Em depoimento, Willian admite que indicou empresa para Scarpa e Mayke

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O atacante Willian Bigode, do Fluminense, prestou depoimento na última quinta-feira (9), no 7º Distrito Policial, na Lapa, sobre a denúncia feita pelos ex-companheiros de Palmeiras Gustavo Scarpa e Mayke. A informação foi divulgada pelo portal UOL.

O jogador admitiu à polícia que comentou com Scarpa e Mayke sobre investimentos na Xland. O atacante contou ainda que colocou a sua empresa de consultoria à disposição da dupla, que à época atuava no Palmeiras.

Em depoimento, o atacante afirmou também ser vítima da Xland Holding Ltda, onde foi feito o investimento em criptomoedas. Willian contou ter perdido cerca de R$ 17,5 milhões.

O meia Gustavo Scarpa e o lateral Mayke entraram na justiça após relatarem perda de aproximadamente R$ 10,4 milhões por investimento que foi indicado por empresa de Willian Bigode em maio de 2022. Willian nega ter feito parte do golpe.

Após fracasso na tentativa de recuperar o valor investido, que tinha a promessa de render 3,5% a 5% ao mês, ambos jogadores entraram na Justiça. Scarpa, que joga pelo Nottingham Forrest, da Inglaterra, teria investido R$ 6,3 milhões. Já Mayke, que ainda está no Palmeiras, teria desembolsado cerca de R$ 4 milhões.

Leia também: Etapa da Fórmula E em São Paulo deve movimentar R$ 300 milhões na economia local


Fonte: TV Cultura – Foto: Reprodução/Instagram/Williandubgod

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Operação combate fraudes com criptomoedas no Brasil e no exterior

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A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (6) a Operação Poyais contra uma organização criminosa suspeita de praticar fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas no Brasil e no exterior. Cerca de 100 policiais, além de servidores da Receita Federal, cumprem 20 mandados de busca e apreensão.

A 23ª Vara Federal de Curitiba decretou o sequestro de imóveis e o bloqueio de valores dos suspeitos. As ordens judiciais são cumpridas na capital paranaense, em São José dos Pinhais (PR), Governador Celso Ramos (SC), Barueri (SP), São José do Rio Preto (SP) e em Angra dos Reis (RJ).

De acordo com a PF, em janeiro de 2022, o departamento de Segurança Interna da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília informou que uma empresa internacional e seu principal gerenciador, um brasileiro residente em Curitiba, estavam sendo investigados pela Força Tarefa de El Dorado por envolvimento em conspiração multimilionária de lavagem de capitais a partir de um esquema de pirâmide de investimentos em criptoativos.

“Diante das informações e do pedido de cooperação policial internacional, iniciou-se investigação em Curitiba por conta das suspeitas da ocorrência de crimes conexos às fraudes praticados nos EUA pelo brasileiro, notadamente quanto à lavagem transnacional dos recursos ilícitos recebidos no exterior”, informou a corporação.

Diligências iniciais revelaram que o brasileiro possuía mais de 100 empresas abertas no Brasil vinculadas a ele e, através do grupo empresarial, estaria lesando investidores no exterior e em território nacional.

“No Brasil, constatou-se que o investigado logrou êxito em iludir milhares de vítimas que acreditavam nos serviços por ele prometidos através de suas empresas, os quais consistiam no aluguel de criptoativos com pagamento de remunerações mensais que poderiam alcançar até 20% do capital investido.”

Simultaneamente, segundo a PF, constatou-se que a mesma organização criminosa, com parceiros no exterior, cometia fraude semelhante, porém focada em marketing multinível, nos Estados Unidos e em ao menos outros dez países.

Diligências investigativas revelaram que a organização criminosa movimentou, no Brasil, cerca de R$ 4 bilhões pelo sistema bancário oficial.

“As ordens judiciais cumpridas na data de hoje visam não apenas a cessação das atividades criminosas, mas também a elucidação da participação de todos os investigados nos crimes sob apuração, bem como o rastreamento patrimonial para viabilizar, ainda que parcialmente, a reparação dos danos gerados às vítimas”, destacou a corporação.


Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Foto: Divulgação/Polícia Federal

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