A Prefeitura de São Paulo informou que no próximo domingo, dia 15, será ativada a Ciclofaixa de Lazer na cidade. Esta será a primeira ativação de 2023, já que a Ciclofaixa de Lazer foi suspensa no dia 1º, em razão da festa de Réveillon, e no último domingo, dia 8, em razão da 2ª fase da Fuvest.
As ciclofaixas de lazer foram ativadas pela primeira vez em 2009 e, atualmente, a CET realiza a ativação dos 114 km do percurso, aos domingos e feriados, das 7h às 16h.
Agentes da CET estarão nos principais cruzamentos e percorrerão os trechos para verificar as condições e segurança da estrutura. Vale lembrar que as Ciclofaixas de Lazer são segregadas do tráfego por elementos de canalização temporários como cones, cavaletes e super cones.
De acordo com o ranking Bicycle Cities Index, São Paulo é a única capital brasileira que apresenta as melhores condições para se pedalar. No índice, composto por 90 países e produzido pela empresa de seguros Luko, a cidade ocupa a 76ª colocação. Outros países da América do Sul integram a lista: Bogotá em 81ª posição; Cali (82ª) e Medellin (89º), na Colômbia; e Buenos Aires (83ª), na Argentina.
Atualmente, São Paulo conta com 699,2 quilômetros de extensão, a maior malha cicloviária do país, além de 7.192 vagas em 72 bicicletários espalhados pela cidade e 802 vagas em 29 locais com Paraciclos, integrados ao sistema de transporte da capital. Até o fim deste ano a população terá mais de 160 quilômetros adicionais para percorrer e, segundo o Plano de Metas da Prefeitura, o objetivo é alcançar 1 mil km de malha até o término de 2024.
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Fonte: SECOM-Pref. de São Paulo – Foto: Arquivo/Marcos Santos/USP Imagens
A maior malha cicloviária do país, com 699,2 quilômetros de extensão, vai ganhar mais de 160 quilômetros adicionais até o fim de 2022. O objetivo da Prefeitura de São Paulo é alcançar 1000 km de malha até o fim de 2024, conforme previsto no Plano de Metas. Até 2028, São Paulo terá uma rede de 1.800 km. Para tanto, já foram definidos, em conjunto com a sociedade civil, o traçado de pouco mais de 160 km de novas vias exclusivas para as bicicletas. Destes, 48 km contratados por meio de duas concorrências, já estão em processo de implantação. Os demais 120 km, aproximadamente, serão implantados por meio da PPP da Habitação.
As obras das ciclovias da Av. Jaguaré, Av. República do Líbano, Av. Sena Madureira, Av. Tiradentes, Av. Indianópolis, Av. Nações Unidas, Praça Campo de Bagatelle, Av. Dom Pedro I, Av. Miguel Yunes, Av. Eng. Luís Gomes Cardim Sangirardi, Rua Dona Avelina, Av. Gastão Vidigal e do Viaduto Bresser já foram iniciadas. No total, são 22,9 km em construção neste momento.
Plano Cicloviário amplia e melhora a rede cicloviária
O resultado do novo levantamento da Associação Ciclocidade, realizado em parceria com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), demonstra como a execução do Plano Cicloviário da Prefeitura de São Paulo é benéfica para quem pedala na capital. Na primeira edição, realizada ainda em 2018, a Ciclocidade apontou que 41% da malha de 485 km existentes à época tinha problemas de manutenção. Já o levantamento realizado neste ano de 2022 demonstra que 81% da rede de 699,2 km está em boas condições. Ou seja, mesmo com a ampliação da malha, houve melhoria das condições gerais de segurança, mobilidade e conforto para os ciclistas.
O Plano Cicloviário lançado em 2019 levou em consideração os apontamentos feitos pela sociedade civil, incluindo o levantamento da Ciclocidade de 2018, para expandir e requalificar a malha existente. Entre 2019 e 2020 foram construídos mais de 170 km de novas estruturas cicloviárias e requalificados mais de 320 km da malha previamente existente.
Manutenção da rede
Com o propósito de corrigir as deficiências como as indicadas pela Auditoria Cidadã 2022 da Estrutura Cicloviária de São Paulo e manter a conservação da rede, ao mesmo tempo em que amplia a extensão da malha, a Secretaria de Mobilidade e Trânsito está finalizando o edital para o serviço de manutenção da malha. A modalidade licitatória será por meio de ata de registro de preços para a prestação de serviços de manutenção dos 700 km de vias dedicadas às bicicletas.
Já está bem adiantada a implementação da primeira etapa da ciclofaixa e ciclovia que liga a Aldeia Barueri (ponte Akira Hashimoto) até a estação ferroviária Antônio João, da CPTM. O trajeto em obras compreende cerca de 1,5 quilômetro, com trechos nas laterais de vias (destacados com pintura especial e separação com a instalação de tachões) e em faixas exclusivas construídas fora das vias.
Ciclofaixa próximo a Estação Antônio João está em processo de finalização – Foto: Divulgação/SECOM-Barueri
O secretário de Obras, Beto Piteri, informa que depois da primeira etapa da ciclofaixa e ciclovia seguirão outras ligando mais pontos da cidade. “É uma obra tanto para o esporte e o lazer quanto para o transporte, já que o espaço exclusivo para bicicletas se torna mais uma alternativa de locomoção das pessoas, além de servir de local para que toda a família aproveite para passeios”, disse.
O trajeto dessa primeira etapa passa pela Ponte Akira Hashimoto, segue pelas ruas Roraima, Rondônia e Acre. As faixas para bicicletas têm traçado para “duas mãos” (ida e volta) com cerca de 2,5 metros de largura.
De acordo com o projeto, “os espaços destinados ao uso exclusivo de ciclistas, além de promover mais segurança para os seus usuários, têm impacto positivo no tráfego, tendo em vista que as ciclovias são um meio de transporte mais sustentável e contribuem para o desafogamento do trânsito da cidade”.
Diferença entre ciclofaixa e ciclovia A ciclofaixa divide com a via pública o espaço da pista, localizada próxima à sarjeta, sendo separada por tachões (peças de resinas ou outro material na cor amarela afixado no solo como forma de sinalização) e pela pintura na pista, na cor vermelha. É geralmente indicada em locais onde o trânsito é menos veloz. A ciclovia difere da ciclofaixa por ocupar espaço exclusivo, portanto, fora da via pública.
A Prefeitura, assinou contrato com a empresa Habitem Incorporação e Construção para ampliação da malha cicloviária em aproximadamente 48 quilômetros. As obras fazem parte das concorrências 002/SMT/2020 e 03/SMT/2020, ambas vencidas pela Habitem. Os contratos assinados com a empresa para a implantação das novas conexões somam R$ 17 milhões.
Os serviços de execução começaram nesta semana. As primeiras implantações são as novas estruturas das avenidas República do Líbano e Indianópolis, e da rua Sena Madureira, na zona Sul da cidade. Duas ciclovias bastante aguardadas por quem pedala pela cidade e que compõem a relação das novas estruturas são as ciclovias da Nações Unidas, com cerca de 7 km, conectando as estruturas da Nossa Senhora do Sabará e Alberto de Zagottis à ciclovia da CPTM, na altura da estação Jurubatuba; e a ciclovia da Radial Leste, com 3 km de extensão, e que conecta a ciclovia Caminho Verde às estruturas cicloviárias do centro da cidade.
As vias que receberão as novas estruturas cicloviárias (relação abaixo) foram apresentadas e debatidas com a sociedade por meio da realização de oficinas e audiências públicas com a sociedade civil.
Conheça as novas estruturas
Ciclovia Bresser
Ciclovia José Maria Whitaker I
Ciclovia República do Líbano
Ciclovia Rui Barbosa – Treze de Maio
Ciclovia D. Pedro I
Ciclovia Eduardo Paulo Freire
Ciclovia João Batista Conti
Ciclovia Miguel Yunes
Ciclovia Nagib Farah Maluf
Ciclovia Viaduto Itiguaçu
Ciclovia Jacu Pêssego
Ciclovia Sena Madureira
Ciclovia Sangirardi – Dona Avelina
Ciclovia Raimundo Pereira de Magalhães
Ciclovia Cidade Universitária
Ciclovia Ponte Jaguaré
Ciclovia Jaguaré
Ciclovia Campo de Bagatelli
Ciclovia Dr Abraão Ribeiro
Ciclovia Gastão Vidigal
Ciclovia Ponte Freguesia do Ó
Ciclovia Alvarenga
Ciclovia Av. Mutinga
Ciclovia Ordem e Progresso
Ciclovia Tiradentes – Santos Dumont
Ciclovia Radial Leste
Ciclovia Armando de Arruda Pereira
Ciclovia Alberto Zagottis e Octalles Marcondes Ferreira
Ciclovia Carlos Caldeira Filho
Ciclovia Indianópolis
Ciclovia Nações Unidas I e Nações Unidas II
Plano cicloviário
O Plano Cicloviário, lançado em dezembro de 2019, já ampliou em 35% a extensão da malha cicloviária da cidade, com a entrega de 177 km de novas estruturas dedicadas à bicicleta. Além das novas ciclovias e ciclofaixas, mais da metade da rede existente anteriormente foi requalificada. No total, 320 km de ciclovias e ciclofaixas foram reformadas.
Hoje, a cidade de São Paulo tem a maior malha cicloviária do país, com 699,2 km de vias com tratamento para bicicletas. O Plano de Metas 2021-2024 prevê a implantação de mais 300 km de ciclovias e ciclofaixas. Para este ano de 2022, 157 km já estão definidos, passaram por audiência pública e foram apresentados durante os encontros periódicos da Câmara Temática de Bicicleta. Eles serão implantados por meio de duas concorrências públicas, ambas em fase de conclusão, e pela PPP da Habitação.