Acusado pedir votos irregularmente para Bolsonaro, diretor da PRF é exonerado
Jair Messias Bolsonaro (PL) exonerou o até então diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. A decisão foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e publicada na edição desta terça-feira (20) do Diário Oficial da União (DOU).
Em novembro, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa após ser acusado de pedir votos irregularmente para o presidente da República em sua disputa contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acabou com uma vitória do petista.
O ex-diretor-geral da PRF também é investigado pelas barreiras que a corporação realizou nas estradas no dia da votação do segundo turno das eleições deste ano. Na ocasião, agentes impediram a passagem de ônibus em cidades nas quais Lula havia vencido no primeiro turno. Adesivos do PT também fora retirados de veículos.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a apresentar profunda tristeza nos últimos dias, com a proximidade de sua saída dos palácios da Alvorada e do Planalto, disseram aliados mais próximos a ele. A informação é da coluna do Guilherme Seto, no jornal Folha de São Paulo.
Eles também disseram que o chefe do Executivo vem falando em se manter longe da política durante os três primeiros meses de 2023.
Bolsonaro vinha ensaiando sua saída da reclusão por meio de breves aparições e discursos direcionados aos seguidores.
Aliados do presidente disseram que essa postura foi interrompida porque a movimentação de saída dos edifícios em Brasília teria feito com que “caísse a ficha” quanto a seu afastamento da Presidência
Os correligionários também relataram que ele, além de deprimido e inconformado com a derrota, tem reclamado de cansaço acumulado pela campanha eleitoral.
Eles afirmaram que Bolsonaro se animou no começo da semana após participar de um almoço com o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Durante o encontro, ele teria dito ao presidente que pretende se colocar, a partir de 2023, como um gestor técnico sem envolvimento em brigas ideológicas.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), concedeu aposentadoria ao presidente Jair Bolsonaro pelo tempo em que ele atuou na Câmara dos Deputados, que foi entre 1991 e 2018. O valor será de R$ 30 mil.
O despacho de Lira foi assinado no último dia 30 de novembro, data a partir da qual a aposentadoria é concedida, e publicado no “Diário Oficial da União” nesta sexta-feira (2).
Como esteve na Câmara dos Deputados, pela lei, ele tem direito a receber a aposentadoria de deputado. Além disso, Lira se baseia em duas leis para a concessão do benefício. Uma delas é sobre o período em que o deputado exerceu a função e a outra norma determina a concessão da aposentadoria para quem tiver cumprido uma carência de oito anos de contribuição.
Segundo a publicação, o valor de aposentadoria a que Bolsonaro tem direito corresponde a 32,5% do subsídio parlamentar, acrescidos de 20/35% da remuneração fixada para os membros do Congresso Nacional.
Com a decisão, Bolsonaro passará a receber cerca de R$ 42 mil por mês. O benefício se somará à aposentadoria como militar. Por ser capitão reformado do Exército, Bolsonaro recebe R$ 11.945,49 brutos por mês.
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Fonte: TV Cultura – Foto: Arquivo/Câmara do Deputados
Sheylla Susan Almeida, professora da Universidade Federal do Amapá (Unifap) que recusou a orientação de estudantes “esquerdistas”, foi desligada do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Rede Bionorte) por assédio após o caso repercutir em todo o Brasil.
Na ocasião, a bolsonarista deu a notícia por meio de um grupo no WhatsApp: “Procurem outro professor para orientar vocês. Amanhã entregarei a carta de desistência da orientação de vocês. Não quero esquerdistas no laboratório. Portanto, sigam a vida de vocês. E que Deus os abençoe. Se tiver mais algum esquerdista, que faça o favor de pedir desligamento. Ou estão comigo, ou contra mim”.
O caso ganhou repercussão nacional após uma das alunas publicar as mensagens da docente nas redes sociais.
A decisão do desligamento aconteceu no último dia 9, mas só veio à tona nesse final de semana. A docente também é de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Unifap, que corre sob sigilo.
Em nota divulgada nas redes sociais, Sheylla se desculpou com seus orientandos e reconheceu o erro. Confira o texto na íntegra:
Pedido Público de Desculpa
– Eu, Sheila Susan, professora efetiva do Curso de Farmácia da Unifap, venho manifestar acerca dos fatos ocorridos em um grupo de WhatsApp que envolve dois alunos, meus orientados. – De início, cabe esclarecer que sou ser humano como qualquer outra pessoa capaz reproduzir sentimentos instantâneos. – Dessa forma, no calor das eleições, acabei me excedendo nas palavras onde disse para dois alunos que procurassem outro Orientador. – No entanto, minha missão como professora não acolhe esse tipo de conduta, posto que dediquei a minha vida pela educação. – Não serve preferência política, por razões pessoais, para segregar alunos e deixa-los a própria sorte. Meus alunos são as peças mais importantes do binômio Aluno/Professor. – Assim, assumo que me excedi nas palavras e peço desculpas pelo ocorrido, as eleições passam e a educação fica! – Peço desculpas aos meus Alunos Líbio e Débora, à sociedade, bem como à Unifap.
O menino de nove anos, que tinha sido barrado em um bloqueio bolsonarista na BR-163, em Sorriso (MT), passou por cirurgia no olho nesta quarta-feira (23). De acordo com a família, o procedimento para retirar uma hérnia e a drenagem de um coágulo de um dos olhos começou por volta das 14h e durou quatro horas.
A criança, que se chama Gabriel, estava em um ônibus com outros 24 pacientes da Secretaria de Saúde do Estado. Quando estavam em direção ao hospital, foram impedidos de passar por um bloqueio.
Ele teve o olho esquerdo perfurado por um lápis na escola e já tinha feito outros procedimentos para reconstrução do globo ocular.
O caso viralizou nas redes sociais nos últimos dias após o pai de Gabriel, que se chama Éder Rodrigues, aparecer em um vídeo negociando com os bolsonaristas. Na noite da última segunda-feira (21), ele clamou para passar com o filho, pois havia a possibilidade do menor perder a visão.
“Vai a pé. De carro, não passa”, disse um dos homens para Éder. “Eu não tenho problema com o olho do seu filho. Pega um avião e vai. Não vai passar”, afirmou outro rapaz.
O pai seguiu discutindo com os manifestantes e só se afastou após o filho mais velho intervir.
Com apenas 40 dias restantes frente ao Executivo nacional, Jair Messias Bolsonaro (PL) nomeou mais dois aliados para cargos federais. Os mandatos de Célio Faria Júnior, atual ministro-chefe da Secretaria de Governo, e de João Henrique Nascimento de Freitas, assessor especial da Presidência, têm duração de três anos.
Nomeados para a Comissão de Ética Pública da Presidência em publicação na edição da última sexta-feira (18) do Diário Oficial da União (DOU), Faria e Nascimento são descritos como “aliados de primeira hora” do atual presidente da República, que ocupará o cargo até o final do mês que vem.
Na mesma portaria do DOU, foi publicada a exoneração de Roberta Muniz Codignoto do colegiado. Criada em 1999, sob a gestão de Fernando Henrique Cardoso (FHC), a comissão se trata de uma instância consultiva do presidente e de seus ministros na questão de ética pública. Vale lembrar que seus membros não são remunerados.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) ouviu o depoimento da deputada Carla Zambelli (PL/SP) nesta quarta-feira (16) sobre o episódio na véspera do segundo turno das eleições. Por estar nos Estados Unidos, ela falou por videoconferência. Essa modalidade de depoimento foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
No dia 29 de outubro, após uma discussão, Zambelli sacou uma arma e perseguiu um homem. Um dos seguranças também estava armado e disparou um tiro.
A parlamentar alegou que sacou a arma para defender sua honra e afirmou que a conduta não se revestiu de nenhuma ilegalidade. Ela ainda citou que no dia anterior aos fatos teve seu número de telefone divulgado em redes sociais, tendo recebido inúmeras mensagens com ameaças de morte e xingamentos.
“A defesa da deputada esclarece que não existe nenhuma ação penal em andamento, tratando-se tão somente de um procedimento de apuração preliminar, a qual acredita conduzirá ao arquivamento do caso”, explicou a assessoria da deputada.
Após ouvir todos os depoimentos, a PGR irá avaliar se pede uma investigação formal da parlamentar, ou se é o caso de seguir com uma apuração formal ou arquivar os fatos.
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Fonte: TV Cultura – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) agrediram agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta segunda-feira (7) durante manifestação em Rio do Sul, cidade que fica a 190 quilômetros de Florianópolis, capital de Santa Catarina. Bolsonaristas usaram barras de ferro para atacarem os policiais em frente a uma loja da Havan.
De acordo com o boletim da PRF, os bolsonaristas estavam acampados no local desde 30 de outubro, dia que aconteceu o segundo turno das eleições. Além disso, eles usaram troncos de madeira, pedaços de concreto e pneus para bloquear a rodovia.
A Polícia Militar foi acionada para ajudar a PRF no local para liberar o trânsito. Após realizarem o trabalho, os manifestantes atacaram os policiais.
Os ataques aconteceram quando os agentes tentavam identificar todos os manifestantes. Dois policiais se feriram com lesões leves na cabeça e braços. Uma pessoa foi presa.
Lula começa a participar diretamente da transição de governo nesta segunda-feira (7). O presidente eleito já está em São Paulo e deve participar da primeira reunião com a equipe de transição às 10h, em um hotel aqui da zona sul da capital paulista. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também estarão presentes.
Enquanto isso, os 50 servidores da equipe de transição de Lula começam a trabalhar oficialmente nesta segunda-feira, no prédio do centro cultural do Banco do Brasil, em Brasília. A expectativa é de que, na reunião aqui em São Paulo, seja apresentada a proposta da PEC da transição, que deve ser encaminhada ao Congresso ainda nesta semana.
A proposta de emenda constitucional, conhecida como PEC, é uma atualização da constituição federal que pode ser feita sem a necessidade da convocação de uma nova assembleia constituinte. No caso da PEC da transição, ela serviria para dar ao próximo governo a permissão de gastar mais do que o previsto no orçamento de 2023, para poder manter o auxílio Brasil em R$ 600 e cumprir outras promessas de campanha.
Neste domingo (6), o economista Guilherme Mello, que integra a equipe de transição de Lula, defendeu mudanças nas regras fiscais do país, já que, de acordo com ele, o atual governo rompeu o teto de gastos sistematicamente. Mello é um dos três economistas que fizeram parte da criação do plano real e foram convidados para integrar a equipe de transição de Lula.
Além da PEC, a equipe do novo governo também quer tirar do papel o “Desenrola Brasil”, programa de concessão de crédito que vai focar em MEIs, indústrias e ações sociais. Já a discussão sobre a mudança na tabela do imposto de renda, outra promessa de campanha de Lula, deve ficar só para o ano que vem.
Edir Macedo, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, publicou um novo vídeo na tarde desta sexta-feira (4) dizendo que não precisa perdoar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O bispo apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.
O bispo publicou um vídeo, na quinta (3), falando que a vitória de Lula foi a “vontade de Deus”.
“Quantas pessoas neste Brasil, ou nesse mundo afora, devem ter ficado iradas contra o Lula e magoadas, e agarraram um sentimento de mágoa contra ele? Nós fizemos as nossas escolhas e a escolha foi da maioria, obviamente. Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer. O diabo quer acabar com a sua fé, acabar com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, minha filha, não dá, bola para frente”.
A declaração teve repercussão: a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), rebateu nesta sexta o pronunciamento do bispo. “Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila”, escreveu a parlamentar.
No vídeo postado hoje, o líder da IURD não citou Gleisi, mas disse que não perdoou o petista.
“Eu não perdoei Lula, não perdoei ninguém, não tenho nada contra o Lula. Como eu vou perdoar uma coisa que eu não sinto nada? Se ele [Lula] tem contra mim, isso é problema dele, mas eu não tenho nada contra ele. Nunca tive e nunca vou ter porque eu não sou burro de ter alguma coisa contra alguém, porque estaria prejudicando a mim mesmo”.
“Quanto ao respeito ao Lula, que muitas pessoas estão dizendo ‘a, o bispo virou a casaca, está se aproximando agora’. Não estou virando a casaca coisa nenhuma. O Lula esteve oito anos no governo, pergunta aí o que ele me deu? O que ele deu à igreja? Ele não deu nada, ele apenas fez o que ele tinha que fazer, como fez com todas as demais emissoras de propaganda, obviamente, pagou, honrou os seus compromissos”, completou.