70% dos votantes concordaram com o novo acordo proposto. Cerca de 29% votaram contra.
Com isso, pelo menos este ano, a greve está encerrada.
A nova proposta prevê o mesmo reajuste nos salários fixos e variáveis apresentado na proposta anterior: aumento de 6,97%, o que representa um ganho real de 1%, considerando a inflação.
Ainda houve acréscimo de duas novas cláusulas sociais: agora, o início de férias dos aeronautas pode ser em fins de semana e feriados. A outra cláusula estabelece que, em caso de invasão de folga, a partir da quarta hora, haverá uma indenização a ser paga ao tripulante prejudicado, com as devidas regras.
As paralisações começaram na última segunda-feira (21). A greve impactou nove aeroportos do país. No Rio de Janeiro, o Santos Dumont, no Centro da cidade, foi o mais afetado.
A assessoria do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou nesta sexta-feira (23) a suspensão da greve da categoria até domingo (25), quando haverá votação de uma nova proposta apresentada pelas empresas.
A suspensão da paralisação dos aeronautas vale das 6h deste sábado (24) e até meio-dia de domingo (25). O resultado da votação será divulgado às 12h30 do dia de Natal.
Até as 13h desta sexta (23), segundo a Infraero, o aeroporto de Congonhas teve 33 atrasos e 11 cancelamentos. No Rio, o Santos Dumont, também administrado pela empresa pública, houve 31 atrasos e cinco cancelamentos. A Infraero diz que os passageiros afetados devem procurar as companhias aéreas para informações sobre os voos, porque os transtornos podem não ter relação com a greve.
Também no Rio, o Galeão não registrou transtornos, segundo a assessoria do aeroporto.
Em Guarulhos, de acordo com a concessionária GRU Airport, três voos operaram com atraso durante a manhã. Viracopos, em Campinas, teve um atraso.
O Aeroporto Internacional de Confins, na Grande Belo Horizonte, apresentava seis atrasos e cinco cancelamentos no painel, considerando chegadas e partidas.
Em Porto Alegre, o Aeroporto Internacional Salgado Filho registrava no site oito voos atrasados e um cancelado. Em Fortaleza, foram nove atrasos e um cancelamento até o momento. Já em Brasília, até as 12h, 29 dos 74 voos previstos partiram com atraso, segundo a assessoria.
Os aeroviários começaram as paralisações na segunda-feira. Dezenas de voos foram adiados ou cancelados, afetando milhares de passageiros.
Negociações travadas
Após reuniões das empresas e dos aeronautas com o TST (Tribunal Superior do Trabalho), as companhias aéreas ofereceram na tarde de quinta (22) aos trabalhadores reposição total da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 5,97%, mais 1% de aumento real.
Conforme a proposta, o reajuste incide sobre salários fixos e variáveis, pagamento de diárias em todo o território nacional, seguro, multas por descumprimento da convenção coletiva e vale-alimentação.
O reajuste não incide sobre diárias internacionais por serem pagas em dólar americano, euro ou libra. A reposição salarial de todos os salários fixos e variáveis seria feita com base no INPC.
A categoria pedia inicialmente um aumento salarial de 5%, além da reposição inflacionária. Além da proposta menor, de 1%, os tripulantes não conseguiram incluir na convenção coletiva uma definição para horário de folgas e regras que impeçam a alteração dos descansos pelas empresas.
Segundo o presidente do SNA, Henrique Hacklaender, foram 59,25% dos votos contrários à proposta, entre 5.084 participantes da assembleia virtual, que ocorreu durante o período das 16h30 até o fim da noite de quinta.
Comissários de bordo e pilotos fazem uma greve na manhã desta segunda-feira (19). Os protestos começaram por volta das 6h e acontecem em diversos aeroportos do Brasil, o que atrasou voos.
No estado de São Paulo, clientes relataram atrasos nos aeroportos de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, e no Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou na última sexta-feira (16) que o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) garanta pelo menos 90% dos pilotos e comissários para o trabalho durante o período de paralisação.
Segundo a Inframerica, concessionária do aeroporto de Brasília, o respectivo terminal funciona normalmente, já que há apenas “um pequeno grupo de manifestantes na entrada do embarque doméstico”.
Leia também:
Fonte: TV Cultura – Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil
Os pilotos e comissários do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) aprovaram nesta quinta-feira (15) uma greve da categoria, que será iniciada a partir da próxima segunda-feira (19).
De acordo com o SNA, a decisão foi tomada em assembleia e por unanimidade. A manifestação ocorre diante da falta de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviarias (SNEA), em busca por aumento real dos salários e melhores condições de trabalho.
“Desde o início das negociações as empresas não se mostraram dispostas a atender às reivindicações da categoria”, diz o comunicado, que ressalta que os preços das passagens aéreas só aumentam, assim como os lucros para as empresas.
Os profissionais irão realizar a paralisação diariamente e por tempo indeterminado, das 6h às 8h nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.
Mas, segundo a entidade, entram para a exceção voos com órgãos para transplante, vacinas e pessoas doentes a bordo.
No ano passado, a categoria chegou a aprovar uma greve diante do fracasso na negociação com o sindicato patronal acerca do reajuste. Mas uma mesa de negociações no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, conseguiu um consenso dois dias antes da paralisação ser iniciada.
Com a greve dos motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo, o rodízio municipal de veículos está suspenso nesta quarta-feira (29). Carros com placas finais 5 e 6 poderão circular pelo centro expandido a qualquer horário. As faixas exclusivas e corredores de ônibus ficarão liberados para circulação de automóveis de passeio, enquanto durar a greve. A Engenharia de Tráfego da CET manterá o monitoramento constante em ruas e avenidas da cidade, visando manter as condições de fluidez das vias.
Continuarão valendo normalmente o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF). A Zona Azul também funcionará normalmente.
Motoristas e cobradores de ônibus do transporte coletivo na capital paulista entrarão em greve, a partir da 0h desta quarta-feira (29). A paralisação deverá durar 24 horas, caso o setor patronal não se manifeste. A categoria também aprovou uma nova assembleia para amanhã, às 16h, para deliberar o plano de luta e ações.
A decisão foi tomada durante assembleia com mais de 6 mil trabalhadores, segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), realizada na tarde desta terça (28), no bairro da Liberdade, onde fica a sede entidade.
De acordo com o sindicato, embora tenha sido garantido o reajuste salarial de 12,47% sobre os salários e vale-refeição, o setor patronal ignorou os outros itens da pauta de reivindicações da categoria, como a hora de almoço remunerada, participação nos lucros e resultados, adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.
“Já se passaram dois meses das nossas negociações e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões. A categoria está estafada dessa enrolação”, destacou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) disse, em nota, que lamenta a paralisação e avaliou que ela traz “terríveis consequências para a mobilidade da população”.
“A entidade espera que os profissionais do setor de transporte coletivo não penalizem os passageiros, cumprindo a determinação da Justiça, adotada na paralisação de 14 de junho, de colocar em operação 80% da frota nos horários de pico”, diz a nota.
Os motoristas de ônibus do transporte coletivo na capital paulista irão entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da 0 h dessa terça-feira (14). A decisão ocorreu após uma audiência de conciliação terminar sem acordo na tarde de hoje (13) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo.
De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores, as empresas de transporte coletivo poderão, até as 23h59 de hoje, apresentar uma nova proposta – o que poderá impedir a greve, caso atenda as reivindicações dos trabalhadores.
“A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro [de 2022], o que é inadmissível”, destacou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.
Entre outras reivindicações, os trabalhadores pedem aumento salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que é de 12,47% (retroativo a maio) e a aplicação do mesmo valor no vale-refeição e na participação nos lucros e resultados. Também é reivindicado o fim da hora de almoço não remunerada.
De acordo com o TRT, em caso de greve, os trabalhadores devem obedecer à liminar emitida pelo tribunal determinando a garantia da circulação de 80% do efetivo durante horários de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 60% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, haverá multa diária de R$ 50 mil.
Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil – Foto: Arquivo/Elisa Rodrigues/SPTrans