O deputado eleito mais votado nestas eleições, Nikolas Ferreira teve sua conta no Twitter suspensa na noite da última sexta-feira (4) por determinação judicial.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Nikolas publicou durante o dia mensagens em que voltou a levantar suspeitas sobre a apuração dos votos e questionar o resultado das eleições do último domingo.
Em publicação no Instagram, o deputado eleito postou um print de seu perfil restrito e criticou o Tribunal Superior Eleitoral: “É inacreditável o que está acontecendo”.
Na última sexta-feira (4), Nikolas e outros aliados de Bolsonaro compartilharam uma live feita por um argentino, amigo do deputado Eduardo Bolsonaro, com acusações contra o sistema eleitoral brasileiro.
Durante a transmissão, o canal argentino La Derecha Diário divulgou um relatório, que já foi desmentido pelo TS, com dados que apontam indícios de fraude nas urnas eletrônicas utilizadas no país.
Um jovem de 28 anos foi morto a tiros enquanto celebrava a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Belo Horizonte, Minas Gerais, na noite do último domingo, 30. De acordo com a Polícia Militar, outras quatro pessoas, incluindo uma criança de 12 anos, também foram baleadas pelo criminoso.
Após o resultado da apuração dos votos, que deu a vitória das eleições a Lula, o suspeito, um homem de 36 anos, que não teve a identidade divulgada, saiu armado de casa. Conforme publicado pelo jornal O Globo, o criminoso é apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e saiu de casa “em busca de traficantes”, no bairro Nova Cintra, em BH, segundo divulgou a PM mineira.
Após ser detido pelos agentes, ele revelou que atirou “aleatoriamente”. Duas vizinhas, uma mulher de 47 anos e outra de 40, foram atingidas de raspão e levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste de Belo Horizonte.
Em seguida, o criminoso viu a garagem onde a vítima, Pedro Henrique Dias Soares, comemorava o resultado da eleição com a sua família. O suspeito aproveitou o momento em que a mãe de Pedro abriu o portão e disparou contra a família.
Além de Pedro, a mãe dele, de 47 anos, e uma prima, de 12, também foram atingidas pelos disparos. Todos foram levados ao Hospital de Pronto Socorro João XXIII, mas Pedro não resistiu aos ferimentos.
Com o homem, a PM aprendeu duas armas de fogo e uma faca. Na casa dele, os policiais encontraram outra arma, além de 500 munições. Ele acabou preso em flagrante, indiciado por homicídio e tentativa de homicídio.
A Polícia Civil informou que segue investigando uma suposta motivação política para o crime, mas aponta que não descartou nenhuma hipótese.