Diabetes e implantes dentários: quais cuidados pacientes e dentistas devem tomar

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A diabetes é uma das doenças que mais afeta pessoas no mundo todo, sendo a quinta com maior incidência no nosso país, atingindo cerca de 16,8 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde. Entre as principais dúvidas dos portadores de diabetes estão questões relacionadas às possibilidades diante do desejo de se submeter a procedimentos cirúrgicos, já que a doença predispõe o paciente a uma cicatrização lenta.

Quando a ideia é recorrer ao implante dentário, existe uma grande preocupação sobre se o procedimento será duradouro e bem sucedido. “Toda a cascata de cicatrização é afetada por essa doença, portanto qualquer cirurgia acaba sendo de maior complexidade”, diz o cirurgião dentista Fábio Guerra, Mestre em Implantodontia e Embaixador da S.I.N. Implant System. “Porém, quando a diabetes está sob controle e é feito um planejamento cuidadoso, é totalmente seguro colocar um implante dentário”, explica o especialista.

O primeiro cuidado que todo implantodontista deve tomar quando atende um paciente com diabetes é pedir exames para garantir que os níveis glicêmicos dele estejam em níveis aceitáveis e compatíveis com um procedimento cirúrgico. “Os níveis de açúcar devem estar abaixo de 100 ou 5.5 de hemoglobina glicada, o que garante uma boa cicatrização”, afirma o Dr. Guerra. “Além disso, o profissional deve ter a máxima cautela com a assepsia, evitando qualquer contaminação cruzada, afinal, esses pacientes têm tendência a apresentar fragilidade sistêmica”, aconselha o dentista.

A maior vulnerabilidade desses pacientes acontece porque o descontrole da glicemia altera a circulação sanguínea e diminui o fluxo salivar. “Com isso, a boca fica mais seca, alterando o PH da saliva e deixando a pessoa mais propensa a infecções”, explica Guerra. “Por isso, pacientes diabéticos precisam de maior atenção no pós-operatório, com visitas frequentes ao dentista, além de capricharem na higienização da boca. Algumas vezes, é necessário, ainda, o uso prolongado de antibióticos”, comenta o Embaixador da S.I.N. Implant System.

Outro fator crucial a ser levado em conta no caso de um paciente diabético é que o paciente deve ser acompanhado por um endocrinologista e receber o tratamento adequado para o controle da doença, mantendo os exames de rotina. “Não adianta a pessoa estar com os níveis de açúcar estáveis no dia da cirurgia e após algum tempo a glicemia subir, o que pode afetar o sucesso do implante no longo prazo”, diz o dentista.

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Fonte: S.I.N. Implant System

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No Dia da Gestante, entidade alerta para risco de diabetes gestacional

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Um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher pode se tornar um pesadelo se os cuidados devidos não forem tomados. No Dia da Gestante, comemorado nesta segunda-feira (15), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para a diabetes mellitus gestacional, que afeta 18% das gestações no Brasil.

Condição temporária gerada pelas mudanças no equilíbrio hormonal durante a gravidez, a diabetes gestacional ocorre porque, em algumas mulheres, o pâncreas não funciona direito na gestação. Normalmente, o órgão produz mais insulina que o habitual nesse período para compensar os hormônios da placenta que reduzem a substância no sangue. No entanto, em algumas gestações, o mecanismo de compensação não funciona, elevando as taxas de glicose.

O problema pode causar complicações tanto para a mãe como para o bebê. No curto prazo, a doença pode estimular o parto prematuro e até a pré-eclâmpsia. O bebê pode nascer acima do peso e sofrer de hipoglicemia e de desconforto respiratório.

A diabetes gestacional normalmente desaparece após o parto, mas pode deixar sequelas duradouras. As mulheres com o problema têm mais chance de progredirem para a diabetes mellitus tipo 2. As crianças também têm mais chances de desenvolverem a doença e de ficarem obesos.

Recomendações

A doença pode acometer qualquer mulher. Como nem sempre os sintomas são identificáveis, a SBD recomenda que todas as gestantes pesquisem a glicemia de jejum no início da gestação e, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês). Elas também devem fazer o teste oral de tolerância à glicose, que mede a glicemia após estímulo da ingestão de glicose.

As recomendações principais, no entanto, são o pré-natal e a alimentação saudável. Quanto mais cedo o obstetra diagnosticar a doença e iniciar o tratamento, menores as chances de a mãe e o bebê sofrerem alguma complicação no curto e no longo prazo.

Além do controle das glicemias capilares, o tratamento da diabetes gestacional consiste num estilo de vida mais saudável, com atividade física e alimentação regrada. As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia. As gorduras devem dar lugar às frutas, verduras, legumes e alimentos integrais. Se não houver contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados também devem fazer parte da rotina.

Na maior parte das vezes, esses cuidados dispensam a aplicação de insulina. Se, ainda assim, os níveis de glicose continuarem altos, o médico pode indicar a substância. A SBD alerta que as mulheres diabéticas tipo 1 ou 2 que engravidam não são consideradas portadoras de diabetes gestacional porque essa doença só aparece após o início da gravidez. As mulheres com altos níveis de glicemia na gestação devem fazer um novo teste de sobrecarga de glicose seis semanas depois de darem à luz.

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Perfil

Em todo o mundo, o problema afeta cerca de 15% das gestações, segundo a International Diabetes Federation, o que representa 18 milhões de nascimentos por ano. No entanto, a prevalência varia conforme a região, indo de 9,5% na África para 26,6% no Sudeste Asiático. No Brasil, estima-se que a prevalência é de 18%.

Para prevenir a doença, as mulheres devem prestar atenção a fatores de risco: história familiar de diabetes mellitus; glicose alterada em algum momento antes da gravidez; excesso de peso antes ou durante a gravidez; gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 quilos; histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida; hipertensão arterial; pré-eclampsia ou eclampsia em gestações anteriores; síndrome dos ovários policísticos e uso de corticoides.


Por Agência Brasil – Foto: Arquivo/MDS

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