Semana da Enfermagem homenageia profissionais essenciais em todos os serviços de saúde

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Nesta quinta-feira, 12 de maio, é o Dia do Enfermeiro e também o Dia Internacional da Enfermagem. Data que celebra uma das atividades mais bonitas e importantes da nossa sociedade, que ficou ainda mais em evidência nestes tempos de pandemia. Só na Atenção Básica à Saúde (Cabs), nada menos que 766 profissionais formam o contingente responsável por assegurar um tratamento adequado, tanto técnico quanto humanizado, à população.

Para celebrar não só o Dia do Enfermeiro e Internacional da Enfermagem, mas também a Semana da Enfermagem (de 12 a 20/5), a Cabs, da Secretaria de Saúde, vai promover uma homenagem para a categoria no auditório do Centro de Eventos no dia 20. Na ocasião, serão abordados os temas voltados ao bem-estar dos profissionais e a importância da comunicação assertiva nas instituições de saúde.

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Em Barueri, dos 766 profissionais da enfermagem, 469 trabalhadores estão nas Unidades Básicas de Saúde – Foto: Divulgação/SECOM-Barueri

É preciso amor
Vem bem a calhar a discussão sobre o bem-estar daqueles que tanto cuidam da população nos momentos mais decisivos de suas vidas. É como disse a diretora técnica de enfermagem da Cabs, Elaine de Fátima Fonseca, “a prática da enfermagem está muito além de conhecimento técnico e científico. É preciso ter amor, empatia e sensibilidade”.

Em Barueri, dos 766 profissionais da enfermagem, 469 trabalhadores estão nas Unidades Básicas de Saúde (139 enfermeiros, 310 técnicos e 20 auxiliares), além daqueles que estão nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), no Ganha Tempo e no Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD). Há também os que atuam fora da Cabs, nos prontos-socorros, no Hospital Municipal de Barueri (HMB), no Centro de Especialidades, no Centro de Diagnósticos e demais equipamentos de saúde do município. Trata-se da categoria com o maior número de profissionais na área da saúde em todo o Brasil.

A homenagem
O dia 12 de maio foi criado em homenagem à inglesa Florence Nightingale (1820-1910), considerada mãe da enfermagem moderna. Florence ganhou destaque como chefe e organizadora do atendimento aos soldados feridos durante a Guerra da Crimeia, conflito ocorrido de 1853 a 1856 envolvendo Inglaterra, França, Reino da Sardenha e o Império Otomano (Turquia) contra o Império Russo.

A data também homenageia Ana Justina Ferreira Néri, a Ana Néri, pioneira da enfermagem no Brasil, que entre 1865 e 1870 prestou serviços voluntários nos hospitais militares de Assunção, Corrientes e Humaitá durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870).

No Brasil, a data, assim como a semana da enfermagem, foi instituída pelo decreto nº 2.956, de 10 de agosto de 1938, em homenagem a Néri e a Nightingale. Já em 4 de maio deste ano o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei nº 2.564, de 2020, que estabelece o piso salarial dos enfermeiros (R$ 4.750,00) – aguardando regulamentação.

A guerra da pandemia
Assim como aconteceu nas guerras do século retrasado, a atividade da enfermagem ganhou destaque no enfrentamento da pandemia de Covid-19. A responsável técnica do setor na UBS Hermelino Liberato Filho, Lucineide Maria da Silva, formada há 16 anos, precisou se licenciar do trabalho na crise sanitária em razão de sua gravidez, mas retornou em março do ano passado. “Foi difícil porque queria apoiar a minha equipe”, comentou a profissional, ao ressaltar que o trabalho do enfermeiro é “holístico (integral, totalizante), cuidamos da saúde física, mental e social dos pacientes”.

“A enfermagem se envolve na vida do paciente e este é nosso diferencial. Cada paciente é único, ele é uma pessoa. Ele não é uma doença, não é um problema. E a enfermagem cuida da pessoa. Ver a alegria no olhar de um paciente nos enche de felicidade, de gratidão, de amor. Nós cuidamos, nós acolhemos e cuidamos dos nossos pacientes. Estamos presentes quando dormem e quando acordam. Quando nascem e quando morrem, acalmando e chorando com eles, pesquisando e comemorando todas as suas vitórias”, explicou Luciana Santos, técnica de enfermagem da UBS Adauto Ribeiro, no Parque dos Camargos

E como complementa Madalena Oliveira Gonçalvez, enfermeira responsável técnica da UBS Benedito de Oliveira Crudo: “gosto dos desafios que a profissão nos traz. Os improvisos e a expertise que temos que ter. Cada paciente traz uma individualidade. Lidamos com o desconhecido durante toda a pandemia, guerrilhamos contra a Covid-19 e aos poucos fomos ganhando uma evolução com a chegada da vacina. Ser enfermeira é se doar ao próximo, em diversas situações somos psicólogos, terapeutas, fisioterapeutas”.

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