Cada vez mais próximo de Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tem dito a aliados que o apoio do ex-presidente não é o seu principal objetivo para a tentativa de reeleição no ano que vem.
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A tática adotada pelo prefeito é a de convencer Bolsonaro e Valdemar Costa Neto a não patrocinarem nenhum candidato em São Paulo. Assim, ele se isolaria como representante do centro à direita na polarização com Guilherme Boulos (PSOL).
De quebra, teria caminho livre para ganhar o apoio do bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos). A equipe do prefeito tem encomendado pesquisas e se animado com a boa aprovação da gestão do governador.
Nunes ficou aliviado quando Ricardo Salles (PL) desistiu de concorrer à prefeitura e costuma dizer que “jogou parado”.
Além do PL, o prefeito já tem angariado siglas com PP, PSDB, PSD, Republicanos e ainda conta com União Brasil, apesar do desejo de Kim Kataguiri de disputar a prefeitura. Boulos, por enquanto, tem o PT como seu principal fiador.
Na eleição de 2022, Lula, que apoia Boulos, obteve 53,54% dos votos contra 46,46% de Bolsonaro na capital.
O psolista, por sua vez, já rotula Nunes de bolsonarista e pediu para vereadores da base ajudarem a reforçar essa pecha em suas agendas pelos bairros paulistanos.
Além de Boulos, Nunes e Kim, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) desponta como pré-candidata.
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Fonte: Coluna Painel/Folha de S. Paulo – Foto: Marlene Bergamo/Arquivo/Folhapress