No mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), Santana de Parnaíba tem motivos para comemorar. Além de possuir uma das maiores áreas preservadas de Mata Atlântica do país, a Reserva Tamboré, a cidade já cumpriu algumas das principais metas do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) e consolidou um modelo eficiente, econômico e sustentável na gestão dos resíduos.
Conforme o Plano Municipal de Resíduos Sólidos, ao citar o Planares, os municípios deveriam ampliar para 22% o percentual de reciclagem do lixo coletado, e Santana de Parnaíba já chegou a 100% do resíduo coletado e destinado ao aterro sanitário, gerido pela empresa Tecipar. O material passa por processo de separação e é reaproveitado, gerando outros produtos.
Outra meta do plano nacional já cumprida pela cidade é a transformação de lixo orgânico em energia. O Planares propôs, até 2040, o reaproveitamento energético de 60% do biogás gerado a partir da decomposição do lixo orgânico, e a cidade é uma das poucas do país a ter 100% do aterro sanitário coberto com captadores de biogás para geração de energia. Esse processo é chamado de digestão anaeróbia, e o gás gerado em tal procedimento pode ser aproveitado para a produção de calor, energia ou combustível veicular.
O plano nacional também propõe garantir coleta seletiva a 72,6% da população até 2040. Em Santana de Parnaíba, 60% dos bairros são atendidos por essa coleta diferenciada, e a proposta do município é chegar a 100% até 2025. Já a coleta tradicional de resíduos domiciliares alcança 100% da cidade.
Com execução de coleta em todo o município, a Prefeitura de Barueri, por meio do Departamento de Limpeza Urbana da Secretaria de Serviços Municipais (SSM), realizou só em dezembro de 2023 a remoção de 15.650 toneladas de resíduos e materiais nas vias públicas da cidade.
Em resumo, por serviços executados no último mês do ano passado, foram removidas 9.100 toneladas de resíduos na coleta domiciliar (normal e conteinerizada), 450 toneladas de coleta seletiva (destinadas à Cooperyara – Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Prestadores de Serviço de Reciclagem de Lixo de Barueri e Região), 3 mil toneladas de entulhos da construção civil, 2.600 toneladas armazenadas em sacos big bags (programa Papa-entulho) e 500 toneladas de cacarecos (materiais volumosos que não podem ser descartados em big bags).
Barueri bem-cuidada No acumulado de 2023 (até outubro), sempre visando manter Barueri limpa e bem-cuidada, a Prefeitura realizou a remoção de 247.471,26 toneladas de resíduos e materiais nas vias públicas da cidade. Além dos serviços já citados, o Departamento de Limpeza Urbana responde pela coleta de chorume, resíduos hospitalares e de áreas verdes.
Outros serviços Também, por meio da SSM, a Prefeitura de Barueri executou 197.560 serviços até o mês de novembro de 2023, envolvendo sinalização viária (placas, pintura em asfalto, muretas de proteção), tapa-valas, troca e limpeza de bocas de lobo, pequenas obras (reparos de vielas, guias, galerias), montagem de palanques para eventos, fornecimento de águas (viagens em caminhões pipa), escolas, Secretarias, cemitério e velório municipal.
Coleta nos dias certos Natural de Itamaraju (BA), Valdineide Brandão Santos, residente em Barueri há 50 anos, mãe de cinco filhos e tem quatro netos, destaca que a limpeza da cidade é muito boa. “É realizada nos dias certos. Acho toda coleta bem-feita”, disse Val, como é conhecida, elogiando, por exemplo, a coleta conteinerizada de resíduos. “É a melhor coisa que fizeram. Aliás, a Prefeitura de Barueri é ótima. Não tenho o que reclamar. Tudo aqui melhorou muito, muito, muito. Só tinha barro”, contou a moradora.
O Programa Municipal de Coleta Seletiva de Barueri, implementado pela Prefeitura desde 2002, atende toda a cidade e tem como um dos seus principais agentes de atuação a Cooperyara (Cooperativa de Trabalho dos Profissionais Prestadores de Serviço de Reciclagem de Lixo do Município de Barueri e Região).
Depois de um período de queda por conta da pandemia da Covid-19, a Cooperyara vem retomando o volume de reciclagem de material. Isso significa mais trabalho e renda para os trabalhadores da cooperativa e menos lixo jogado no meio ambiente.
Com o crescimento das cidades, a coleta e a reciclagem do lixo se tornam desafios crescentes para as Prefeituras. O destino dos resíduos sólidos é fator fundamental para a qualidade de vida dos moradores. Sem aterros sanitários adequados e locais apropriados de reciclagem de materiais, o meio ambiente e, consequentemente, as condições de vida da população ficam muito prejudicadas.
Benefício a mais de 60 famílias A Cooperyara é uma cooperativa sem fins lucrativos que recebe material reciclável através da coleta seletiva, separa papéis, vidro, plástico e metal, por exemplo (o chamado lixo “seco”) e os vende para empresas especializadas. O valor arrecadado garante o sustento das mais de 60 famílias formadas por cooperados.
“Através da Cooperyara se abrem muitas portas de serviço para pessoas que estão afastadas do mercado de trabalho. Na cooperativa trabalham pessoas que não têm estudos, idosos que para o mercado de trabalho já estão ultrapassados e outros excluídos”, afirma Simone da Silva Santos, secretária da Cooperyara.
Só no primeiro trimestre deste ano foram coletados em média 206 toneladas/mês, quantidade superior à média do ano passado (no auge da pandemia), que ficou em 198 toneladas/mês. Em 2020, foram 262 toneladas/mês.
É importante destacar que todo esse material separado e vendido para ser reaproveitado através da reciclagem deixa de ir para o aterro sanitário, ou pior ainda, para eventuais lixões fora da cidade, que são totalmente irregulares, lembra Simone.
Para ela, o maior desafio é a conscientização da população para fazer a preparação do lixo das residências, a fim de viabilizar o trabalho na Cooperyara. “Eu, como munícipe, posso falar que é muito difícil explicar para a população a importância da destinação do material. Isso precisaria ser algo para ser sempre lembrado”, ressalta.
Horta da gente A coleta seletiva é realizada pela Prefeitura de porta em porta em 100% da cidade, cujo material reciclável é entregue à Cooperyara. Daí a importância de as famílias destinarem o lixo produzido de forma correta, ou seja, separando o lixo úmido (restos de comida e papel higiênico, por exemplo) do seco, com o cuidado de envolver o vidro e materiais cortantes em jornal ou em sacos.
Para ajudar na ampliação da participação da população na coleta seletiva, a Prefeitura mantém, por meio do Fundo Social de Solidariedade, a Horta da Gente. Ela se baseia no cultivo de produtos orgânicos que são distribuídos a cada 15 dias para compor a alimentação de famílias mais necessitadas. Em contrapartida, essas famílias são orientadas a fazer a troca por materiais recicláveis, como garrafas pet, papelão, vidros, óleo de cozinha, plástico etc. Esses materiais são destinados à Cooperyara, fechando um ciclo funcional e sustentável.
“A união com a Horta da Gente é muito boa, uma vez que os materiais recicláveis entregues pelas famílias que recebem a cesta verde vão direto para a cooperativa”, destaca Yara Maria Garbelotto, bióloga e diretora de Planejamento Ambiental da Sema (secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente).
Pioneiro na Região Oeste no sentido de implementar uma política pública responsável e eficiente de coleta de resíduos sólidos, Itapevi colocou em prática, nesta segunda-feira (15), a novidade.
Com a medida, a Prefeitura atende a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), que prevê uma série de modificações na coleta de lixo em todo o país. Em setembro de 2021, o município assinou a primeira PPP (Parceria Público Privada) com a empresa “Mais Itapevi”.
Em menos de um ano, a empresa começou a operar com novas normas e diretrizes para uma coleta de resíduos sólidos efetiva e atenderá aos requisitos primordiais para a conservação, preservação do meio ambiente e geração de renda. Com isso, o município torna-se a primeira cidade da região Oeste a cumprir a determinação federal.
Nesta segunda-feira (15), a Prefeitura e a Mais Itapevi entregam uma frota renovada, além de iniciar a coleta seletiva, a construção de lixeiras subterrâneas no centro e em breve a implementação da Escola do Meio Ambiente e quatro ecopontos. No evento ocorrido na Escola do Futuro do Suburbano, foram apresentados 19 veículos, sendo nove caminhões de lixo, seis caminhões para serviços de zeladoria, um caminhão pipa, uma varredeira mecânica, uma retroescavadeira, e um caminhão basculante.
Coleta seletiva
Também nesta segunda-feira (15), de uma forma piloto, foi dado início ao inédito serviço de coleta seletiva em Itapevi. São 15 bairros neste primeiro momento, mas em breve toda a cidade será contemplada. A iniciativa tem como objetivo diminuir o lixo, a sujeira nas ruas, a proliferação de doenças e a geração de rendas com o trabalho conjunto com as cooperativas.
Escola do Meio Ambiente
Prevista para o próximo ano, a Escola do Meio Ambiente está vinculada à Secretaria Municipal de Educação. Ou seja, os cerca de 29 mil alunos terão acesso a ela. A nova unidade educacional será instalada nos bairros Vitápolis/Cardoso e terá a proposta de ensinar para as próximas gerações a cuidar, respeitar e preservar o meio ambiente, além dos cuidados necessários com o lixo, como por exemplo a separação seletiva.
Lixeiras subterrâneas
Nesta segunda-feira (15) também começaram a ser instaladas oito lixeiras subterrâneas com capacidade de armazenagem de 3 mil litros na região central, nos locais onde atualmente existem contêineres. Essa é uma forma para preservar o ambiente e manter os locais mais limpos e salubres para a população. Eles deverão ser instalados em cerca de 60 dias. Com a novidade, a população terá seu lixo mais organizado, sem que os sacos sejam manipulados por animais e rasgados e a coleta será toda mecanizada.
Ecopontos
A Mais Itapevi vai instalar quatro novos Ecopontos na cidade no próximo ano nos seguintes bairros: Cardoso, Cohab, Santa Rita e Jardim Rosemary.