A Justiça Militar da União (JMU) aceitou a denúncia contra oito pessoas no caso em que 21 metralhadoras antiaéreas do Exército Brasileiro foram furtadas em Barueri (SP). Dentre os réus, estão quatro militares e quatro civis.
Apesar de o Exército só ter tomado conhecimento do roubo no dia 10 de outubro, o crime teria ocorrido durante o feriado de 7 de setembro, segundo as investigações. A descoberta se deu após um militar notar que o cadeado da sala de armas havia sido trocado e decidir recontar o arsenal.
A descoberta a respeito do furto de 21 metralhadoras antiaéreas do Exército Brasileiro em Barueri (SP) completou exatamente um mês nesta sexta-feira (10). Até o momento, agentes ainda procuram por duas das armas.
Apesar de o Exército só ter tomado conhecimento do roubo no dia 10 de outubro, o crime teria ocorrido durante o feriado de 7 de setembro, segundo as investigações. A descoberta se deu após um militar notar que o cadeado da sala de armas havia sido trocado e decidir recontar o arsenal.
Recentemente, a instituição informou que liberou sete militares suspeitos de participarem do furto em questão. Outros 13 estão sob investigação. Ao todo, se suspeita que toda operação envolveu 20 pessoas.
O Exército informou nesta terça-feira (24) que liberou sete militares suspeitos de participarem do furto de 21 metralhadoras em um quartel em Barueri, cidade da Grande São Paulo. Os militares estavam impedidos de deixar o local desde 10 de outubro, data da descoberta do crime.
Dos sete liberadores, três deles teriam participado diretamente do crime. As investigações apontam que um teria aberto o paiol, outro pegou as armas e um terceiro transportou num caminhão militar para fora do quartel.
Outros 13 militares estão sendo investigados pelo envolvimento no desaparecimento das armas. Ao todo, se suspeita que toda operação envolveu 20 pessoas.
Até agora, 17 armas foram recuperadas. Oito delas (quatro metralhadoras calibre .50 e quatro metralhadoras calibre 7,62) foram localizadas pela Polícia Civil no Rio de Janeiro. Outras nove (cinco .50 e quatro 7,62) foram encontradas pela Polícia Civil em São Roque, interior paulista. Ainda restam quatro armas.
No comunicado, o Comando Militar do Sudeste (CMSE) também comunicou que nenhum militar está mais “aquartelado” na base militar de Barueri. Inicialmente, 480 militares ficaram impedidos de sair. Depois caiu para 160.
A tendência é que, nos próximos dias, a Justiça Militar peça a prisão de todos os envolvidos no caso.
Os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo repercutiram, durante a sessão desta segunda-feira (16), o furto de 21 armas do Exército Brasileiro, em Barueri, município da Grande São Paulo. Além disso, os deputados celebraram o Dia do Professor, comemorado neste domingo (15), e o aniversário da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), batalhão da Polícia Militar.
De segunda a sexta-feira, acontecem as sessões ordinárias na Alesp. A partir das 14h, ocorrem o Pequeno e o Grande Expedientes, nos quais os parlamentares têm, respectivamente, 5 e 10 minutos para falar sobre temas de livre escolha.
Furto de armas do Exército
O deputado Conte Lopes (PL) subiu à tribuna para comentar sobre as 21 armas de alto calibre do Exército Brasileiro que foram furtadas de um quartel na cidade de Barueri, na Grande São Paulo. O caso aconteceu na última sexta-feira (13), quando, durante uma inspeção no quartel, foi constatado o sumiço desses armamentos.
“Armas que podem derrubar avião. Armas que vão para as mãos dos bandidos. Precisa fazer um boletim de ocorrência para a polícia procurar”, disse o parlamentar. Ele ainda contrariou a nota oficial do Exército que afirmou que as armas furtadas são ‘inservíveis’, ou seja, não funcionam. Conte defendeu que os bandidos não teriam roubado armas quebradas e, mesmo que tivessem feito isso, poderiam consertá-las.
Conte Lopes aproveitou para parabenizar os 53 anos de atividade da Rota, batalhão especializado da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O deputado esteve presente no evento de aniversário da corporação e afirmou que os policiais estão preocupados com o armamento que foi roubado das Forças Armadas.
Na mesma linha, o deputado Reis (PT) disse que espera que o caso seja resolvido e que acredita que a Polícia será responsável por encontrar o armamento.
Dia do Professor
Reis ainda usou o seu tempo regimental para celebrar o Dia do Professor, comemorado neste domingo (15). “Os professores e professoras, assim como os seus direitos, precisam ser valorizados, pela importância de seu trabalho na formação de nossa identidade como povo”, declarou.
Reis ainda enfatizou que os docentes que atuam em escolas da periferia precisam de especial atenção, já que convivem com ‘difíceis condições de trabalho, participam das inúmeras carências das crianças da periferia, além de questões relacionadas à falta de segurança’.
“Precisamos falar mais sobre essas questões, não só quando acontecem problemas extremos, que expõem a precariedade da segurança, como já vimos em nosso estado. E não devemos só falar, devemos cobrar, propor soluções e discuti-las”, completou.
O general Tomás Paiva, comandante do Exército, afirmou nesta sexta-feira (25) que a instituição não compactua com desvios de conduta e que esses atos serão repudiados e corrigidos.
A declaração do militar ocorreu durante leitura da chamada Ordem do Dia do Exército, na cerimônia de comemoração do Dia do Soldado, em Brasília.
“Guiados pelo espírito de servir à pátria, vocês são os fiéis depositários da confiança dos brasileiros, que só foi obrigado pela dedicação extrema ao cumprimento da missão constitucional e pelo absoluto respeito a princípios éticos e valores morais”, ressalta.
A afirmação de Paiva ocorre no momento em que a conduta de diversos militares que atuaram na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigada pela Polícia Federal (PF).
É o caso, por exemplo, do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do político, que está envolvido em possíveis irregularidades na venda de presentes de luxo dados a Bolsonaro.
O general Tomás Ribeiro Paiva, comandante do Exército brasileiro, afirmou que seu objetivo é “afastar a política” da corporação. A declaração, publicada neste domingo (2), foi dada ao jornal O Globo.
“Meu objetivo é afastar a política do Exército. Somos profissionais e temos que focar no nosso trabalho”, disse o general Paiva.
Tomás Ribeiro Paiva foi anunciado como comandante do Exército em janeiro deste ano. O militar anterior, Júlio César de Arruda, foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Antes de assumir a liderança do Exército, Paiva chefiava o Comando Militar do Sudeste. No decorrer da carreira, atuou em uma missão das Forças Armadas no Haiti como Subcomandante do Batalhão de Infantaria de Força de Paz, além de comandar a Força de Pacificação da Operação Arcanjo VI em 2012, no Complexo da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro.
Natural de São Paulo, o general esteve à frente do Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília (DF); e do Gabinete do Comandante do Exército, também na capital. Seu currículo conta com passagens como subalterno e comandante de companhia de fuzileiros no 7º Batalhão de Infantaria Blindado, em Santa Maria (RS); no 26° Batalhão de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro (RJ); e no 33° Batalhão de Infantaria Motorizado, em Cascavel (PR).
O general Júlio Cesar de Arruda foi empossado hoje (30) como novo comandante do Exército. A cerimônia aconteceu às 10h no Clube do Exército, em Brasília, e contou com a presença do vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
A troca no comando do Exército já havia sido formalizada por meio de decretos publicados no Diário Oficial da União na última quarta-feira (28). O general assume interinamente o posto até então ocupado por Marco Antônio Freire Gomes.
Perfil
Júlio Cesar de Arruda é o atual chefe do departamento de Engenharia e Construção do Exército. Nascido em 9 de janeiro de 1959, em Cuiabá, foi incorporado ao Exército em 1975. Dois anos depois, ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras.
Durante sua vida militar, serviu em unidades de engenharia em Itajubá (MG), no Rio de Janeiro-RJ, em Cuiabá e em Brasília. Como tenente-coronel, foi assessor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (2000-2001) e comandou o 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia, no biênio 2005-2006.
Como coronel, realizou o curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército. Comandou a Escola de Administração do Exército/Colégio Militar de Salvador, foi instrutor do Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva em Itajubá (MG), da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.
No exterior, foi Observador Militar da Segunda Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola (UnavemI I) e assessor da Cooperação Militar Brasileira no Paraguai. Realizou o curso de Contraterrorismo e Cooperação Interagências na Universidade Nacional de Defesa, nos Estados Unidos.
Já como oficial general, foi comandante da Academia Militar das Agulhas Negras em Resende (RJ), comandante de Operações Especiais em Goiânia, diretor de Educação Superior Militar no Rio de Janeiro, subcomandante de Operações Terrestres em Brasília, vice-chefe do departamento de Engenharia e Construção, também em Brasília, e comandante militar do Leste no Rio de Janeiro.
Dentre as condecorações com que foi agraciado destacam-se a Medalha Militar de Ouro com Passador de Platina, a Ordem do Mérito Militar – Grã-Cruz, a Ordem do Mérito Aeronáutico – Grande Oficial, a Ordem do Mérito Naval – Grande Oficial, e a Ordem do Mérito da Defesa – Grande Oficial.
Marinha e Aeronáutica
O Diário Oficial da União desta sexta-feira oficializa trocas de comando na Marinha e na Aeronáutica. O almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen substitui Almir Garnier Santos na Marinha de forma interina, enquanto o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno substitui, a partir do próximo dia 2, Carlos Almeida Baptista Junior na Aeronáutica.
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Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Foto: Ten. Ferrentini/Comando Militar do Leste
Em comemoração ao 99º aniversário do 4º Batalhão de Infantaria Mecanizada (4º BI Mec), a noite de segunda-feira (11/4), foi marcada por emoção e saudosismo no “Regimento Raposo Tavares”, em Quitaúna, com direito à formatura, marcha de militares da ativa e da reserva e o batismo de um novo blindado para o regimento.
À frente da celebração, o comandante do 4º BI Mec, o tenente-coronel Wiliam Rodrigues Ochsendorf e Souza iniciou sua fala resgatando um pouco do passado de Quitaúna e explicando o quanto o local faz parte da história nacional. “Não é errado falar que a nossa história se confunde com a data de origem do Exército Brasileiro. Essa afirmação se sustenta no fato de que foi aqui nesse lugar, onde existia a Fazenda Quitaúna que o bandeirante construiu sua moradia ao chegar ao Brasil. A partir daqui, deu início as expedições do desbravamento das terras ainda hostis e desconhecidas da América portuguesa”, explicou.
Embalado pela banda que executou desde a Oração do Combatente Mecanizado até a Canção do Exército, o evento contou com diversos momentos de grande comoção, como a entrega do Diploma Amigo do Regimento a alguns convidados, como um reconhecimento aos relevantes serviços prestados a organização militar e ao Exército Brasileiro.
Para exaltar a trajetória do 4º BI Mec, o tenente-coronel Ochsendorf e Souza salientou a bravura de todos que fizeram parte da história do regimento. “Desafios só puderam ser superados devido a qualidade dos homens e mulheres que integraram e integram o regimento ao longo desses 99 anos. A esses efetivos, nós o chamamos de família Raposo Tavares, uma família composta por militares da ativa e da reserva, que ombreiam em busca do cumprimento da missão”, disse.
Para finalizar a solenidade, o prefeito de Osasco, Rogério Lins, foi incumbido de realizar uma tradição de batismo e quebrar uma garrafa de champanhe na primeira Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Médio sobre Rodas (VBTP-MR Guarani), batizada com o nome de Osasco, homenageando o munícipio do regimento. A previsão é que até o fim de 2022, o 4º BI Mec receba mais 40 modelos VBTP-MR Guarani, um blindado anfíbio com capacidade para até 11 tripulantes.
Também estiveram presentes na comemoração, a vice-prefeita de Osasco, Ana Maria Rossi, o comandante da Guarda Civil Municipal, Miguel Arcanjo Maidana, o presidente da Câmara dos Vereadores, Ribamar Silva, os vereadores Ana Paula Rossi, Carmônio Bastos, Délbio Teruel e Rogério Santos, entre outras autoridades.
Por Francine Maia/SECOM-Osasco – foto: Marcelo Deck/SECOM-Osasco