Governo de SP publica edital para ampliar uso de câmeras corporais na PM

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O Governo de São Paulo lançou nesta quarta-feira (22) o edital para a contratação de 12 mil novas câmeras operacionais portáteis (COPs). O número representa um aumento de 18% na quantidade de equipamentos disponíveis hoje para os agentes de segurança. As novas câmeras terão mais funcionalidades, como reconhecimento facial, leitura de placas de veículos, melhoria na conectividade, com possibilidade de transmissão ao vivo, entre outras inovações, diferentemente das atuais COPs.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a expectativa é que esta licitação gere uma economia entre 30% a 50% por equipamento em relação ao contrato anterior. Se antes cada câmera custava cerca de R$ 1 mil, com o novo edital para a compra dos equipamentos, o valor deve cair para R$ 500. 

Entre as funções que estão na especificação técnica do contrato destaca-se a integração do equipamento com o Programa Muralha Paulista, com capacidade para identificação de foragidos e placas de veículos roubados ou furtados. Além disso, haverá a possibilidade de compartilhar os registros de áudio e vídeo automaticamente com o Ministério Público, o Poder Judiciário e demais órgãos de controle, seguindo as regras estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Ainda de acordo com a SSP, o armazenamento de imagens será aprimorado, bem como as baterias, já que agora o novo edital exige que cada equipamento possua um outro equivalente para recargas, processamento e uploads de arquivos. 

Com ferramenta de áudio bidirecional, as câmeras acopladas aos uniformes dos policiais permitirão que eles solicitem apoio durante as ações. Devido à transmissão ao vivo, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) também poderá acionar outras equipes de apoio quando achar necessário, antes mesmo que os policiais precisem solicitar. 

A sessão pública da licitação será realizada às 9h, em 10 de junho.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destaca que com as novas funcionalidades, os equipamentos não servirão somente para fiscalização e controle, mas como “aliados” da corporação e da sociedade. “Será um auxílio nas investigações futuras de qualquer tipo de crime”, ressalta. “Várias empresas já possuem capacidade tecnológica para atender essa demanda, que visa ampliar as funcionalidades da câmera corporal.”

O que vai acontecer com as COPs antigas e como é feito o contrato?

As COPs adquiridas por meio dos contratos anteriores serão devolvidas à empresa que ganhou a licitação na época. Porém, se necessário, a PM vai renovar o acordo para manter essas câmeras em funcionamento até o término da nova licitação, para que não haja a interrupção no uso das câmeras.

O contrato dos equipamentos é de prestação de serviço, então a empresa que ganhar a licitação é responsável por fazer a manutenção ou troca das câmeras e baterias, caso aconteça algum dano. 

O critério de distribuições das COPs seguirá o protocolo adotado pela Polícia Militar, com base em tropas como a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) e outros batalhões e regiões que possuem um maior número de atuação em ocorrências extremas. 

Inicialmente, o edital seria lançado com a compra de 10,1 mil desses equipamentos, mas foi ampliado para 12 mil para alcançar ainda mais equipes, expandindo a atual quantidade de equipamentos nos uniformes policiais.

Leia também: Dani Alonso é a nova presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres da Alesp


Fonte: SSP-SP – Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil

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Agentes de segurança da CPTM iniciam operação com câmeras corporais

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A partir desta sexta-feira (31) os agentes de segurança da CPTM passarão a utilizar bodycams – câmeras acopladas aos uniformes para filmagem e gravação de ocorrências que afetam a segurança dos passageiros e da companhia.

As 160 câmeras serão utilizadas por agentes próprios da companhia e ficarão ligadas durante todo o período de uso. A gravação será acionada a partir do momento em que for observado que uma situação pode sair do controle desses colaboradores.

Com a utilização das bodycams, a CPTM espera uma redução das abordagens e intervenções. Foto: Governo do Estado de São Paulo

Todos os agentes já passaram por treinamento prévio e estão aptos para utilizar o equipamento visando melhorar a segurança dos passageiros. “Esperamos um efeito civilizador dentro do sistema. Queremos que o uso da câmera pelos nossos agentes ajude a coibir práticas proibidas no sistema, como comércio ambulante, desacato e até outros crimes mais graves”, afirma Iran Figueiredo Leão, Gerente de Segurança da CPTM.

De acordo com ele, as cinco linhas da companhia terão agentes munidos de câmeras. “Assim como imagens dos nossos trens e estações, as imagens ficarão à disposição da companhia e serão encaminhadas imediatamente à autoridade policial assim que solicitadas”, explica o gerente.

Com a utilização das bodycams, a CPTM espera uma redução das abordagens e intervenções, visto que o infrator poderá se inibir e não praticar o delito. “As imagens também servem como evidências em processos judiciais, além de propiciarem redução de denúncias e reclamações”, completa Iran.

A licitação para a compra das câmeras contemplou também a aquisição de 12 estações para o download de imagens. O contrato para a compra das câmeras foi fechado em 18/07/2022 pelo valor de R$ 421 mil.

“Com essa nova tecnologia à disposição da nossa equipe de segurança, fortalecemos o nosso compromisso de garantir uma viagem segura para os nossos passageiros”, afirma Pedro Moro, presidente da CPTM.

Leia também: Defesa Civil emite alerta para pancadas de chuva no Estado de São Paulo até domingo (2)


Fonte: Portal Governo de SP – Foto: Fernando Nascimento/Governo do Estado de São Paulo

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Governo Lula prepara programa de câmeras em uniformes policiais para o 1º semestre

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende lançar o programa de câmeras em uniformes de agentes da polícia ainda no primeiro semestre deste ano. O foco da medida são polícias estaduais, mas há conversas para uma possível adesão da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

O secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, avalia que essa é uma das políticas mais eficientes para redução da letalidade policial e para a proteção do próprio agente de segurança.

“As experiências verificadas no Brasil e no exterior foram bem-sucedidas no sentido de reduzir a letalidade policial, proteger os policiais e, mais ainda, tiveram impacto direto na própria instrução processual, uma vez que, ao invés de você ter apenas a declaração do policial, agora você tem áudio e vídeo do que aconteceu”, disse.

Pereira diz que a experiência no estado de São Paulo, que lançou o programa, está se mostrado exitosa. A ideia é mapear práticas como essa e também outras para definir que política vai ser adotada.

O programa está sendo desenhado pelas secretarias de Acesso à Justiça e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), ambas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob o ministro Flávio Dino.

“A ideia é mapear quais são as boas práticas e buscar mecanismos que incentivem os estados a implementar essa política. O caminho ainda está sendo elaborado. Por exemplo, [discute-se] se vai ser uma medida só, um modelo só”, disse. “Pode ser que em um estado um modelo pode ser mais eficiente, em outro estado pode ser outro. Por isso a importância de mapear os modelos existentes e colocá-los à disposição”, explicou.

A intenção de Pereira é que o programa já esteja pronto no primeiro semestre, assim como as primeiras implementações. As conversas com a PRF também estão em andamento.

A PRF disse, em nota, que tem um grupo de trabalho que estuda a eventual adoção de câmeras corporais nos uniformes dos agentes. Por gerar implicações práticas em diversas áreas da instituição, não há data definida para a conclusão dos estudos.

“Mais do que proteção para o próprio agente, os equipamentos servem para fortalecer a prova produzida, além de recurso para garantir a qualidade do serviço prestado por servidores públicos”, disse a instituição, em nota.

Pereira acrescenta que há vários formatos possíveis para a implementação dessa política no Ministério da Justiça e Segurança Pública, entre eles um que use o Fundo Nacional de Segurança Pública. Pelo fundo, há possibilidade desde a aquisição centralizada dos equipamentos e a doação para os estados, como é feito com viaturas, até a realização de convênios.

“O fundo não é único caminho, a gente está pesquisando outros caminhos também que possam incentivar essa política diante da relevância que ela tem para a sociedade. Então pode ser que a gente encontre outros mecanismos”, disse.

Especialistas ouvidos pela Folha avaliam que a proposta de câmeras em uniformes de policiais é boa, mas o programa precisa ser bem desenhado e será necessário avaliar se todas as polícias devem ser contempladas.

Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, disse que o programa de câmeras corporais na tropa em São Paulo, o “Olho Vivo”, é apontado com grande avanço na política de redução de mortes praticadas por policiais.

Na sua visão, o programa de São Paulo pode ser considerado um caso de sucesso porque, a partir do que foi visto nas câmeras durante as abordagens, foi possível mudar a cultura organizacional da corporação.

“Não é que a polícia vai reprimir menos, mas usa os meios adequados para preservar a vida das pessoas. Por exemplo, passou a usar menos armas de fogo para evitar mortes e aumentou o uso de armas de choque”, explicou.

Como a Folha mostrou, o uso de armas de choque do tipo taser pela Polícia Militar de São Paulo cresceu 25% no primeiro mês no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O crescimento do uso de pistolas de choque é apontado por integrantes da corporação como um dos motivos para que o estado conseguisse manter a letalidade policial nos mesmos patamares do início do ano passado.

Para ele, o programa precisa avaliar onde será a implementação, diante do alto custo, porque não há necessidade de fazer isso onde há baixas taxas de vitimização e letalidade policial.

Felippe Angeli, gerente do Instituto Sou da Paz, avaliou que não se pode confundir o instrumento com a metodologia. Ele acrescenta que é preciso ter uma política completa para reduzir a letalidade.

Em São Paulo, por exemplo, o custo para a manutenção desse programa é alto e envolve um processo amplo de gestão, armazenamento e transmissão.

Angeli diz que é uma possibilidade interessante tirar o recurso do Fundo Nacional de Segurança Pública porque uma das críticas é que a maior parte dos pedidos de acesso ao fundo pelos estados é para comprar armas e viaturas.

“Associar o fundo a um programa de redução da letalidade policial apoiado em câmeras é interessante. Mas a gente tem uma polícia que está extremamente politizada e, a depender do estado, tem que ver como a polícia vai receber isso”, disse.

Leia também: Câmeras corporais da PM têm impacto positivo, segundo estudo da FGV


Fonte: Folhapress

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Agentes de Trânsito da CET utilizarão câmeras corporais na capital paulista

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A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) iniciou no final do mês de setembro o uso de Câmera Corporal durante as interações do trabalho dos Agentes de Trânsito. O equipamento tem por objetivo trazer mais segurança e prevenção à violência aos funcionários durante o monitoramento das vias na cidade de São Paulo.

O uso das câmeras atende a uma reivindicação antiga dos funcionários da CET para demonstrar como são as abordagens realizadas pelos agentes em sua rotina nas ruas da cidade e, principalmente, trazer segurança e tranquilidade durante o trabalho nas ruas.

As câmeras corporais não serão utilizadas para a aplicação das penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro.

Entre 2019 até agosto de 2022, 141 funcionários sofreram algum tipo de violência (Lesão corporal, ameaça, injúria, desacato ou mesmo dano no veículo) durante o serviço. Os dados são somente dos agentes que registraram algum tipo de Boletim de Ocorrência. 

A CET mantém um Departamento Jurídico para atender somente demandas de atos de violência contra Agentes da Companhia.

No total, são 700 câmeras corporais, em um contrato de 30 meses, com um custo total de R$ 12,9 milhões.

Como funciona a câmera corporal

Um agente de trânsito que usa a câmera durante sua rotina de serviço não aperta, simplesmente, o botão de filmar ao entrar na viatura. 

Ao ligar a câmera, o equipamento fica em modo “stand-by”, o modo de espera. O vídeo, foto ou áudio só é captado caso o agente acione o botão para a ação desejada. 

A gravação é arquivada no aparelho e descarregada em um computador ao final da jornada de trabalho. Um funcionário efetuará o login no computador e realizará o processo de download do conteúdo. Após, essas imagens vão para uma nuvem e serão arquivadas por três meses.

Caso exista a necessidade, o Departamento Jurídico solicitará os arquivos para prova material de processos.

Leia também: Anatel libera sinal de 5G em Barueri, Itapevi, Santana de Parnaíba e outras cidades da região; veja lista completa


Fonte: SECOM-Pref. de São Paulo

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Secretário da Segurança de SP muda postura com relação às câmeras nos uniformes de PMs

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O secretário da Segurança Pública de São Paulo mudou seu discurso nesta terça-feira (10) e, em entrevista ao programa Bom Dia SP, da TV Globo, negou que o Governo do Estado retirará as câmeras dos uniformes de policiais militares.

“Não iremos acabar com o programa Olho Vivo das câmeras. Não iremos, é o meu compromisso e do governador”, afirmou Guilherme Derrite. Anteriormente, ele havia afirmado, em entrevista à rádio Cruzeiro, de Sorocaba, que iria rever a prática.

Ainda de acordo com o secretário, uma das suas primeiras medidas foi pedir um estudo para a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este, por sua vez, mostra que o uso de câmeras portáteis nos uniformes dos agentes evitou 104 mortes, uma redução de 57%.

A mudança em sua postura entre uma semana e outra pode ter sido motivada pela divulgação dos dados. “Ela foi instalada com uma intenção de fiscalização e controle que é aceitável, tem sua funcionalidade”, opinou Derrite.

Ele completou que a Secretaria de Segurança Pública (SSP) quer, “além de fiscalização e controle, acoplar à câmera do policial ferramentas que vão combater o crime. Como por exemplo, leitura de placa de veículos roubados. Isso pode ser instalado na câmera.”

Leia também:


Fonte: TV Cultura – Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Câmeras corporais reduzem em 87% número de confrontos da PM de SP

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Os batalhões da Polícia Militar (PM) de São Paulo que adotaram o sistema de câmeras pessoais tiveram uma redução de 87% nas ocorrências de confronto, segundo levantamento da corporação. Os equipamentos instalados nas fardas dos policiais registram áudio e vídeo em tempo real, e começaram a ser usados em 2020. Segundo a PM, a queda registrada é 10 vezes maior do que nos batalhões que não utilizam equipamentos.

Ainda de acordo com o levantamento da corporação, na comparação entre os meses de junho e outubro de 2019, 2020 e 2021, as ocorrências de resistência às abordagens policiais caíram 32,7% nos batalhões que usam as câmeras operacionais portáteis. Nos demais batalhões, a redução no período ficou em 19,2%.

A PM destaca ainda que além de reduzir as mortes devido à ação policial, as câmeras ajudam a preservar os próprios policiais. “As câmeras corporais despontam também como um importante instrumento de defesa e segurança do policial”, enfatiza a nota da corporação divulgada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo. Segundo a corporação, o sistema que transmite áudio, vídeo e localização em tempo real “garante uma análise detalhada do cenário de atuação dos policiais em situações de risco e/ou emergência”.

Os batalhões equipados com o sistema também tiveram melhores indicadores de produtividade policial. Nas unidades com câmeras corporais, os flagrantes aumentaram 41,4%, e as apreensões de armas de fogo subiram 12,9%.

Para o advogado especialista em direitos humanos e segurança pública, Ariel de Castro Alves, o uso das câmeras tem reduzido de forma importante os desvios de conduta dos policiais. “O monitoramento dos policiais por meio das câmeras tem diminuído os confrontos, os assassinatos cometidos por PMs e as situações de abusos de autoridade por parte dos agentes”, enfatizou Alves, que também é presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo.

Para o especialista, os resultados mostram que o sistema deve ser expandido. “Isso demonstra que o controle, fiscalização e monitoramento dos agentes é fundamental e precisa ser adotado de forma definitiva como política de segurança pública. A iniciativa das câmeras no fardamento precisa chegar a todos os policiais paulistas”, ressalta Alves, que acredita que a medida possa ser adotada também em todo o país.


Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

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