Cigarro eletrônico: especialistas debatem uso de vapes no controle de danos e redução do tabagismo

0 0
Read Time:2 Minute, 20 Second

No próximo sábado (25) acontece o 1º Simpósio Brasileiro Multidisciplinar de gestão de danos: Educação e Controle (SBGMD). O evento, que será realizado no Guarujá (SP), traz médicos e cientistas que deverão debater o uso do cigarro eletrônico no controle de danos e na redução do tabagismo.

O encontro parte da premissa de que o uso de “vapes”, como também são conhecidos os cigarros eletrônicos, é prejudicial à saúde. No entanto, os painéis do evento devem dividir pareceres científicos e dados internacionais que mostram o uso dessa prática aplicada em propostas de controle de danos, além de trazer um enfoque na educação e no controle do tabagismo.

Veja os especialistas que deverão participar do Simpósio:

  • Prof.º Dr. Rodolfo Fred Behrsin – Pneumologista
  • Dra. Alessandra Bastos Soares – Ex-Diretora da Segunda Diretoria Anvisa
  • Profº. Me. Carlos Fontes – Médico
  • Profª. Ma. Cintia Leci Rodrigues – Biomédica

O uso de cigarros eletrônicos no Brasil

Os “vapes” ou cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil. De acordo com a Resolução nº 46 de 28 de agosto de 2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é proibido comercializar, importar e fazer propaganda dos chamados dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).

Por outro lado, os dados mostram um cenário diferente da teoria. Um em cada cinco brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, fazem uso desse tipo de dispositivo. Ao todo, são mais de 2 milhões de usuários.

“Como eles estão na ilegalidade, é impossível ter algum tipo de controle sobre as vendas, perfil de quem o utiliza e, principalmente, a natureza dos componentes químicos desses produtos. Nesse cenário, é um desafio pensar em políticas de saúde pública com o tema”, diz comunicado que promove o evento.

Debate sobre o uso dos “vapes” pelo mundo

Países como Reino Unido, França e Suécia investiram na regularização dos cigarros eletrônicos de forma estratégica, propondo o uso desses recursos, menos nocivos que os cigarros convencionais, como alternativas para reduzir o tabagismo.

Estados Unidos e Canadá estão entre os 80 países que já buscaram algum tipo de regulamentação dos “vapes”.

Entre as propostas do SBGMD está a de difundir os pontos positivos das políticas adotadas por essas nações e entender os efeitos dessas propostas na realidade brasileira.

Serviço

  • Data: 25/11/2023
  • Horário: 8h 
  • Local: Casagrande Hotel – Guarujá (SP)

Leia também: Black Friday 2023: veja seis dicas para aproveitar as promoções


Fonte: TV Cultura – Foto: Freepik

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Cigarro e HPV potencializam o risco de câncer de cabeça e pescoço, diz estudo de SP

1 0
Read Time:4 Minute, 31 Second

Além de constituírem fatores de risco independentes para o câncer de cabeça e pescoço, o tabagismo e o papilomavírus humano (HPV) podem provocar efeitos nas células que interagem entre si, aumentando ainda mais o risco da doença. A conclusão é de um estudo feito por cientistas das universidades de São Paulo (USP) e do Chile, cujos resultados foram publicados no International Journal of Molecular Sciences. Ao aumentar a compreensão sobre os mecanismos moleculares envolvidos nesse tipo de tumor, a descoberta abre caminho para a adoção de novas estratégias de prevenção, tratamento ou outra intervenção capaz de beneficiar os pacientes.

O câncer de cabeça e pescoço engloba tumores nas cavidades nasal e oral, faringe e laringe. Em 2020, afetou cerca de 830 mil pessoas em todo o mundo, causando a morte de mais de 50% delas. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram quase 21 mil mortes no Brasil em 2019. Embora a doença esteja historicamente ligada a consumo de álcool, fumo e má higiene bucal, o HPV surgiu nas últimas décadas como fator de risco relevante, afetando uma população mais jovem e de nível socioeconômico mais alto. Hoje, trata-se de um dos tumores associados ao HPV que mais crescem no mundo.

“Em vez de continuar analisando tabagismo e HPV como fatores oncogênicos separados, passamos a focar na possível interação entre os dois”, explica Enrique Boccardo, professor do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e coautor do estudo. “Afinal, tanto o cigarro quanto o papilomavírus humano estão associados ao aumento do estresse oxidativo e a danos no DNA relacionados ao câncer e, de acordo com estudos prévios, podem regular a enzima superóxido dismutase 2 [SOD2], que é um biomarcador de doenças iniciais associadas ao HPV e do desenvolvimento e progressão de tumores.”

Em testes in vitro, ou seja, em ambiente controlado e fechado de um laboratório e que são feitos normalmente em recipientes de vidro, os cientistas brasileiros e chilenos analisaram células orais que expressavam as oncoproteínas HPV16 E6/E7 (a expressão foi induzida em laboratório para mimetizar a condição de células infectadas pelo papilomavírus) e foram expostas a um condensado da fumaça do cigarro. Foi observado nessa condição um aumento considerável dos níveis de SOD2 e de danos ao DNA, reforçando o potencial nocivo da interação entre HPV e fumaça de cigarro em relação à condição-controle. Ou seja, as células-controle (não expostas a oncoproteínas ou fumo) expressam menos SOD2 que células que expressam E6/E7 ou que células tratadas com fumaça de cigarro, enquanto células que expressam E6/E7 e foram tratadas com fumaça de cigarro expressam níveis maiores de SOD2 do que qualquer outro grupo analisado. Isso indica a “interação” entre a presença de genes de HPV e a fumaça de cigarro.

Uma segunda etapa do trabalho, apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio de dois projetos, envolveu a análise de dados genômicos de 613 amostras que integram o repositório público The Cancer Genome Atlas (TCGA). Na plataforma, são catalogadas as mutações genéticas responsáveis pelo câncer a partir de sequenciamento de genoma e bioinformática. O grupo focou na análise de transcrições de SOD2 para confirmar os achados.

Ponto de partida

“Apesar de serem realizados em um ambiente artificial, estudos in vitro são um ponto de partida para compreender o que acontece em modelos mais complexos e, no futuro, talvez nos permitam intervir de forma objetiva e trazer algum benefício”, afirma Boccardo. “Atualmente, por exemplo, a vacinação contra o HPV só está disponível no SUS [Sistema Único de Saúde] para crianças entre 9 e 14 anos, porque estudos apontaram maior eficácia na prevenção de patologias genitais, mas acredito que seja possível considerar a extensão para um grupo maior de indivíduos a fim de evitar doenças em outras regiões anatômicas.”

O pesquisador destaca ainda que este trabalho realiza a translação dos resultados obtidos em laboratório para a análise clínica ao superar o calcanhar de Aquiles da pesquisa básica, que é o acesso a amostras humanas. Isso se dá graças à evolução da tecnologia, que levou à criação de bases de dados de amostras humanas, como a utilizada na pesquisa. Esses bancos incluem estudos de análise de expressão de RNA e proteínas e permitem o acesso a informações de longos períodos de tempo.

“O próximo passo seria aumentar a complexidade do modelo utilizado, analisando a questão funcional em um contexto de expressão normal das proteínas virais, ou seja, em que o promotor do HPV regule de fato a expressão da E6/E7 [no caso do estudo a expressão das proteínas foi induzida em laboratório e não pela infecção]”, acredita Boccardo. “Não podemos esquecer, por exemplo, que existem eventos como o processo inflamatório, que não conseguimos visualizar in vitro, mas que sabemos que, na prática, pode ter um papel muito importante no desfecho da doença.”

Leia também: Zambelli recebe alta médica após ser internada com diverticulite aguda


Fonte: Governo de SP

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Secretaria da Saúde promove campanha educativa no Dia Mundial Sem Tabaco

1 0
Read Time:3 Minute, 57 Second

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES), por meio da Coordenação Estadual de Tabagismo e em parceria com o Metrô, Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), realizou campanha educativa no metrô de SP para comemorar o Dia Mundial Sem Tabaco nesta quarta-feira (31).

A Secretaria da Saúde alerta que o número de internações por causas relativas ao consumo de cigarros no estado cresceu 4,8% no último ano em relação ao anterior, chegando a 24.807 pacientes internados. Os óbitos relacionados a estas causas no mesmo período cresceram 11,3%, de 24.042 em 2021 para 26.673 em 2022.

Clique aqui e saiba mais!

A doença que leva ao maior número de mortes entre os usuários do tabaco é o câncer de pulmão. No total, foram 7.207 óbitos registrados em todo o estado no ano passado. Destes, 5.980 foram de pessoas com mais de 60 anos de idade. Dos óbitos relacionados ao tabagismo de forma geral, foram registrados 22.378 nesta faixa etária em 2022, 83,9% do total de mortes.

O câncer de traqueia, brônquios e pulmão é a maior causa de internações. Em todo o estado foram 6.356 casos, incluindo os hospitais privados, enquanto nas unidades de saúde da rede estadual, foram registrados 2.197 casos. A rede SUS do estado é responsável pelo atendimento de 34,8% de todos os pacientes com doenças relacionadas ao uso de tabaco em São Paulo.

Outros males que afetam principalmente os fumantes são câncer de lábio, boca e faringe, cânceres de esôfago, de laringe, de estômago, bronquite crônica e enfisema pulmonar. As pessoas que abandonam o cigarro adquirem benefícios como aumento da capacidade pulmonar, diminuição do risco de doenças cardíacas, melhora na disposição e bem-estar, entre outros.

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, apontou que 11% da população do estado se identificava como fumante em 2021 e, na região da Grande São Paulo, eram 12,8%. Na capital, os fumantes eram 8,5% da população, menor do que a proporção de 2020, quando eram 9,3%.

Em 2021, 588 crianças entre 0 e 19 anos foram internadas por razões ligadas ao tabagismo na rede estadual de saúde, sendo 451 delas menores de 4 anos de idade, muitas delas afetadas pelo consumo indireto quando expostas por outras pessoas à fumaça do cigarro. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeSNE) apontou que a proporção de jovens fumantes na faixa etária entre 13 e 17 anos passou de 6,6% em 2015 para 6,8% em 2019.

Cigarros eletrônicos

A ação liderada pela Coordenação Estadual de Tabagismo, integrada à Secretaria de Estado da Saúde, também tem o objetivo de conscientizar sobre os males do consumo de cigarros eletrônicos, produto proibido no país pela Resolução n°46 de 2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar da sua produção, distribuição, venda e propaganda terem sido banidas em todo o Brasil, a pesquisa Inquérito Telefônico de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas em tempos de pandemia (Covitel) apontou que 7,3% dos brasileiros experimentaram esses Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) em 2022.

A SBPT aponta que, apesar dos fabricantes anunciarem o cigarro eletrônico como opção que ajuda fumantes a largarem o hábito de fumar, usuários que fizeram a troca tiveram 28% menos sucesso nas suas tentativas de abandonar o tabagismo.

Dia Mundial Sem Tabaco

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, em 1987, o Dia Mundial Sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, que reúne uma série de ações com o intuito de alertar sobre o risco de morte e doenças relacionadas ao tabagismo. A data também tem como objetivo diminuir o número de casos de pessoas que sofrem com o problema.

Estima-se que em todo o planeta, cerca de 780 milhões de pessoas dizem querer parar de fumar, mas apenas 30% delas têm acesso às ferramentas que podem ajudá-las a fazer isso. Com base nesses números, a OMS busca aperfeiçoar os planos de ação de combate ao tabagismo, buscando utilizar diversas formas de comunicação e ação.

Leia também: Vacinação da gripe tem apenas 31% de cobertura um mês após o início da campanha


Fonte: Governo de SP – Foto: Rawpixel

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Uso do cigarro eletrônico pode aumentar risco de cárie nos dentes, aponta estudo

1 0
Read Time:57 Second

Estudo publicado no The Journal of the American Dental Association aponta para um risco maior de desenvolvimento de cáries entre aqueles que usam o cigarro eletrônico, mais conhecido como “vape”.

Na publicação, os professores da Tufts University explicam que os líquidos utilizados nos aparelhos contém propilenoglicol, glicerina, nicotina e uma grande variedade de sabores, muitos dos quais são doces.

No total, cerca de 79% dos pacientes que fazem uso de vape apresentavam alto risco, em comparação com 60% do grupo controle.

O estudo ainda demonstrou que os aerossóis vaporizadores alteram o microbioma oral, tornando-o mais hospitaleiro para bactérias causadoras de cáries, além de estimular o surgimento do dano nos dentes em áreas onde geralmente não ocorre.

Entretanto, a pesquisa não é 100% conclusiva e mais estudos precisam ser feitos, segundo Karina Irusa, principal autora do estudo.

Leia também:


Fonte: TV Cultura

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Mulheres têm o dobro da dificuldade no primeiro dia de abstinência ao tentar largar o cigarro

0 0
Read Time:3 Minute, 0 Second

Artigo publicado no periódico científico Addictive Behaviors por pesquisadores da USP, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Faculdade de Medicina do ABC, da Columbia University e da University of Pennsylvania analisou dados de 12 países de baixa e média renda e concluiu que as mulheres têm 2,1 vezes mais chances de fazerem parte do grupo de pessoas que tentam parar de fumar e desistem já no primeiro dia.

É uma tendência conhecida na literatura científica que a população masculina apresenta índices de tabagismo muito maiores no mundo inteiro, mas que a feminina tem mais dificuldade de largar o vício. Isso tem a ver com vários fatores como, por exemplo, o fato de que o processo de parar de fumar costuma acarretar aumento de peso, uma preocupação mais proeminente para as mulheres”, contextualiza João Castaldelli-Maia, pesquisador do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e primeiro autor do estudo.

João Mauricio Castaldelli-Maia é orientador de doutorado e mestrado do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do USP e professor auxiliar de Psiquiatria do Departamento de Neurociência do Centro Universitário FMABC - Foto: Arquivo Pessoal
João Mauricio Castaldelli-Maia é orientador de pós-graduação do departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do USP e professor auxiliar de Psiquiatria do departamento de Neurociência do Centro Universitário FMABC – Foto: Arquivo Pessoal

Ele explicou ao Jornal da USP que a equipe buscou investigar esse fenômeno nos 14 países que concentram dois terços dos fumantes do mundo: Bangladesh, Brasil, China, Egito, Índia, Indonésia, México, Paquistão, Filipinas, Rússia, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Vietnã.

O Paquistão e as Filipinas não puderam ser incluídos (pela falta de dados e pela amostragem dentro do recorte escolhido ser estatisticamente insignificante, respectivamente), então o estudo analisou os números apenas dos outros 12 países, a partir da Global Adult Tobacco Survey, uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e da Associação Canadense de Saúde Pública (CPHA), que coleta dados sobre tabagismo a partir de pesquisas nacionais realizadas nos países associados.

Os resultados encontrados pelos pesquisadores mostraram que o número de pessoas que não conseguiram passar pelo primeiro dia de abstinência entre as que tentam parar de fumar variou entre 3% e 14% nos países observados. Globalmente, as mulheres mostram uma tendência 2,1 vezes maior do que os homens de fazerem parte desse grupo.

Isso é muito importante pois esse período inicial é crucial no sucesso a longo prazo do abandono do cigarro. Um estudo de 1997, por exemplo, concluiu que passar por esse primeiro dia sem fumar aumenta em dez vezes as chances de a pessoa manter a abstinência por seis meses.

A pesquisa também levou em consideração fatores que alteram esses indicadores entre países. Nesse sentido, Castaldelli-Maia aponta que o achado mais interessante foi que, quanto maiores as imagens de advertência dos malefícios do tabaco exigidos nos rótulos dos cigarros, menores foram os índices dessa recaída precoce entre mulheres, indicando que essa política pública é especialmente sensível para esse público.

O que esse trabalho mostra é que mulheres precisam de mais suporte para parar de fumar. A gente precisa pensar políticas adequadas para mulheres, considerando fatores como diferente acesso à medicação e pressões desiguais relacionadas à gravidez e ao trabalho doméstico, por exemplo”, comenta o pesquisador.

O artigo The first day of smoking abstinence is more challenging for women than men: A meta-analysis and meta-regression across 12 low and middle-income countries é fruto da colaboração dos pesquisadores João M. Castaldelli-Maia, Elizabeth D. Nesoff, Danielle R. Lima, Zila M. Sanchez e Silvia S. Martins. Ele pode ser lido na íntegra aqui.


Fonte/texto: Jornal da USP/Sebastião Mouta – Imagem Capa: Marcos Santos/USP Imagens

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %