A Prefeitura de Pirapora do Bom Jesus reforçou oficialmente sua oposição à instalação de um aterro sanitário de grande porte na região da Fazenda Cacique. Nesta semana, a Administração Municipal protocolou na Justiça um pedido para ingressar como parte autora em uma Ação Civil Pública que já tramita contra o projeto, sob responsabilidade da empresa Ecoparque Pirapora Ambiental S.A.
O empreendimento tem gerado forte preocupação entre autoridades e moradores locais, principalmente pelos riscos ambientais, sociais e urbanísticos que representa. Segundo a Prefeitura, a área prevista para o aterro é rural, de difícil acesso e ambientalmente sensível, o que, na visão do Executivo, agrava os impactos negativos do projeto.
Entre os principais pontos destacados pela gestão municipal estão:
- Risco de contaminação do solo e das águas por chorume;
- Tráfego pesado de caminhões em zonas urbanas do município;
- Danos potenciais a nascentes e à fauna silvestre da região;
- Falta de estrutura técnica da Prefeitura para fiscalizar e acompanhar um projeto dessa dimensão.
A Administração também aponta a ausência de audiência pública prévia — etapa essencial em processos ambientais dessa natureza — e uma grave irregularidade fundiária: o terreno onde se pretende instalar o aterro não pertence à empresa responsável, mas sim a terceiros.
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Diante desse cenário, a Prefeitura solicita que a CETESB suspenda imediatamente a análise de viabilidade do empreendimento, apoiando a concessão de liminar nesse sentido. O Município está alinhado com os argumentos da ONG Ação Ambiental, autora da ação judicial, e caso o pedido de inclusão como parte autora não seja aceito, já declarou formalmente apoio integral aos pedidos da ONG.
Para a Prefeitura de Pirapora do Bom Jesus, a combinação de riscos ambientais, ausência de consulta pública, falta de capacidade técnica local e irregularidades na posse do terreno torna inviável a implantação do aterro sanitário no município.
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Foto: Gilberto Labriola/PMPBJ