Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) agrediram agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta segunda-feira (7) durante manifestação em Rio do Sul, cidade que fica a 190 quilômetros de Florianópolis, capital de Santa Catarina. Bolsonaristas usaram barras de ferro para atacarem os policiais em frente a uma loja da Havan.
De acordo com o boletim da PRF, os bolsonaristas estavam acampados no local desde 30 de outubro, dia que aconteceu o segundo turno das eleições. Além disso, eles usaram troncos de madeira, pedaços de concreto e pneus para bloquear a rodovia.
Em Rio do Sul, policiais rodoviários federais são atacados por manifestantes que fazem bloqueio ilegal na BR-470. Situação fugiu ao controle das forças de segurança pública. PRF solicitou apoio do Choque da Polícia Militar. pic.twitter.com/QvumnZy3m5
A Polícia Militar foi acionada para ajudar a PRF no local para liberar o trânsito. Após realizarem o trabalho, os manifestantes atacaram os policiais.
Os ataques aconteceram quando os agentes tentavam identificar todos os manifestantes. Dois policiais se feriram com lesões leves na cabeça e braços. Uma pessoa foi presa.
Lula começa a participar diretamente da transição de governo nesta segunda-feira (7). O presidente eleito já está em São Paulo e deve participar da primeira reunião com a equipe de transição às 10h, em um hotel aqui da zona sul da capital paulista. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também estarão presentes.
Enquanto isso, os 50 servidores da equipe de transição de Lula começam a trabalhar oficialmente nesta segunda-feira, no prédio do centro cultural do Banco do Brasil, em Brasília. A expectativa é de que, na reunião aqui em São Paulo, seja apresentada a proposta da PEC da transição, que deve ser encaminhada ao Congresso ainda nesta semana.
A proposta de emenda constitucional, conhecida como PEC, é uma atualização da constituição federal que pode ser feita sem a necessidade da convocação de uma nova assembleia constituinte. No caso da PEC da transição, ela serviria para dar ao próximo governo a permissão de gastar mais do que o previsto no orçamento de 2023, para poder manter o auxílio Brasil em R$ 600 e cumprir outras promessas de campanha.
Neste domingo (6), o economista Guilherme Mello, que integra a equipe de transição de Lula, defendeu mudanças nas regras fiscais do país, já que, de acordo com ele, o atual governo rompeu o teto de gastos sistematicamente. Mello é um dos três economistas que fizeram parte da criação do plano real e foram convidados para integrar a equipe de transição de Lula.
Além da PEC, a equipe do novo governo também quer tirar do papel o “Desenrola Brasil”, programa de concessão de crédito que vai focar em MEIs, indústrias e ações sociais. Já a discussão sobre a mudança na tabela do imposto de renda, outra promessa de campanha de Lula, deve ficar só para o ano que vem.
Edir Macedo, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, publicou um novo vídeo na tarde desta sexta-feira (4) dizendo que não precisa perdoar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O bispo apoiou o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.
O bispo publicou um vídeo, na quinta (3), falando que a vitória de Lula foi a “vontade de Deus”.
“Quantas pessoas neste Brasil, ou nesse mundo afora, devem ter ficado iradas contra o Lula e magoadas, e agarraram um sentimento de mágoa contra ele? Nós fizemos as nossas escolhas e a escolha foi da maioria, obviamente. Não podemos ficar com mágoa, porque é isso que o diabo quer. O diabo quer acabar com a sua fé, acabar com seu relacionamento com Deus por causa de Lula ou dos políticos. Não dá, minha filha, não dá, bola para frente”.
A declaração teve repercussão: a presidente nacional do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), rebateu nesta sexta o pronunciamento do bispo. “Dispensamos o perdão de Edir Macedo. Ele é quem precisa pedir perdão a Deus pelas mentiras que propagou, a indução de milhões de pessoas a acreditarem em barbaridades sobre Lula e sobre o PT, usando a igreja e seus meios de comunicação para isso. A nossa consciência está tranquila”, escreveu a parlamentar.
No vídeo postado hoje, o líder da IURD não citou Gleisi, mas disse que não perdoou o petista.
“Eu não perdoei Lula, não perdoei ninguém, não tenho nada contra o Lula. Como eu vou perdoar uma coisa que eu não sinto nada? Se ele [Lula] tem contra mim, isso é problema dele, mas eu não tenho nada contra ele. Nunca tive e nunca vou ter porque eu não sou burro de ter alguma coisa contra alguém, porque estaria prejudicando a mim mesmo”.
“Quanto ao respeito ao Lula, que muitas pessoas estão dizendo ‘a, o bispo virou a casaca, está se aproximando agora’. Não estou virando a casaca coisa nenhuma. O Lula esteve oito anos no governo, pergunta aí o que ele me deu? O que ele deu à igreja? Ele não deu nada, ele apenas fez o que ele tinha que fazer, como fez com todas as demais emissoras de propaganda, obviamente, pagou, honrou os seus compromissos”, completou.
A Meta, que controla o Facebook e o Instagram, afirmou nesta sexta-feira (4) que começou a remover publicações com pedidos de intervenção militar no Brasil.
A empresa de Mark Zuckerberg afirmou que faz o monitoramento das postagens referentes ao cenário político e que a medida faz parte das práticas de remoção que já existiam anteriormente.
Desde que foi anunciado o resultado das eleições presidenciais, grupos bolsonaristas bloquearam as ruas para contestar a derrota nas urnas e pedir intervenção federal.
Apoiadores também recorrem às redes sociais para fazer posts em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Na última quinta-feira (3), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou que o resultado da urna é incontestável e que criminosos que atacam o sistema eleitoral serão responsabilizados.
O motorista que atropelou um grupo de bolsonaristas em um bloqueio na Rodovia Washington Luís, em Mirassol (SP), na tarde de quarta-feira (2), disse à Polícia Civil que acelerou o carro após ser agredido pelos manifestantes. O atropelamento deixou duas meninas, de 10 e 11 anos, três PMs e outras 12 pessoas feridas. Ninguém morreu.
O condutor foi preso em flagrante por tentativa de homicídio e encaminhado para a Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de São José do Rio Preto (SP). Ele vai passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (3).
A Polícia Civil de Mirassol segue investigando o caso para descobrir se o depoimento do motorista é verdadeiro. Testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.
Das 17 pessoas atropeladas, duas foram transferidas para o Hospital de Base de Rio Preto, pois sofreram ferimentos graves. O estado de saúde das outras vítimas ainda não foi divulgado.
A primeira reunião com as equipes de transição da gestão Lula está marcada para às 14h, no Palácio do Planalto. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, irá receber o vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann e Aloizio Mercadante, que coordenou o programa de governo Lula, também devem participar da reunião.
Essa será a primeira vez que integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) voltam ao Palácio do Planalto depois do impeachment da ex-presidente Dilma.
Ainda pela manhã, Ciro Nogueira terá uma reunião com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. O TCU criou um comitê para acompanhar o processo de transição do governo de Bolsonaro para a gestão de Lula. Na parte da tarde, será a vez de Bruno Dantas conversar com a equipe de transição de Lula e com o senador Marcelo Castro, relator do orçamento. O grupo petista quer priorizar, neste momento, a manutenção do auxílio brasil em R$ 600 para pessoas carentes.
Entretanto, para cumprir essa e outras promessas de campanha, o PT busca uma espécie de “licença” para gastar mais de R$ 200 bilhões no orçamento de 2023, já que o relator do orçamento havia afirmado que o aumento de gastos no ano que vem não deveria passar dos R$ 100 bilhões.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve chegar a Brasília na próxima segunda-feira (7) para integrar as articulações. Já na próxima terça-feira (8), ele deve se encontrar com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
A mobilização dos caminhoneiros apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) diminuiu, mas muitas estradas brasileiras seguem bloqueadas.
Em São Paulo, neste momento, não há nenhum ponto de bloqueio nas estradas, segundo as últimas informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que atualiza os dados de hora em hora. Entretanto, em todo o Brasil, estradas ainda estão bloqueadas em oito estados, especialmente em Santa Catarina e Minas Gerais. O último boletim divulgado aponta mais de 100 protestos.
Na noite desta quarta-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro postou um vídeo nas redes sociais e pediu o fim dos bloqueios. O chefe do executivo disse que as manifestações não são legítimas.
“O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o ir e vir das pessoas. Está lá na nossa constituição e nós sempre estivemos dentro das quatro linhas. Temos que respeitar o direito das outras pessoas que estão se movimentando, além do prejuízo à nossa economia. Eu quero fazer um apelo a você: desobstrua as rodovias. Isso não faz parte, ao meu entender, dessas manifestações legítimas. Vamos desobstruir pro bem da nossa nação e para que nós possamos continuar lutando por nossa democracia e por liberdade”, disse.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a conduta do diretor-geral da PRF Silvinei Vasques. As suspeitas são de omissão e prevaricação. O MPF também criou um grupo de procuradores para investigar os bloqueios nas rodovias federais e atuar civil e criminalmente sobre o caso.
Nas redes sociais circulam vídeos de caminhoneiros afirmando que estão nos protestos porque foram obrigados pelos patrões. Para o procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, tudo indica que os bloqueios são planejados por uma organização criminosa financiada por empresários.
“Elas estão sendo organizadas há semanas, quem sabe até meses. Há contas de pix e você percebe claramente que muitos caminhões que estão parados, que estão liderando o movimento nas estradas, são caminhões ligados a grandes empresas. então, isso é um indicativo muito claro de que o dono da empresa, o empresário está envolvido”. A PRF disse que até agora já desfez 776 bloqueios e multou quase três mil motoristas. O valor somado das multas chega a quase 18 milhões de reais.
O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quarta-feira (2) que manifestantes desobstruam as rodovias federais. Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente afirma que “É preciso respeitar o direito de ir e vir das pessoas” e que os protestos em rodovias prejudicam a economia do país.
“Nós temos que ter a cabeça no lugar. Os protestos, as manifestações são bem-vindos, fazem parte do jogo democrático. Ao longo dos anos muito disso foi feito pelo Brasil, na Esplanada, em Copacabana, na Paulista. Mas tem algo que não é legal: o fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na Constituição”, disse Bolsonaro. “Desobstruam as rodovias, isso não faz parte das manifestações legítimas”, acrescentou.
De acordo com recente balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Brasil tem 16 estados com rodovias interditadas. No levantamento do fim da manhã, eram 15 e, em seguida, o total subiu para 17. Tocantins, que não tinha ações pela manhã, registra quatro interdições. Os manifestantes não aceitam o resultado das eleições presidenciais. O segundo turno foi realizado no último domingo (30) e teve como vencedor o candidato Luis Inácio Lula da Silva.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou na tarde desta terça-feira (1°) pela primeira vez após o resultado das eleições. Sem citar Lula, o chefe do Executivo atacou a esquerda e comentou os atos de caminhoneiros que acontecem em todos os país. Em uma manifestação de cerca de dois minutos, Bolsonaro não parabenizou o petista.
No discurso, Bolsonaro agradeceu os eleitores e disse que “manifestações pacíficas são bem-vindas”.
“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse o presidente.
“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, acrescentou.
No último domingo (30), os brasileiros escolheram o novo presidente da República, que estará à frente do Executivo pelos próximos quatro anos, de 2023 a 2026. Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT) foi eleito com 50,90% dos votos, 60.345.999 de eleitores escolheram o petista. 1.769.678 (1,43%) votaram em branco, houve 3.930.765 (3,16%) de votos nulos, e 20,59% de abstenções.
Lula venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), o atual chefe do Executivo recebeu 58.206.354 votos, 49,10%. Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi a decisão mais acirrada da história após a redemocratização. Além disso, é a primeira vez que um presidente perde uma reeleição.
Bolsonaro reforçou pautas que levantou ao longo da campanha e defende e ainda falou sobre a composição do Congresso. O presidente se pronunciou no hall de entrada do Palácio da Alvorada, ele estava ao lado do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
“A direita surgiu de verdade em nosso país, nossa robusta representação no Congresso mostra as forças dos nossos valores: Deus, pátria e família e liberdade. Formadas diversas lideranças pelo Brasil, nosso sonho segue mais vivo do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo sistemas superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra”, continuou.
Por fim, o mandatário afirmou que continuará seguindo a Constituição. “Enquanto presidente da República e candidato, continuarei seguindo todos os mandamentos da nossa Constituição”.
Veja discurso completo:
“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”.
“A direita surgiu de verdade em nosso país, nossa robusta representação no Congresso mostra as forças dos nossos valores: Deus, pátria e família e liberdade. Formadas diversas lideranças pelo Brasil, nosso sonho segue mais vivo do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo sistemas superamos uma pandemia e as consequencias de uma guerra”
“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”.
“Nunca falei em controlar ou censurar a imprensa ou as redes sociais. Enquanto presidente da República e candidato, continuarei seguindo todos os mandamentos da nossa Constituição”.
“É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros, que defendem a liberdade econômica, religiosa, de opiniões, a honestidade e as cores verde e amarela, da nossa bandeira. Muito obrigado”.
Atos de caminhoneiros
Após o resultado das eleições, na segunda-feira (31), caminhoneiros bloquearam diversas estradas do país. No início da tarde desta terça, a Polícia Rodoviária Federal informou que 267 pontos de interdição estavam ativos nas estradas federais em todo país, em atos com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), liderados por defensores de golpe que não aceitam o resultado das eleições.
No início da tarde desta terça, a Polícia Rodoviária Federal informou que 267 pontos de interdição estavam ativos nas estradas federais em todo país, em atos com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), liderados por defensores de golpe que não aceitam o resultado das eleições.
Apesar das dificuldades, um dos bloqueios feito por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) foi furado. Josimar Júnior, presidente da torcida Galoucura, do Atlético/MG, publicou vídeos em suas redes sociais mostram diversos torcedores superando as barreiras na BR-381.
Todos os membros da organizadas saíram de Belo Horizonte a caminho da capital paulista para o jogo contra o São Paulo nesta terça-feira (1º) pelo Campeonato Brasileiro.
Bloqueio? A torcida do Galo tá desarmando. 'É a tropa do fura bloqueio'
“Se precisar da Tropa do Fura Bloqueio chama os Galoucura. Todos bloqueios que tiver vamos tirar, desgraça. É a Galoucura. Onde tiver bloqueio, a gente vai passar passando. Tem bloqueio pros Galoucura não, vamos ver o Galo independente de qualquer coisa”, disse Josimar nos vídeos publicados.
Com a grande repercussão dos vídeos, outros membros da torcida já se movimentaram nas redes sociais e publicaram montagens da torcida.