crime se deu por ciúmes de uma ex-namorada que teria se relacionado brevemente com a vítima”, disse o delegado.
O engenheiro Paulo José Arronenzi, acusado de assassinar a ex-esposa, a juíza Viviane Vieira do Amaral, na frente das três filhas do ex-casal, foi condenado a 45 anos de prisão. O crime foi cometido na véspera de natal de 2020.
O julgamento aconteceu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e terminou na madrugada desta sexta-feira (11), após 15 horas de debates.
A condenação de Paulo foi por homicídio quintuplamente qualificado. As qualificadoras que levaram ao aumento da pena foram:
feminicídio, ou seja, a vítima foi morta por ser mulher;
o crime foi praticado na presença de três crianças;
o assassinato foi cometido por motivo torpe, já que o acusado a matou por não se conformar com o fim do relacionamento;
o crime foi cometido por um meio que dificultou a defesa da vítima, atacada de surpresa quando descia do carro;
e o meio cruel utilizado, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto causaram intenso sofrimento à vítima.
Um dos depoimentos foi da mãe da juíza, Sara Vieira do Amaral. Ela contou que ficou sabendo sobre a morte da filha pela neta de 9 anos. A menina ligou para a avó minutos depois de ver a mãe receber 16 facadas.
“O papai furou a mamãe toda e ela está caída no chão. É muito sangue, é muito sangue vovó”, disse Sara, contando as palavras da neta ao telefone.
A juíza Viviane Vieira do Amaral, que tinha 45 anos, integrou a magistratura do Estado do Rio de Janeiro por 15 anos e atuava na 24ª Vara Cível da Capital.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi motivado “pelo inconformismo do acusado com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras do fim do casamento na vida do engenheiro”.
Um jovem de 28 anos foi morto a tiros enquanto celebrava a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Belo Horizonte, Minas Gerais, na noite do último domingo, 30. De acordo com a Polícia Militar, outras quatro pessoas, incluindo uma criança de 12 anos, também foram baleadas pelo criminoso.
Após o resultado da apuração dos votos, que deu a vitória das eleições a Lula, o suspeito, um homem de 36 anos, que não teve a identidade divulgada, saiu armado de casa. Conforme publicado pelo jornal O Globo, o criminoso é apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e saiu de casa “em busca de traficantes”, no bairro Nova Cintra, em BH, segundo divulgou a PM mineira.
Após ser detido pelos agentes, ele revelou que atirou “aleatoriamente”. Duas vizinhas, uma mulher de 47 anos e outra de 40, foram atingidas de raspão e levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste de Belo Horizonte.
Em seguida, o criminoso viu a garagem onde a vítima, Pedro Henrique Dias Soares, comemorava o resultado da eleição com a sua família. O suspeito aproveitou o momento em que a mãe de Pedro abriu o portão e disparou contra a família.
Além de Pedro, a mãe dele, de 47 anos, e uma prima, de 12, também foram atingidas pelos disparos. Todos foram levados ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII, mas Pedro não resistiu aos ferimentos.
Com o homem, a PM aprendeu duas armas de fogo e uma faca. Na casa dele, os policiais encontraram outra arma, além de 500 munições. Ele acabou preso em flagrante, indiciado por homicídio e tentativa de homicídio.
A Polícia Civil informou que segue investigando uma suposta motivação política para o crime, mas aponta que não descartou nenhuma hipótese.
O corpo do ex-vereador, de 51 anos, foi velado no Ginásio de Esportes de Jandira, na Grande São Paulo, na manhã deste sábado (29). O sepultamento ocorreu às 16h, no Cemitério municipal de Jandira.
O crime
Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade, o crime aconteceu por volta de 17h25 na rua Francisco Tomás da Silva, no Jardim Gabriela.
Moradores que testemunharam o ataque afirmam que um veículo com uma pessoa armada dentro se aproximou do vereador e atirou à queima-roupa. A GCM de Jandira ainda não sabe o motivo do crime.
Zezinho era um vereador atuante em Jandira, autor de diversas denúncias de corrupção na cidade em áreas como a da Saúde e de compras municipais.
Investigadores do Setor de Homicídios da Seccional de Carapicuíba já estão atrás de testemunhas e imagens do crime. Peritos do Instituto de Criminalística (IC), de Barueri, também estão no local.
A polícia não descarta nenhuma hipótese, mas a suspeita inicial é de vingança política, motivada por denúncias recentes feitas por Zezinho de um suposto esquema de corrupção.
Local onde o vereador Zezinho do PT foi assinado em Jandira, na Grande SP, nesta sexta-feira (28). — Foto: Reprodução
Trajetória política
Nascido Reginaldo Camilo dos Santos, Zezinho do PT – como era conhecido – foi vereador na cidade de Jandira por três legislaturas seguidas, entre 2005 e 2016.
Neste ano ele concorreu ao cargo de deputado federal na cidade, mas não foi eleito. Obteve 8.858 votos. Em 2020, Zezinho também foi candidato a prefeito de Jandira, ficando na terceira colocação e obtendo 10,56% dos votos válidos.
O prefeito eleito na cidade foi o Doutor Sato (PSDB), que obteve 45,73% dos votos.
O ex-vereador Zezinho do PT fazendo campanha para Lula e Haddad no último dia 19 de outubro em Jandira, na Grande SP, no alto de um carro de som. — Foto: Reprodução/Facebook
Pedido de investigação
Zezinho era cabo eleitoral de Fernando Haddad e Lula (PT) na cidade e aparece em várias imagens postadas nas redes sociais na última semana fazendo campanha para os dois na região.
O coordenador da campanha eleitoral de Fernando Haddad, o deputado estadual Emídio de Souza, estava a caminho do local do assassinato.
“Ele fazia muitas denúncias e a gente já entrou em contato com o doutor Nico [Osvaldo Nico Gonçalves, delegado-geral da Polícia Civil de SP], para pedir uma investigação”, disse Emídio de Souza à TV Globo.
Repercussão
Nas redes sociais, lideranças da esquerda falaram em violência política e pedem investigação rápida sobre o caso.
Zezinho do PT durante evento de campanha de Lula e Haddad no Vale do Anhangabaú, em SP, em outubro. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
“MAIS UM CRIME POLÍTICO! O companheiro Zezinho do PT, liderança de esquerda em Jandira, foi assassinado hoje em frente à sua casa. Nossa solidariedade aos familiares e amigos. E que o Estado investigue com rapidez e encontre os criminosos. Chega de violência política!”, disse o deputado federal eleito Guilherme Boulos, do PSOL.
Guilherme Boulos, do PSOL, em postagem nas redes sociais. — Foto: Reprodução
“Recebo com muita tristeza e preocupação a notícia do assassinato do companheiro Zezinho, ex-vereador de Jandira e candidato a deputado federal na ultima eleição. O PT vai acompanhar o desenrolar desse crime e suas motivações”, afirmou o secretário de Comunicação do PT em SP, Jilmar Tatto.
“A milícia bolsonarista segue disseminando o terror agora em São Paulo também. Há pouco assassinaram a tiros o ex-vereador petista Zezinho, de Jandira (SP), candidato a prefeito em 2020 e a deputado federal nestas eleições”, declarou o deputado federal Alencar Santana (PT).
“Meus sentimentos aos familiares e companheiros próximos. Zezinho era um militante incansável em defesa da democracia e da justiça social e era querido por todos que o conheciam. Que os criminosos sejam punidos com celeridade pela Justiça!”, completou.
O repórter cinematográfico, que filmou o tiroteio que matou um homem e parou a campanha do candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) no Paraisópolis, capital paulista, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal da Cultura e deu mais detalhes do que aconteceu naquele dia.
Logo após gravar as imagens, ele revelou que for abordado por um servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que faz parte da segurança do candidato, e pediu para apagar todas as imagens do confronto.
“Você tem que apagar! Essa imagem que você filmou aqui também. Mostra o pessoal saindo, tem que apagar essa imagem. Não pode divulgar isso, não!”, disse o segurança para o jornalista.
De acordo com a reportagem publicada pelo The Intercept Brasil, o homem que pediu para o jornalista apagar as imagens foi Fabricio Cardoso Paiva. Além de exigir que as imagens do tiroteio fossem delatadas, também impediu de gravar a vítima do tiroteio.
Em nota, a assessoria de Tarcísio afirmou que o segurança do candidato ordenou que o cinegrafista apagasse o vídeo no mesmo local onde estava toda a imprensa. Segundo o jornalista, não foi assim que aconteceu.
“Num determinado momento, alguém chega e fala assim: ‘vamos ali em cima’, que tem um…ele falou o nome, o Pavani, que o Pavani quer falar com você. Pensei comigo: ‘o que tá acontecendo?’. Na dúvida, eu peguei meu celular e comecei a gravar. Eram dois lances de escada e eu comecei a gravar a conversa. Foi uma conversa de pé de ouvido mesmo”, contou.
Em nota, a Abin explicou que há apenas um servidor licenciado acompanhando o candidato na campanha eleitoral. Porém, nas imagens feitas pelo repórter, é possível ver outro funcionário trabalhando no local.
“A agente federal que até então se identificava como assessor do Tarcisio, que é o policial federal Campetti”, revela.
Danielo Cesar Campetti participou da segurança do então candidato Jair Bolsonaro na campanha presidencial de 2018. Ele estava em Juiz de Fora no dia da facada dada por Adélio Bispo dos Santos.
Durante o mandato de Bolsonaro, Campetti foi contratado pela Abin.
Após todo episódio envolvendo o tiroteio, o repórter pediu demissão da Jovem Pan e admite que está com medo de sofrer uma represália.
“Eu tenho medo não por mim, mas pela minha família. Minha esposa grávida, pouco menos de um mês, a nossa filha pode nascer. Estava fazendo meu trabalho. Nós, jornalistas, não temos arma. A nossa arma é o aparelho celular, uma câmera, um papel e uma caneta”, concluiu.
Um homem matou duas pessoas e fez outras três reféns na noite da última quarta-feira (12) em Praia Grande, litoral de São Paulo, após invadir um restaurante japonês e uma pizzaria na cidade.
De acordo com depoimentos de testemunhas, divulgados pelo g1, o criminoso disparou contra clientes do restaurante por volta das 23 horas.
magens de uma câmera de segurança mostram o atirador se aproximando de um rapaz, que esperava transporte na calçada em frente ao estabelecimento, e disparando à queima-roupa contra sua cabeça.
Três clientes que estavam nas proximidades tentam fugir, mas são colocados sob a mira do revólver e convencidos a retornar para dentro do restaurante.
O atirador, então, invade o estabelecimento e dá outro disparo à queima-roupa na direção de um cliente.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Praia Grande, a primeira vítima tinha 25 anos, era natural de Guarujá e morreu no local. A segunda tinha 67 anos, chegou a ser levada em estado grave para o Hospital Municipal Irmã Dulce, mas não resistiu e morreu nesta quinta (13).
Reféns em pizzaria
Após o massacre, o criminoso foi perseguido por moradores até a Avenida Ecológica, onde entrou em uma pizzaria. A polícia foi chamada e conseguiu prendê-lo no local.
Ao g1, o delegado responsável pelo caso, Alex do Nascimento, confirmou que três pessoas foram feitas reféns no segundo estabelecimento. Ele também relatou que o criminoso tinha passagens e estava foragido após ser condenado a 14 anos de prisão.
“Ele foi condenado por um caso de homicídio. Ele estava sendo procurado, após ter saído da cadeia em ‘saidinha’ e não voltado para o presídio.”
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ/RJ) negou o recurso de pedido de liberdade de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, presos após serem acusados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Gomes Kalil da 4ª Vara Criminal nesta segunda-feira (19).
Os dois estão presos preventivamente e aguardam o júri popular, que ainda não tem data definida. Na decisão, além de negar a libertadade, Kalil chama a atenção para os “sucessivos recursos” impetrados pela defesa.
“Mantenho, por ora, as prisões preventivas com base nos fundamentos já lançados na sentença de pronúncia (pasta 6167), destacando que a demora na prestação jurisdicional se dá por iniciativa da Defesa que interpôs sucessivos recursos em face da decisão de pronúncia, devendo arcar com o ônus da demora, não causada pela máquina judiciária. Ademais, embora a pronúncia esteja preclusa, com exame, inclusive, dos Tribunais Superiores, ambas partes, inclusive a Defesa (fls. 7044/7048) requereram diligências de forma preliminar ao art. 422 do CPP, assumindo, assim, o ônus de uma demora ainda maior”, diz um trecho da decisão.
No mês de agosto, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a negar um recurso de Ronnie Lessa e manteve julgamento por júri popular.