Os pontos do depoimento de hacker à CPI dos atos golpistas

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O depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas nesta quinta-feira (17/08) trouxe novas acusações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros de seu entorno em relação a tentativas para desacreditar o processo eleitoral.

Segundo o hacker, Bolsonaro e pessoas próximas a ele estavam por trás de um esquema para tentar forjar a fragilidade do sistema das urnas eletrônicas. O ex-presidente teria ainda lhe prometido um indulto caso ele se tornasse alvo da Justiça por essas ações.

Delgatti tornou-se conhecido em 2019, depois de vazar mensagens de telefones celulares de várias autoridades ligadas à operação Lava Jato na série de reportagens do site Intercept Brasil que ficou conhecida como Vaza Jato, que depois se tornou alvo de investigação da Polícia Federal (PF) na operação Spoofing.

Ele foi convocado a comparecer à CPI após uma operação da Polícia Federal (PF) que teve como um dos alvos a deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), que teria servido de ponto de contato entre o presidente e o hacker.

Os agentes da PF apuram a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Delgatti está preso desde 2 de agosto pela invasão aos sistemas do CNJ.

Pedido para criar código-fonte falso

À CPI, Delgatti ter sido aconselhado em uma reunião com assessores de campanha de Bolsonaro a criar um código-fonte falso no intuito de falsificar provas de que a urna eletrônica seria vulnerável e passível de fraude. Segundo disse, a intenção era anular as eleições e convocar uma nova votação.

A ideia teria sido apresentada pelo marqueteiro Duda Lima em uma reunião com Carla Zambelli, o presidente do PL Valdemar Costa Neto e outros, segundo ele. “A segunda ideia era no dia 7 de setembro, eles pegarem uma urna emprestada da OAB, acredito. E que eu colocasse um aplicativo meu lá e mostrasse à população que é possível apertar um voto e sair outro”, disse o hacker.

“Eles queriam que eu fizesse um código-fonte meu, não o oficial do TSE. E nesse código-fonte, eu inserisse essas linhas, que eles chamam de ‘código malicioso’, porque tem como finalidade enganar, colocar dúvidas na eleição.”

Delgatti afirmou que teria agido em razão de uma suposta ordem do então presidente, e que estava ciente que atuava de maneira ilegal. “Sim, eu sabia. Lembrando que era ordem de um presidente da República.”

Ele disse que relatou o ocorrido à revista Veja porque estava com medo, justamente por saber que cometia um crime, e destacou que Bolsonaro teria lhe assegurado um “indulto em uma eventual investigação, uma eventual denúncia, ou processo ou condenação”.

Perdão presidencial e emprego

Delgatti afirmou que se reuniu com Bolsonaro no Palácio da Alvorada antes das eleições de 2022. Na ocasião, o ex-presidente teria lhe garantido a concessão de um indulto caso fosse preso ou condenado por ações sobre urnas eletrônicas.

“A ideia ali era que eu receberia um indulto do presidente. Ele havia concedido um indulto a um deputado federal. E como eu estava com o processo da Spoofing à época, e com as cautelares que me proibiam de acessar a internet e trabalhar, eu visava a esse indulto. E foi oferecido no dia”, afirmou.

O hacker também relatou que Zambelli teria prometido um emprego na campanha à reeleição de Bolsonaro, mas que isso acabou não ocorrendo. Ele ficou somente encarregado de cuidar das redes sociais da deputada.

Delgatti disse que se encontrou por acaso com Zambelli na cidade de Ribeirão Preto. Os dois teriam trocado contatos e ela teria lhe oferecido trabalho. “Ela disse que havia uma oportunidade de emprego para mim, no caso, seria na campanha do Jair Bolsonaro.”

Relatório do Ministério da Defesa

Delgatti disse ainda ter orientado os técnicos do Ministério da Defesa que elaboraram um relatório oficial sobre as urnas eletrônicas. O documento, entregue ao TSE em novembro de 2022, não revelava nenhuma fraude, mas pedia “ajustes” no sistema eleitoral que já haviam sido rejeitados tecnicamente por órgãos de fiscalização.

O relatório do Ministério da Defesa, que tentava criar dúvidas sobre a isenção das urnas eletrônicas, ia na contramão de todas as entidades fiscalizadoras do processo eleitoral.

“Eu posso dizer hoje que, de forma integral, aquele relatório tem exatamente o que eu disse, não tem nada menos e nada mais”, assegurou Delgatti.

Ações contra Alexandre de Moraes

O hacker relatou também ter ouvido durante uma ligação com Bolsonaro que pessoas associadas ao então presidente teriam conseguido grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que à época também ocupava a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro teria sugerido que Delgatti se responsabilizasse pela escuta telefônica. “Segundo ele, eles haviam conseguido um grampo, que era tão esperado à época, do ministro Alexandre de Moraes. Que teria conversas comprometedoras do ministro, e ele precisava que eu assumisse a autoria desse grampo”, afirmou.

De acordo com o hacker, a ideia seria evitar questionamentos da esquerda, uma vez que Delgatti teria prestígio entre os esquerdistas em razão de sua atuação na Vaza Jato.

Delgatti disse que Zambelli teria lhe entregado o texto de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, que foi inserido pelo hacker no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do CNJ e descoberto em 5 de janeiro.

“A deputada me enviou um texto pronto, eu corrigi alguns erros e contextualizei, e publiquei a decisão. Ela me enviou, quem fez eu não sei”, declarou.

Hacker silencia frente à oposição

Depois de responder às perguntas de parlamentares governistas na primeira parte de seu depoimento, Delgatti exerceu o direto ao silêncio ao ser questionado por membros da oposição, como os filhos do ex-presidente Flávio e Eduardo Bolsonaro.

Os oposicionistas tentaram desacreditar o depoimento do hacker ao expor vídeos com declarações anteriores do depoente, nas quais ele se diz de esquerda e defende o voto em Lula. Alguns chegaram a sugerir que ele teria se “infiltrado” no entorno de Bolsonaro para tenta incriminar o ex-presidente e a deputada Carla Zambelli.

Após um pedido do advogado de Delgatti, o ministro Edson Fachin, do STF, concedeu ao hacker nesta quarta-feira o direito a recorrer ao silêncio durante a sessão da CPMI.

Bolsonaro admite encontro com hacker

Em entrevista à emissora Jovem Pan, o ex-presidente Bolsonaro afirmou que Delgatti estaria “fantasiando” em seu relato à CPMI, mas admitiu que o recebeu no Palácio da Alvorada, embora isso tenha ocorrido somente uma vez. “Não falei com ele no telefone em momento algum”, disse.

Na sessão da CPMI, Flávio Bolsonaro disse que seu pai não pediu que houvesse invasão de urna ou modificação do resultado das eleições, “até porque ele [Delgatti] próprio falou que não tem capacidade de fazer isso.”

Flávio disse que as conversas de Bolsonaro e seus auxiliares com o hacker foram apenas uma “sondagem”, para que ele pudesse demonstrar a vulnerabilidade da urnas eletrônicas.

Leia também: Sistema eletrônico de processos agiliza os serviços da Prefeitura de Santana de Parnaíba


Fonte: DW Made for Minds

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PF prende suspeito de participação em atos terroristas de 8 de janeiro

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A Polícia Federal (PF) confirmou que prendeu um homem, nessa quinta-feira (20), que teria envolvimento com os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. A prisão ocorreu em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, a cerca de 240 quilômetros do Rio. A Polícia Federal não deu mais detalhes sobre o caso.

A prisão acontece no âmbito da Operação Lesa Pátria, que investiga golpistas – incluindo financiadores – que participaram de ataques terroristas do começo do ano, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.

Mandados de prisão

Até o fim do mês passado, a Lesa Pátria, que tem caráter permanente, tinha cumprido 68 mandados de prisão, 206 de busca e apreensão e instaurado 17 inquéritos.

Segundo a PF, os fatos investigados pela operação constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
A PF disponibiliza o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br para receber informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos golpistas.

Leia também: Moradora de Barueri presa nos atos em 8 de janeiro diz que não era infiltrada e nem filiada a partidos de esquerda


Por Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil – Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

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Moradora de Barueri presa nos atos em 8 de janeiro diz que não era infiltrada e nem filiada a partidos de esquerda

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Na última sexta-feira (12) a Revista Oeste publicou matéria onde menciona que uma moradora de Barueri, presa nos atos do dia 8 de janeiro em Brasília, era infiltrada e filiada a um partido de esquerda.

Matéria publicada pela Revista Oeste na sexta-feira (12). – Imagem: Reprodução

Na matéria diz que, “Documentos obtidos por Oeste mostram que filiados e ex-integrantes de partidos de esquerda participaram dos protestos do 8 de janeiro. Eles foram presos por causa dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes”. Em determinado trecho a matéria menciona a moradora de Barueri, “Marina Camila Guedes Moreira, de Barueri (SP), milita nas trincheiras ao PCdoB desde 2015”.

Em contato exclusivo com Marina Camila Guedes Moreira, conversamos sobre sua prisão e o possível caso de infiltração nos atos de 8 de janeiro, além de sua filiação ao PCdoB de Barueri.

Na conversa, Marina afirmou que esteve presente em Brasília no dia 8 de janeiro e que participou das manifestações, porém, não praticou vandalismo e nem invadiu o congresso nacional. A moradora de Barueri disse que foi presa no QG (Quartel General dos Manifestantes) na segunda-feira, dia 9 de janeiro, às 7h30 da manhã.

Marina, que ficou presa por 55 dias na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como “Colmeia”, se encontra em liberdade provisória, com tornozeleira eletrônica, em Barueri. Na conversa exclusiva, Marina afirma que levou um susto ao ter seu nome vinculado a uma possível filiação no PCdoB e que em momento nenhum pediu para se filiar em qualquer partido político.

A matéria da Revista Oeste teve repercussão nacional e foi destaque nas redes sociais do deputado federal Kim Kataguiri, que posteriormente apagou a publicação.

Reprodução: Redes Sociais/Kim kataguiri

Por determinação da justiça, Marina não pode sair de casa aos fim de semana e não pode realizar publicações nas redes sociais, semanalmente é obrigada a se apresentar no fórum e prestar esclarecimentos à justiça. Para expressar melhor o seu posicionamento, Marina nos enviou dois vídeos afirmando que nunca foi filiada ao PCdoB. Assista abaixo:

Vídeo: Divulgação/Marina Camila Guedes Moreira

Leia também: Maio Amarelo: PRF aperta o cerco e aumenta em 51% as blitze da Lei Seca em 2023


Foto Capa: Arquivo/Ag. Brasil

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“A disseminação do ódio acabou”, diz Lula em reunião com governadores

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Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (27) que “a disseminação do ódio acabou“. Na ocasião, o presidente da República falava com os 27 governadores brasileiros.

“Nós vamos mostrar ao povo brasileiro que o ódio acabou. Que o que aconteceu no dia 8 de janeiro não vai se repetir. Vamos recuperar a democracia nesse país”, destacou o chefe do Executivo na ocasião.

Ainda de acordo com Lula, “a essencialidade da democracia é falar o que quer, desde que não obstrua o direito do outro falar. Por isso, eu falo que o Brasil vai voltar à normalidade”.

O presidente também afirmou que o Governo Federal não fará distinção dos líderes estaduais dentre os que o apoiam e os que fazem oposição à sua gestão.

Leia também: PF prende a “dona Fátima, de Tubarão (SC)” em operação contra os atos terroristas em Brasília


Fonte: TV Cultura

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PF prende a “dona Fátima, de Tubarão (SC)” em operação contra os atos terroristas em Brasília

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Polícia Federal (PF) deflagra nesta sexta-feira (27) a terceira fase da operação Lesa Pátria, que busca apurar os atos terroristas que aconteceram em Brasília no dia 8 de janeiro e identificar os financiadores das manifestações golpistas.

De acordo com a corporação, agentes de segurança cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão. As ações ocorrem em cinco estados, bem como no Distrito Federal.

Os alvos da PF são investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direitoassociação criminosadano qualificadodestruiçãodeterioração ou inutilização de bem especialmente protegidogolpe de Estado e incitação ao crime.

Até o momento, foram presos Maria de Fátima Mendonça Jacinto SouzaEduardo Antunes Barcelos e Marcelo Eberle Motta.

“As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas”, aponta a corporação em nota.

Caso haja informações sobre participantes, financiadores ou fomentadores dos atos, a PF busca contato por meio do e-mail “denuncia8janeiro@pf.gov.br“.


Fonte: TV Cultura

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Valor bloqueado de financiadores golpistas sobe para R$ 18,5 milhões

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A Justiça Federal autorizou hoje (21) novos bloqueios de bens de suspeitos de financiar os atos golpistas que resultaram na depredação dos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. O valor que era de R$ 6,5 milhões subiu para R$ 18,5 milhões.

Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), a quantia deverá ser utilizada para ressarcir os cofres públicos pelos prejuízos aos edifícios, no caso de condenação definitiva dos envolvidos.

Com base em relatórios preliminares de danos do Senado Federal e da Câmara Federal, a AGU já havia obtido o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas suspeitas. Após o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal apresentarem estimativas dos prejuízos causados pela depredação, o órgão fez novo pedido, na quinta-feira (19).

Os danos ao prédio do Palácio do Planalto estão estimados em R$ 7,9 milhões e do Supremo Tribunal Federal em R$ 5,9 milhões. A quantia também engloba o valor atualizado dos prejuízos estimados pela Câmara dos Deputados, que informou danos de R$ 1,1 milhão, sem levar em consideração a restauração das obras de arte danificadas e a destruição e subtração de presentes de chefes de Estado, cujo valor é inestimável.

“Tendo em vista os novos levantamentos efetuados pela Câmara dos Deputados (reduzindo a estimativa inicial), pela Presidência da República e pelo Supremo Tribunal Federal, esses dois últimos até então inéditos, dada a compreensível indeterminação dos prejuízos sofridos, ainda em apuração, impõe-se o seu deferimento [do pedido de bloqueio]”, escreveu na decisão o juiz Francisco Alexandre Ribeiro, 8ª Vara Federal de Brasília.

No despacho, o juiz determina ainda a retirada de três pessoas na lista de suspeitos por não terem relação com o financiamento e fretamento de pessoas aos ataques. São elas: Terezinha de Fátima Issa da Silva, Willian Bonfim Norte e Adriane de Cassia Shcmatz Hagann.

Por outro lado, foi incluída no inquérito Sheila Ferrarini, mulher identificada como financiadora de transporte para os vândalos.


Por Andréia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Foto: Adriano Machado/Direitos Reservados

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Testemunhas reconhecem homem flagrado destruindo relógio de Dom João VI no Planalto

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Nos últimos dias, moradores de Catalão, cidade do interior de Goiás com 113 mil habitantes, convivem com o burburinho sobre a identidade do homem que aparece nas câmeras de segurança do Palácio do Planalto jogando no chão o relógio de Dom João VI durante a invasão golpista do dia 8 de janeiro.

A cena chocou o país e impulsionou as redes sociais a procurar informações sobre o rapaz. Doze dias depois do episódio, o GLOBO esteve no local onde o suspeito morava antes de sumir do mapa e entrevistou quatro pessoas que, ao assistir às cenas explícitas de vandalismo, afirmaram se tratar do mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos.

Uma das testemunhas é a própria irmã de Ferreira, que confirmou ao GLOBO a identidade do homem que destruiu o relógio de Dom João VI. No entanto, ela evitou dar mais detalhes do rapaz e disse que está “muito triste” e “preocupada” com a situação.

— Fiquei sabendo que era ele mesmo pela reportagem (do Fantástico, da TV GLOBO), que eu vi que era ele. Eu queria até saber notícias de onde ele está. A gente acaba ficando preocupada. Pelas atitudes dele, eu vi que o que ele fez é muito errado. Mas estou preocupada porque não sei se ele foi preso e onde está — afirmou Rosinaline Alves Ferreira.

A proprietária da casa alugada pelo suspeito também assegura se tratar da mesma pessoa que devastou uma peça rara no Planalto. Desde novembro, segundo ela, Ferreira deixou de fazer os pagamentos mensais de R$ 400, justificando ter gastado dinheiro com as recorrentes viagens a Brasília, onde participava do acampamento em frente ao Quartel General do Exército. A dona do imóvel, que pediu para não ser identificada porque teme retaliação, conta ainda ter ficado estarrecida quando reconheceu o seu inquilino nas imagens que circularam pelo país afora.

Pessoas que tiveram contato com Ferreira relatam que ele costumava mandar mensagens com vídeos em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e com registros de acampamentos golpistas localizados em frente ao QG do Exército. No perfil do WhatsApp do mecânico, há uma foto do acampamento com um boneco extraterrestre verde segurando uma faixa com uma mensagem inconstitucional: “Intervenção militar com Bolsonaro no poder”.


Fonte: O Globo – Foto: Reprodução/Rede Globo

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Atos antidemocráticos: Ministro quer pacote de leis para endurecer punições a envolvidos

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O Ministério da Justiça prepara um pacote de medidas para ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até o dia 23 com o objetivo de endurecer a punição para quem praticar atos antidemocráticos. Está sendo discutida na pasta também uma forma de aumentar o controle do governo federal sobre a segurança pública do Distrito Federal. Uma das possibilidades em debate é a criação de uma nova força para proteger as sedes dos Poderes e as embaixadas.

Depois de receber o pacote do ministro Flávio Dino, caberá a Lula decidir se levará adiante ou não as propostas, que necessitam de endosso dos parlamentares. Para endurecer punições, o Ministério da Justiça defende a derrubada no Congresso Nacional de vetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a trechos da Lei dos Crimes contra o Estado Democrático de Direito, que foi sancionada em parte em 2021 e substituiu a Lei de Segurança Nacional dos tempos da ditadura militar.

Segundo o deputado federal Elias Vaz, indicado secretário de assuntos legislativos da pasta, um dos vetos de Bolsonaro que o Ministério da Justiça deve propor derrubar é o do artigo que definia o crime de comunicação enganosa em massa, ou a “promoção ou financiamento de campanha para disseminar fatos que se sabe inverídicos e que sejam capazes de comprometer a higidez do processo eleitoral”. A pena prevista era de reclusão de um a cinco anos.

Também deve ser proposta a derrubada do veto ao artigo que previa o aumento de penas para os crimes contra o Estado de Direito e a perda do posto e da patente para militares. Para derrubar vetos presidenciais, são necessários os votos de 257 deputados federais e 41 senadores.

De acordo com Vaz, deve ser incluída ainda no pacote uma proposta de apresentação de um projeto de lei para criar punições maiores para organizadores e financiadores de crimes contra o Estado Democrático de Direito.

— Temos que endurecer a pena para esse tipo de crime. Quem financia e lidera tem uma responsabilidade maior do quem apenas participa — afirma Elias Vaz.

Ainda segundo Vaz, está em debate na pasta a apresentação de um projeto para criação de um código penal próprio contra os crimes contra o Estado Democrático de Direito com tramitação mais rápida. O deputado também afirma que precisam ser feitas mudanças na segurança pública do Distrito Federal, que é bancada com recursos repassados pela União.

— Nós não podemos depender de uma intervenção federal para o governo ter autonomia para uma ação da defesa da área de segurança dos três Poderes.

Depois dos ataques de 8 de janeiro, Lula decretou intervenção na segurança pública do DF. Vaz afirma que a Presidência da República precisa participar da “governança” das ações policiais.

Outra medida estudada pelo Ministério da Justiça é a criação de uma força policial diretamente ligada ao governo federal com a finalidade específica de proteger sedes de Poderes e prédios como as embaixadas. As falhas na segurança desses locais foram o principal problema imediato a ser resolvido pelo governo federal.

Os pontos em discussão

  • Derrubada de vetos

O Ministério da Justiça defende a derrubada no Congresso de vetos do ex-presidente Jair Bolsonaro a trechos da Lei dos Crimes contra o Estado Democrático de Direito. Entre os pontos vetados por Bolsonaro que devem ser retomados, na avaliação da pasta, estão o crime de comunicação enganosa em massa, que tinha pena de um a cinco anos, o aumento de penas para os crimes contra o Estado de Direito e a perda do posto e da patente, caso o autor dos crimes seja militar.

  • Financiadores

O ministério discute também um novo projeto de lei para criar punições maiores para organizadores e financiadores de crimes contra o Estado Democrático de Direito. Outra proposta legislativa seria a formulação de um código penal próprio contra esses crimes.

  • Segurança pública do DF

Está em análise a criação de uma nova força de segurança, diretamente ligada ao governo federal e com finalidade de proteger as sedes dos Poderes e embaixadas. O MJ estuda ainda uma forma de aumentar o controle do governo federal sobre a segurança pública do Distrito Federal.

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Fonte: Jornal Extra – Foto: AP Photo/Eraldo Peres

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Polícia Federal deflagra a operação ULYSSES contra atos antidemocráticos

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Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (16) a operação ULYSSES, visando cumprir cinco mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária de investigados nos atos antidemocráticos pós 2º turno das eleições presidenciais, bem como dos atos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023.

A investigação iniciou com o fim de identificar lideranças locais que bloquearam as rodovias que transpassam o município de Campos dos Goytacazes/RJ, a organização das manifestações vistas em frente aos quartéis do Exército nesta cidade e, por último, a participação dos investigados e de outras lideranças na organização e financiamento dos atos que desencadearam a depredação dos prédios públicos e dos atentados contra as instituições democráticas.

Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos.

Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa.

Os crimes investigados são de Associação Criminosa, Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito e Incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.

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Fonte: TV Cultura

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Datafolha: 55% acham que Bolsonaro tem responsabilidade por atos golpistas em Brasília

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Datafolha divulgou uma pesquisa nesta quinta-feira (12) que aponta que para 55% dos brasileiros, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve responsabilidade pelos atos de vandalismo em Brasília no início da semana. 

Ainda segundo a pesquisa, para 38%, ele teve muita responsabilidade e para 17%um pouco de responsabilidade. 39% afirmaram que ele não teve nenhuma responsabilidade 6% não souberam responder.

O levantamento foi feito entre terça (10) e quarta-feira (11), com 1.214 entrevistados pelo país. As entrevistas foram realizadas por telefone, com ligações feitas para aparelhos celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Por conta dos ataques golpistas em Brasília no último domingo (8), mais de 1 mil pessoas foram presas. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou do cargo por 90 dias o governador do DF, Ibaneis Rocha, e decretou a prisão de Anderson Torres, que era secretário de Segurança do DF no momento dos ataques.

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Fonte: TV Cultura

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