Diante do calor intenso, clima seco e a ameaça das queimadas, os riscos de ocorrências de problemas respiratórios e cardiovasculares aumentam. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, as chances de um infarto podem subir em até 20% em dias de clima quente e intenso.
O Instituto de Cardiologia, vinculado ao Ministério da Saúde, verificou um aumento de 15% nas internações por problemas no coração em períodos de calor extremo.
De acordo com Celso Amoedo, médico cardiologista do Hcor e da Unifesp, temperaturas muito altas podem levar o coração a trabalhar mais.
“O calor extremo faz com que o nosso corpo precise jogar esse calor para fora, então, ele faz o que a gente chama de vasodilatação. Essa vasodilatação faz com que o coração tenha um trabalho maior para bombear sangue, porque o território aumentou, e aí o coração trabalha demais, aumenta a frequência cardíaca e isso pode gerar tanto a arritmias, quando o coração bate fora do ritmo normal, benignas ou malignas, quanto um aceleramento no indivíduo que já tem previamente algum comprometimento cardiovascular, o que pode piorar a situação”, explica.
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Segundo especialistas, pessoas com hipertensão, diabetes e colesterol alto precisam redobrar os cuidados nesses dias de clima extremo.
Algumas dicas para se proteger de danos à saúde durante o calor são:
- Evitar de fazer atividade física e horários muito quentes;
- Fazer atividades físicas dentro de ambientes fechados;
- Ter uma alimentação leve, pobre em gordura e em sal, principalmente os hipertensos;
- Manter uma boa hidratação.
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