Busca a valores esquecidos registra quase 100 milhões de consultas

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Quase 100 milhões de pessoas físicas e empresas já fizeram consultas ao sistema que busca valores esquecidos em instituições financeiras, informou o Banco Central (BC). Desde a abertura do site, na noite de domingo (13), até as 18h de hoje (18), 96,8 milhões de consultas foram registradas. Nas últimas 48 horas, cerca de 10 milhões acessaram a página.

Desse total, 94,3 milhões de consultas foram feitas por pessoas físicas e 2,4 milhões, por pessoas jurídicas. De acordo com o BC, 20,4 milhões resultaram em saldos a resgatar, dos quais 20,2 se referem a pessoas físicas e 249,5 mil a empresas.

Calendário

A consulta pode ser feita por qualquer cidadão ou empresa em qualquer horário. No entanto, caso o sistema informe recursos a receber, os usuários foram divididos em três grupos, baseados na data de nascimento ou na data de fundação da empresa.

Quem nasceu antes de 1968 ou abriu a empresa antes desse ano poderá conhecer o saldo residual e pedir o resgate entre 7 e 11 de março, no mesmo site. A própria página informará o horário e a data para pedir o saque. Caso o usuário perca o horário, haverá uma repescagem no sábado seguinte, em 12 de março, das 4h às 24h.

Para pessoas nascidas entre 1968 e 1983 ou empresas fundadas nesse período, o prazo será de 14 a 18 de março, com repescagem em 19 de março. Quem nasceu a partir de 1984 ou abriu empresa nesse ano, a data vai de 21 e 25 de março, com repescagem em 26 de março. As repescagens também ocorrerão aos sábados no mesmo horário, das 4h às 24h.

Quem perder o sábado de repescagem poderá pedir o resgate a partir de 28 de março, independentemente da data de nascimento ou da criação da empresa. O BC esclarece que o cidadão ou empresa que perderem os prazos não precisam se preocupar. O direito a receber os recursos são definitivos e continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

Após o pedido de saque, a instituição financeira terá até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa é que pagamentos realizados por meio do Pix ocorram mais rápido.


Por Wellton Máximo/Agência Brasil – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

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Dólar cai para R$ 5,14 e fecha sexta semana em baixa

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Na contramão do mercado internacional, o dólar voltou a cair no Brasil e fechou a sexta semana seguida em baixa, com fluxo externo atraído pelos juros altos no país. A bolsa de valores caiu pelo segundo dia, com o agravamento das tensões geopolíticas na Ucrânia.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (18) aos R$ 5,14, com recuo de R$ 0,027 (-0,52%). A moeda operou em baixa durante todo o dia e chegou a R$ 5,11 na mínima da sessão, por volta das 14h.

A divisa fechou a semana com recuo de 1,95%. A queda chega a 3,13% em fevereiro e a 7,82% em 2022.

O mercado de ações teve desempenho oposto. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 112.880 pontos, com perda de 0,57%. O indicador foi novamente arrastado pela queda nos mercados internacionais, em meio à perspectiva de conflitos entre Rússia e Ucrânia.

Nesta sexta-feira, os Estados Unidos e países aliados informaram que pretendem impor “sanções concentradas” contra autoridades russas caso haja invasão na Ucrânia. Segundo o governo norte-americano, as punições não pretendem atingir os cidadãos russos, mas o governo de Vladimir Putin. Paralelamente, os separatistas do leste da Ucrânia anunciaram a intenção de evacuar os cidadãos de origem russa para o país vizinho.

A instabilidade geopolítica não afetou o câmbio. Num dia em que subiu perante as principais divisas, a moeda norte-americana caiu perante o real. A alta da taxa Selic, atualmente em 10,75% ao ano, está atraindo capitais externos para o Brasil, mesmo com a perspectiva de que os Estados Unidos aumentem as taxas a partir de março. A Selic está em10,75% ao ano, no maior nível desde julho de 2017.


Por Wellton Máximo/Agência Brasil – Foto: Rick Wilking/Reuters/Direitos Reservados

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Custo de vida em São Paulo tem maior alta desde 2015, diz Fecomercio

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O custo de vida teve alta de 10% em 2021, na Região Metropolitana de São Paulo, segundo estudo feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fercomercio-SP). A elevação foi a maior, de acordo com a entidade, desde 2015, quando o índice registrou uma alta de 11,56% no custo de vida ao longo daquele ano.

O aumento do custo de vida foi maior para as pessoas mais pobres. Para a classe E, a elevação chegou a 11,38%. Na classe A, a alta ficou em 9%.

Segundo a Fercomercio-SP, o aumento internacional dos preços do petróleo provocou alta de preços em cadeia. Os custos com transportes subiram 20,6%, com elevação de 63,7% dos preços do etanol, 42,8% da gasolina e 41,4% do óleo diesel.

A alta da energia também influenciou os custos de habitação, com aumento de 38% no preço do botijão de gás em 2021 e de 23,2% no gás encanado. A energia elétrica residencial aumentou 25,8%, segundo a Fecomercio, devido a estiagem que atingiu o Brasil no ano passado e levou ao acionamento das usinas termoelétricas.

Na alimentação também ocorreram altas importantes, com aumento de 10% no preço das carnes, de 13,2% na farinha de trigo e 10,2% no leite e derivados.

Em dezembro, a alta do custo de vida ficou em 0,78%. Um percentual ainda elevado, de acordo com a federação, porém mais baixo do que o patamar de outubro (1,41%) e novembro (1,01%). No mês, a maior elevação foi registrada no segmento dos alimentos e bebidas. Subiram os preços do café (9,8%), do mamão (28,7%) e do contrafilé (5,1%).

Na avaliação da Fercomercio, a inflação está perdendo força e, em 2022, o custo de vida ainda deve ser elevado, porém, em um patamar mais baixo do que em 2021. “Uma vez que os impactos mais relevantes da pandemia nos preços já foram absorvidos ao longo dos últimos dois anos”.

Apesar da perspectiva de melhora do cenário econômico, a entidade chama atenção para a necessidade de redução do atual nível de desemprego. “É importante lembrar que o Brasil ainda convive com 13 milhões de desempregados. Por isso, qualquer avanço de preços, sem grandes oportunidades no mercado de trabalho, terá um efeito socioeconômico danoso para as famílias, que, em grande parte, não conseguem recompor as perdas causadas pela inflação.”, destacou a Fecomercio.


Fonte/texto: Agência Brasil/Daniel Mello – Imagem: Geraldo Bubniak/AEN

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