Ciclista que assediou mulher em rua é preso na casa da mãe e confessa o crime

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O ciclista que assediou uma mulher no bairro República, em Vitória, foi preso no fim de semana na casa da mãe e, segundo a polícia, confessou o crime.

A vítima passeava com o cachorro na manhã da última quarta-feira (23), quando o suspeito passou por ela de bicicleta e a apalpou. O crime foi registrado por câmeras de segurança. Assista ao vídeos no final da matéria.

De acordo com a polícia, o homem que aparece nas imagens é Matheus dos Santos Vasconcellos, de 25 anos. Ele teve o mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.

Segundo o subcomandante da 12ª Companhia Independente da Polícia Militar, capitão Vitor, o vídeo da ação ganhou visibilidade nas redes sociais e as forças de segurança começaram a receber diversas informações sobre o suspeito.

“A Polícia Militar foi ao local indicado pelas denúncias, conseguiu localizar a bicicleta verde que aparece na filmagem, mas ele não estava na residência”, disse.

No dia seguinte ao crime, o suspeito chegou a se apresentar na delegacia, mas acabou liberado já que o período de flagrante havia se excedido. Os investigadores responsáveis pelo caso pediram a prisão preventiva do suspeito, que foi autorizada pela Justiça. 

Identificamos outras vítimas, o que deu robustez ao nosso pedido de prisão cautelar. Imediatamente, fomos ao Ministério Público, que deu o parecer favorável pela prisão, e ao Judiciário, que logo expediu o mandado de prisão“, explicou a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da Capital, delegada Juliana Saadeh.

O suspeito foi preso no sábado (26), no prédio em que a mãe mora, em Praia de Carapebus, na Serra. 

Chegou a informação à polícia de que o homem estaria em um prédio na Praia de Carapebus. Policiais militares foram ao local e, com autorização do proprietário do edifício, foi possível acessar a área comum. De lá, foi possível visualizar o indivíduo no apartamento da mãe. Pedimos para ele descer e se entregar. Ele não resistiu“, explicou o capitão Vitor.

Segundo a delegada responsável pela investigação, o suspeito confessou o crime de importunação sexual e envolvimento em crimes contra o patrimônio. 

Ainda de acordo a polícia, além da vítima que aparece no vídeo, o suspeito teria importunado outras mulheres. Por isso, a polícia pede para que vítimas de assédio ou importunação sexual denunciem para que os casos possam ser investigados.

Veja o momento em que o homem ataca a vítima:

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Fonte: Folha Vitória

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Quase metade das trabalhadoras já ouviram cantadas no trabalho, mostra pesquisa

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Metade das trabalhadoras entrevistadas por uma pesquisa do do portal de e recolocação Empregos.com disseram já ter sofrido algum tipo de assédio. De acordo com o levantamento, 42% das mulheres 27% dos homens já ouviram uma cantada desagradável ou indesejada por parte de colegas de trabalho.

Ainda entre os entrevistados, 41% do público feminino já ouviu ou presenciou piadas de conteúdo sexual no ambiente corporativo. A proporção entre os homens é de 39%. Ao todo, 376 pessoas foram entrevistadas, sendo 203 mulheres, 170 homens e três pessoas que se identificaram como não-binário entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023.

55% das mulheres e 45% dos homens disseram que ofensas verbais são comuns no ambiente de trabalho.

Uma portaria do Ministério do Trabalho determinou que, a partir deste mês, o combate aos casos de assédio moral e sexual será uma obrigação nas empresas brasileiras. A nova legislação obriga as empresas a receberem denúncias de ocorrências, apurar os fatos e punir os responsáveis.

Leia também: Anvisa oficializa decisão e determina recolhimento de lotes de maionese da Fugini


Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Ag. Brasil

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Não é não: lei é garantia contra assédio sexual no carnaval

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Carnaval é época de diversão e durante a folia acontece muita paquera. No entanto, o que não é consentido é considerado crime: a Lei 13.718, em vigor desde 2018, criminaliza os atos de importunação sexual e divulgação de cenas de estupro, nudez, sexo e pornografia.

A pena para as duas condutas é prisão de 1 a 5 anos. A importunação sexual foi definida em termos legais como a prática de ato libidinoso contra alguém sem a sua anuência “com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.

Atos considerados por muitos como parte da festa como passar a mão no corpo de alguém ou roubar um beijo hoje são tipificados como crime de importunação sexual. Beijo à força ou qualquer outro ato consumado mediante violência ou grave ameaça, impedindo a vítima de se defender, de acordo com a mesma lei, configura crime de estupro. Beijo, portanto, só consentido.

A psiquiatra Danielle Admoni, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria, explica porque, apesar da lei, é tão difícil o entendimento de que “não é não”, principalmente pelos homens. 

“Muitas vezes o ‘não’ é entendido como: ‘ela quer, mas quer dar uma de difícil’, ‘ela quer, mas está com vergonha’, e isso é terrível porque essa pessoa está falando não, e não é não. Mesmo que ela fale de forma educada, ou sorrindo, não é não. Mas a pessoa que está do outro lado não tem esse entendimento por essa questão sociocultural, de que ele está acima.”

A pedagoga Claudia Petry, especialista em Sexologia Clínica e em Educação para a Sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina, concorda que, mesmo com a lei, a questão é cultural, mas principalmente de não saber lidar com as frustrações.  

“Nossa sociedade, ao longo da nossa história, foi muito permissiva para as questões do homem sobre a mulher. Assim, formamos no passado, e também no presente, uma sociedade em que o homem pensa ter o poder – e posse – e, que pode ter tudo o que quer, não aprendendo a lidar com quaisquer frustrações e principalmente, com os direitos da mulher ou de qualquer outra pessoa. Ouvir um ‘não’ – e aceitá-lo – é respeitar o livre arbítrio do outro e tirar do abusador o ‘poder’ de fazer o que quer”.

Já a psicóloga Monica Machado, especialista em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, alerta que, em caso de violências, abuso ou importunação, é preciso procurar ajuda psicológica. 

“Não deixe de falar com pessoas próximas e procure ajuda profissional. Muitas mulheres se sentem envergonhadas e preferem se calar. No entanto, essa ferida pode gerar um trauma e transtornos psicológicos. Guardar para si é alimentar a continuidade da situação e não pensar que alguém próximo também pode ser vítima algum dia”, reforça. 

Medidas de prevenção

Mesmo com a tipificação de crime e ações governamentais para acolhimento às vítimas, algumas dicas de especialistas podem ajudar a se proteger no carnaval: 

Cuidado com os golpes da bebida: não aceite bebidas de estranhos e não deixe seu copo sozinho na mesa. Essas medidas impedem que os abusadores coloquem qualquer tipo de substância que possa deixar a vítima desorientada e assim facilitar o abuso. 

Apito: tenha em mãos um apito e uma caneta marca texto preta, para riscar um “X” (símbolo de socorro) na palma da mão e deixar visível, caso precise. “Estas técnicas já ajudaram muitas mulheres a se livrar de situações de risco”, ressalta a psicóloga Monica Machado.

Mantenha contato com seu grupo de amigos: antes de sair, crie um grupo com os amigos que estarão com você. Caso se perca deles ou precise de ajuda, contate-os pelo grupo. Vale ainda marcar um ponto de referência, de preferência, que seja movimentado. “Evite ficar sozinha. Mesmo em meio à multidão, você será um alvo fácil, principalmente para homens sob efeito de álcool/drogas. Ao se sentir perseguida ou em situação vulnerável, busque um policial próximo ou entre em um estabelecimento”, aconselha a sexóloga Claudia Petry.

Cuidado com o celular e pertences: além de cuidar de sua integridade física, cuide também de seus pertences. Leve o mínimo possível para a folia. Guarde seu celular em uma ‘doleira’, por baixo da roupa, assim como a cópia da sua identidade e o dinheiro. Evite pagar por PIX e delete todos os aplicativos de banco. Além da violência sexual, os abusadores podem roubar a vítima também. 

Atenção no transporte público: na volta para casa, seja de metrô ou ônibus, procure sentar perto do motorista ou de outras pessoas, principalmente se for tarde da noite. Evite ficar isolada e dormir no banco. Se estiver de carro, certifique-se de que não há ninguém próximo ao ir embora. Também evite estacionar em ruas desertas.

Como denunciar

Se presenciar ou for vítima de importunação sexual, as denúncias podem ser feitas para o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher ou procurando diretamente a Guarda Municipal da sua cidade ou a Polícia Militar, ligando 190.

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Por Ludmilla Souza – Repórter da Agência Brasil – Foto: Tomaz Silva/Ag. Brasil

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Caixa diz que Corregedoria investiga denúncias de assédio

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A Caixa se manifestou na noite de ontem (29) sobre as denúncias de assédio na instituição. Em nota, o banco público afirmou que “repudia qualquer tipo de assédio” e que há investigação em curso para apurar os casos.

“A investigação corre em sigilo, no âmbito da Corregedoria, motivo pelo qual não era de conhecimento das outras áreas do banco”, diz o texto.

A apuração foi iniciada em maio, de acordo com o comunicado. Segundo a Caixa, diligências foram realizadas para colher provas e materiais que estão sendo avaliados. A instituição informou que toda a investigação é conduzida por um órgão externo, o que “garante a transparência, segurança e proteção para denunciantes.”

A nota afirma ainda que “eventuais novas informações serão imediatamente integradas ao procedimento de apuração.”

Pedro Guimarães oficializou ontem o pedido de demissão do cargo. Em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro, ele rebateu as denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias da instituição e alegou inocência.

A secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino, foi nomeada como nova presidente da Caixa.


Por Agência Brasil – Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

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