Americanas precisará de até R$ 21 bi de capital para atender credores, calcula XP

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Depois de admitir uma inconsistência contábil de R$ 20 bilhões em seus resultados, a Americanas deve precisar de até R$ 21 bilhões em capital para atender seus credores, segundo cálculos feitos pela XP Investimentos.

Os analistas do banco levaram em conta diferentes cenários de endividamento e margem operacional da varejista, ou margem Ebitda, e chegaram a uma necessidade de captar, por meio de oferta de ações, valores entre R$ 12 bilhões e R$ 21 bilhões.

Segundo a XP, será possível fazer uma estimativa mais exata depois que houver maior visibilidade da situação financeira da Americanas nos próximos balanços.

Além de projetar quanto a Americanas precisará de dinheiro para tentar se recuperar, a XP traça um cenário sobre um eventual processo de recuperação judicial (RJ) da companhia —embora a companhia tenha afirmado que seu pedido de tutela de urgência, concedido na sexta (13), não implique um pedido de recuperação, a hipótese não está descartada.

Os analistas lembram que uma RJ tem prazo médio de três anos, mas muitas vezes esse tempo é maior, como no caso da Oi, com seis anos, e da construtora Viver, que levou cinco anos.

A ação da Americanas teria que sair do Ibovespa, já que a metodologia adotada pela B3 não permite que empresas em RJ façam parte do índice. As ações continuariam a ser negociadas, mas deixariam de fazer parte do índice de referência do mercado de ações brasileiro.

A XP também lista alguns caminhos que a empresa pode adotar para retomar sua saúde financeira. Os analistas citam venda de ativos, renegociação de dívidas, a conversões dos valores devidos em ações da Americanas e o aumento de capital. Mas a XP não descarta o encerramento das atividades da empresa.

A equipe de análise espera que as ações continuem enfrentando volatilidade nos próximos dias. Na última sexta-feira (13), antes do pedido de proteção à Justiça se tornar público, a ação da Americanas subiu 15,77%, depois de cair quase 80% na última quinta-feira (12), um dia depois de a empresa admitir os problemas em seus balanços.

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Fonte: FolhaPress – Foto: Reuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados

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Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil, perde R$ 1,68 bilhão após rombo nas Americanas

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O economista e empresário Jorge Paulo Lemann, pessoa mais rica do Brasil na atualidade, segundo o ranking de bilionários da Forbes, perdeu US$ 329 milhões (equivalente a R$ 1,68 bilhão) como consequência da forte queda das ações da Americanas no último pregão da bolsa.

Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, primeiro, segundo e terceiro homens mais ricos do país, respectivamente, são donos da gestora 3G, que detém cerca de 29% das ações da Americanas, o que explica a forte queda dos seus patrimônios. O trio tem participação na varejista desde a década de 1980 e é sócio de outros negócios.

Nessa quinta-feira (12), os papéis da varejista despencaram 77% após a renúncia de Sérgio Rial da presidência apenas 10 dias depois de assumir o cargo, em razão da descoberta de um rombo contábil de R$ 20 bilhões nos balanços da companhia.

Apesar das baixas, Lemann e os outros grandes no mercado afirmaram que vão continuar com suas posições na companhia, sem se desfazer dos papéis que possuem, porque acreditam no potencial da empresa em se reestruturar.

Entenda o que aconteceu nas Americanas

Na última quarta-feira (11), a Americanas publicou um documento dizendo que foram identificadas “inconsistências em lançamentos contábeis” no balanço, em valor que chega a R$ 20 bilhões, nas primeiras estimativas.

O documento divulgado não traz muitos detalhes sobre o que de fato foi encontrado nas contas, mas esclarece que a área contábil detectou “a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem (R$ 20 bilhões), nas quais a companhia é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta de fornecedores nas demonstrações financeiras”.

A Americanas afirmou que ainda não é possível determinar todos os impactos na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia, mas disse que estima que “o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial”. Assim, o rombo teria apenas um efeito contábil, e não financeiro. Caso fosse financeiro, haveria saída de dinheiro do caixa da companhia.

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Fonte: TV Cultura

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Bolsa sobe e Dólar cai para R$ 5,16 um dia após segundo turno das eleições

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Na contramão do exterior, o mercado financeiro teve um dia de alívio após o segundo turno das eleições presidenciais. O dólar caiu para o menor nível em dez dias, e a bolsa subiu com a entrada de capitais estrangeiros.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (31) vendido a R$ 5,166, com recuo de R$ 0,134 (-2,54%). A cotação abriu a R$ 5,40, mas desacelerou a alta e passou a registrar queda pouco antes das 11h. Na mínima do dia, por volta das 16h, chegou a R$ 5,15.

A moeda norte-americana está no menor nível desde o último dia 21, quando tinha fechado em R$ 5,148. A divisa encerrou outubro com queda de 4,24% e acumula perda de 7,35% em 2022.

O dia também foi de euforia no mercado de ações. Após abrir em baixa, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 116.037 pontos, com alta de 1,31%. O indicador avançou 5,66% em outubro, em um mês marcado pela volatilidade, e acumula ganhos de 10,66% em 2022.

Apesar da queda de ações de empresas estatais, como Petrobras e Banco do Brasil, o ingresso de fluxo estrangeiro após o resultado das eleições presidenciais, que deram a vitória ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fizeram o Ibovespa subir, com destaque para bancos privados, linhas aéreas e varejistas.

O mercado brasileiro descolou-se do exterior. Nos Estados Unidos, os três principais índices caíram com o receio de uma recessão global. Também pesaram as expectativas em torno da reunião desta semana do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que deverá elevar os juros básicos norte-americanos em 0,75 ponto percentual.

O índice Dow Jones, das empresas industriais, recuou 0,39%. O Nasdaq, das empresas de tecnologia, caiu 1,03%. O S&P 500, das maiores companhias, perdeu 0,75%.

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Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil *com informações da Reuters – Foto: Arquivo/Reuters/Direitos Reservados

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B3 tem programa de treinamento em tecnologia para mulheres

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A B3 está com inscrições abertas para o <Dev>ª, programa gratuito de treinamento para mulheres em tecnologia. Com formação em linguagem de programação focada no mercado de trabalho, as 50 vagas disponíveis objetivam estimular a integração deste público no segmento. As alunas terão a possibilidade de serem contratadas pela B3.

Para participar do processo seletivo, são elegíveis mulheres (cis e trans) maiores de 18 anos, formadas no ensino médio, de todas as áreas de atuação e residentes de todo o Brasil. As inscrições vão até 2 de agosto e podem ser feitas pelo site: https://letscode.com.br/processos-seletivos/b3-deva.

A seleção será composta por quatro fases: teste de lógica; apresentação pessoal com vídeo de até três minutos; dinâmica em grupo; e coding tank, que são aulas remotas ao vivo de lógica da programação para avaliar as candidatas na prática.

Desenvolvido em parceria com a Let’s Code, edtech especializada em treinamentos em programação, o <Dev>ª permite que as candidatas escolham, durante a inscrição, uma das duas trilhas de desenvolvimento, sendo uma focada em DevOps e a outra em Java. São 25 vagas disponíveis para cada opção, com aulas ministradas de forma remota.

O começo das aulas está previsto para 14 de setembro. Após os seis meses de aulas, a B3 afirma que as alunas estarão capacitadas para ingressar no mercado de trabalho, com possibilidade de contratação na própria instituição.

“Esta é mais uma iniciativa da B3 pela promoção de diversidade de gênero dentro do mercado de tecnologia. Em março, a bolsa do Brasil lançou o Manas da Tech, com objetivo de capacitar e contratar 50 estagiárias na área para a companhia”, divulgou a B3, em nota.

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Por Agência Brasil – Foto: Amanda Perobelli/Reuters/Direitos Reservados

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Dólar sobe para R$ 5,42 com pessimismo no exterior

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A piora no mercado internacional ao longo da tarde voltou a pesar e fez o dólar encerrar o dia com valorização, após queda significativa durante a manhã. A bolsa de valores, que vinha registrando fortes ganhos, perdeu força perto do fim da sessão, mas conseguiu manter a alta.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (18) vendido a R$ 5,426, com alta de R$ 0,021 (+0,39%). A cotação iniciou o dia em baixa e chegou a cair para R$ 5,35 pouco antes das 12h, mas inverteu o movimento com o aumento do pessimismo nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana acumula alta de 3,65% em julho. Em 2022, a divisa cai 2,74%.

No mercado de ações, o clima foi semelhante, com a bolsa não conseguindo manter o fôlego do início do dia. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 96.916 pontos, com alta de 0,38%. No fim da manhã, o indicador chegou a registrar alta de 1,8%, mas recuou influenciado pelas bolsas norte-americanas.

De manhã, o alívio prevaleceu no mercado internacional com o reforço das apostas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) elevará os juros em 0,75 ponto percentual no fim do mês. Na semana passada, a hipótese de elevação em 1 ponto tinha ganhado força, mas declarações de dirigentes do Fed amenizaram as expectativas.

Notícias de concessão de estímulos imobiliários no mercado chinês também tinham animado os investidores, com o preço de commodities (bens primários com cotação internacional) subindo. No entanto, ações de bancos e de empresas tecnológicas passaram a cair nos Estados Unidos, empurrando as bolsas para baixo.

Na Europa, a declaração da estatal russa Gazprom de que o gasoduto entre Rússia e Alemanha pode ficar fechado mais tempo que o previsto trouxe pessimismo ao mercado global. Embora vários governos europeus estejam reduzindo o consumo de gás russo, a medida agravaria a crise energética na Europa após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.


Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil *Com informações da Reuters – Foto: Rick Wilking/Reuters/Direitos Reservados

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