No próximo domingo, dia 26, acontece a “Corrida Todos contra o Câncer”, um evento da Secretaria de Esportes de Barueri em parceria com a APREL (Associação Paulistana de Recreação, Esportes e Lazer). O evento é gratuito e disponibiliza mil vagas.
O objetivo é incentivar o esporte como forma de atingir um melhor condicionamento físico, integração e prevenção de doenças crônicas como hipertensão e diabetes e como auxiliar na prevenção do câncer.
As inscrições são on-line e começam nesta terça-feira, dia 21, e vão até quarta-feira, dia 22, ou até o esgotamento do número de vagas. Consulte o regulamento e faça sua inscrição AQUI.
A retirada dos kits será nos dias 24 e 25 (sexta-feira e sábado) das 10 às 17h no Ginásio Poliesportivo José Corrêa (Av.Guilherme P. Guglielmo, 1000 – Centro), mediante apresentação do comprovante de inscrição. O ginásio, inclusive, é o ponto de largada, previsto para as 8h30, e também de chegada.
Modalidades
Percurso de 5 km (2 voltas);
Percurso de 10 km (4 voltas).
Programação
7h30 – Concentração;
8h – Aquecimento com alongamento e Zumba;
8h30 – Largada.
A duração máxima da prova é de 2 horas.
O percurso da corrida e demais detalhes estão disponíveis para consulta no link de inscrição.
Até o dia 16 de maio, todos os moradores da capital paulista que forem se vacinar contra o vírus Influenza, causador da gripe, serão direcionados ao atendimento bucal da Unidade Básica de Saúde (UBS) para realização de exame da cavidade oral, feito por um cirurgião-dentista. A ação faz parte de uma campanha de prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal, desenvolvida pela Secretaria Municipal da Saúde.
O câncer bucal é um tumor maligno que acomete as estruturas da cavidade oral, como língua, região abaixo da língua, lábios, gengivas, bochechas e região do céu da boca. A doença pode afetar ambos os sexos, mas é mais frequente em homens com idade a partir dos 40 anos.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para cada ano do triênio 2020-2022, estima-se que o número de novos casos de câncer bucal no Brasil seja de 11.200 em homens e de 4.010 em mulheres. As regiões Sudeste e Sul apresentam as maiores taxas de incidência e de mortalidade da doença.
Entre os principais fatores de risco para o câncer bucal estão o tabagismo, o consumo de álcool, a exposição solar, o vírus HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano) e antecedentes familiares. A prevenção consiste em bons hábitos alimentares, de higiene bucal e uso de filtro solar. Se a pessoa notar o aparecimento de lesões (feridas) em lábios ou na cavidade oral, que não cicatrizam por mais de 15 dias, com crescimento ou com sangramento, a recomendação é de que um cirurgião-dentista seja procurado o quanto antes.
Se durante a consulta com o dentista da UBS forem verificadas alterações, os cidadãos terão continuidade no atendimento e deverão retornar em data agendada pela unidade para reavaliação e encaminhamento a um Centro de Especialidade Odontológica (CEO), se necessário. Se houver suspeita de malignidade, o paciente deverá ter exame marcado com o estomatologista do CEO, sem necessidade de aguardar a reavaliação. No CEO são realizadas as biópsias e, se confirmado o diagnóstico de câncer, é feito o encaminhamento imediato para tratamento na rede municipal.
Casos em São Paulo
De acordo com a Secretaria de Saúde, em 2020 passaram por biópsia 209 casos com resultado positivo. Desses, 72% eram do sexo masculino e 61% tinham idade igual ou superior a 60 anos; 77,5% dos pacientes informaram já terem sido fumantes e 57% ingeriram bebida alcoólica. A língua foi a região acometida em 40% dos casos, seguida do assoalho bucal (19%) e lábios (16%).
Em 2021, foram 231 casos identificados, sendo que 83,5% dos pacientes eram do sexo masculino e 57% tinham idade igual ou superior a 60 anos; 82% já foram fumantes e 66% já ingeriram bebida alcoólica. A língua foi acometida em 37% dos casos, seguido do palato (16%) e do lábio (15%).
As equipes de saúde bucal da UBS também orientam os pacientes sobre a importância de ações preventivas, como higienização dos dentes e próteses, autoexame bucal, autocuidado, dieta equilibrada e consequências negativas do fumo, consumo de álcool, prótese mal adaptada, entre outros.
Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – Foto: Arquivo/Valter Campanato/AB
Pesquisadores brasileiros recrutam 15 mil moradores de Ribeirão Preto para estudo de susceptibilidade para câncer, ou seja, para identificar maior ou menor risco de desenvolver a doença. O estudo integra o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) e é realizado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, pelo Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP), pela Fundação de Amparo ao Ensino, Pesquisa e Assistência (Faepa) e pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.
“É necessário aprimorar os métodos de rastreamento do câncer diante do conhecimento recente que pessoas podem ter maior ou menor risco hereditário para desenvolver câncer. O rastreamento ainda é realizado praticamente do mesmo modo para todas as pessoas. Assim, indivíduos com maior risco de desenvolverem câncer podem não estar recebendo todo o investimento em prevenção necessário e aquelas com menor risco, mais do que o necessário”, explica Leandro Colli, que é professor da FMRP, médico oncologista e um dos coordenadores do projeto.
Os pesquisadores estão recrutando pacientes maiores de 18 anos que são acompanhados pelas Equipes de Saúde da Família no Distrito Oeste de Ribeirão Preto para coleta de sangue. Com o material, será feita a genotipagem do DNA para entender a soma dos fatores hereditários, que são chamados de escore poligênico. Dessa forma, a pesquisa poderá impactar na prevenção de precisão, ou seja, na prevenção específica para cada pessoa, de acordo com suas características genéticas.
“No futuro, esses escores permitirão identificar quem são as pessoas que precisam de rastreamento mais intenso para câncer e ao mesmo tempo pessoas que precisam de menos exames, o que terá grande impacto na racionalização dos recursos de saúde tanto públicos como privados”, conclui.
“Nós propomos utilizar os dados clínicos do excelente cuidado dos núcleos de saúde básica pareados com coleta de material para genotipagem. Ao final de três anos, teremos um grande banco de dados clínicos, epidemiológicos e moleculares para responder questões de oncologia e até de outras áreas”, conta o professor Dias.
Uma pesquisa de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveu um novo método que pode contribuir para o tratamento do câncer no cérebro. O estudo da agora doutora Isadora Carvalho resultou na criação de um nanomaterial que pode ser adotado para a aplicação de medicamentos às células infectadas por tumores.
A pesquisa se preocupou em melhorar a chegada do fármaco ao local do tumor e causar menos efeitos colaterais. O tratamento de câncer provoca muitos efeitos colaterais nos pacientes, sendo muitas vezes bastante agressivo.
O dispositivo foi criado para transportar dois remédios utilizados no tratamento do câncer de cérebro, KLA e doxorrubicina. Foram feitos testes bem-sucedidos in vitro, aqueles que não envolvem pessoas.
Nesses ensaios, o nanomaterial atacou células tumorais sem danificar as células saudáveis. Quando o material entra na célula a medicação é liberada. Outro efeito do dispositivo foi iluminar com fluorescências as áreas atingidas. Isso permite formar uma bioimagem e visualizar onde está cada componente na célula.
A nanotecnologia atua com estudos e soluções em dimensões minúsculas. Nanômetro é uma medida equivalente a 1 metro dividido em 1 bilhão de partes.
A tese de Isadora Carvalho foi indicada na área de engenharias para o prêmio de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o mais importante concurso de pós-graduação do país.
No Dia Internacional do Combate ao Câncer Infantil, celebrado hoje (15), a médica Sima Ferman, chefe da Seção de Pediatria do Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, destacou a importância do diagnóstico precoce, que identifica o tipo de tumor, característica biológica e como aquele tumor se apresentou na criança. A partir dessas informações, ela lembra que pode ser feito um planejamento de tratamento, que será individualizado para cada paciente. De maneira geral, o tratamento para crianças com câncer inclui quimioterapia, radioterapia e cirurgia, mas ele é adotado de acordo com a situação de cada paciente.
O Inca recebe a cada ano cerca de 250 casos novos de câncer pediátrico, cuja maior parte requer tratamento ambulatorial. “A gente sempre tenta manter a criança na casa dela”. Se a criança ou jovem não precisar de apoio ou suporte hospitalar, nem medicação venosa, em geral ela pode ficar em casa. Recebe a medicação no hospital e vai para casa. “Apenas 10% ficam internados”, disse a doutora Sima à Agência Brasil.
Cura
O câncer pediátrico é, hoje em dia, uma doença muito curável. Nos países com renda alta, Sima disse que mais de 80% das crianças com câncer vão ser curadas. No Brasil, o índice de cura oscila em torno de 75% e varia de acordo com a região do país.
A doutora Sima Ferman disse que a taxa é um pouco mais baixa do que nas nações desenvolvidas porque a maioria das crianças chega ao Inca com a doença mais avançada, o que interfere na possibilidade de cura mais cedo. Ela ressalta também as questões socioeconômicas, como a pobreza, e comorbidades, como a desnutrição. “São algumas alterações que podem interferir no resultado do tratamento mas, em linhas gerais, a gente consegue muita cura”.
O câncer pediátrico tem maior incidência em meninos do que em meninas, mas ainda não foi identificada a razão.
O tratamento do câncer em uma criança leva uma média de seis meses a dois anos, dependendo do tipo de doença que ela tenha. A partir daí, começa a fase de controle, que dura em torno de cinco anos. “É um tempo muito bom. A doença não volta e a criança pode ser considerada curada”, disse a médica.
O primeiro ano depois que termina o tratamento é o que apresenta maior risco de a doença voltar, destacou a chefe da seção de pediatria do Inca. “Mas, depois, à medida que vai passando o tempo, o risco vai diminuindo bem”, disse Sima Ferman.
O Dia Internacional do Combate ao Câncer Infantil foi criado em 2002 pela Childhood Cancer International (CCI) e simboliza uma campanha global para conscientização da sociedade sobre o câncer infantil, visando externar apoio às crianças e adolescentes com câncer e suas famílias.
Estimativas
Para este ano, a estimativa do Inca é de cerca de 8.500 casos novos de câncer infantil no Brasil, sendo 4.300 do sexo masculino e 4.200 do sexo feminino, informou à Agência Brasil Marceli Santos, tecnologista da Divisão de Vigilância e Análise de Situação, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca e doutora em Saúde Pública.
Marceli Santos disse que o câncer mais frequente em crianças e jovens brasileiros é a leucemia, como ocorre em todo o mundo, seguido de tumores do sistema nervoso central e linfomas. Para cada tipo de câncer tem uma faixa etária de maior incidência. Por exemplo, as leucemias acometem mais crianças de 1 a 4 anos de idade, o mesmo acontecendo com os tumores do sistema nervoso central. Já os linfomas têm uma característica bimodal, com picos em crianças até 4 anos e adolescentes de 15 a 19 anos de idade.
Em relação ao retinoblastoma, tipo de câncer que afeta o sistema intraocular em crianças com idade entre 2 e 5 anos, Marceli informou que se trata de um câncer raríssimo, afetando três crianças em cada milhão. “É um tumor muito específico, muito característico”.
O Ministério da Saúde ressalta também o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal); tumor de Wilms (tipo de tumor renal); tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos); osteossarcoma (tumor ósseo); e sarcomas (tumores de partes moles).
Sinais de alerta
Os oncologistas Gustavo Ribeiro Neves e Diego Greatti, membros da plataforma de saúde Doctoralia, alertam pais e responsáveis para ficarem atentos aos sinais de câncer infantil, porque o diagnóstico precoce é importante para aumentar a chance de cura do paciente. Em crianças e adolescentes, esse fator dobra de relevância já que os tumores costumam crescer rapidamente devido às mutações celulares.
Alguns desses sintomas são perda de peso contínua incomum; dores de cabeça na parte da manhã, que podem ser seguidas de vômito; inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações; protuberância ou massa no corpo; aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças na visão; febres recorrentes sem causa aparente; hematomas e sangramentos frequentes; cansaço prolongado.
Morte
O câncer já representa a primeira causa de morte por doenças entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade no país, cerca de 8% do total, informou o Ministério da Saúde, com base em dados do Inca.
O ministério adverte, no entanto, que com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes infanto juvenis terá boa qualidade de vida. “Por isso, o governo federal reforça o alerta aos responsáveis. Queixas das crianças ou sinais de anormalidade devem ser levados em consideração para avaliação de um profissional de saúde e para o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo iniciar, maiores são as chances de cura”.
Por Alana Gandra/Agência Brasil – Foto: Sumaia Vilela/AB
O Senado ontem (9) a Medida Provisória (MP) que obriga planos de saúde a cobrirem tratamento oral contra o câncer. A MP já havia passado pela Câmara e perderia a validade hoje (10), se não tivesse sido votada. Agora, segue para a Câmara para uma reanálise. Isso ocorre porque os senadores alteraram trechos do texto.
A MP 1.067/2021 incorpora às coberturas obrigatórias de planos a oferta de tratamentos antineoplásicos domiciliares de uso oral, incluindo medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento. Ela foi editada pelo governo em resposta a um projeto de lei do Senado com o mesmo tema. A manutenção do veto presidencial ao projeto ontem, na sessão do Congresso, teve, inclusive, como argumento a existência dessa MP.
O texto da MP aprovado pelo Senado diz que a cobertura do tratamento é obrigatória caso as medicações já tenham aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) terá 120 dias para inclui-lo no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. É possível ainda uma prorrogação por mais 60 dias. Os processos referentes a tratamentos orais de câncer deverão ser priorizados pela ANS.
Para os demais tratamentos, o prazo é de 180 dias, prorrogável por mais 90. Em todos os casos, se a ANS não se manifestar dentro do prazo, o tratamento será automaticamente incluído no Rol de Procedimentos até a decisão definitiva.
De acordo com a MP, os medicamentos orais contra o câncer devem ser fornecidos ao paciente ou a seu representante legal em dez dias após a prescrição médica. O provimento poderá ser fracionado por ciclo de tratamento. Será obrigatório comprovar que o paciente ou seu representante legal recebeu as devidas orientações sobre o uso, a conservação e o eventual descarte do medicamento.
A Câmara precisa aprovar a MP até amanhã (10). Caso isso não ocorra, ela perderá a validade.
“Por Cuidados mais Justos” é o slogan em português da campanha da União Internacional contra o Câncer (UICC) que marca a passagem hoje (4) do Dia Mundial do Câncer. A campanha vai vigorar no triênio 2022-2024. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, trabalha com o tema “Somos iguais e diferentes – a importância da equidade no controle do câncer”.
O tema da campanha será apresentado pelo Inca nesta sexta-feira, com debate sobre a importância da equidade no controle do câncer. “Equidade é entender que para essas populações, que julgamos mais vulneráveis, é preciso ter medidas a fim de facilitar o acesso e o tratamento. Todos somos iguais, mas é importante ter ações diferenciadas para dar a essas pessoas a mesma oportunidade que àquelas com mais acesso à comunicação, ao hospital, ao médico”, disse o coordenador de Assistência do Inca, Gélcio Mendes. O trabalho do instituto na campanha da UICC será baseado em três pilares: justiça, igualdade e equidade.
Segundo Mendes, o trabalho será dividido em etapas anuais. Este ano, a proposta é fazer uma análise da situação, avaliando o que existe no cenário brasileiro, seja em termos de comunicação sobre medidas de prevenção, acesso ao rastreio de câncer de mama e de colo do útero, seja em relação às dificuldades de acesso do paciente ao diagnóstico e tratamento.
Em 2023, a partir das informações obtida neste ano, a ideia é trabalhar com possíveis encaminhamentos – “o que poderá ser feito para melhorar ou diminuir as dificuldades de acesso das pessoas ao sistema de saúde“. No terceiro ano, será desenvolvida a parte mais executiva, disse o médico.
Gélcio Mendes acrescentou que, em 2022, serão feitas entrevistas e oficinas com pacientes, de modo a obter conhecimento sobre dificuldades mais frequentes. Um dos objetivos é distinguir os grupos que enfrentam mais dificuldades, mesmo que sejam minoritários. Como exemplo, citou o grupo de idosos, que representa metade da população oncológica.
Prevenção
De acordo com o Inca, o Brasil deve registrar 625 mil novos casos de câncer este ano. Nova estimativa será divulgada em 2023, para o triênio até 2025.
Prevenção e diagnóstico precoce são as grandes oportunidades para evitar, pelo menos, chegar à gravidade da doença. Do lado da prevenção, as oportunidades são muitas, disse Mendes. Lembrou que, historicamente, desde a década de 90, o Inca realiza trabalho preventivo muito forte dos diversos tipos de câncer, iniciado pela luta contra o tabagismo.
Alimentação saudável e atividade física são grandes ferramentas de prevenção do câncer, afirmou. Seguem-se vacinação contra hepatite B e HPV, que trazem potencialmente redução do câncer de fígado e de colo do útero. “São grandes oportunidades de redução de incidência da doença”. Há também o fortalecimento das políticas de rastreio do câncer, em especial o exame preventivo, ginecológico e a mamografia.
Não fumar e não beber devem nortear também o comportamento das pessoas, observou Mendes. Não começar a fumar e parar com o hábito de fumar têm grande impacto, admitiu. Em relação às bebidas alcoólicas, disse que, se no passado a sugestão era “beba moderamente”, hoje a recomendação é outra, porque se entende que o consumo de bebidas alcoólicas está associado ao aumento do risco de desenvolver câncer como, por exemplo, da boca, do esôfago, do fígado. “Não beber pode ter impacto muito grande na sociedade, nas próximas gerações”, disse o especialista.
Entre os homens, os principais tipos de câncer são os de próstata, intestino (cólon e reto) e pulmão. “É importante saber que o câncer do intestino grosso vem aumentando de forma impressionante na última década”. Entre as mulheres, prevalecem os de mama, de cólon e reto também. “São os tumores mais frequentes”. Existem variações grandes entre as regiões do país.
Entre as mulheres, no Norte e Nordeste, o câncer de colo do útero passa a ter importância muito maior do que no Sul e Sudeste. No Norte e Nordeste, entre homens e mulheres, o de estômago tem maior relevância. Gélcio Mendes explicou que, com relação ao de colo do útero, sobressai a questão de menos acesso a exames preventivos. “São tumores associados à dificuldade de acesso a exames e à pobreza”.
O câncer de estômago, por sua vez, está associado a condições piores de alimentação e maior consumo de carnes salgadas, como a de sol. Já no Sul e Sudeste, os de cólon e reto estão associados ao desenvolvimento. As pessoas passam a comer mais pão, mais carne, menos legumes, e realizam menos atividade física. “Tudo isso contribui para o aparecimento do câncer do intestino”.
Fonte/texto: Agência Brasil/Alana Gandra – Imagem: Reprodução/TV Brasil