O Centro Paula Souza (CPS) concede a isenção total e a redução de 50% do valor da taxa de inscrição do Vestibular das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado a candidatos em situação de vulnerabilidade social. Os interessados podem solicitar um ou os dois benefícios até as 15h do dia 13 de outubro pela internet. O valor integral da taxa é de R$ 84.
São concedidas 6 mil isenções de pagamento. Para redução, não há limite de quantidade. Os candidatos podem pleitear os dois benefícios, desde que atendam aos requisitos indicados abaixo. Para isso, é necessário fazer duas inscrições, preenchendo um formulário específico, disponível no site www.vestibularfatec.com.br.
Além das informações, são solicitados documentos comprobatórios, que devem ser digitalizados e anexados ao link “Envio de Documentos”. Os itens precisam ter tamanho de até 1MB e estar em uma das seguintes extensões: ‘pdf’, ‘png’, ‘jpg’ ou ‘jpeg’.
As Fatecs disponibilizam computador e acesso à internet para que os benefícios sejam solicitados. Cabe ao interessado entrar em contato com as unidades para saber datas e horários de atendimento.
Requisitos para isenção
O candidato precisa ter concluído integralmente, ou concluir em 2023, o Ensino Médio, a Educação de Jovens e Adultos – EJA (supletivo) em escolas da rede pública (municipal, estadual ou federal) ou em instituição particular, ou estar concluindo o curso no Centro Estadual de Jovens e Adultos (Ceeja) com carga horária flexível e atendimento individualizado, todas no território nacional.
Além disso, é necessário ter renda familiar bruta mensal máxima de dois salários mínimos (R$ 2.640), por pessoa.
Requisitos para redução
É preciso ser estudante regularmente matriculado em uma das séries do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, em curso pré-vestibular ou em curso superior de graduação ou de pós-graduação. O interessado também deve ter uma remuneração mensal inferior a dois salários mínimos (R$2.640) ou estar desempregado.
Os desempregados, autônomos e aposentados devem seguir as instruções descritas na Portaria. O preenchimento correto dos formulários de requisição e o envio dos documentos são de inteira responsabilidade do candidato.
As respostas aos pedidos de isenção e redução serão divulgadas a partir das 15h do dia 8 de novembro. Só após essa data, quem solicitar os benefícios deve fazer a inscrição no Vestibular das Fatecs.
Dados da Info Tracker, plataforma desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mostram que o número de pacientes internados no estado de São Paulo com covid-19, ou com a suspeita da doença, aumentou 27,6% em um período de 14 dias: em 19 de setembro eram 702 internados, quantidade que aumentou para 896 em 3 de outubro – data da última atualização da plataforma.
Em 2023, a maior quantidade de internados ocorreu em março, quando o número superou dois mil pacientes. No início de agosto, o estado registrou a menor quantidade de internados, pouco mais de 400. No auge da pandemia de covid-19, em março de 2021, as internações causadas pela covid-19 chegaram a mais de 30 mil em SP.
“De uma forma geral, [a elevação dos casos nas últimas semanas] é preocupante, mas também não é um dado para que a gente possa se alarmar. Ou seja, comparado com as situações anteriores, como agora em março de 2023, a gente não está na mesma situação crítica”, destacou o pesquisador Wallace Casaca, coordenador do Info Tracker.
“No cenário de agora, embora a gente tenha um crescimento do contágio, a população está devidamente imunizada, as vacinas ajudaram bastante a frear o avanço da doença”, acrescentou.
De acordo com o pesquisador, nas últimas semanas há uma ascensão na transmissão de covid-19 no Brasil, o que já ocorre na região Sudeste, crescimento que deverá chegar às demais regiões do país nas próximas semanas. O aumento dos casos, segundo ele, está sendo causado por novas sub variantes da doença.
“A gente está tendo um avanço dos casos que estão ocorrendo por conta do surgimento da introdução de novas subvariantes aqui no território nacional. Temos subvariantes circulando que são muito agressivas do ponto de vista de contaminação”, alertou.
O pesquisador ressaltou que a doença não deve ser minimizada e que as precauções, como a vacinação em dia e o uso de máscaras em ambientes fechados, onde haja a presença de muitas pessoas, devem ser mantidas.
Após renegociar quase R$ 16 bilhões na primeira fase e leiloar R$ 126 bilhões em descontos na segunda fase, o Desenrola, programa especial de renegociação de dívidas de consumidores, inicia a terceira etapa. Nesta segunda-feira (9), será lançada a plataforma online para o refinanciamento de dívidas bancárias e de consumo de até R$ 5 mil para devedores que ganham até dois salários mínimos.
Desenvolvida pela B3, a bolsa de valores brasileira, a plataforma está disponível no site www.desenrola.gov.br. Para acessá-la, o consumidor precisa ter cadastro no Portal Gov.br, com conta nível prata ou ouro e estar com os dados cadastrais atualizados. Em seguida, o devedor terá de escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação. Em seguida, bastará selecionar o número de parcelas e efetuar o pagamento.
A página listará os credores que ofereceram os descontos por ordem de juros, do mais baixo para o mais alto. Na etapa de leilões, 654 empresas apresentaram as propostas, com o desconto médio ficando em 83% do valor original da dívida. No entanto, em alguns casos, o abatimento superou esse valor, dependendo da atividade econômica.
Os consumidores precisam ficar atentos. A portaria do Ministério da Fazenda que regulamentou o Desenrola dá 20 dias, a partir da abertura do programa, para que as pessoas peçam a renegociação de suas dívidas. Caso o devedor não renegocie nesse intervalo, a fila anda e a oportunidade passa a outras pessoas.
Portal Gov.br
Só pode consultar se o débito foi contemplado no programa e verificar o desconto oferecido quem tiver conta nível ouro ou prata no Portal Gov.br, o portal único de serviços públicos do governo federal. O login único também é necessário para formalizar a renegociação.
As dívidas podem ser pagas à vista ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Os consumidores com débitos não selecionados no leilão podem conseguir o desconto oferecido pelo credor, desde que paguem à vista
Leilões
Os leilões da segunda fase do Desenrola ocorreram de 25 a 27 de setembro. Ao todo, 654 credores disputaram os descontos no sistema desenvolvido pela B3, a bolsa de valores brasileira. Foram ofertados descontos de R$ 59 bilhões para dívidas até R$ 5 mil e R$ 68 bilhões para dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. O lote que ofereceu o maior valor de desconto médio (96%) foi o de dívidas com empresas de cartão de crédito.
As empresas que propuseram os maiores descontos foram contempladas com recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Com R$ 8 bilhões do Orçamento da União, o fundo cobrirá eventuais calotes de quem aderir às renegociações e voltar a ficar inadimplente. Isso permitiu às empresas concederem abatimentos maiores aos consumidores. O credor que não conseguir recursos do FGO poderá participar do Desenrola, mas não receberá ajuda do Tesouro.
Setores
As empresas credoras estão agrupadas em nove setores: serviços financeiros; securitizadoras; varejo; energia; telecomunicações; água e saneamento; educação; micro e pequena empresa, educação. Destinadas à Faixa 1 do programa, a segunda e a terceira etapas do Desenrola pretendem beneficiar até 32,5 milhões de consumidores com o nome negativado e que ganhem até dois salários mínimos.
Em tese, só poderão ser renegociadas dívidas de até R$ 5 mil, que representam 98% dos contratos na plataforma e somam R$ 78,9 bilhões. No entanto, caso não haja adesão suficiente, o limite de débitos individuais sobe para R$ 20 mil, que somam R$ 161,3 bilhões em valores cadastrados pelos credores na plataforma.
A formalização das renegociações pelos consumidores só foi possível porque o Senado aprovou, no último dia do prazo, o projeto de lei do Programa Desenrola. Se a medida provisória do programa, incorporada a um projeto durante a tramitação na Câmara dos Deputados, não fosse aprovada até 2 de outubro, o Desenrola perderia a validade.
Aberta em julho, a primeira etapa do Desenrola, destinada à Faixa 2, renegociou R$ 15,8 bilhões de 2,22 milhões de contratos até o fim de setembro. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), isso equivale a 1,79 milhão de clientes, já que um correntista pode ter mais de uma dívida.
Além disso, 6 milhões de pessoas que tinham débitos de até R$ 100 tiveram o nome limpo. Nesse caso, as dívidas não foram extintas e continuam a ser corrigidas, mas os bancos retiraram as restrições para o devedor, como assinar contratos de aluguel, contratar novas operações de crédito e parcelar compras em crediário. A desnegativação dos nomes para dívidas nessa faixa de valor era condição necessária para os bancos aderirem ao Desenrola.
Diferentemente da segunda fase, a primeira etapa renegocia apenas débitos com instituições financeiras. Podem participar correntistas que ganhem até R$ 20 mil por mês e tenham dívidas de qualquer valor, o que permite a renegociação de débitos como financiamentos de veículos e de imóveis. As renegociações para a Faixa 2 devem ser pedidas nos canais de atendimento da instituição financeira, como aplicativo, sites e pontos físicos de atendimento.
Os jogos de videogame podem afetar positivamente a saúde mental e o bem-estar dos mais jovens. É o que aponta pesquisa desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Diferente do senso comum, que demonstra uma preocupação sobre a influência dos games nos jovens, o estudo mostra que há uma pequena relação entre modelo de entretenimento e o bem-estar mental dos usuários, além de aspectos favoráveis para a sociabilidade.
Segundo o psicólogo Filipe Colombini, orientador parental e CEO da Equipe AT, a gamificação, como é chamado o uso de ferramentas dos jogos em situações diversas do dia a dia, ajuda no processo terapêutico uma vez que o paciente é motivado a exercer uma série de atividades com o apoio de um enredo criativo ou até mesmo um sistema de bonificação e de pontos, características comuns dos games.
“Os jogos têm uma capacidade incrível de motivar e envolver os jogadores, por isso, profissionais da saúde mental têm usado uma série de ferramentas dos jogos como aliadas no tratamento dos seus pacientes”, explica Colombini.
Vale lembrar, ainda, que os jogos podem funcionar como ferramentas contra o estresse, com redução nos níveis de ansiedade e aumento da resiliência frente a situações adversas. “Não é incomum que os jovens utilizem os jogos como válvula de escape para lidar com questões e problemas do cotidiano e da vida, da mesma forma que algumas pessoas escolhem praticar um esporte ou assistir a um filme”, diz o especialista.
E há também ganhos cognitivos, já que jogar videogame exige habilidades motoras e de raciocínio lógico. “Os jogadores passam seu tempo conhecendo novos usuários, aprendendo sobre lugares, habilidades e línguas diversas”, diz Colombini. “São muitos os contextos nos quais a gamificação exerce um papel positivo para a saúde mental, já que, graças ao seu caráter lúdico, esse processo permite unir a imaginação com demandas da vida real”, continua. “Além disso, os games também podem ajudar na socialização, servindo como um interesse em comum para unir diferentes pessoas”, afirma.
Não à toa, os jogos fazem parte das atividades implementadas pelo QG do Rolê, grupo terapêutico da Equipe AT focado no desenvolvimento de habilidades sociais. “Entre as atividades de gamificação que utilizamos de forma estratégica no QG estão os RPGs, games em que os jogadores assumem o papel de personagens, para criar um ambiente lúdico que facilite a interação e o trabalho em equipe entre os grupos”, conta o psicólogo.
Em tempo: todas as atividades de gamificação, quando utilizadas para ganhos na saúde mental, devem ser avaliadas segundo o contexto no qual a pessoa está inserida. Segundo Colombini, é preciso avaliar critérios como idade, objetivos, habilidades que precisam ser desenvolvidas e a dinâmica familiar do paciente. “É um processo individualizado para cada paciente, no qual aliamos estratégias de gamificação com outras ferramentas do universo terapêutico, para que possamos obter os melhores resultados”, conclui.
Apesar de muitas pessoas acreditarem que os cigarros eletrônicos são uma alternativa “mais segura” aos produtos tradicionais de tabaco, o número crescente de evidências recentes revela que esses dispositivos podem representar uma ameaça ainda maior para a saúde. Sob diversas nomenclaturas, como vapes e pods, esses dispositivos ganharam popularidade nos últimos anos, mas suas consequências para a saúde são preocupantes. De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, os níveis de nicotina encontrados em usuários do vape equivalem ao consumo de 20 cigarros convencionais por dia. Com teores de nicotina que podem chegar a 90 mg, equivalentes a 4,5 maços do cigarro tradicional, a presença de outras substâncias adicionadas nos aparelhos para intensificar a sensação de prazer pode levar a uma dependência ainda mais intensa.
Além de os estudos e evidências recentes sugerirem que os cigarros eletrônicos podem ser responsáveis por doenças cardiovasculares, pulmonares e inflamações, que aumentam os riscos de câncer, os cigarros eletrônicos também causam danos à saúde bucal. “Devido ao alto teor de açúcar e à consistência viscosa do vapor, resíduos são depositados nos dentes, tornando-os mais sensíveis. Isso afeta o paladar, o olfato, causa desidratação e ainda potencializa os riscos de cáries”, explica o dentista e especialista em Saúde Coletiva da Neodent, João Piscinini.
Embora a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar sejam proibidas no Brasil pela Anvisa, o número de usuários segue em crescimento. Em 2018, o Ipec constatou que 500 mil brasileiros eram consumidores de cigarros eletrônicos, e, em 2022, esse número subiu para 2,2 milhões.
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Doenças periodontais: o uso de cigarros eletrônicos altera as condições naturais da boca, facilitando o acúmulo de placa bacteriana, principal causa das doenças periodontais.
Retração gengival: a baixa irrigação das membranas mucosas bucais danifica o tecido, expondo a raiz do dente e aumentando a sensibilidade dentária, bem como o surgimento de cáries.
Escurecimento da gengiva e dos dentes: a nicotina se acumula na superfície dos dentes e adere ao esmalte dentário.
Língua de vape: o fumo excessivo dos vapes, devido às altas quantidades de nicotina e essências com sabores exóticos, compromete a capacidade de sentir o gosto.
Mau hálito: apesar dos aromatizantes nos vapes, a nicotina presente nos cigarros eletrônicos causa mau odor na cavidade bucal.
Xerostomia: a saliva é responsável pela limpeza natural da boca e pelo equilíbrio das bactérias. O uso de cigarros eletrônicos diminui sua produção em decorrência da nicotina, o que aumenta as chances de cáries, sensibilidade, feridas, fissuras e dificuldade para mastigar.
Inflamação na cavidade bucal: as substâncias químicas presentes no vapor dos e-cigarros causam inflamação nas gengivas e na garganta, resultando dor e inchaço na região.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou, há pouco, que o mês de setembro apresentou a melhor média diária do ano, no que concerne ao total de unidades vendidas. A média foi de 9,9 mil unidades, o que marca um período de estabilidade, na avaliação da entidade.
Conforme a associação destacou, ao divulgar o balanço, havia receio de que o setor enfrentasse uma retração na comercialização de veículos leves, após o fim do programa de descontos promovido pelo governo federal. O que se observou na prática, contudo, foi que o patamar de vendas se manteve no mesmo compasso.
Em coletiva de imprensa, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima, classificou como “extraordinária” a iniciativa do governo, quanto ao impulso que deu na renovação de frotas. Para Lima, o cenário que se coloca, atualmente, é motivo de tranquilidade, mas não de “grandes comemorações”. “Não é que se perceba um mercado tão aquecido”, disse.
Um dos aspectos que o presidente da Anfavea destacou aos jornalistas foram as exportações. “É uma situação que preocupa, hoje, o setor automotivo”.
“A exportação continua sendo o maior desafio”, acrescentou ele, sugerindo que o Brasil procure firmar acordos bilaterais com outros países, a fim de transpor as dificuldades na área.
Produção
De agosto para setembro deste ano, a produção de veículos, categoria que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, caiu 8%, de 227 para 208,9 mil unidades. Na comparação com o acumulado do ano, de janeiro a setembro de 2022 para janeiro de setembro de 2023, a queda foi bem menor de 0,3%.
Quanto ao emplacamento, constata-se uma queda de 4,8%, de agosto para setembro deste ano, e um crescimento de 8,5%, em relação ao acumulado de 2022, já que os primeiros nove meses deste ano registraram 1.630 mil unidades emplacadas.
Ainda de acordo com o balanço da Anfavea, veículos munidos de novas tecnologias têm ganhado mais espaço e caído, cada vez mais, no gosto dos brasileiros. Em 2020, o volume de veículos comerciais leves dos tipos híbrido e elétrico que haviam sido emplacados era de 19,7 mil. Este ano, que nem mesmo chegou ao final, o total saltou para 57,5 mil.
Quanto a ônibus e caminhões, incluindo tanto os elétricos como os movidos a combustível, 83 mil foram emplacados no mês passado, quantidade 196,4% superior à registrada em agosto. No acumulado do ano, foram 399 mil unidades.
Como de praxe, a Anfavea também compartilhou informações sobre as vagas de emprego que o setor gerou no período. De setembro de 2022 para setembro de 2023, houve encolhimento de 3,3% no total de postos de trabalho, já que a indústria automobilística empregava 104 mil pessoas e passou e empregar 100,6 mil.
No que diz respeito às projeções, a associação espera que, no mês que vem, os emplacamentos de veículos leves e pesados supere em 6% o volume, na comparação com outubro de 2022. No âmbito da exportação, a expectativa é menos otimista, já que deve registrar queda de 12,7%.
A chamada Lista Suja do trabalho escravo publicada nesta quinta-feira (5) pelo Ministério do Trabalho e Emprego incluiu número recorde de empregadores que submeteram trabalhadores a condições semelhantes à escravidão.
A lista é publicada a cada semestre desde 2003 e, nesta edição, incluiu 204 novos empregadores, a maior inclusão já registrada na história, segundo o MTE. Entre as empresas, chama atenção a inclusão de uma famosa cervejaria na lista, a Kaiser, ligada ao Grupo Heineken no Basil.
Dos 204 novos empregadores incluídos na lista, a maioria é do setor da produção de carvão vegetal (23), seguido por criação bovina (22), serviços domésticos (19), cultivo de café (12) e extração e britamento de pedras (11). Entre as unidades da federação, a maior quantidade de novos casos foi registrada em Minas Gerais (37), seguida por São Paulo (32), Pará (17), Bahia (14), Piauí (14) e Maranhão (13).
A Lista Suja mostra que os 473 empregadores submeteram, ao todo, 3.773 trabalhadores a condições análogas à escravidão. Já o total de pessoas resgatadas nessas condições pela Inspeção do Trabalho no Brasil, desde 1995, chega a mais de 61 mil pessoas, segundo o site do ministério.
A diferença é explicada porque, para entrar na lista, é preciso esgotar os recursos administrativos contra o auto de infração aplicado pelos fiscais que encontraram pessoas em condições semelhantes à escravidão.
Pobreza e fiscalização
A vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da Procuradores de Trabalho (ANPT), Lydiane Machado e Silva, afirmou que o aumento da pobreza nos últimos anos, em especial devido à pandemia, e o apoio do novo governo à fiscalização contra o trabalho escravo explicam o recorde no número de novos empregadores.
“A pandemia agravou a vulnerabilidade econômica das pessoas. Então, essas pessoas são presas mais fáceis para os cooptadores de trabalhadores. Fica mais fácil aceitar promessas de emprego que, no final das contas, são empregos que não estão observando os requisitos mínimos da legislação brasileira”, disse.
A procuradora Lydiane contou que as condições precárias de trabalho costumam se repetir nesses casos marcadas por alojamentos precários, sem banheiros e com alimentação sem armazenamento adequado.
Outra situação que tem aumentado é a de resgate de mulheres submetidas a essas condições no trabalho doméstico. “Em que pese sempre haver uma desculpa de que ela é tratada como uma pessoa da família, o que a gente percebe, na realidade, é que ela é colocada em um quartinho dos fundos, muitas vezes em condições insalubres, sem acesso à convivência social com outras pessoas”, relatou.
Também chama atenção da procuradora a inclusão, na lista, de empresa de grande apelo social do público brasileiro. “A gente se pergunta porque empresas tão grandes não entendem que também é responsabilidade delas verificar toda a sua cadeia produtiva”, destacou Lydiane. Para ela, a Lista Suja é importante porque a sociedade brasileira merece saber o que está acontecendo em suas cadeias produtivas.
Heineiken
Em nota, o Grupo Heineken afirmou que foram surpreendidos pelo caso, que ocorreu em 2021, com uma das prestadoras de serviços da companhia, a Transportadora Sider.
“Na ocasião, perplexos, nos mobilizamos para prestar todo apoio aos trabalhadores envolvidos e para garantir que todos os seus direitos fundamentais fossem reestabelecidos prontamente. Além disso, asseguramos as medidas necessárias junto à transportadora, que não faz mais parte do nosso quadro de fornecedores”, informou.
Além disso, a nota diz que “a partir desse caso, compreendemos a necessidade de avançar ainda mais nessa agenda e na checagem do cumprimento das regras presentes em nosso Código de Conduta. Entre as iniciativas, desenvolvemos uma plataforma robusta de controle de terceirização”.
O Boca Juniors (Argentina) será o adversário do Fluminense na decisão da Copa Libertadores. A vaga dos argentinos foi alcançada, na noite desta quinta-feira (5) no Allianz Parque, com uma vitória sobre o Verdão de 4 a 2 na disputa de pênaltis, após igualdade de 1 a 1 no tempo regulamentar. No confronto de ida das semifinais, na Bombonera na última semana, o placar ficou no 0 a 0.
Desta forma o Tricolor das Laranjeiras (que garantiu a vaga na decisão ao derrotar o Internacional em Porto Alegre) e o Boca Juniors definirão quem fica com o troféu da principal competição de clubes da América do Sul no dia 4 de novembro no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
A equipe argentina chega à sua 12ª final de Libertadores, a primeira desde 2018, empatando todos os confrontos do mata-mata: contra o Nacional (Uruguai) nas oitavas, o Racing (Argentina) nas quartas e o Palmeiras na semifinal.
Jogando em casa, o Palmeiras conseguiu manter uma maior posse de bola, mas que acabou sendo pouco efetiva, pois criou poucas oportunidades de gol, dois chutes de longa distância do volante Gabriel Menino. Já o Boca se fechou na defesa e apostou nas transições rápidas da defesa para o ataque. E foi desta forma que os argentinos abriram o placar aos 22 minutos, quando Merentiel se livrou do zagueiro Gustavo Gómez, invadiu a área e rolou na medida para Cavani apenas conferir de primeira.
A equipe comandada pelo técnico português Abel Ferreira só passou a conseguiu criar mais aos 21 minutos da etapa final, quando o zagueiro Marcos Rojo foi expulso após receber o segundo cartão amarelo na partida. Com um homem a menos o Boca passou a dar mais espaços para as ações ofensivas do Verdão.
Com isso, aos 27 minutos o Verdão conseguiu chegar à igualdade, quando o lateral Piquerez acertou chute muito forte da intermediária para superar o goleiro Sergio Romero.
Se no lance do gol do empate do Palmeiras o arqueiro argentino deu a impressão de que falhou ao saltar um pouco atrasado, na disputa de pênaltis ele brilhou defendendo as cobranças de Raphael Veiga e de Gustavo Gómez para ajudar o Boca Juniors a superar o Verdão por 4 a 2 nas penalidades máximas, nas quais Weverton chegou a defender a cobrança de Cavani.
Três médicos ortopedistas foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira (5) no Rio de Janeiro. São eles Perseu Ribeiro Almeida, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL).
Os profissionais da saúde estavam em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense. Como não houve roubo, as autoridades trabalham com a hipótese de que o caso se trata de uma execução.
Testemunhas apontam que os assassinos chegaram no local, não falaram nada e efetuaram ao menos 20 disparos. Além das três vítimas, houve um quarto atingido, Daniel Sonnewend Proença, que sobreviveu.
Eles estavam hospedados no Hotel Windsor, sede do sexto Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. Até o momento, a parlamentar não se manifestou publicamente.
Um levantamento realizado pela Ticket – marca da Edenred Brasil de vale-refeição e vale-alimentação – mostra que, em média, o valor de uma refeição fora de casa era de R$ 54,49 em agosto.
O valor em questão é 4% maior do que os R$ 52,32 registrados no mesmo mês do ano passado.
Quando comparado ao mês imediatamente anterior (julho de 2023), agosto de 2023 observou uma queda de 2% no valor médio de uma refeição fora de casa.
A pesquisa é referente a restaurantes de comida brasileira. No período destacado, seguiram a brasileira a comida de padaria, lanchonete, fast-food e carne.