Nova lista de doenças do trabalho inclui covid-19, burnout e câncer

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O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (29) a atualização na lista de doenças relacionadas ao trabalho. Portaria já foi publicada incluindo 165 novas patologias, apontadas como responsáveis por danos à integridade física ou mental do trabalhador.

Entre as patologias estão a covid-19, distúrbios músculos esqueléticos e alguns tipos de cânceres.

Transtornos mentais como Burnout, ansiedade, depressão e tentativa de suicídio também foram acrescentados à lista. Foi ainda reconhecido que o uso de determinadas drogas pode ser consequência de jornadas exaustivas e assédio moral, da mesma forma como o abuso de álcool que já constava na lista.

Os ajustes receberam parecer favorável dos ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social e passam a valer em 30 dias.

Com as mudanças, o poder público deverá planejar medidas de assistência e vigilância para evitar essas doenças em locais de trabalho, possibilitando ambientes laborais mais seguros e saudáveis.

As alterações também dão respaldo para a fiscalização dos auditores fiscais do trabalho, favorecem o acesso a benefícios previdenciários e dá mais proteção ao trabalhador diagnosticado pelas doenças elencadas. A atualização leva em conta todas as ocupações. Ou seja, vale para trabalhadores formais e informais, que atuam no meio urbano ou rural.

Lista de doenças ocupacionais 

A lista de doenças ocupacionais foi instituída em 1999. O documento é composto por duas partes: a primeira apresenta os riscos para o desenvolvimento de doenças e a segunda estabelece as doenças para identificação, diagnóstico e tratamento.

Com a atualização, a quantidade de códigos de diagnósticos passa de 182 para 347. A lista pode ser conferida no Diário Oficial da União.

De acordo com o Ministério da Saúde, a atualização foi prioridade da nova gestão e reflete a retomada do protagonismo da coordenação nacional da política de saúde do trabalhador.

As inclusões foram avaliadas pela Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) em seu 11º encontro conhecido como Renastão, que começou na segunda-feira (27) e se encerrou nesta quarta-feira (29), em Brasília.

Instituída em 2002, a Renast tem papel estratégico no desenvolvimento da atenção integral à saúde do trabalhador e envolve o Ministério da Saúde e as secretarias de saúde de estados, municípios e do Distrito Federal.

Quase 3 milhões de casos de doenças ocupacionais foram atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2007 e 2022, segundo apontam dados Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é gerenciado pelo Ministério da Saúde. De todas as notificações, 52,9% está relacionada com acidentes de trabalho graves.

Conforme os dados do Sinan, 26,8% das notificações foram geradas pela exposição a material biológico; 12,2% devido a acidente com animais peçonhentos; e 3,7% por lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Somente em 2023, já são mais de 390 mil casos notificados de doenças relacionados ao trabalho.

Leia também: Barueri é a cidade com população entre 100 e 500 mil habitantes que mais gerou empregos em 2023


Fonte / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Saúde registra queda de 6,5% em internações por doenças ligadas ao colesterol em 2023

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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES) registrou uma queda de 6,5% no número de internações em hospitais por doenças relacionadas ao colesterol nos seis primeiros meses de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022. Neste ano, 64,7 mil pessoas foram internadas por essa causa, contra 69,2 mil no ano passado.

A diminuição é considerada importante por especialistas, já que níveis elevados de colesterol estão entre os principais fatores de risco associados às doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, que hoje são as principais causas de morte do país.

A análise de internações em hospitais atendidos pelo SUS mostrou ainda que homens foram maioria (58%) no comparativo dos últimos três anos. O sexo masculino também lidera (55%) o número de consultas ou tratamentos de doenças relacionadas ao colesterol, como insuficiências cardíaca e vascular, arterosclerose e hipercolesterolemia, além do infarto e AVC.

O colesterol é um conjunto de gorduras necessário para o organismo exercer funções importantes, como a produção de hormônios e a formação de membranas celulares.

A endocrinologista do Conjunto Hospitalar de Sorocaba Lilian Halcsik Sollitari Gugoni explica que existem dois tipos de colesterol: “O colesterol é transportado no sangue por lipoproteínas, compostas por proteínas e gorduras. As de baixa densidade (LDL) são conhecidas como “colesterol ruim”, pois podem ficar acumuladas nas paredes das artérias e formar placas que provocam doenças cardiovasculares. Já as proteínas de alta densidade (HDL) ajudam a remover o excesso de colesterol das artérias e levam de volta ao fígado, onde é eliminado pelo corpo”.

Equilibrar adequadamente as duas formas de colesterol é essencial para manter a saúde em dia. A mudança no estilo de vida com prática de atividade física regular (ao menos 150 minutos por semana) ajuda a reduzir a taxa de gordura no sangue, além de uma dieta saudável, rica em hortaliças, leguminosas e frutas: “Se ainda assim os níveis permanecerem elevados, há indicação de prescrição de medicamentos que atuam na diminuição da formação de colesterol no organismo”, finaliza a médica.

Leia também: São Paulo elabora sistema municipal de monitoramento de viagens em bicicleta


Fonte: Governo de SP – Foto: Rawpixel

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Casos de doenças respiratórias aumentam com queda nas temperaturas

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Os casos de problemas respiratórios aumentam com a chegada do período de baixas temperaturas, tempo seco e maior amplitude térmica. Doenças como gripe, Covid-19, rinite e sinusite podem ser confundidas por causa da similaridade de alguns dos sintomas.

“As principais doenças que aumentam com o clima frio são as doenças respiratórias. E outras manifestações também que surgem como complicação dessas doenças, como as infecções, as pneumonias, as bronquiolites. Isso se deve ao frio e ao clima seco, que dificulta a dispersão de poluentes e faz com que as pessoas, principalmente alérgicas, sofram nesta época do ano”, afirma a médica alergista Fátima Rodrigues Fernandes, diretora do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE).

Todas essas doenças têm em comum sintomas respiratórios como tosse, coriza e nariz entupido. “É fundamental procurar ajuda profissional principalmente quando houver piora de sintomas, como febre, fadiga e a secreção mudar de cor para amarela ou verde, pois podem ser sinais de complicações e até de hipóxia, que é a baixa concentração de oxigênio no sangue”, explica a especialista do HSPE.

É importante saber diferenciar as doenças para que a administração correto do tratamento. O uso de remédios não deve ser feito sem orientação médica.

Entenda as principais características e diferenças entre as doenças

Gripe: A gripe, ou influenza, é causada pelo vírus da gripe, que possui centenas de mutações e é uma doença respiratória sazonal. Os sintomas incluem febre, dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, nariz escorrendo e fadiga, muitas vezes acompanhada de tosse inicialmente seca e depois com secreção. Alguns pacientes podem apresentar quadros de vômitos e diarréia, mas esses sintomas costumam ser mais comuns em crianças. A gripe pode ser tratada com antivirais, analgésicos e pode ser prevenida principalmente por meio de vacinação anual.

Covid-19: A Covid-19 é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus SARS-CoV-2, que pode variar de leve a grave e que pode levar à morte. Os sintomas mais comuns incluem dor de garganta, febre, dor de cabeça e dor no corpo. Outros sinais são fadiga, coriza, perda do paladar, do olfato e dificuldade para respirar. O diagnóstico pode ser feito por exame clínico e por testes de laboratório e farmácia com amostras colhidas no nariz ou boca.
O tratamento varia de acordo com a gravidade e pode incluir repouso, hidratação, analgésicos e cuidados intensivos e hospitalares, assim como o uso de medicamentos antivirais em casos mais graves. A melhor maneira de prevenir a doença é por meio do esquema de vacinação, uso de máscara e distanciamento social.

Rinite: A rinite é uma condição inflamatória nasal que pode ser causada por alergias ou infecções virais. Os sintomas incluem nariz entupido, coceira nasal, coriza e espirros. A rinite alérgica pode ser tratada com anti-histamínicos e lavagem nasal com soro fisiológico, além de controle ambiental dos alérgenos. A rinite viral geralmente desaparece por conta própria em alguns dias.

Sinusite: Já a sinusite é uma inflamação dos seios nasais que pode ser causada por infecções bacterianas ou virais. Os sintomas incluem dor de cabeça, dor facial, nariz entupido, coriza e febre. A sinusite bacteriana pode ser tratada com antibióticos, enquanto a sinusite viral geralmente desaparece por conta própria. Medicamentos podem ser utilizados para aliviar os sintomas e a drenagem das secreções.

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Fonte: Governo de SP – Foto: Rawpixel

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Anvisa aprova novo teste para detectar Febre Maculosa

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Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o kit “IBMP Biomol Rickettsione”, produto que serve como teste para diagnostico da Febre Maculosa. O aparelho detecta a presença das bactérias do gênero Rickettsia spp. e Rickettsia rickettsii, que causam a doença.

O kit utiliza a tecnologia PCR, a mesma usada nos testes de Covid-19, e é capaz de identificar a presença da bactéria no corpo do paciente.

A Anvisa orienta que o exame seja feito por profissionais especializados em biologia molecular.

Vale lembrar que já existe um outro teste de Febre Maculosa, que foi registrado pela Anvisa em 2020.

Nas últimas semanas, a cidade de Campinas, localizada no interior de São Paulo, sofreu com um surto da doença. Ao menos quatro pessoas morreram após irem a um evento em uma fazenda.

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato, ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta.

Leia também: Velório de Zé Celso será realizado no Teatro Oficina, no centro da capital paulista


Fonte: TV Cultura

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São Paulo registra queda de 50% no número de casos e mortes por leptospirose

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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) tem fortalecido ações de combate à leptospirose, doença causada pela urina dos ratos e com maior incidência em períodos chuvosos. A iniciativa tem rendido bons resultados. Todos os números analisados apresentam queda no comparativo dos últimos cinco anos com o quinquênio anterior. O destaque é a redução de aproximadamente 50% nas mortes no confronto dos dois períodos: 133 (2012 a 2016) para 67 (2017 a 2021).

No período de 2012 a 2016 foram registrados 934 casos de leptospirose na cidade, que resultaram em 133 óbitos. Já entre 2017 e 2021 foram 723 registros e 67 mortes. A redução de óbitos na comparação dos dois períodos foi de 50%, enquanto a queda de registros da doença foi de 22,5%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o padrão de mensuração de incidência da doença a cada 100 mil habitantes, que também apresentou queda significativa no município nos dez anos analisados (separados, para essa análise, em dois períodos de cinco anos cada). De 2012 a 2016, esses índices oscilaram entre 2 e 1,37. Já no período de 2017 a 2021, os índices ficaram entre 1,54 e 0,89.

Na análise do período mais recente, os números são ainda melhores. Em 2019, o índice de confirmação da doença nesse universo de 100 mil foi de 1,6. Em 2020, esse número caiu para 0,97. Em 2021, foi registrada nova queda, para 0,89.

Os responsáveis acreditam que os números positivos dos últimos anos estão relacionados ao trabalho intensivo da administração municipal contra os roedores.

“Aproveitamos o confinamento das pessoas no momento mais crítico da pandemia para intensificar o trabalho nas ruas. Nesse período houve uma força-tarefa de controle de roedores em áreas sujeitas à ocorrência de leptospirose, o que certamente pode ter influenciado no declínio das ocorrências”, afirma Gladyston Carlos Vasconcelos Costa, biólogo que atua como analista em saúde do Núcleo de Vigilância, Prevenção e Controle de Fauna Sinantrópica do município.

“Esse coeficiente de incidência de 0,89, do ano passado, é o menor já registrado na cidade desde que acompanho os índices”, complementa Costa. Neste ano de 2022, até 31 de março, foram registrados 49 casos da doença, com coeficiente de 0,4 e dois óbitos.

Parceria

Os técnicos atuam identificando áreas críticas e, a partir daí, executam uma série de ações de controle e combate, em um trabalho em parceria que envolve diversas áreas da prefeitura. O raticida utilizado na cidade é um produto de última geração, com ação lenta para evitar acidentes com pessoas e animais domésticos. São utilizadas cerca de quatro toneladas do produto a cada ano.

“Colocamos em bueiros, nas margens dos córregos, em galerias, terrenos baldios e outras áreas abertas”, informa Costa.

O biólogo da SMS acrescenta que, no passado recente, não foi possível fazer a tradicional orientação casa a casa devido às restrições impostas pela pandemia, porém os moradores de áreas vulneráveis foram orientados por internet, telefone e materiais impressos. Também foram aperfeiçoados os mapeamentos dessas áreas e técnicos passaram por treinamentos de revisão do controle de roedores.

Foram identificadas recentemente 450 áreas sujeitas a alagamentos por meio do Programa de Vigilância e Controle de Leptospirose e Roedores do Município de São Paulo, que apresentam maior potencial de incidência da doença. Para delimitação das ações, também são analisados fatores como densidade populacional e indicadores epidemiológicos de ocorrência da enfermidade. Nesses locais – comunidades e loteamentos carentes, cortiços e demais moradias precárias – há ações no ano inteiro, não somente no período de chuvas intensas.

As equipes da Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa) promovem interações constantes com as subprefeituras, indicando a necessidade de coleta de lixo regular, corte de mato e desassoreamento de córregos. Os moradores dessas regiões são incentivados a manter os entornos das moradias limpos após as ações da Prefeitura, entre outros cuidados para que não fiquem expostos à leptospirose, como usar água sanitária para higienização do ambiente e de pertences.

Portanto, são fundamentais no pacote de ações o processo educativo e a melhoria geral dos ambientes de risco. Entre as atividades orientadas nessas áreas, destacam-se ainda o diagnóstico e a busca ativa de casos de leptospirose, o monitoramento do grau de infestação por roedores e de casos suspeitos e positivos.

Diagnóstico e tratamento

Os sintomas mais frequentes da leptospirose são febre, dor muscular (principalmente nas panturrilhas) e intensa dor de cabeça, além de sinal de sangramento nos olhos, que ficam muito vermelhos. Tais eventos são precedidos pela exposição a áreas alagadas, à lama ou ao esgoto em locais com presença de roedores, principalmente após fortes chuvas. Os sintomas surgem, em média, de 5 a 14 dias após a exposição ao risco, mas podem demorar até 30 dias.

De acordo com a equipe do Núcleo de Doenças Transmitidas por Vetores e outras Zoonoses, o paciente precisa observar se esteve exposto às situações de risco, considerando que os sintomas iniciais são comuns a outras doenças, como a dengue. A unidade de saúde mais próxima deve ser procurada imediatamente se houver agravamento dos sintomas como dificuldade de respirar, tosse, alterações urinárias, fenômenos hemorrágicos, hipotensão (pressão baixa), alterações no nível de consciência, vômitos frequentes, arritmias e icterícia (pele e mucosas amareladas).

Carolina Scarpa Carneiro, médica veterinária e coordenadora do núcleo, ensina como se prevenir.

“O cidadão deve evitar ao máximo se expor a situações de risco. Quando não for possível, deve fazer uso de proteções como luvas e botas impermeáveis e, na ausência destes, usar sacos ou sacolas duplas amarradas em mãos e pés. Ela esclarece, ainda, que leptospirose não se transmite de pessoa para pessoa. Somente pelo contato com a urina do roedor.”

Já sobre a abordagem do paciente com suspeita de leptospirose, o médico e analista em saúde do município, José Antônio Tonon, informa que é necessário fazer um exame físico que inclui coleta de amostras clínicas para os testes diagnósticos específicos.

Depois, os profissionais de saúde acompanham os resultados dos exames inespecíficos que auxiliam no esclarecimento final.

“A antibioticoterapia é indicada sempre que há suspeita do diagnóstico de leptospirose e pode ser iniciada em qualquer período da doença, mas sua eficácia parece ser maior na primeira semana do início dos sintomas”, afirma Tonin, deixando clara a importância de procurar o serviço de saúde logo que os primeiros sinais da doença surgem.


Fonte: SECOM-Prefeitura de São Paulo – Foto: Reprodução/Internet

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