Gravidez na adolescência cai mais de 65% no estado de São Paulo

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Desde 1998, o Estado de São Paulo vem registrando queda nos números relacionados à gravidez na adolescência. Em levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), a redução chega a 61,8% na população entre 10 e 14 anos entre 1998 e 2021.

Entre meninas de 15 a 19 anos, no mesmo período, a redução chega a 65,3%. No total, entre meninas de 10 a 19 anos, a redução é de 65,2%.

Em 1998, foram registrados 4.343 nascimentos entre mães de 10 a 14 anos. Já em 2021, para a mesma faixa etária, foram registrados 1.657 nascimentos. Entre adolescentes de 15 e 19 anos a diferença foi de 136.685 para 47.385. Para se ter uma ideia do tamanho da redução, em 2021, o total de nascidos entre mães de 10 a 19 anos representou 9,3% de todos os nascidos vivos do ano. Em 1998 esse número representava 20%.

Desde 1995 a Secretaria de Estado da Saúde (SES) se empenha em programas com ações efetivas e que englobam, entre outras atividades, a capacitação de profissionais por meio de evidências, que mostram que os adolescentes conhecem os métodos contraceptivos, mas que, possuem dificuldade em manipular e trabalhar as informações adquiridas.

Para a diretora da Saúde do Adolescente da SES, Albertina Duarte, a conversa com os adolescentes impacta diretamente na educação sexual deles. “Todos os nossos profissionais, nos serviços exclusivos aos adolescentes, são treinados para realizarem rodas de conversa periodicamente. Elas auxiliam diretamente no conhecimento sexual deste público, além de fortalecer a autoestima, a autoimagem e atingir diretamente a segurança das relações entre eles.”

Além das rodas de conversas que acontecem semanalmente nas unidades da Casa do Adolescente, o SUS contribuiu diretamente ao estimular a distribuição gratuita de contraceptivos naturais em diversos locais, além da implantação de dispositivos intrauterino (DIU) de cobre ou hormonal e ações em saúde voltadas para saúde sexual e reprodutiva.

Em todo o estado, entre Casa do Adolescente e serviços universitários, localizados estrategicamente em áreas de maior vulnerabilidade, são mais de 120 serviços que estão à disposição desta população específica.

Leia também: Estudo indica que vacinados com três doses tem mais proteção contra variante ômicron


Fonte: Portal Governo SP – Foto: Arquivo/Rawpixel

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No Dia da Gestante, entidade alerta para risco de diabetes gestacional

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Um dos momentos mais especiais na vida de uma mulher pode se tornar um pesadelo se os cuidados devidos não forem tomados. No Dia da Gestante, comemorado nesta segunda-feira (15), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) alerta para a diabetes mellitus gestacional, que afeta 18% das gestações no Brasil.

Condição temporária gerada pelas mudanças no equilíbrio hormonal durante a gravidez, a diabetes gestacional ocorre porque, em algumas mulheres, o pâncreas não funciona direito na gestação. Normalmente, o órgão produz mais insulina que o habitual nesse período para compensar os hormônios da placenta que reduzem a substância no sangue. No entanto, em algumas gestações, o mecanismo de compensação não funciona, elevando as taxas de glicose.

O problema pode causar complicações tanto para a mãe como para o bebê. No curto prazo, a doença pode estimular o parto prematuro e até a pré-eclâmpsia. O bebê pode nascer acima do peso e sofrer de hipoglicemia e de desconforto respiratório.

A diabetes gestacional normalmente desaparece após o parto, mas pode deixar sequelas duradouras. As mulheres com o problema têm mais chance de progredirem para a diabetes mellitus tipo 2. As crianças também têm mais chances de desenvolverem a doença e de ficarem obesos.

Recomendações

A doença pode acometer qualquer mulher. Como nem sempre os sintomas são identificáveis, a SBD recomenda que todas as gestantes pesquisem a glicemia de jejum no início da gestação e, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês). Elas também devem fazer o teste oral de tolerância à glicose, que mede a glicemia após estímulo da ingestão de glicose.

As recomendações principais, no entanto, são o pré-natal e a alimentação saudável. Quanto mais cedo o obstetra diagnosticar a doença e iniciar o tratamento, menores as chances de a mãe e o bebê sofrerem alguma complicação no curto e no longo prazo.

Além do controle das glicemias capilares, o tratamento da diabetes gestacional consiste num estilo de vida mais saudável, com atividade física e alimentação regrada. As refeições devem ser fracionadas ao longo do dia. As gorduras devem dar lugar às frutas, verduras, legumes e alimentos integrais. Se não houver contraindicação do obstetra, exercícios físicos moderados também devem fazer parte da rotina.

Na maior parte das vezes, esses cuidados dispensam a aplicação de insulina. Se, ainda assim, os níveis de glicose continuarem altos, o médico pode indicar a substância. A SBD alerta que as mulheres diabéticas tipo 1 ou 2 que engravidam não são consideradas portadoras de diabetes gestacional porque essa doença só aparece após o início da gravidez. As mulheres com altos níveis de glicemia na gestação devem fazer um novo teste de sobrecarga de glicose seis semanas depois de darem à luz.

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Perfil

Em todo o mundo, o problema afeta cerca de 15% das gestações, segundo a International Diabetes Federation, o que representa 18 milhões de nascimentos por ano. No entanto, a prevalência varia conforme a região, indo de 9,5% na África para 26,6% no Sudeste Asiático. No Brasil, estima-se que a prevalência é de 18%.

Para prevenir a doença, as mulheres devem prestar atenção a fatores de risco: história familiar de diabetes mellitus; glicose alterada em algum momento antes da gravidez; excesso de peso antes ou durante a gravidez; gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 quilos; histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida; hipertensão arterial; pré-eclampsia ou eclampsia em gestações anteriores; síndrome dos ovários policísticos e uso de corticoides.


Por Agência Brasil – Foto: Arquivo/MDS

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