Covid-19: São Paulo é o primeiro estado a atingir meta de vacinação

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O estado de São Paulo é o primeiro do Brasil a atingir a meta da OMS de vacinados contra a covid-19 entre a população elegível, ao chegar a 90% de cobertura vacinal.

De acordo com o governo, o estado já aplicou mais de 102 milhões de doses. A meta de 90% de cobertura vacinal foi atingida ontem (15). Esse percentual também é definido como ideal pelo Ministério da Saúde.

São Paulo também atingiu o índice de 73% de crianças vacinadas com a primeira dose da vacina, com 3,9 milhões de doses aplicadas até a tarde de ontem, entre o público de 5 a 11 anos. Entre os que tomaram a segunda dose, completando a imunização para esta faixa etária, o percentual é de 26,87%.

“São Paulo liderou o processo de vacinação no Brasil e, com a parceria com os 645 municípios, tem ampliado a cobertura vacinal e protegido a população. O dia de hoje é de celebração por atingirmos uma meta tão importante”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula.

Além de ser líder no país, o estado superou números de países como Espanha (84,1%), Canadá (81,6%), França (77,8%) Alemanha (75,7%), Reino Unido (73,2%) e EUA (65,8%).

A Secretaria de Estado da Saúde também reforça a necessidade de quem ainda não tomou a segunda dose para que procure o posto de vacinação mais próximo da sua residência para se vacinar.

No público infantil, de 5 a 11 anos, são mais de 821,1 mil crianças não retornaram para tomar a segunda dose. O intervalo para a segunda dose da Coronavac é de 28 dias, já o da Pfizer é de 8 semanas.


Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/AB

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Barueri realiza vacinação contra a Covid-19 no próximo fim de semana

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Para enfrentar a baixa cobertura vacinal contra a Covid em Barueri entre as crianças e também com relação à dose adicional para os adolescentes e adultos, a administração municipal promove nos dias 19 e 20 deste mês (sábado e domingo) uma nova mobilização de vacinação contra a doença. A iniciativa vai acontecer no Polo do Centro de Eventos das 8h às 17h.

Apesar de destinada a todas as faixas etárias, a mobilização tem por meta avançar na imunização daquelas que ainda registram baixos índices da cobertura vacinal, principalmente a das crianças entre 5 a 11 anos com a segunda dose. E no caso das demais faixas, dos adolescentes e adultos para a dose adicional.

Clique na imagem e saiba mais!

Esquema vacinal completo é fundamental

Somente um esquema vacinal completo (primeira e segunda doses) é capaz de oferecer a proteção contra a Covid-19. As doses adicionais também têm papel fundamental na luta contra o vírus. Graças a isso vem caindo o número de casos graves da doença que levam a internações e óbitos.

O PNI (Plano Nacional de Imunização) estabeleceu a meta de vacinar 90% da população de cada grupo. No entanto, em Barueri, os dados do Vacivida do início do mês apontam que na faixa de crianças entre 5 a 11 anos cerca de 78% receberam a primeira dose, mas apenas 18% do total tomou a segunda dose do imunizante.

Já em todas as demais faixas o problema está na dose adicional, que registra baixos percentuais na cobertura vacinal na cidade. Para se ter uma ideia, na faixa dos 18 a 19 anos, dos 78% que tomaram a segunda dose, apenas 15% voltaram para a dose adicional. Na faixa dos 50 a 54 anos, dos 129% imunizados com a segunda dose, somente 82% compareceram à adicional.

Clique na imagem e saiba mais!

Para a vacinação não é preciso agendamento. Todos os que forem se imunizar devem ir ao Centro de Eventos com documento original, CPF ou cartão SUS. Para as crianças de 5 a 11 anos é recomendado levar também a caderneta de vacinação. Para aqueles que ainda vão iniciar o ciclo de imunização é importante fazer o pré-cadastro no site do VacinaJa que, apesar de não ser um agendamento, contribui para a redução no tempo de espera durante o atendimento.

O Polo do Centro de Eventos fica na avenida Pastor Sebastião Davino dos reis, 672, no Jardim Tupanci.

Entenda tudo sobre as doses:

Primeira dose: disponível a todas as pessoas a partir de 5 anos de idade.

Segunda dose: disponível para pessoas a partir dos 5 anos nas seguintes condições:
– Coronavac: 28 dias após 1ª dose;
– AstraZeneca: 8 semanas (56 dias) após 1ª dose;
– Pfizer: 21 dias após 1ª dose para pessoas com 18 anos ou mais; 56 dias para crianças de 5 a menores de 12 anos;
– Janssen: 2 meses após 1ª dose

Terceira dose: disponível para pessoas com mais de 18 anos que tomaram a segunda dose há pelo menos 4 meses;
– Pessoas com mais de 18 anos que tomaram a vacina da Janssen há pelo menos 2 meses da 1ª dose;
– Pessoas com alto grau de imunossupressão com mais de 18 anos que tomaram a segunda dose há pelo menos 28 dias;

Quarta dose: disponível para pessoas imunossuprimidas com mais de 18 anos e que tenham tomado a terceira dose há 4 meses no mínimo.


Fonte/texto/foto: SECOM-Barueri

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Ministro pede ao Senado para rebaixar covid-19 à situação de endemia

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A possibilidade de o país flexibilizar o estado de emergência sanitária foi o assunto de uma reunião entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – MG) e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça-feira (15). “Diante da sinalização, manifestei ao ministro preocupação com a nova onda do vírus, vista nos últimos dias na China. Mas me comprometi a levar a discussão aos líderes do Senado”, publicou o presidente do Senado em sua rede social.

Queiroga, que na semana passada, encontrou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para tratar do mesmo assunto, também deve se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, sobre o tema.

Balanço

Segundo dados da da última sexta-feira (11), divulgados pela pasta, 91% da população brasileira acima de 12 anos já tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19. Desse total, 84,38% completou o esquema vacinal e apenas 36,48% das pessoas acima de 18 anos receberam a dose de reforço. Nas últimas semanas, alguns municípios e estados revogaram o uso de máscara em ambientes abertos e fechados. Desde o início da pandemia, em março de 2020, o país já registrou 656 mil mortes para o novo coronavírus e aproximadamente 29,4 milhões de infectados.


Por Karine Melo – Repórter da Agência Brasil – Foto: Marcelo Camargo/AB

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Capital Paulista imuniza 100% do público-alvo de adolescentes contra Covid-19

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A cidade de São Paulo atingiu, neste domingo (13), a marca de 100% do público-alvo de adolescentes com o esquema vacinal completo contra a Covid-19. Ao todo, 844.119 jovens entre 12 e 17 anos de idade receberam as duas doses das vacinas nos postos de vacinação do município.

“A adesão total dos adolescentes paulistanos, além de proteger efetivamente cada indivíduo, foi também um importante fator de segurança à saúde da comunidade escolar, diminuindo efetivamente a disseminação do vírus, contribuindo de maneira decisiva para o controle da pandemia na cidade”, diz Luiz Artur Vieira Caldeira, coordenador da Vigilância em Saúde da capital.

Até as 15h deste domingo (13), segundo o sistema VaciVida, foram aplicadas 28.852.665 doses de vacina contra a Covid-19 na capital paulista, sendo 11.660.614 primeiras doses (D1), 10.606.961 segundas doses (D2), 6.240.683 doses adicionais (DAs) e 344.407 doses únicas (DUs). A cobertura vacinal da população com mais de 18 anos está em 110% para D1, em 105,9% para D2 e em 67,6% para DAs.

Em adolescentes de 12 a 17 anos, foram aplicadas 970.868 D1, representando uma cobertura vacinal de 115%, e 844.119 D2, o equivalente a 100% do público-alvo.

Em crianças de 5 a 11 anos, foram aplicadas 884.640 D1, 81,7% do total esperado, e 331.305 D2, o que equivale a 30,6%.

Nesta segunda-feira (14), a vacinação volta a ocorrer em toda a rede: Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas das 7h às 19h; e megapostos e drive-thrus das 8h às 17h. Importante lembrar que a imunização das crianças acontece exclusivamente nas UBSs e AMAs/UBSs Integradas.


Fonte/texto: SECOM-Prefeitura de São PauloFoto: Rovena Rosa/AB

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SP alcança terceiro lugar em ranking mundial de vacinação

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Números do site Our World in Data apontam cobertura vacinal mais ampla do que EUA, Reino Unido, Espanha, Alemanha e França

Por Portal Governo SP


O Estado de São Paulo, se fosse uma nação, estaria em terceiro lugar entre os países que mais vacinam contra a COVID-19 no mundo, com 83,69% da população com esquema vacinal completo, em comparação a países com população igual ou superior a 40 milhões de pessoas. São Paulo está atrás apenas da Coreia do Sul (86,57%) e da China (85,48%).

Em seguida, estão Espanha (83,65%), Japão (79,64%), Itália (78,95%), França (77,7%), Alemanha (75%), Brasil (73,48%), Reino Unido (72,06%) e Estados Unidos (65,19%) – os percentuais são atualizados periodicamente pelo portal Our World In Data, da Universidade de Oxford.

Entre os elegíveis para receber as doses, ou seja, todos acima de 5 anos de idade, SP já chegou a marca de 89,56% da população imunizada com as duas doses e 99% com ao menos uma dose. Na população em geral, o estado já chegou a 92,5% da população com ao menos uma dose. Nesta sexta-feira (11), o Vacinômetro (https://www.saopaulo.sp.gov.br/) registra 101,6 milhões de doses aplicadas nos 645 municípios paulistas.

A vacinação da dose adicional também tem crescido nas últimas semanas, com mais de 21,3 milhões de doses aplicadas. De acordo com o Consórcio de imprensa, São Paulo é o estado com o maior patamar de aplicação da dose de reforço, com 45,32% da população, à frente da Paraíba (36,44%), Mato Grosso do Sul (35,84%) e Rio Grande do Sul (34,9%). No Brasil, 31,81% da população recebeu a dose de reforço.

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Covid-19: em dois anos, variantes e vacinas moldaram fases da pandemia

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A pandemia de covid-19 completa hoje (11) dois anos, e o sobe e desce das curvas de casos e óbitos ao longo deste período teve dois fatores como protagonistas: as variantes e as vacinas. Se, de um lado, esforços para desenvolver e aplicar imunizantes atuaram no controle da mortalidade e na circulação do SARS-CoV-2, do outro, a própria natureza dos vírus de evoluir, adquirir maior poder de transmissão e escapar da imunidade fez com que as infecções retomassem o fôlego em diversos momentos. Moldada por essas forças, a pandemia acumula, em termos globais, quase 450 milhões de casos e mais de 6 milhões de mortes, além de 10 bilhões de doses de vacinas aplicadas e 4,3 bilhões de pessoas com duas doses ou dose única, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Integrante do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Raphael Guimarães explica que, ao se multiplicar, qualquer vírus pode evoluir para uma versão mais eficiente de si mesmo, infectando hospedeiros com mais facilidade. Quando a mutação dá ao vírus um poder de transmissão consideravelmente maior que sua versão anterior, nasce uma variante de preocupação.

“O que a gente vive dentro de uma pandemia é uma guerra em que a gente está tentando sobreviver, e o vírus também está tentando”, resume Guimarães. “Cada vez que a gente dá a ele a chance de circular de forma mais livre e tentar se adaptar a um ambiente mais inóspito, o que ele está fazendo é tentar alterar sua estrutura para sobreviver.”

Coronavírus (COVID-19), Novo Coronavirus SARS-CoV-2
Imagem do novo coronavirus SARS-CoV-2 – NIAID

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, acrescenta que impedir que um vírus sofra mutações ao se replicar é impossível, porque isso é da própria natureza desses micro-organismos. Apesar disso, é possível, sim, dificultar esse processo, criando um ambiente com menos brechas para ele circular. E é aí que as vacinas cumprem outro papel importante.

“A gente pode reduzir esse risco aumentando a cobertura vacinal no mundo inteiro. A Ômicron apareceu na África, que é o continente com menor cobertura vacinal”, lembra ele. Enquanto Europa, Américas e Ásia já têm mais de 60% da população com duas doses ou dose única, o percentual na África é de 11%. “Se a gente conseguir equalizar a cobertura vacinal nos diferentes países, a gente tem um menor risco de ter uma variante aparecendo dessa forma”, diz Chebabo.

É unânime entre os pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil que, se as ondas de contágio podem ser relacionadas à evolução das variantes, o controle das curvas de casos e óbitos se deu com a vacinação. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo, afirma que é inegável o papel das vacinas na queda da mortalidade por covid-19 ao longo destes dois anos.

“No início, vacinaram-se os idosos mais velhos, para depois ir descendo por idade e para pacientes com comorbidades. E, se olhar no miúdo a interferência da vacina no número de mortes, fica evidente, a partir da vacinação desse grupo das maiores vítimas, uma queda coincidindo com o aumento da cobertura”, avalia ela, que também resume a pressão das variantes no sentido contrário, aumentando os casos: “Começamos no Brasil com a cepa original, depois a Gama começou a predominar, foi substituída pela Delta, veio a Ômicron, e esse balanço nas nossas curvas foi acompanhando justamente essas novas variantes que foram se espalhando pelo mundo.”

A pediatra considera que problemas na disponibilidade de vacinas no início da imunização e a circulação de variantes também levaram o Brasil a ser um dos países mais afetados pela pandemia de covid-19, com mais de 650 mil mortes causadas pela doença, o segundo maior número de vítimas do mundo, e uma taxa de 306 mortes a cada 100 mil habitantes, a segunda maior proporção entre os dez países que mais tiveram vítimas da doença.

“Se a vacinação tivesse começado mais cedo e com uma oferta de doses maior desde o início, com certeza o panorama que a gente vivenciou teria sido diferente. Mas, ainda que tenhamos atrasado o início e a disponibilidade de doses também tenha demorado, chegamos a coberturas tão boas ou até melhores que muitos países, inclusive com esquema completo”, afirma a diretora da SBIm. 

Variantes de preocupação

Desde que o coronavírus original começou a se espalhar, a OMS classificou cinco novas cepas como variantes de preocupação. Mais sete chegaram a ser apontadas como variantes sob monitoramento ou variantes de interesse, mas não reuniram as condições necessárias para justificarem o mesmo nível de alerta. Para que as mutações genéticas do vírus sejam consideradas de preocupação, elas devem ter características perigosas, como maior transmissibilidade, maior virulência, mudanças na apresentação clínica da covid-19 ou diminuição da eficácia das medidas preventivas.

O padrão de batizar as variantes com letras do alfabeto grego foi uma alternativa adotada pela OMS para evitar que continuassem sendo identificadas por seu local de origem, como chegou a acontecer com a Alfa, a que veículos de comunicação se referiam frequentemente como variante britânica. Associar uma variante a um país ou região pode gerar discriminação e estigmas, justifica a organização, que acrescenta que essa nomenclatura também simplifica a comunicação com o público e é fácil de pronunciar em vários idiomas.

Médicos observam exame de paciente em hospital de campanha em Guarulhos (SP)
A disseminação da variante Gama levou à lotação das unidades de terapia intensiva – REUTERS / Amanda Perobelli/direitos reservados

Gama

Virologista e coordenador da Vigilância Genômica de Viroses Emergentes da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca coordenou o trabalho que confirmou a existência da variante Gama, a que teve maior impacto na mortalidade da covid-19 no Brasil. Ele explica que, ao longo do tempo, o coronavírus adquiriu maior transmissibilidade ao acumular mutações que permitiram o escape de anticorpos, aumentaram a replicação e facilitaram a entrada nas células.

Com essas vantagens, as variantes Alfa e Beta causaram aumentos de casos e óbitos em outros países, mas não chegaram a se disseminar a ponto de mudar o cenário epidemiológico no Brasil. Por outro lado, o pior momento da pandemia no país, nos primeiros quatro meses do ano passado, está diretamente ligado à variante Gama. 

“A Gama foi o nosso grande terror, porque foi o surgimento de uma variante de preocupação aqui antes que a gente tivesse iniciado a vacinação. Até a gente conseguir avançar, ela já tinha se espalhado”. 

A disseminação da variante Gama causou colapso no sistema de saúde do Amazonas entre o fim de dezembro e janeiro de 2021. A sua disseminação pelo país levou à lotação das unidades de terapia intensiva em praticamente todos os estados ao mesmo tempo. O cenário continuou a se agravar até março e abril de 2021, quando a média móvel de mortes por covid-19 teve picos de mais de 3 mil vítimas diárias. Em 17 de março, a Fiocruz classificou a situação como o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil.

Iniciada em 17 de janeiro, a vacinação no Brasil ainda estava em estágio inicial durante a disseminação da variante Gama, e, quando o pico de óbitos foi atingido, menos de 15% da população tinha recebido a primeira dose. À medida que a vacinação dos grupos prioritários avançava, porém, a média móvel de mortes começou a cair no Brasil a partir de maio de 2021, e instituições como a Fiocruz chegaram a apontar uma queda na média de idade das vítimas de covid-19, uma vez que os mais velhos tinham cobertura vacinal maior que adultos e jovens.

Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral.
Vacinação de grupos de riscos foi importante para que a variante Delta não tivesse altas taxas de mortalidade no Brasil – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Delta

Enquanto a curva da variante Gama descia no Brasil em maio, a variante Delta mostrava seu poder de transmissão na Índia desde abril e levava a outra situação de colapso que alarmava autoridades de saúde internacionais. Segundo dados da OMS, mais de 100 mil indianos morreram de covid-19 somente em maio, e a organização declarou a Delta uma variante de preocupação no dia 11 daquele mês. 

A variante Delta se espalhou e diversos países como Indonésia, Estados Unidos e México tiveram altas na mortalidade entre julho e agosto. No Brasil, a vacinação dos grupos de risco e a recente onda da variante Gama produziram o que os pesquisadores chamam de imunidade híbrida. 

“É a imunidade das vacinas somada à imunidade da infecção natural”, explica o virologista. “O problema da imunidade natural é que milhares de pessoas morreram. Não é algo que a gente possa pensar como uma estratégia, mas aconteceu. A gente não viu nem de perto o que aconteceu com a Gama acontecer com a Delta.”

Ômicron

Apesar disso, a variante Delta substituiu a Gama como a principal causadora dos casos de covid-19 no país ao longo do segundo semestre de 2021, e manteve esse posto até que fosse derrubada pela Ômicron. A última variante de preocupação catalogada, até então, teve seus primeiros casos identificados no Sul da África em novembro de 2021, e, a partir da segunda quinzena de dezembro, países de todos os continentes registraram um crescimento de casos em velocidade sem precedentes. Ao longo de todo o mês de janeiro de 2022, o mundo registrou mais de 20 milhões de casos de covid-19 por semana, enquanto o recorde anterior era de quase 5,7 milhões por semana, segundo a OMS.

cartão Vacinação DF
A Ômicron encontrou um cenário de vacinação mais ampla – Marcello Casal jr/Agência Brasil

Entre todas as variantes, a Ômicron é a que acumula mais mutações, garantindo uma capacidade de contágio muito maior que as demais. Além disso, explica Fernando Naveca, também é a mais capaz de escapar das defesas imunológicas, causando reinfecção e infectando pessoas vacinadas, ainda que sem gravidade em grande parte das vezes. Diferentemente da Gama, a variante supertransmissível encontrou um cenário de vacinação mais ampla, com mais de 60% da população brasileira com duas doses e dose única, e grupos de risco já com acesso à dose de reforço. 

Antes da variante Ômicron, o recorde na média móvel de novos casos de covid-19 no Brasil era de 77 mil por dia. Entre 20 de janeiro e 20 de fevereiro de 2022, porém, o país repetiu dia após dia uma média móvel de mais de 100 mil casos diários, chegando a quase 190 mil casos por dia no início de fevereiro, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fiocruz. Cidades como o Rio de Janeiro registraram, somente no mês de janeiro de 2022, mais casos de covid-19 que em todo o ano de 2021, quando as variantes Gama e Delta eram as dominantes.

Ainda que o número de mortes tenha subido com o pico da variante Ômicron, a média móvel de vítimas não superou os mil óbitos diários nenhuma vez em 2022, enquanto, em 2021, todos os dias entre 24 de janeiro e 30 de julho tiveram média de mais de mil mortes. Essa diferença tem relação direta com a cobertura vacinal atingida pelo país, que já tem 73% da população com duas doses ou dose única e 31% com dose de reforço. 

“Felizmente, tivemos um pico absurdo de casos que não se refletiu em um número tão alto de casos graves. Então, a não ser que surja outra variante, a gente deve viver um período mais tranquilo, porque tivemos muita vacinação e um pico grande da Ômicron. Isso deve nos ajudar a ter uma queda de casos”, espera o pesquisador.


Por Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil – Foto: Fernando Frazão/AB

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Tendas de testes da Covid-19 no José Corrêa funcionam até amanhã (11)

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As tendas especialmente montadas pela Secretaria de Saúde de Barueri para realização de testes da Covid-19, no sistema Drive-Thru, vão funcionar até o dia 11 de março (sexta-feira). Depois dessa data, os exames continuarão a ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), no Centro de Diagnósticos e nos Prontos-socorros.

A desmontagem das tendas será feita devido à baixa procura pelos testes, que neste local são dos tipos RT-PCR (também conhecido como “teste do cotonete”) e TR-AG (conhecido como teste rápido), estes últimos apenas para pacientes pertencentes ao grupo de risco.

Temp
Tendas localizadas no estacionamento do Ginásio José Corrêa – Foto: Divulgação/SECOM-Barueri

Em janeiro deste ano, quando as tendas foram reabertas no estacionamento do Ginásio Poliesportivo José Corrêa, por conta do grande número de contaminação devido à variante ômicron, foram realizados 8.427 testes do tipo RT-PCR; em fevereiro o número caiu para 1.882; e neste mês (até o dia 7) foram apenas 165.

Para os testes rápidos, os números foram: em janeiro, 372; fevereiro, 309; e em março, 30 (até o dia 7).

 Ao todo, incluindo os dois tipos de testes, foram realizados 11.185 exames nas tendas.

Onde fazer os testes
Com a desmontagem das tendas, os testes podem ser feitos:

  • Nas UBS (de segunda a sexta, das 8h às 16h), com demanda espontânea, ou seja, não precisa agendar. A equipe da triagem vai analisar o caso e avaliar a necessidade do teste;
  • No Centro de Diagnósticos (segunda a sábado, das 7h às 19h, feito por agendamento pelo aplicativo APP Saúde Barueri );
  • Nos Prontos-socorros (de domingo a domingo), conforme a solicitação do médico.

A Secretaria de Saúde ressalta que se os pacientes apresentarem sintomas graves (febre alta, dores no corpo, dificuldade de respirar, dor de garganta, tosse etc.) devem ir direto buscar atendimento médico no pronto-socorro mais próximo da residência.


Fonte/texto/fotos: SECOM-Barueri

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Governo de SP libera 100% do público em jogos de futebol nos estádios

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O governador de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (9) a liberação de 100% do público para os jogos de futebol que serão realizados no estado de São Paulo.

A decisão foi tomada em um momento em que o estado vem apresentando melhora em seus indicadores relacionados à pandemia do novo coronavírus, com 83% de sua população com vacinação completa e queda de 54% no número de casos e de 76,6% nas internações nos últimos 30 dias.

“A partir de hoje (9), estão liberados todos os jogos de futebol com 100% de ocupação nos estádios de São Paulo e isso se aplica também a todas as demais modalidades esportivas praticadas ao ar livre em São Paulo”, disse Doria.

A liberação ocorre dois meses após o governo de São Paulo ter anunciado uma redução na capacidade de público em jogos de futebol. Desde janeiro, os estádios de futebol no estado de São Paulo só poderiam realizar partidas respeitando o limite de 70% da capacidade de ocupação e com apresentação de comprovante de vacinação completo.

Para entrar em um estádio de futebol ou grande evento realizado em São Paulo, é necessária a apresentação do comprovante de vacinação. Já o uso de máscaras não será mais obrigatório em ambientes abertos.   

“A obrigatoriedade do comprovante vacinal permanece. Os eventos vão continuar exigindo vacinação completa”, disse o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Paulo Menezes.

Apesar de o uso de máscara ao ar livre não ser mais obrigatório, Menezes diz que o comitê científico continua recomendando que a máscara seja utilizada em ambientes com aglomeração, como estádios de futebol e shows ao ar livre.

“Na situação de jogo de futebol, as torcidas se juntam, pulam, se abraçam. Por isso recomendamos que nessas situações, e também nos shows, que se use a máscara”, explicou.


Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil – Foto: Duda Bairros/Conmebol/São Paulo FC/Direitos Reservados

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Governo de SP anuncia liberação de uso máscaras em locais abertos

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O Governador João Doria confirmou a liberação do uso das máscaras em qualquer ambiente aberto do estado de São Paulo a partir desta quarta-feira (9). O uso da proteção continua obrigatório no transporte público e em todos os ambientes fechados de acesso público, como salas de aula, comércios e escritórios.

“A decisão de hoje se deve fundamentalmente ao avanço da vacinação. São Paulo é o estado que mais vacina no Brasil. A decisão está respaldada na ciência, na saúde e no respeito pela vida”, afirmou Doria. “É um novo momento na vida e no trabalho. Depois de dois anos e dois meses de pandemia e de perdas, nós podemos tomar uma medida com esta importância e dimensão”, reforçou o Governador.

A decisão é baseada em análises do Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo. O grupo de especialistas levou em consideração a redução de 76,7% nas novas internações e 56% dos óbitos por Covid-19 no último mês.

Além da melhora nos indicadores da pandemia, São Paulo tem a maior cobertura vacinal do país, com mais de 101 milhões de doses aplicadas. O estado está próximo da meta de 90% da população elegível vacinada, conforme recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde).

“Nós estamos muito além da vacinação de muitos países. Nós temos hoje uma taxa de ocupação de leitos de UTI no estado de 37,6%. Nos últimos 30 dias, nós tivemos queda de 54% no número de casos, as internações caíram 76% e o número de óbitos foi 56% menor”, afirmou o Secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn. “É com segurança que vamos continuar protegendo a vida, mas precisamos que as pessoas continuem se vacinando”, acrescentou.


Por Portal Governo SP – Foto: Rovena Rosa/Arquivo/AB

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Brasil registra 68.893 novos casos de covid-19 em 24 horas

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Em 24 horas, o Brasil registrou 68.893 novos casos de covid-19, totalizando 29.138.362. O número de mortos no mesmo período foi 488, com o total geral de 652.829 óbitos, segundo as informações divulgadas na terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde.

Até hoje, 27.344.949 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 93,8% dos infectados desde o início da pandemia.

Ainda há 3.122 mortes em investigação. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.

A quantidade de casos em acompanhamento está em 1.140.584. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.

O levantamento é feito com base em informações das secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal. Nesse último boletim apenas os dados da Bahia não foram atualizados.


Por Agência Brasil – Foto: Tomaz Silva/AB

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