Torcidas organizadas querem ir a Brasília em defesa da democracia

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A Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg Brasil) colocou-se à disposição para mobilizar as torcidas organizadas brasileiras em defesa da democracia. Em nota divulgada nas redes sociais, a associação repudia veementemente os atos terroristas e antidemocráticos cometidos na tarde de ontem (8) em Brasília.

Protestos antidemocráticos ocorrem desde o ano passado, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Grupos que contestam os resultados das urnas chegaram a bloquear estradas em diversos estados. Desde então vídeos que mostravam torcidas organizadas removendo bloqueios de estradas no país viralizaram nas redes sociais.

Agora, diante dos atos terroristas antidemocráticos que ocorreram em Brasília, as torcidas colocaram-se novamente à disposição. “A Anatorg repudia veementemente os atos terroristas e antidemocráticos, cometidos na tarde do domingo, 08 de Janeiro, contra os Três Poderes da Federação Brasileira”, diz a organização, que acrescenta “se for necessário, a Anatorg mobilizará as Torcidas Organizadas de todo o Brasil, para defenderem a Democracia Consolidada em nosso Território Nacional”.

A Anatorg ressalta ainda que as torcidas organizadas, por vezes, “foram julgadas nas ruas e tratadas como culpadas, com total repressão e radicalismo pelas Forças dos Estados. E o que assistimos há meses, é uma conivência por parte de alguns Agentes de Segurança com terroristas por todo o país”.

A Anatorg reforça que a eleição para a Presidência do Brasil acabou no dia 30 de outubro de 2022, “em que Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente democraticamente, com a maior votação da história, recebendo 60.345.999 de votos”.

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Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – Foto: Reprodução/Twitter

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Movimentos sociais e USP farão ato em defesa da democracia nesta 2ª

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Após a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), integrantes das frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e outros movimentos sociais marcaram manifestações em defesa da democracia e pela punição dos golpistas envolvidos na invasão terrorista para amanhã (9).

Em São Paulo, a concentração está marcada para as 18h no vão livre do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), na Avenida Paulista. Os atos também devem ocorrer em outras cidades do país. 

O coordenador nacional do MTST e deputado federal, Guilherme Boulos (PSOL), disse que a tentativa de golpe deste domingo reforça “a necessidade de não se anistiar Bolsonaro e os demais gangsters golpistas”. “Todos os terroristas envolvidos – quem financiou, participou, idealizou – devem ser punidos com o rigor da lei”, disse o deputado.

USP

A Reitoria e a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) também convocaram a sociedade para um ato em defesa da Democracia. O evento deverá ocorrer às 12h desta segunda-feira (9) no Largo do São Francisco. 

Em nota divulgada neste domingo, a faculdade se manifestou contra os atos terroristas. “A Faculdade de Direito da USP, em seu inabalável e histórico compromisso com a Constituição e a Ordem Democrática, repudia, veementemente, os lamentáveis, criminosos e terroristas atos praticados por irresponsáveis contra o Estado de Direito e as Instituições da República”. 

“A USP não aceita, não tolera e não admite agressões à democracia. Os arruaceiros fanáticos mancharam de vergonha a capital federal na data de hoje. Entidades do mundo todo, representantes de governos estrangeiros e instituições democráticas rechaçam a baderna e se solidarizam com o novo governo brasileiro, eleito e empossado legitimamente”, destacaram o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e a vice-reitora da universidade, Maria Arminda do Nascimento Arruda. 

Carta 

Em 11 de agosto do ano passado, um ato em defesa da democracia e do processo eleitoral reuniu lideranças políticas, intelectuais, empresários, sindicatos e artistas na Faculdade de Direito da USP. 

Os participantes do ato leram a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito!, documento articulado pela USP que coletou mais de 920 mil assinaturas pela internet. A leitura foi feita no Pátio das Arcadas, ainda dentro do prédio da faculdade.

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Por Agência Brasil – Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil

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SP: ato pela democracia reúne intelectuais, empresários e políticos

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Um ato em defesa da democracia e do processo eleitoral reuniu hoje (11) lideranças políticas, intelectuais, empresários, sindicatos e artistas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, centro da capital paulista. Uma multidão acompanhou as leituras e discursos a partir de um telão em frente ao prédio.

A manifestação começou com discursos e a leitura do manifesto em defesa da democracia divulgado na semana passada em jornais de circulação nacional, articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e assinado por mais de 100 entidades. 

Leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, na Faculdade de Direito da USP.
Leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, na Faculdade de Direito da USP. – Rovena Rosa/Agência Brasil

“Estamos aqui para defender a legislação eleitoral, a Justiça Eleitoral, o sistema eleitoral com as urnas eletrônicas, que a vontade do povo brasileiro seja respeitada e seja soberana”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, na abertura do evento, no salão nobre da Faculdade de Direito. 

O advogado Oscar Vilhena Vieira, membro da Comissão Arns e da comissão que idealizou o manifesto, ressaltou que se trata de uma organização sem vinculação com partidos políticos. “Este não é um manifesto partidário, mas é um momento solene no qual as principais entidades da sociedade civil brasileira vêm celebrar o compromisso maior com a democracia”, enfatizou.

“Qualquer projeto ou articulação por democracia no país exige o firme e real compromisso de enfrentamento ao racismo”, acrescentou Beatriz Lourenço do Nascimento, membro da Coalizão Negra por Direitos. 

Estavam presentes o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, a presidente do Conselho Consultivo da Fundação Tide Setubal, Neca Setubal, além de líderes de centrais sindicais.

Leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, na Faculdade de Direito da USP
Leitura da Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, na Faculdade de Direito da USP – Rovena Rosa/Agência Brasil

Carta às brasileiras e brasileiros

Em seguida, participantes do ato leram a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito!, documento articulado pela USP que já coletou mais de 920 mil assinaturas pela internet. A leitura foi feita no Pátio das Arcadas, ainda dentro do prédio da faculdade.

“No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições”, diz o documento que foi inspirado na Carta aos Brasileiros, lida em 1977 no mesmo local e que dizia: “Os governantes que dão o nome de Democracia à Ditadura nunca nos enganaram e não nos enganarão. Nós saberemos que eles estarão atirando, sobre os ombros do povo, um manto de irrisão”.

O texto lembra ainda a construção do atual regime democrático a partir da base da Constituição Federal de 1988. “Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para o país sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular”, destaca.

São apontados ainda os desafios para o aprofundamento da democracia no país. “Muito ainda há de ser feito. Vivemos em um país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude”, diz a carta.

Após a leitura, a cantora Daniella Mercury recitou, de uma sacada, alguns versos para as centenas de pessoas que acompanhavam o ato de um telão instalado em frente ao prédio da faculdade. “Não há democracia se a população LGBTQI+ não tiver os mesmos direitos”, disse a artista. 

Outras manifestações

Também houve manifestações a favor da democracia em outras cidades do país, como Rio de Janeiro e Brasília. Em São Paulo, onde ocorreu o ato na Faculdade de Direito da USP, milhares de manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista com bandeiras de entidades estudantis, partidos políticos e faixas. 

No Rio de Janeiro, pela manhã houve a leitura da Carta aos Brasileiros nos pilotis da PUC Rio. O histórico espaço, palco de diversas manifestações políticas, ficou tomado de estudantes, trabalhadores e professores. Ao final, todos cantaram o Hino Nacional.

À tarde, uma grande passeata reuniu centenas de pessoas, incluindo estudantes, integrantes de sindicatos e de organizações sociais. A chuva não atrapalhou o protesto em defesa da democracia. A multidão se concentrou no entorno da Igreja da Candelária e depois seguiu até a Cinelândia, onde o ato foi encerrado, no início da noite.

Já em Brasília, organizações sindicais e estudantis mobilizaram algumas centenas de pessoas, que marcharam pela Esplanada dos Ministérios.


Por Daniel Mello – Repórter da Agência Brasil – Foto: Rovena Rosa/Ag. Brasil

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