Segundo informações publicadas no jornal Folha de S. Paulo, pela jornalista Mariana Zylberkan, uma carreata do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), enfrentou protestos de moradores no Grajaú, zona sul da cidade, neste domingo (29). Ao passar pelo bar do time de várzea Ruim Time, manifestantes levantaram cadeiras e pediram para o candidato deixar o local, xingando-o. Marçal, de cima de uma picape, acenou para apoiadores sem reagir.
O protesto foi liderado pelo engenheiro José Eduardo Vieira dos Santos, eleitor de Guilherme Boulos (PSOL), que comparou Marçal de forma negativa aos demais candidatos e fez referência à cadeirada que o influenciador levou de José Luiz Datena (PSDB) durante um debate anterior na TV Cultura.
Marçal também comentou sobre sua participação no debate da TV Record no sábado (28), lamentando não ter sido escolhido com frequência para responder perguntas e afirmando que seus adversários evitam enfrentá-lo.
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, foi expulso do debate realizado pelo Flow News na noite desta segunda-feira, 23 de setembro, após fazer graves acusações contra o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes. Durante suas considerações finais, Marçal afirmou que Nunes será preso em 2025 pela Polícia Federal, o que desencadeou uma acalorada discussão entre os participantes.
A acusação levantada por Marçal gerou um clima de tensão no estúdio, culminando em sua retirada do debate pela organização. O episódio causou um princípio de confusão nos bastidores, e o programa chegou a sair do ar brevemente devido ao tumulto.
Além de Ricardo Nunes e Pablo Marçal, o debate contou com a presença de outros candidatos à prefeitura, incluindo Guilherme Boulos, Tabata Amaral, Datena e Marina Helena.
Segundo a apresentadora Madeleine Lacsko, após o término do debate, houve uma agressão física de um assessor de Pablo Marçal ao marqueteiro de Ricardo Nunes, aumentando ainda mais o clima de hostilidade nos bastidores.
A exclusão de Marçal e o incidente no final do programa marcaram o debate, que tinha como objetivo discutir as propostas para a cidade de São Paulo, mas acabou sendo interrompido por momentos de grande tensão.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) informou, no final da tarde desta segunda-feira (16), que não recebeu nenhuma representação sobre a agressão física do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena (PSDB), ao candidato do PRTB, Pablo Marçal, durante debate promovido na noite de domingo (15) pela TV Cultura.
Em nota, o TRE-SP disse que atua apenas quando é provocado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), por partidos políticos, coligações, federações, candidatas ou candidatos. “A atuação da Justiça Eleitoral acontece quando é provocada, cabendo aos legitimados no processo eleitoral a iniciativa de representações, reclamações e pedidos de direito de resposta, salvo exceções previstas em lei. Até o momento, não foi recebida nenhuma representação referente ao debate ocorrido no domingo (15) na TV Cultura.”
O tribunal repudiou qualquer tipo de violência ou ofensas entre os candidatos e entre eleitores. “O TRE-SP defende um debate de ideias civilizado, respeitoso e pacífico, a fim de que o eleitorado obtenha as informações necessárias para realizar a escolha de seus candidatos e candidatas de forma consciente e responsável, contribuindo, dessa forma, para a consolidação da nossa democracia”, diz o comunicado.
O Ministério Público Eleitoral de São Paulo informou que “tomará as medidas cabíveis” para garantir a lisura da eleição municipal, “reprimindo comportamentos que colocam em xeque a democracia, valor tão prezado pelo conjunto dos brasileiros”.
O MPE ressaltou que reprova veementemente as cenas ocorridas no debate, “quando a falta de urbanidade e lhaneza [franqueza] demonstrada por candidatos que pleiteiam o cargo de prefeito da maior cidade do país culminou em agressão física”.
Polícia
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que a Polícia Civil abriu inquérito sobre a agressão e confirmou que Pablo Marçal já prestou depoimento e fez queixa criminal contra Datena. “O caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pelo 15º DP (Itaim Bibi), área dos fatos. A vítima prestou depoimento nesta segunda-feira e ofereceu representação criminal. Imagens são analisadas, e a autoridade policial requisitou exame de corpo de delito ao candidato. Demais diligências prosseguem para o esclarecimento dos fatos”, diz o texto.
Durante o debate na noite de ontem na TV Cultura, após uma série de acusações feitas por Marçal contra a reputação de Datena, o candidato do PSDB jogou uma cadeira no candidato do PRTB.
Marçal foi ao Hospital Sírio-Libanês após o ocorrido. “O paciente Pablo Henrique Marçal foi admitido no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo ontem, 15, após traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas. Foi avaliado pelas equipes de clínica médica e de ortopedia e está de alta hospitalar”, disse o hospital, em nota.
A pesquisa Datafolha, realizada nos dias 3 e 4 de setembro, revelou um cenário de disputa acirrada na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O influenciador Pablo Marçal (PRTB) foi o candidato que mais cresceu em grau de conhecimento entre os eleitores, alcançando 76%.
No levantamento anterior, em agosto, esse índice era de 67%. Mesmo sem tempo no horário eleitoral de rádio e TV, Marçal ampliou sua visibilidade em meio aos ataques de adversários, especialmente nas propagandas eleitorais. No entanto, o crescimento de sua popularidade foi acompanhado por um aumento em sua rejeição, que subiu para 38%, a maior entre todos os candidatos.
A pesquisa aponta um empate técnico na liderança, com Guilherme Boulos (PSOL) somando 23% das intenções de voto, seguido de Marçal e do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), ambos com 22%. Apesar de mais conhecido, o influenciador viu suas intenções de voto estagnarem, enquanto sua rejeição supera numericamente a de Boulos (37%) e se distancia significativamente de Nunes (21%).
O avanço de Marçal no conhecimento popular contrasta com a estagnação em suas intenções de voto, o que fortalece as campanhas dos principais adversários, Nunes e Boulos, que apostam em uma possível perda de força do influenciador.
Além dos ataques na propaganda eleitoral, Pablo tem sido criticado por adversários devido a uma condenação por furto e a ligações de seus aliados com integrantes da facção PCC.
Entre os outros candidatos, Tabata Amaral (PSB) também avançou em seu grau de conhecimento, subindo de 61% para 67%. Ampliar sua visibilidade é uma das principais metas da campanha da deputada.
José Luiz Datena (PSDB), por sua vez, permanece como o mais conhecido, com 97%, embora tenha perdido um ponto percentual em relação à pesquisa anterior.
A disputa se intensifica à medida que os três principais candidatos já são amplamente conhecidos por seus respectivos eleitorados. Marçal, por exemplo, é conhecido por 88% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL), enquanto Nunes alcança 94% dos bolsonaristas. Boulos, por sua vez, é reconhecido por 90% dos eleitores de Lula (PT), reforçando seu apelo à base lulista.
A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o levantamento, registrado sob o número SP-03608/2024, foi realizado com 1.204 eleitores.
A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (5) aponta um cenário de empate técnico na disputa pela prefeitura de São Paulo, com três candidatos próximos no levantamento. Guilherme Boulos (PSOL) lidera com 23% das intenções de voto, seguido por Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos com 22%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o que mantém os três concorrentes tecnicamente empatados.
Essa é a primeira pesquisa do Datafolha após o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Em relação à pesquisa anterior, divulgada em 22 de agosto, Boulos manteve os 23%, enquanto Marçal subiu de 21% para 22% e Nunes cresceu de 19% para 22%, variações dentro da margem de erro.
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) apresentou um leve crescimento, indo de 8% para 9%, enquanto o apresentador José Luiz Datena (PSDB) caiu de 10% para 7%, o que também configura um empate técnico entre eles.
Em branco/nulo/nenhum: 8% (mesmo percentual anterior)
Não sabe: 4% (mesmo percentual anterior)
A pesquisa reflete o cenário competitivo e a influência inicial do horário eleitoral.
A pesquisa foi realizada entre 3 e 4 de setembro e entrevistou presencialmente 1.204 pessoas acima de 16 anos na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número SP-03608/2024.
O influenciador Pablo Marçal (PRTB) apresentou um crescimento expressivo nas intenções de voto, principalmente entre bolsonaristas, evangélicos, brancos e pardos, conforme a última pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira (22).
Esses segmentos impulsionaram Marçal, colocando-o em um empate técnico com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) na corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo.
No resultado geral da pesquisa, Boulos lidera com 23% das intenções de voto, seguido de Marçal com 21% e Nunes com 19%. O crescimento de Marçal foi particularmente notável entre adultos de 35 a 59 anos, eleitores com ensino médio ou superior e aqueles com renda familiar de dois a cinco salários mínimos.
Entre os eleitores que se identificam como bolsonaristas, o candidato deu um salto significativo, passando de 25% para 46% das intenções de voto, superando Nunes, que caiu de 37% para 26%. O mesmo fenômeno foi observado entre os eleitores do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), onde Marçal subiu de 25% para 41%, enquanto Nunes recuou de 42% para 28%.
Os evangélicos também foram um dos principais grupos a impulsionar Pablo, com seu apoio subindo de 18% para 30%.
Em contrapartida, Nunes registrou uma queda de 26% para 22% nesse segmento. O influenciador também avançou entre eleitores brancos, com um crescimento de 13% para 21%, e pardos, passando de 14% para 24%, prejudicando especialmente Nunes e o apresentador José Luiz Datena (PSDB).
Marçal também viu um aumento significativo no apoio entre eleitores de 35 a 44 anos, que se tornaram seu principal grupo de eleitores, com uma subida de 16% para 32% das intenções de voto.
Ele também cresceu entre aqueles com renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, passando de 14% para 24%, enquanto Datena caiu de 15% para 9% neste grupo.
O influenciador ainda ganhou força entre eleitores com ensino médio completo, onde cresceu de 16% para 26%, e entre os que possuem ensino superior, subindo de 12% para 24%, o que impactou negativamente tanto Nunes quanto Boulos.
A pesquisa, conduzida pelo Datafolha, ouviu 1.204 eleitores e possui uma margem de erro de três pontos percentuais no resultado geral, sendo maior em alguns segmentos específicos.
A Justiça Eleitoral de São Paulo negou, nesta quarta-feira (21), o pedido de suspensão de forma liminar do registro de candidatura de Pablo Marçal, do PRTB.
A solicitação, com intuito de tirar o candidato da disputa pela prefeitura de São Paulo, havia sido feito pelo secretário-geral do próprio PRTB, Marcos André de Andrade.
A justificativa apresentada era de que Marçal não havia respeitado o estatuto do partido, que exige no mínimo seis meses de filiação para confirmar um candidato em convenção partidária.
Entretanto, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz considerou que não pode suspender a candidatura até análise do mérito.
“Desrespeitar o rito do registro de candidatura previsto na legislação supramencionada violaria o princípio do devido processo legal previsto na Constituição”, alegou o juiz.
“A concessão da liminar pleiteada com a suspensão do registro de candidatura poderá gerar a ausência do nome do candidato na urna eletrônica, o que poderá acarretar perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, nulidade das eleições para prefeito e realização de novas eleições”, acrescentou.
Além disso, o PSB, da candidata Tabata Amaral, também abriu uma ação alegando “estratégia de cooptação de colaboradores para disseminação de seus conteúdos em redes sociais” por parte de Marçal.
Caso a Justiça considere válido, o político, empresário e influenciador poderá ficar inelegível por oito anos e ter o registrado cassado.